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5.0.1 Introdução
Vimos como as aplicações e serviços de rede em um dispositivo final podem comunicar-se com aplicações e serviços
em execução em outro dispositivo final.
A seguir, conforme mostra a figura, vamos examinar como estes dados são passados adiante através da rede de
maneira eficiente, do dispositivo final de origem (ou host) até o host de destino.
Os protocolos da camada de Rede do modelo OSI especificam o endereçamento e processos que possibilitam que os
dados da camada de transporte sejam empacotados e transportados. O encapsulamento da camada de rede permite que
seus conteúdos sejam passados para o destino dentro de uma rede ou em uma outra rede com um mínimo de
overhead.
Este capítulo enfoca o papel da camada de rede, examinando como ela divide as redes em grupos de hosts para
gerenciar o fluxo de pacotes de dados dentro de uma rede. Veremos também como se facilita a comunicação entre
redes. Esta comunicação entre redes é chamada de roteamento.
Objetivos
Ao final deste capítulo, você será capaz de:
Identificar o papel da camada de rede quando ela descreve a comunicação de um dispositivo final com outro
dispositivo final.
Analisar o protocolo mais comum da camada de rede, o Internet Protocol (IP), e seus recursos para proporcionar
serviços melhores e sem conexão.
Entender os princípios usados para orientar a divisão, ou agrupamento, dos dispositivos em redes.
Entender o endereçamento hierárquico dos dispositivos e como isso possibilita a comunicação entre as redes.
Entender os fundamentos das rotas, endereços de próximo salto e encaminhamento de pacotes a uma rede de destino.
Endereçamento
Primeiro, a camada de rede precisa fornecer o mecanismo de endereçamento destes dispositivos finais. Se fragmentos
individuais de dados precisam ser direcionados a um dispositivo final, este dispositivo precisa ter um endereço único.
Em uma rede IPv4, quando este endereço é atribuído a um dispositivo, o dispositivo passa a ser chamado de host.
Encapsulamento
Em segundo lugar, a camada de rede precisa fornecer o encapsulamento. Além da necessidade dos dispositivos serem
identificados com um endereço, os fragmentos individuais (as PDUs da camada de rede) também devem conter estes
endereços. Durante o processo de encapsulamento, a camada 3 recebe a PDU da camada 4 e acrescenta um cabeçalho
ou rótulo da camada 3 para criar uma PDU da camada 3. Ao fazer referência à camada de rede, chamamos esta PDU
de pacote. Quando se cria um pacote, o cabeçalho deve conter, entre outras informações, o endereço do host para o
qual ele está sendo enviado. Este endereço é chamado de endereço de destino. O cabeçalho da camada 3 também
contém o endereço do host de origem. Este endereço é chamado de endereço de origem.
Depois que a camada de rede completa seu processo de encapsulamento, o pacote é enviado para a camada de enlace
de dados para ser preparado para o transporte através do meio físico.
Roteamento
Em seguida, a camada de rede precisa fornecer serviços para direcionar estes pacotes a seu host de destino. Os hosts
de origem e de destino nem sempre estão conectados à mesma rede. De fato, o pacote pode ter que viajar através de
muitas redes diferentes. Ao longo do caminho, cada pacote precisa ser guiado através da rede para chegar a seu
destino final. Os dispositivos intermediários que conectam as redes são chamados roteadores. O papel do roteador é
selecionar o caminho e direcionar os pacotes a seus destinos. Este processo é conhecido como roteamento.
Durante o roteamento através de uma rede, o pacote pode atravessar muitos dispositivos intermediários. Cada rota
que um pacote toma para chegar ao próximo dispositivo é chamada de salto. Conforme o pacote é direcionado, seu
conteúdo (a PDU da camada de transporte) permanece intacto até a chegada ao host de destino.
Decapsulamento
Finalmente, o pacote chega ao host de destino e é processado na camada 3. O host examina o endereço de destino
para varificar se o pacote estava endereçado para este dispositivo. Se o endereço estiver correto, o pacote é
desemcapsulado pela camada de rede e a PDU da camada 4 contida no pacote é passado para o serviço apropriado da
camada de transporte.
Diferente da camada de transporte (camada 4 do OSI), que gerencia o transporte de dados entre os processos em
execução em cada host final, os protocolos de camada de rede especificam a estrutura e o processamento dos pacotes
usados para carregar os dados de um host para outro. O funcionamento sem consideração aos dados de aplicações
carregadas em cada pacote permite que a camada da rede leve pacotes para diversos tipos de comunicações entre
múltiplos hosts.
O Internet Protocol (IPv4 e IPv6) é o protocolo mais usado para transporte de dados da camada 3 e será o foco deste
curso. A discussão de outros protocolos será mínima.
