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- Absolutismo;
- Mercantilismo.
Resumo
1. Apresentação
A época moderna é um período de transição entre o feudalismo medieval para o capitalismo contemporâneo.
Apesar de formas de trabalho semelhantes à servidão continuarem comuns no campo, existe uma burguesia
mercantil e manufatureira com certo poder. Em função desse quadro social complexo em que coexistem
burguesia e nobreza, existe uma forma própria de Estado, o estado absolutista e uma teoria e política econômica
de forte intervenção do Estado também restrita a esse período histórico, o mercantilismo.
2. O Absolutismo
. Conceituação: O nome absolutismo dá a falsa idéia de que o rei tem poderes absolutos, totais. Na verdade, o rei
serve como um ponto de equilíbrio entre os conflitos existentes entre as classes sociais daquela sociedade –
burguesia, nobreza e campesinato. Em função desse quadro contrastante, o rei representava o poder que
terminaria com todos os conflitos. Na verdade, o rei tinha que jogar com as pressões desses grupos sociais. A
classe hegemônica daquele meio, no entanto, era a classe que se sustentava a partir do controle da terra, ou
melhor, a nobreza e o clero.
. Antigo Regime: É o nome dado ao regime absolutista pelos iluministas do século XVIII de uma forma pejorativa.
Na história é sinônimo de monarquia absoluta ou absolutismo.
. Teóricos do absolutismo: O poder absoluto era legitimado através de discursos. Esses discursos foram
importantíssimos para que o regime se consolidasse e fosse aceito por todos. As principais teorias são:
. O Direito divino dos reis: Le Bret, Bodin e Bossuet são teóricos franceses que afirmam que os reis têm uma
origem divina e por isso têm a legitimidade para governar. Essa é a principal base de sustentação teórica do
regime absolutista. Portanto, a figura do rei nos tempos modernos é sagrada.
. O Leviatã: Hobbes afirma que o homem é o lobo do homem e sem um governo forte e coercitivo, o homem pode
se destruir. Diante dessa animalidade humana, é necessário um governo forte na mão de um rei.
. Maquiavel: Esse autor escreveu o livro O Príncipe mostrando como os reis italianos de seu tempo agiam, como
eram anti-éticos e arbitrários, mostra como eram os regimes absolutistas de seu tempo.
3. Mercantilismo
. O que é: É a teoria e a prática econômica dos estados modernos, das monarquias absolutas. Tem como
característica fundamental a intervenção do Estado na economia para o fomento da riqueza nacional.
Pressupõe que a riqueza não se reproduz, ela é limitada na natureza, por isso os estados europeus vão ter longas
e numerosas guerras para ter essa riqueza. Essas medidas têm o objetivo também de fortalecer o poder dos
ainda fracos Estados nascentes. Existem ainda aspectos específicos do mercantilismo.
. Metalismo – ou Bulionismo: É o fator maior do sistema mercantilista que vai explicar todas as outras
características desse sistema. Pensava-se na época que toda a riqueza do mundo estava nas pedras preciosas e
outras riquezas naturais, principalmente o outro e a prata. A riqueza de um país media em quanto ouro e prato
havia em seu território. Diante disso, os países europeus restringem a saída de ouro e prata dos seus territórios,
tentando trazer o Maximo desses metais para dentro de suas fronteiras.
. Balança comercial favorável: Os países europeus traçaram varias formas de se conseguir essa riqueza em
metais. Com a balança comercial favorável, exportando-se mais do que importava, o reino adquiria metais de
outros reinos. Todos os países europeus tentavam manter esse saldo positivo na balança.
. Colonialismo: Consistia na aquisição matérias-primas de alto valor, ouro e prata nas colônias no ultramar e a
venda de produtos manufaturados para estas regiões. Era mais uma forma de enriquecimento.
. Industrialismo: Era o fomento da produção de manufaturas, principalmente para exportação, objetivando uma
balança favorável. Essa é uma característica mais tardia do mercantilismo, dos séculos XVII e XVIII. As unidades
fabris desse período não são as mesmas da Revolução Industrial, são manufaturas.
. Populacionismo: O poder de uma nação também era medido pela população que havia no reino. Isso porque a
população mostrava o tamanho do exercito que o país podia montar e a produção de alimentos e manufaturas
que esse país podia ter, especialmente em períodos de guerra.
. Contraste com o liberalismo: A teoria econômica que surge no final do século XVIII e consolida-se no século XIX,
o liberalismo, nasce da crítica dessas práticas mercantilistas. O liberalismo defende a não intervenção do Estado
na economia, já que as leis naturais do mercado regulariam automaticamente a economia.