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Liberalização do Aborto em Portugal, 

3
3 anos depois
d i
Lisboa, 15 de Julho de 2010

Gabinete de Estudos da F.P.V.
Coordenação –
d ã Francisco Vilhena  da Cunha 
i ilh d h
(De)crescimento populacional

1º ano em que o 
1º ano com 
número de mortes
número de mortes 
110 000 superou o número 
menos de
de nascimentos Nascimentos 100 000 
108 000 nascimentos
Mortes
106 000

104 000

102 000

100 000

98 000
2004 2005 2006 2007 2008 2009
Fonte: DGS; INE; Análise FPV

Lisboa, 15 de Julho de 2010 2
Evolução desde a entrada em vigor da Lei 16/2007

Abortos legais “por opção da mulher” realizados nos 3 anos que se seguiram à 
entrada em vigor da Lei 16/2007 (Julho de 2007)
entrada em vigor da Lei 16/2007 (Julho de 2007):

18 856 +27% 19 456


20 000
+23%
or opção daa mulher" 

15 370
ortos

15 000
o de abo

10 000
Número
reaalizados "po

5 000

1º ano 2º ano 3º ano


JUL‐07 a JUN‐08
0 08 JUL‐08 a JUN‐09
08 09 JUL‐09 a JUN‐10
09 0
Fonte: DGS; Análise FPV

Lisboa, 15 de Julho de 2010 3
Evolução desde a entrada em vigor da Lei 16/2007

3 anos
53 500
53 500
Total aacumulaado  de aabortos
mulher" 
50 000

40 000
40 000
opção da m

25
2,5 anos
(Dez‐09)
30 000 2 anos 43 072
34 226
34 226
realizzados "por o

20 000

10 000
10 000 1 ano
15 370

Jul 07
Jul‐07 Jun 08
Jun‐08 Jun 09
Jun‐09 Jun 10
Jun‐10
Fonte: DGS; Análise FPV

→ Aborto legal 
→ Aborto legal “por
por opção da mulher
opção da mulher” representa 97% do total de abortos legais 
representa 97% do total de abortos legais
realizados em Portugal desde Julho de 2007
Lisboa, 15 de Julho de 2010 4
O aborto “legal por opção” e a mulher
Distribuição por faixa etária da mãe

Crescimento 2008→2009
‐120% ‐100% ‐80% ‐60% ‐40% ‐20% 0% 20% 40%

>=40 1 332
1 332 3%
Faixaa etária da mãe

35‐39 2 896 7%
30‐34 3 990 3%
25‐29 4 228 4%
20‐24 4 145 7%
15‐19 2 231 7%
<15 126 30%

0 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 7 000 8 000


Abortos "por opção"  em 2009 Fonte: DGS; Análise FPV

Lisboa, 15 de Julho de 2010 5
O aborto “legal por opção” e a mulher
Distribuição por região de residência da mãe

2009
Algarve
1 347
7%
Centro
2 958 Alentejo
Norte
16% 646
3 812
20 1%
20,1% 3%

Madeira
248
Lisboa e  1,1%
Vale do Tejo
9 778 Açores
52% 162
1,0%

Fonte: DGS; Análise FPV

Lisboa, 15 de Julho de 2010 6
O aborto “legal por opção” e a mulher
Incidência do aborto por região de residência da mãe

Os Açores são a única região em que a 
incidência do aborto diminuiu e a
incidência do aborto diminuiu e a  Crescimento 2008→2009
Crescimento 2008
Madeira é aquela que registou a maior 
taxa de crescimento‐200% ‐160% ‐120% ‐80% ‐40% 0% 40%

Açores 2,5 ‐15%


da mãe

Madeira 3,7 39%


Alentejo
j 6,9
, 14%
Resiidência d

Algarve 13,8 5%
Centro 5,2 6%
Norte 4,6 5%
Lisboa e VT 11,7 6%

O Algarve tem a maior taxa 
O Algarve tem a maior taxa
0 5 10 15 20
25 30
de incidência de aborto do país, 
Abortos "por opção"  em 2009 apesar de representar apenas 
por 1000 mulheres entre os 15 e os 50 anos
por 1000 mulheres entre os 15 e os 50 anos 7% do total dos abortos 
7% do total dos
Fonte: DGS;abortos
DGS; Análise FPV
Análise FPV
realizados em Portugal em 2009

Lisboa, 15 de Julho de 2010 7
O aborto “legal por opção” e a mulher
Distribuição por profissão da mãe

Crescimento 2008→2009
‐80% ‐60% ‐40% ‐20% 0% 20%

N Qualificado 18,9% ‐3%


E d
Estudante 17,8% 21%
Desemprego 17,1% 14% Representam
Qualificado 15,9% ‐1% 35% dos abortos 
Administrativo 11,4% 2% realizados “por 
Técnico 8,1% 5% opção da mulher” 
Investigação
g ç 5,7% 6% e registam as 
Doméstico (NR) 3,0% ‐10% taxas de 
Quadro Superior 1,2% ‐2%
crescimento mais 
elevadas
Militar 0 5%
0,5% 0%

0% 10% 20% 30% 40% 50%


Abortos "por opção" em
Abortos "por opção"  em 2009
2009
(%total) Fonte: DGS; Análise FPV

Lisboa, 15 de Julho de 2010 8
O aborto “legal por opção” e a mulher
Distribuição por nível de instrução da mãe

