São crimes de responsabilidade dos funcionários públicos.
Definição de servidor público consta no art. 327, CP: “quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função publica”. O art 312 a 326 do CP traz crimes próprios dos servidores, mas não é rol exaustivo. Há outros crimes, previstos na legislação esparsa, como lei 9.605, 8.137 – art. 3º, CP – art. 359 A até H etc. Nesses tais crimes, quando são afiançáveis, há a particularidade de uma defesa preliminar, nos termos do art. 514, CPP. Todavia, a afiançabilidade do crime é requisito para que esta defesa ocorra. OBS: crime de reclusão com pena mínima maior que 2 anos é inafiançável. Oferecida a denúncia/ queixa, antes mesmo de recebê-la, o juiz abre prazo para defesa preliminar. Apresentada essa defesa, ou esgotado o prazo para a mesma, que é de quinze dias, o juiz recebe ou não a denúncia. A defesa preliminar traz questões de cunho processual, sobre a forma da exordial, a extinção da punibilidade e afins. Essa fase que antecede a denúncia é que vai diferenciar o procedimento dos crimes funcionais afiançáveis. Desse momento em diante, o rito se convola em ordinário. STJ, em. 330: Quase sempre, os crimes funcionais são denunciados após o processo administrativo. Logo, se houve inquérito, o réu pôde se defender no curso dessa instrução, o que torna dispensável a defesa preliminar. Ora, a abertura de prazo para defesa preliminar foi instituída para quando a ação penal fosse instaurada mediante representação. Logo, é dispensada quando a exordial se apóia em inquérito