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Falta de etiqueta
Não pense que "apenas" ouvindo ou repassando a informação você não seja
responsável pela fofoca. "É falta de etiqueta transmiti-la ou incentivar o o
interlocutor a contar todos os detalhes", diz Célia Leão, consultora de etiqueta.
Ela tem uma tática para escapar dessas armadilhas: não perguntar nada e não
repetir o que lhe disseram. Depois de um tempo deixarão de incomoda-la, porque
todo mundo vai saber que com você não funciona. Coach (treinadora) Eliana
Dutra aconselha seus clientes a seguirem outra estratégia. "Minha fórmula é ser
monissílaba. Se a colega insistir, diga diga que esta inaugurando uma fase em
sua vida: 'não falo nem ouço falar de pessoas ausentes. Vamos falar de nós?'.
Isso corta o barato de qualquer um", explica. Aliás, contar sobre sua vida pessoal
para colegas de trabalho é um verdadeiro perigo. Os espertinhos oferecem um
ombro amigo e acaba-se falando o que não devia. Para usarem essa informação
contra você é um pulo.
O fato é que a fofoca é destrutiva, contamina o ambiente de trabalho e
pode fazer um estrago grande na sua imagem. Isso acontece quando simples
rumores, baseados em suposições e achismos, ganham status de verdade.
Imagine se começam a espalhar pelos corredores que você está procurando
emprego ou foi assediada pela concorrência? É nessas horas que todos os
sentimentos veêm à tona: insegurança, ansiedade, rancores e queda de
produtividade, que podem até mesmo acabar em demissão. Não há um antídoto
contra a fofoca, mas dá para aprender a lidar melhor com a situação.
Se você conhece o fofoqueiro, a vontade é mesmo de pular no pescoço do
cretino. Porém, os especialistas garantem que essa não é a melhor alternativa.
Quando o zunzunzun é inofencivo ou pessoal, o ideal é ignorar, ja que não é
necessário provar nada a ninguém. Para ficar na sua, é preciso que você esteja
em pleno exercício da auto-estima e auto-confiança. Mas, quando os boatos
colocam em risco o seu cargo, é hora de entrar em ação. "A melhor maneira para
acabar com isso é expor a situação. Converse com o mexeriqueiro, seja firme, e
não grosseira diga que acha a atitude de mau gosto. A conversa franca o
desarma", acredita Maria Ignez Prado Lopes Bastos, diretora da MTB Assessoria
Organizacional. A publicitária Adriana Mendes, 30 anos, não teve essa coragem e
se deu mal. Há dois anos, ela trabalhava numa produtora, sua assistente era irmã
da chefe e entre as duas acabou acontecendo uma disputa de poder. Aí a fofoca
dominou o ambiente, Adriana não aguentou o clima e pediu demissão.
Comunicação equivocada
Em parte, a culpa é de algumas empresas. Quando a fofoca cai nos ouvidos
do chefe, por exemplo, é sinal de que a comunicação da companhia não vai nada
bem. Se o superior for fofoqueiro, sua sorte está nas mãos dele e não há muito o
qu fazer. Caso ele condene boatarias, não se preocupe, o assunto deve terminar
na sala dele mesmo. Segundo uma pesquisa da agência britânica de
recrutamento Officeangels, a maior parte dos chefes diz que jamais vai confiar
em um empregado que é comprovadamente um fofoqueiro e que indiscrição pode
afetar as perspectivas d promoção ou provocar até mesmo uma demissão. Cerca
de uma em cada dez empresas inglesas distribuíram memorandos alertando os
empregados a respeito de boatos e 4% despediram um integrante de sua equipe
por causa da fofoca.
O ideal é que cada empresa tenha a própria fórmula para diminuir os
rumores. A melhor é não deixar que a informação fique exclusivamente em poder
de presidentes, gerentes, supervisores e diretores. Outras boas ferramentas são
murais, jornais internos, intranet, memorandos e videoconferências. Dessa
forma, não há espaço para fofocar.