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No pós-guerra, malha ferroviária do

Brasil funcionava
 JC Online - Recife/PE - COTIDIANO - 25/07/2010
- 11:05:05
O Brasil já foi um País sobre trilhos. No fim da Segunda Guerra Mundial, as ferrovias
intermunicipais e interestaduais transportavam 70 milhões de passageiros por ano, sem
contar os trens urbanos. Naquela época, o serviço era feito por 43 operadoras, que iam
desde Central do Brasil (RJ) e Companhia Paulista de Estradas de Ferro (SP) até as
remotas Nazaré (BA) e Itabapoana (ES), destaca Gerson Toller, especialista no setor. O
número de passageiros chegou ao pico de 100 milhões em 1960 - próximo do número
que hoje é transportado pelos ônibus em todo País, de 133 milhões.

Praticamente todos os serviços foram extintos no fim do século 20, com a decadência da
Rede Ferroviária e da Fepasa. Antes disso, o brasileiro conheceu o glamour ferroviário
do Trem de Prata, que fazia o trajeto que o trem-bala deve fazer no futuro, entre Rio e
São Paulo. Com vagões aconchegantes e ambientes românticos, a composição circulou
entre dezembro de 1994 e novembro de 1998.

A malha ferroviária entre os dois Estados foi construída em 1949 e se chamava Santa
Cruz. Durante 40 anos, os trens da operadora circularam pelo trecho, até a última viagem
em fevereiro de 1991. O Trem de Prata foi uma tentativa de retomar o transporte de
passageiros entre as duas regiões. Em 1994, a Rede Ferroviária decidiu fazer uma
parceria com a iniciativa privada e retomou o serviço. O Trem de Prata operava à noite e
demorava 9h30 para chegar ao destino.

Mas os passageiros não reclamavam. Em vagões-leito, com banheiro privativo, chuveiro


e água quente, eles tinham direito até a um jantar francês, com som ambiente e luz de
abajures. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.clippingexpress.com.br/ce2//?a=noticia&nv=Ycq9J2vOQkvZ_saDrpT88w

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