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Olhos de vampira

Tão negros quanto à noite que os hospeda


Apenas precisei olhá-los por um breve instante, para que logo, não fosse mais senhor de mim
mesmo

Quando ela se aproximou...


Não havia mais tempo... Espaço.

Doce vampira. Graciosa assassina.

Senti-me presa indefesa, conformada


Apesar disso, completamente fascinado pelos olhos do predador sorrateiro.

Deixou seus lábios demarcados em meu pescoço como uma sentença em rubro
Agora era eu, cativo...

Tão bela como a própria noite


Igualada em mistério e perigo.

Vil é o teu prazer, a reavivar a angustia em meu peito.

O tempo é cruel comigo


E a julgar pelo sorriso estampado, devo crer que nada mudará.

Doce cativeiro... É onde estou


Prisão sem muros.

Sou cativo do teu cheiro


Prisioneiro de tua imagem
Presa fácil do rubro dos teus lábios.

Espero assim pelo dia de nosso novo encontro.

Não... Não tenho medo


Juro que não!

Quem já possui a certeza de seu destino


Não teme mais nada.

Que a morte seja o pagamento por minha audácia


Pois não consigo; não desejo retirar de minha cabeça
A Beleza perigosa de teus olhos de vampira.

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