A versão 6 do IP (IPv6) foi desenvolvida e está sendo implementada em algumas áreas. O IPv6 vai operar
simultaneamente com o IPv4 e poderá substituí-lo no futuro. Os serviços oferecidos pelo IP, bem como a estrutura e o
conteúdo dos cabeçalhos do pacote, são especificados tanto pelo protocolo IPv4 quanto pelo IPv6. Estes serviços e
estrutura de pacotes são usados para encapsular os datagramas UDP ou segmentos TCP para seu transporte através de
uma conexão entre redes.
As características de cada protocolo são diferentes. O entendimento destas características permitirá que você
compreenda o funcionamento dos serviços descritos por este protocolo.
O Internet Protocol foi elaborado como um protocolo com baixo overhead. Ele somente fornece as funções
necessárias para enviar um pacote de uma origem a um destino por um sistema de redes. O protocolo não foi
elaborado para rastrear e gerenciar o fluxo dos pacotes. Estas funções são realizadas por outros protocolos de outras
camadas.
Os protocolos orientados a conexão, como o TCP, requerem que sejam trocados dados de controle para estabelecer a
conexão, assim como campos adicionais no cabeçalho da PDU. Em razão do IP ser sem conexão, ele não requer uma
troca inicial de informações de controle para estabelecer uma conexão entre as extremidades antes do envio dos
pacotes, nem requer campos adicionais no cabeçalho da PDU para manter esta conexão. Este processo reduz muito o
cabeçalho IP.
Entretanto, a entrega de pacotes sem conexão pode resultar na chegada dos pacotes ao destino fora de seqüência. Se a
entrega de pacotes foi feita fora de ordem ou ocorreu a falta de pacotes, isso criará problemas para a aplicação que
usará os dados, os serviços das camadas superiores terão que resolver estas questões.
A missão da camada 3 é transportar os pacotes entre os hosts, e ao mesmo tempo sobrecarregar a rede o menos
possível. A camada 3 não tem preocupações nem ciência sobre o tipo de comunicação contida dentro de um pacote.
Esta responsabilidade é papel das camadas superiores, conforme necessário. As camadas superiores podem decidir se
a comunicação entre serviços precisa de confiabilidade e se esta comunicação pode tolerar os requisitos de
confiabilidade do overhead.
O IP geralmente é considerado um protocolo não confiável. Neste contexto, não confiável não significa que o IP
trabalhe adequadamente algumas vezes e não funcione bem outras vezes. Isso também não quer dizer que ele não seja
adequado como protocolo de comunicação de dados. O significado de não confiável é simplesmente que o IP não
possui a capacidade de gerenciar e recuperar pacotes não entregues ou corrompidos.
Como os protocolos de outras camadas conseguem gerenciar a confiabilidade, o IP consegue funcionar com grande
eficiência na camada de rede. Se incluíssemos um cabeçalho de confiabilidade em nosso protocolo da camada 3, as
comunicações que não requerem conexões ou confiabilidade seriam sobrecarregadas com o consumo de largura de
banda e o atraso produzido por este cabeçalho. No conjunto TCP/IP, a camada de transporte pode escolher entre TCP
ou UDP, com base nas necessidades de comunicação. Assim como com todo o isolamento de camadas proporcionado
pelos modelos de rede, deixar a decisão sobre confiabilidade para a camada de transporte torna o IP mais adaptável e
fácil de se acomodar com diferentes tipos de comunicação.
O cabeçalho de um pacote IP não inclui campos necessários para uma entrega de dados confiável. Não há
confirmações da entrega de pacotes. Não há controle de erros para os dados. Também não exite nenhuma forma de
rastreamento de pacotes, e por isso não há possibilidade de retransmissão de pacotes.
É responsabilidade da camada de Enlace de Dados do OSI pegar um pacote IP e prepará-lo para transmissão pelo
meio físico de comunicação. Isso quer dizer que o transporte de pacote IP não está limitado a nenhum meio físico
particular.
Porém, existe uma característica de grande importância do meio físico que a camada de rede considera: o tamanho
máximo da PDU que cada meio físico consegue transportar. Esta característica é chamada de Maximum Transmition
Unit (MTU). Parte das comunicações de controle entre a camada de enlace de dados e a camada de rede é o
estabelecimento de um tamanho máximo para o pacote. A camada de enlace de dados envia a MTU para cima para a
camada de rede. A camada de rede determina então o tamanho de criação dos pacotes.
Em alguns casos, um dispositivo intermediário (geralmente um roteador) precisará dividir o pacote ao enviá-lo de um
meio físico para outro com uma MTU menor. Este processo é chamado fragmentação do pacote ou fragmentação.
Links
RFC-791 http://www.ietf.org/rfc/rfc0791.txt
O processo de encapsulamento de dados pela camada possibilita que os serviços nas diferentes camadas se
desenvolvam e escalem sem afetar outras camadas. Isso signfiica que os segmentos da camada de transporte podem
ser imediatamente empacotados pelos protocolos existentes na camada de rede, como o IPv4 ou o IPv6, ou por
qualquer novo protocolo que venha a ser desenvolvido no futuro.
