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A ORGANIZAÇÃO

CIENTÍFICA DO TRABALHO
A EMERGÊNCIA DO TRABALHO E
DO TRABALHADOR ENQUANTO
OBJETO DE ANÁLISE
Produção industrial pré-tayloriana
► FoiTaylor quem “inventou” a divisão do
trabalho?

► Quala relação entre a divisão de trabalho e


a subjetividade?

► Qualos efeitos do coletivo de trabalho


(corporação de ofício) na produção de
subjetividade dos trabalhadores?
Produção industrial pré-tayloriana
► Como se poderia aumentar o lucro das
empresas?

► Como se poderia aumentar a produtividade?

► Existia disciplina antes de Taylor?

►O trabalhador “docilizado” foi inventado por


Taylor?
Taylor contra o controle operário
► Quaisos principais objetivos de Taylor ao
propor sua Organização Científica de
Trabalho?

►E quais princípios estão em jogo nas


práticas taylorianas?
Taylor contra o controle operário
► 1º Princípio:
 Apropriação do saber operário

►Análise
“científica” do trabalho: estudo dos tempos e
movimentos pelas fases analítica e construtiva

►Determinação do tempo ótimo da tarefa

►Exclusão de movimentos desnecessários

►Exclusão da cognição e da iniciativa operária


Taylor contra o controle operário
► 2º Princípio:
 Seleção e treinamento

►Aumento da eficiência da atividade do trabalhador

►Redução do tempo de treinamento

►Facilidade da contratação de pessoas sem qualquer


qualificação (aumento da reserva de mão de obra)
Taylor contra o controle operário
► 2º Princípio:
 Planejamento e controle do trabalho pela
direção

►Profunda e intensa separação entre execução e


planejamento, organização e controle da atividade

►Centralidade sobre a tarefa


Ford e a linha de montagem
► Inovações de Ford:
1. Introdução da linha de montagem:
 Controle do tempo é ditado pela máquina
(ritmo da linha)

 Redução ainda mais radical de movimentos


desnecessários (abastecimento das peças)

 Intensificação do taylorismo
Ford e a linha de montagem
► Inovações de Ford:
1. Nova concepção da relação trabalho-
consumo:

 Ao trabalhador de massa se proporciona um


salário que propicia consumo de bens de
massa

 Concepção de sociedade aos moldes da


fábrica – Welfare/Workfare
Concepção de homem para o
taylorismo-fordismo

► Quais as concepções de homem para o


taylorismo-fordismo?

►O que “motiva” o homem taylorista?

► Essas concepções são condizentes com as


concepções contemporâneas? E no caso do
Brasil?
Efeitos do taylorismo-fordismo para
a indústria e a sociedade
► Queefeitos gerais se observam nas
indústrias tayloristas-fordistas?
►Surgimentosde novas figuras
►Aumento da produtividade

► Esses efeitos são idênticos em todos os


locais?
►Mudanças culturais tem impacto reduzido, mas
importante
►E que efeitos se observam na sociedade?
►O capital industrial se justifica como cooperação
produtiva social
Efeitos para o trabalhador
► Dejours, em A loucura do trabalho, fez
talvez a crítica mais contundente sobre o
taylorismo
 Desqualificação
 especialização,
 Individualização / rompimento com laços
coletivos prévios
 Despotencialização / perda de iniciativa
 Desresponsabilização
 Riscos de paralisia psíquica
Efeitos para o trabalhador
 Despersonalização no trabalho
 Esgotamento e fadiga
 Medo, angústia, frustração
 Isolamento e alienação
 Repetição de gestos estereotipados
 Redução de demandas cognitivas
 Perda de possibilidade de adaptação no trabalho
/ impossibilidade de se variar
 Bloqueio da mobilidade, do pensar, das formas
de expressão
Efeitos para o trabalhador
► Algunsdesses efeitos foram identificados há
muito mais tempo: pesquisas que dão
origem à Escola das Relações Humanas

► Outros,
decorrem dos limites do
crescimento ininterrupto da produtividade.
Absenteísmo, Resistências, Sabotagem,
Doenças Ocupacionais, queda da qualidade,
“malandragem”/”vadiagem” impedem o
aumento continuado da produtividade
Alguns movimentos para redução
dos efeitos deletérios do taylorismo
► Escoladas Relações Humanas e o
Enriquecimento dos Cargos. Do que se
trata?

