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ESCOLA
FITNESS
TRANSIÇÕES:
GARANTINDO
O
SUCESSO
DE
SUAS
AULAS
Por
Cida
Conti
/
professora
de
educação
física
–
CREF:
078160‐G/SP
As
aulas
de
aeróbica
e
step,
em
sua
maioria,
caracterizam‐se
pelo
uso
do
método
coreografado
como
recurso
didático
para
atingir
os
seus
objetivos
principais:
desenvolvimento
da
resistência
cardiorespiratória
melhoria
da
coordenação
motora
Como
o
próprio
nome
indica,
este
método
traduz‐se
por
utilizar
diversas
habilidades
motoras
combinadas
numa
estrutura
denominda
"coreografia".
Um
dos
maiores
problemas
encontrados
pelos
professores
relaciona‐se
ao
fato
de
que
este
tipo
de
aula,
mais
do
que
quaisquer
outras
dentro
de
uma
academia,
exige
dos
seus
praticantes
uma
grande
utilização
de
suas
capacidades
motoras
e
cognitivas.
Isto
inibe,
em
muitas
vezes,
a
aderência
a
estas
atividades,
pois
o
aluno
que
possui
pouca
coordenação
dificilmente
se
sentirá
motivado
para
iniciar
algo
que
julgue
ser
incapaz
de
acompanhar.
Para
que
uma
aula
destas
seja
motivante,
dinâmica
e
efetiva
é
preciso
que
o
professor
tenha
atenção,
entre
outras
coisas,
à
duas
fases
primordiais:
a
elaboração
coreográfica,
que
acontece
durante
o
planejamento
prévio
da
aula
a
apresentação
em
si,
na
qual
os
movimentos
são
ensinados
aos
alunos.
Neste
artigo
falaremos
da
primeira
fase
citada,
que
é
a
responsável
pela
construção
de
uma
base,
um
"alicerce
firme”
para
toda
a
aula.
Padrões
de
Movimento
A
coreografia
é
formada
por
uma
combinação
de
movimentos
chamados
"passos
básicos".
Estes
passos,
por
sua
vez,
são
constituídos
por
uma
sucessão
ou
alternância
de
apoios
e
toques,
que
irão
determinar
o
padrão
de
movimento
ao
qual
estes
pertencem.
Apoio:
considera‐se
quando
no
passo
realizado
ocorre
a
transferência
de
peso
para
a
perna
que
executa
o
movimento.
Toque:
considera‐se
quando
o
passo
promove
a
movimentação
da
perna
livre
sem
transferir
o
peso.
Dentro
deste
conceito,
podemos
analisar
cada
passo
isoladamente
e
classificá‐los
conforme
a
existência
ou
não
de
toques
na
sua
estrutura.
A
harmonia
entre
distintos
passos
de
apoio
ou
toque
utilizados
nas
combinações,
poderá
representar
o
sucesso
de
uma
aula,
já
que
estão
relacionados
diretamente
à
fluidez
e
continuidade
das
coreografias.
Para
isso,
precisamos
conhecer
as
técnicas
corretas
de
transição.
Quando
executamos
um
passo
existe
sempre
uma
perna
que
lidera
o
movimento.
Nesta
concepção,podemos
dividir
os
passos
em
liderança
simples,
liderança
alternada
e
liderança
neutra.
Liderança
Simples:
são
aqueles
que,
quando
realizados
em
sequência
e
mantidos
no
seu
padrão
original,
iniciam‐se
sempre
com
a
mesma
perna
(passos
pertencentes
ao
padrão
dos
apoios
consecutivos
alternados).
Liderança
Alternada:
inversamente,
são
aqueles
que
obrigam
à
uma
troca
de
liderança
no
final
do
movimento
(todos
os
padrões
com
toques).
Liderança
Neutra:
os
que
não
identificam
a
perna
líder
(apoios
simultâneos).
A
primeira
regra
de
transição
a
ser
levada
em
conta
pelos
profissionais
é
não
modificar
os
padrões
de
movimento
dos
passos,
pois
esta
modificação
impede
que
o
aluno
assimile
a
coreografia
facilmente,
por
preocupar‐se
com
a
forma
de
execução.
Se
um
passo
for
sempre
realizado
do
mesmo
modo,
o
praticante
não
necessita
pensar
no
término
do
movimento
(com
toque
ou
sem
toque),
mas
sim
concentrar‐se
em
outros
aspectos
exigidos,
como
a
sequência
que
se
segue,
os
giros,
os
braços,
etc.
Vejamos
como
exemplo
o
"grapevine"
que
possui
liderança
alternada,
visto
que
o
seu
deslocamento
lateral
assim
o
exige.
Não
existe
nenhum
sentido
em
mudar
a
"natureza"
deste
movimento
retirando
o
seu
toque
final,
uma
vez
que
foi
requerido
um
treino
com
este
toque
desde
as
primeiras
experiências
do
aluno.
Portanto,
numa
aula
bem
estruturada,
este
passo
será
sempre
treinado
em
liderança
alternada
e
esta
característica
será
sempre
mantida
.
Podemos
observar
que
os
passos
pertencentes
ao
mesmo
padrão
podem
ser
realizados
ininterruptamente,
sem
que
haja
nenhuma
"quebra"
de
continuidade.
Também
é
possível
verificar
que
os
padrões
cujos
toques
são
realizados
nos
tempos
pares
(2º
e
4º
/
e
no
4º),
combinam‐se
perfeitamente
bem
,
assim
como
os
padrões
"sem
toque
conjugam
bem
com
outros
padrões.
Uma
das
maiores
dificuldades
que
o
aluno
encontra
numa
aula
reside
na
transição
entre
os
passos
com
toques
nos
tempos
ímpares
e
os
que
os
possuem
nos
tempos
pares.
A
chave
para
este
problema
está
em
evitar
esta
transição
e
conjugá‐los
sempre
com
passos
do
padrão
"apoios
consecutivos
alternados".
Outro
aspecto
importante
a
ser
levado
em
consideração
é
o
da
utilização
dos
passos
neutros
nas
coreografias.
Paradoxalmente,
eles
parecem
ajudar
nas
transições
entre
movimentos,
pois
não
determinam
nenhuma
liderança
e
podem
ser
combinados
com
qualquer
outro
passo.
No
entanto,
esta
falta
de
definição
acarreta
uma
dificuldade
na
aula,
pois
o
aluno
necessita
de
pensar
na
perna
que
inicia
o
movimento
a
seguir.
O
professor
deve
sempre
evitar
dúvidas
ou
conflitos
nos
alunos
e
facilitar
as
suas
tarefas
elaborando
coreografias
fáceis
de
executar
e
memorizar.
Para
isso
deve
sempre
planejar
antecipadamente
as
suas
aulas
considerando
as
corretas
transições
entre
os
movimentos
e
as
suas
sequências.
Saiba
mais
sobre
transições
e
estruturação
coreográfica
em
nossos
cursos.
Boas
aulas!