O autor do texto se expressa de forma clara ao fazer uma explanação a
cerca da psicologia do senso comum. O ser humano confia muito na intuição e nos cosumes, ditados dia-pós-dia, mas, a ciência psicológica não é uma ciência completa, pois existe uma gama enorme de fenômenos importantes que ainda não são compreendidos. A psicologia não dispoe de soluções para todos os conflitos e sua abordagem não é única, seguindo os preceitos dispostos no texto em apreço. Partindo desta visão, explicitada pelo texto supra, cabe fazer um paralelo com a ciência do direito. Qualquer ser humano sente-se apto para advogar em causa própria, ou ainda para sair em defesa/acusação de alguém. Tudo baseado em abordagens moldadas pela mídia ou pelo bom senso, sem que exista qualquer conhecimento técnico, estes pré-conceitos são, na maioria das vezes, mau interpretados pelas pessoas devido a falta de conhecimento específico. O direito sob o ponto de vista de qualquer àrea, seja cível, penal, administrativa, trabalhista, etc, jamais poderá prever todas as irregularidades/conflitos do seio social. Outrossim, o direito é classificado como uma ciência hermenêutica, onde para cada caso existe uma qualificação legislativa. Caso não exista, é correto que se use uma das fontes do direito, que assegura a analogia. A fundamentação legal para os casos em que se pode haver analogia está pré disposta na LICC, em seu art. 4º, primeira parte:
“Quando a Lei for omissa, o juiz decidirá o caso
concreto de acordo com a analogia (...)” – LICC comentada por Maria Helena Diniz. 2010, p. 5. Saraiva.
Para finalizar esta explanação sobre o paralelo da situação do Direito com o
texto apresentado, cabe afirmar que as pessoas não devem esperar uma abordagem completa do Direito, ou ainda soluções imediatas para todos os tipos de conflitos. Nossa sociedade é uma sociedade evolutiva, sendo assim, o Direito jamais estará em pé de igualdade com a esfera humano-social, pois se a conduta executada pelo agente não for de cunho ilícito, ou que abale a sociedade, é vista como uma conduta normal. Como em qualquer ciência, as pessoas opinam, colocam suas opiniões traçadas no bom senso e nas experiências vividas por si mesmas por algum conhecido.