► Que papel as questões psicológicas passam


a jogar para essa corrente?

► Queconcepções de homem essa corrente


pressupõe?
Concepção de homem para a ERH
► Concepção do homem no trabalho
relacionada à motivação, à sociabilidade e à
aspiração de que o trabalho se torne um
instrumento de realização pessoal
► O trabalho é um meio pelo qual as pessoas
procuram satisfazer suas necessidades (e
só possui sentido se satisfaz necessidades -
Maslow)
► A organização requer personalidade ainda
infantil dos homens (Argyris0
Concepção de homem para a ERH
► As dinâmicas grupais ocultas e inconscientes
impossibilitam resolução de conflitos e o
desenvolvimento do grupo
► As equipes informais têm papel importante
na produtividade e, por isso, devem ser
geridas (liderança)
► Concepção humanista para superar limites
da Organização do Trabalho (festas, clubes)
Emergência das práticas PSI no RH
► As práticas PSI fornecem elementos que permitam
a seleção de trabalhadores, sua capacitação para
o desempenho das funções, geralmente
empobrecidas (treinamento), a descrição
detalhada do que fazem (análise da tarefa), sua
introdução ao ambiente de trabalho, sua avaliação
periódica (calcada em traços de personalidade e
comportamentos, originariamente), seu
crescimento hierárquico (plano de sucessão) e seu
aconselhamento (principalmente quando algum
problema compromete seu desempenho).
(SAMPAIO, 1994)
Emergência das práticas PSI no RH
► Enfim,como fazer para que os subordinados
trabalhem (motivação) e como fazer para
que os chefes e supervisores tornem seus
subordinados mais produtivos (liderança) e
como divulgar as informações e decisões
tomadas pela cúpula para evitarem-se
distorções e resistência (comunicação)
(SAMPAIO, 1994)
Emergência das práticas PSI no RH
► Aspráticas PSI se instrumentalizam para dar
subsídios a uma empresa que precisa passar por
processos de mudança (Desenvolvimento
Organizacional) para atender as novas demandas
do ambiente onde está inserida ... são chamadas a
colaborar no diagnóstico organizacional, realizar
pesquisas de clima e cultura organizacional,
levantar necessidades de treinamento, estudando
principalmente o comportamento dos recursos
humanos e relegando os traços de personalidade à
seleção profissional. (SAMPAIO, 1994)
Emergência das práticas PSI no RH
► Diante da ampliação do movimento sindical nos
países do centro, associada a uma escolarização
maciça da classe trabalhadora, surgem os
programas de estresse laboral e qualidade de vida
no trabalho.
► A Q.V.T. é uma consolidação da proposta de "job
redesign" orientada em direção à satisfação no
trabalho.
► Os estudos de estresse laboral são trabalhos de
intervenção nas organizações da escola anglo-
americana que visam reduzir o desgaste físio-
psíquico do trabalhador. (SAMPAIO, 1994)
Negação do centro do problema
► Todas essas práticas apresentaram limites
importantes a partir do momento em que se
recusaram, durante muito tempo, a discutir
o processo da organização do trabalho
► O pacto (relativamente imposto) do
fordismo não permite questionar as bases
da produção
► É um outro sujeito que se produz, e o que
se tenta é minimizar os efeitos
problemáticos de sua emergência
Crise do fordismo: nova etapa para o
trabalho e a subjetividade
► Somente quando há uma intensificação da
crise do fordismo (em seu duplo sentido –
técnico e social) é que se dá espaço aos
novos arranjos que se produzem entre o
trabalho e a subjetividade

► Estamosvivendo, atualmente, a
consagração dessa nova experiência

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