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MataCorpoAdentro

Me instigou a nobreza do seu sorriso.

Donde será que veio a leveza barulhenta dos seus passos?

e seus olhos cor de cereja pega do pé?

Daqueles pés que sobre os meus caminharam e juntos se acariciaram.

Na parte fêmea do meu corpo e na parte macho do teu universo, onde


estamos juntos agora. Completamente imersos.

Você? se descobrindo. Euforia!

Eu? me completanto. Alegria!

E tamanho é o gosto doce de felicidade quando nos teus braços eu me


ganho.

Tão frágil, vulnerável e nua.

Como a semente que plantamos outrora!

No ventre o broto florecerá tão verde quanto o limo das pedras onde aguas
límpidas caem

em ritmo santo.

É aqui nesta terra! Nesta terra, Neste chão!

Na terra de sementes, de flores e de frutos.

Na terra de animais selvagens, que por vontade e prazer nós nos tornamos.

Foi aqui a mistura do gosto de pitanga de meu corpo e das suculentas


leguminosas do teu beijo, que você e eu, vivos, descobrimo-nos e
encantamo-nos.
Folha e fruto, brisa leve e fria, troncos, rochedos água e melodia.

Dia a dia, flor a flor, mata a dentro.

Nesta terra o nosso amor nascia.

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