Os roteadores podem implementar estes diferentes protocolos de camada de rede para que operem simultaneamente
em uma rede entre os mesmos hosts ou entre hosts diferentes. O roteamento realizado por estes dispositivos
intermediários considera somente os conteúdos do cabeçalho do pacote que encapsula o segmento.
Em todos os casos, a porção de dados do pacote (ou seja, a PDU encapsulada da camada de transporte) permanece
inalterada durante os processos da camada de rede.
Links
RFC-791 http://www.ietf.org/rfc/rfc0791.txt
Endereços IP de Destino
O Endereço IP de Destino contém um valor binário de 32 bits que representa o endereço do host de destino do pacote
da camada 3.
Endereço IP de Origem
O Endereço IP de Origem contém um valor binário de 32 bits que representa o endereço do host de origem do pacote
da camada 3.
Tempo de Vida
O Tempo de Vida (TTL) é um valor binário de 8 bits que indica o "tempo de vida" restante do pacote. O valor TTL
diminui em pelo menos um a cada vez que o pacote é processado por um roteador (ou seja, a cada salto). Quando o
valor chega a zero, o roteador descarta ou abandona o pacote e ele é removido do fluxo de dados da rede. Este
mecanismo evita que os pacotes que não conseguem chegar a seus destinos sejam encaminhados indefinidamente
entre roteadores em um loop de roteamento. Se os loops de roteamento tivessem permissão para continuar, a rede
ficaria congestionada com os pacotes de dados que nunca chegariam a seus destinos. A diminuição do valor de TTL a
cada salto assegura que ele chegue a zero e que o pacote com um campo TTL expirado seja descartado.
Protocolo
O valor binário de 8 bits indica o tipo de payload de dados que o pacote está carregando. O campo Protocolo
possibilita que a camada de rede passe os dados para o protocolo apropriado das camadas superiores.
Alguns exemplos de valores:
• 01 ICMP
• 06 TCP
• 17 UDP
Tipo de Serviço
O campo Tipo de Serviço contém um valor binário de 8 bits que é usado para determinar a prioridade de cada pacote.
Este valor permite que um mecanismo de Qualidade de Serviço (QoS) seja aplicado aos pacotes com alta prioridade,
como os que carregam dados de voz para telefonia. O roteador que processa os pacotes pode ser configurado para
decidir qual pacote será encaminhado com base no valor do Tipo de Serviço.
Deslocamento de Fragmento
Conforme mencionado anteriormente, um roteador pode precisar fragmentar um pacote ao encaminhá-lo de um meio
físico para outro que tenha uma MTU menor. Quando ocorre a fragmentação, o pacote IPv4 usa o campo
Deslocamento de Fragmento e a flag MF no cabeçalho IP para reconstruir o pacote quando ele chega ao host de
destino. O campo deslocamento de fragmento identifica a ordem na qual o fragmento do pacote deve ser colocado na
reconstrução.
Links:
RFC791 http://www.ietf.org/rfc/rfc0791.txt
Pacote IP Típico
A figura representa um pacote IP completo, com valores típicos de campos de cabeçalho.
Dividindo Redes
Em vez de ter todos os hosts conectados a uma vasta rede global, é mais prático e fácil gerenciar agrupando os hosts
em redes específicas. Historicamente, as redes baseadas em IP têm suas raízes em uma grande rede. Conforme esta
rede única cresceu, cresceram também os problemas associados a esse crescimento. Para aliviar estes problemas, a
grande rede foi separada em redes menores que foram interconectadas. Estas redes menores geralmente são chamadas
sub-redes.
Rede e sub-rede são termos geralmente usados alternadamente para denominar qualquer sistema de rede possível pelo
compartilhamento de protocolos comuns de comunicação do modelo TCP/IP.
Do mesmo modo, conforme nossas redes crescem, elas podem tornar-se grandes demais para serem gerenciadas
como uma única rede. Neste momento, precisamos dividir nossa rede. Quando planejamos a divisão da rede,
precisamos agrupar os hosts com fatores comuns na mesma rede.
Conforme mostra a figura, as redes podem ser agrupadas com base em fatores que incluem:
• Localização geográfica
• Finalidade
• Propriedade
O volume do tráfego de dados na rede gerado por diferentes aplicações pode variar signficativamente. A divisão de
redes com base no uso facilita a alocação eficiente dos recursos de rede, bem como o acesso autorizado a estes
recursos. Os profissionais da área de redes precisam equilibrar o número de hosts em uma rede com a quantidade de
tráfego gerado pelos usuários. Por exemplo, considere uma empresa que emprega designers gráficos que usam uma
rede para compartilhar arquivos multimídia muito grandes. Estes arquivos consomem a maior parte da largura de
banda disponível em quase todo o dia de trabalho. A empresa também emprega vendedores que apenas efetuam login
uma vez por dia para registrar suas transações de venda, o que gera um mínimo de tráfego de rede. