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Luiz Fernando Bossa

Eu e o PIC
Eu lembro que logo no primeiro dia do PIC, o professor Gilberto fez a
seguinte pergunta: “O que é Matemática ?”. Ficamos quietos. Não sabı́amos
bem o que era, apenas pra que servia. Começou ali a minha caminhada rumo
a descobrir a Matemática.
No começo eu fiquei meio perdido. Afinal, antes eu era acostumado
com a Matemática da escola, onde geralmente é assim: matéria, exercı́cios
monótonos pra fazer, prova, mais matéria. Não era necessário pensar muito,
nem provar nada. Mas era legau até certo ponto. Conforme eu fui cursando
o PIC, vı́ que existia algo muito, mas muito mais legau que a tradicional
Matemática escolar.
Eu quebrava a cabeça. Muitas vezes tinha idéias mirabolantes. Algu-
mas vezes não tinha idéia alguma. Embora fosse complicado, o prazer de
conseguir resolver os desafios me impulsionava adiante.
A professora Graciele sempre brincava com a gente: “Eu sou ruim. Te-
nho que explorar vocês”. E graças a essa “exploração”, a cada encontro eu
aprendia algo novo. Mais do que aprender a solução de um problema, eu
aprendia a como pensar Matemática, aprendia a ver a beleza abstrata que
ela contém.
Antes do PIC, eu não sabia muito bem o que queria fazer na Faculdade.
Agora, no meu terceiro ano, eu tenho a certeza que é Matemática. E não
quero parar somente na graduação, mas seguir adiante em um Mestrado, um
Doutorado, quem sabe ? E sempre procurando a resposta para a pergunta:
“Afinal, o que é Matemática ?”.

13 de agosto de 2010

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