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“Não só baseado na avaliação do Guia da Folha, mas também por iniciativa própria, assisti
cinco vezes a “Um filme falado”. Temia que a crítica brasileira condenasse o filme por não
se convencional, mas tive uma satisfação imensa quando li críticas unânimes na imprensa.
Isso mostra que, apesar de tantos enlatados, a nossa crítica é antenada com o passado e o
presente da humanidade e com as coisas que acontecem no mundo. Fantástico! Parabéns,
Sérgio Rizzo, seus textos nunca me decepcionam.”
Luciano Duarte Guia da Folha 10 a 16 de junho 2005
TEXTO 2
RESERVA CULTURAL
Você nunca viu cinema assim.
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Tecendo a manhã
João Cabral de Melo Neto 3. Diga que função ocorre e aponte
características.
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Um galo sozinho não tece uma manhã:
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ele precisará sempre se outros galos.
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De um que apanhe esse grito que ele
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e o lance a outro; de um outro galo
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que apanhe o grito que um galo antes
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e o lance a outro; e de outros galos
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que com muitos outros galos se cruzem
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os fios de sol de seus gritos de galo,
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para que a manhã, desde uma tela tênue,
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se vá tecendo, entre todos os galos.
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a) "O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou
serem
rompidas, mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-
vergonhice,
pelo hábito covarde de acomodação e da complacência. Diante do povo, diante do mundo e
diante
de nós mesmos, o que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente as instituições para
lhes
devolver a credibilidade desgastada. O que é preciso (e já não há como voltar atrás sem
avacalhar
e emporcalhar ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é apurar tudo o que houver
a ser
apurado, doa a quem doer." (O Estado de São Paulo)
b) O verbo infinitivo
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então ouvir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e have
E perder, e sofrer, e ter horro
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito... (Vinícius de Morais)
e) "Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Lights."