C
Crescimento 2008
i t 2008→2009
‐120% ‐100% ‐80% ‐60% ‐40% ‐20% 0% 20%

ESuperior 18,6% 9%
ESecundário 32,2% 7%
EB 3º ciclo 26,5% 13% Redução dos 
EB 2º ciclo 15,9% ‐4% abortos nas 
camadas com 
EB 1º ciclo
l 6,1% ‐13% menor nível de 
Sem instrução 0,5% ‐22% instrução e 
aumento nas 
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% camadas mais 
instruídas
Abortos "por opção"  em 2009
(%total) Fonte: DGS; Análise FPV

Lisboa, 15 de Julho de 2010 9
O aborto “legal por opção” e a família

Em 2009, 118 433 gravidezes terminaram com um nascimento 
ou com um aborto “por
ou com um aborto  por opção
opção”. Destas gravidezes:
Destas gravidezes:

Das mães viviam 
Das mães viviam 9322
Mais de 1 em 
sem o pai do bebé 54% cada 2 gravidezes 
abortos “por opção” de mães que não 
vivem com o pai 
7851 do bebé 
46%
17 173 terminam em 
nascimentos
14% aborto
101 260
86%

9 620 abortos “por 
10% opção”
91 640
Das mães viviam  90%
com o pai do bebé Fonte: DGS; Análise FPV
nascimentos
Lisboa, 15 de Julho de 2010 10
O aborto “legal por opção” e a família

Número de outros filhos que cada mulher que abortou 
“por
por opção
opção” em 2009 tinha na altura:
em 2009 tinha na altura:

Dois
23%
Um Três
ê ou +
29% 8%
8% dos abortos “por 
opção” em 2009 
(1 599) foram 
Nenhum realizados por mães 
40% com 3 ou mais filhos

Fonte: DGS; Análise FPV

Lisboa, 15 de Julho de 2010 11
A reincidência do aborto “legal por opção”

Número de abortos realizados por cada uma das  “As mulheres já começam a 
mulheres que abortou “por
mulheres que abortou  por opção
opção” em 2009:
em 2009: ver a interrupção da
ver a interrupção da 
gravidez como um método 
21% dos abortos “por 
de planeamento familiar 
opção” em 2009 foram 
[ ] como algo inócuo sem
[…], como algo inócuo, sem 
realizados por mães 
consequências" 
que já tinham abortado 
Pedro Canas Mendes, do 
“por opção”
Hospital Particular de
Hospital Particular de 
Dois Almada
16%
“O aborto recorrente está a 
Três ou +
Três ou +
tornar‐se um grande 
5% problema de saúde pública”
Um Miguel Oliveira e Silva, 
g
79% obstetra e professor de ética 
médica

Fonte: DGS; Análise FPV in DN, Fevereiro de 2010

Lisboa, 15 de Julho de 2010 12
O aborto “legal por opção” no sector privado

Crescimento 2008→2009
‐120% ‐90% ‐60% ‐30% 0% 30%

Público 12 979 2%

Privado 
4 291
4 291 24%
(Via público)
Privado 
1 681 ‐10%
(Outros)

0 5 000 10 000 15 000 20 000O maior aumento 


25 000
Abortos "por opção" 
b " ã " em 2009 foi registado nos abortos 
foi registado nos abortos
(%total) realizados no sector privado, 
Fonte: DGS; Análise FPV
reencaminhados por serviços 
públicos

Lisboa, 15 de Julho de 2010 13
Custo do aborto “legal por opção”

Considerando que todos os abortos “legais por opção” realizados 
nos últimos três anos:
úl i ê
• Não envolveram internamento das mães
• Quando encaminhados por uma instituição pública para o sector privado, 
Quando encaminhados por uma instituição pública para o sector privado
foram pagos pelo SNS pelo valor estabelecido para o sector público

Os custos directos
Os custos directos com as intervenções são já próximos dos 
com as intervenções são já próximos dos
18 milhões de Euros
Os custos indirectos, considerando apenas o subsídio de 
O t i di t id d b ídi d
maternidade e o pagamento de deslocações e estadias das ilhas 
para Lisboa, são na ordem dos 15 milhões de Euros
para Lisboa, são na ordem dos 15 milhões de Euros
Os mais de 50 000 abortos “legais por opção” realizados desde 
2007 terão custado ao Estado mais de 30 milhões de Euros
2007 terão custado ao Estado mais de 30 milhões de Euros

Lisboa, 15 de Julho de 2010 14
O que aconteceu aos abortos realizados em Espanha?

20 000 18 014
Abortos realizados em Espanha a 
os
úmero de aborto
mulheres não residentes
lh ã id t
15 000
Abortos "por opção" realizados em 
Portugal
10 000
10 000
6 107
5 000 3 383 3 423
2 615
2 615

2 031
0 0
0
2005 2006 2007 2008
Fonte: DGS;  MCS ‐ Espanha; Análise FPV

A liberalização do aborto 
A liberalização do aborto “por
por opção
opção” em Portugal não teve um impacto 
em Portugal não teve um impacto
significativo nos abortos realizados em Espanha a mulheres não residentes 
naquele país
De facto, o ano da entrada em vigor da Lei 16/2007 foi o que registou o número 
D f d d i d L i 16/2007 f i i ú
mais elevado destes episódios desde 2005
Lisboa, 15 de Julho de 2010 15
Liberalização do Aborto em Portugal, 
3
3 anos depois
d i
Contactos:

Federação Portuguesa pela Vida
Rua da Artilharia Um, 48 ‐ 3º D 
1070‐013 Lisboa
b

Telefone: 216 072 072 / 910 871 873 ESTA OBRA ENCONTRA‐SE LICENCIADA SOB Creative Commons 
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