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O metabolismo é catalisado por sistemas integrados de enzimas que mediam reações que
requerem energia e é constituído do anabolismo e do catabolismo.
Tanto a glicólise quanto a fermentação são processos de baixo rendimento energético, pois
resultam na síntese de pequena quantidade de ATP. As bactérias têm que absorver grandes
quantidades de substrato para obterem energia suficiente para os processos celulares.
Respiração aeróbica
A respiração aeróbica é o processo de oxidação do piruvato - resultante da glicólise - a
dióxido de carbono e água, através de uma série de reações denominadas em conjunto
CICLO DE KREBS. É um processo que requer O2 como aceptor final de elétrons e é muito
mais eficiente na obtenção de energia do que a glicólise ou a fermentação. Os organismos
capazes de realizar a respiração aeróbica dominaram todo o planeta apresentando ampla
diversidade enquanto que os organismos fermentadores encontram-se restritos a nichos
anaeróbicos onde existam fontes de carbono aproveitáveis.
Respiração anaeróbica
Os microrganismos são capazes de utilizar muitos outros aceptores finais de elétrons além
do oxigênio, como o sulfato em bactérias do gênero Desulfovibrio.
Aerobiose e anaerobiose
A capacidade de crescer na presença ou na ausência de oxigênio divide as bactérias em
cinco grupos:
Aeróbicas estritas
Bactérias aeróbicas estritas crescem apenas onde há disponibilidade de oxigênio, como por
exemplo, as bactérias do gênero Pseudomonas.
Microaerófilas
Bactérias microaerófilas requerem uma quantidade reduzida de oxigênio; altas
concentrações de oxigênio lhes são tóxicas. As bactérias microaerófilas sobrevivem em
ambientes com alta concentração de dióxido de carbono e baixas concentrações de
oxigênio, como por exemplo, as bactérias do gênero Campylobacter.
Anaeróbicas facultativas
Bactérias anaeróbicas facultativas utilizam oxigênio em seu metabolismo energético, mas
também podem crescer na ausência de oxigênio. As bactérias Escherichia coli e espécies de
Staphylococcus são encontradas no trato intestinal e urinário onde há pouca disponibilidade
de oxigênio. Todas as bactérias pertencentes à família Enterobacteriaceae são anaeróbicas
facultativas.
Anaeróbicas aerotolerantes
Bactérias anaeróbicas aerotolerantes suportam a presença de oxigênio, sem utilizá-lo em
seu metabolismo. Por exemplo, a bactéria Lactobacillus acidophillus.
Anaeróbicas estritas
Bactérias anaeróbicas estritas não crescem na presença de oxigênio que lhes é tóxico. A
maioria das espécies anaeróbicas estritas é encontrada no solo ou em micro-ambientes em
organismos animais que tenham se tornado anaeróbicos, como ferimentos profundos ou a
junção das gengivas com os dentes. São exemplos de organismos anaeróbicos estritos as
bactérias do solo Clostridium tetani (causadora do tétano), Clostridium botulinum
(causadora do botulismo) e as bactérias associadas com doenças periodontais, como
Porphiromonas gengivallis e Prevotella intermedia. A grande maioria das bactérias
associadas aos intestinos de animais são anaeróbicas estritas. Para o crescimento de
bactérias anaeróbicas estritas em laboratório são requeridos procedimentos especiais de
cultivo, tais como a exclusão total do oxigênio do meio e do ambiente de crescimento
através do uso de agentes redutores que reajam com o oxigênio gasoso.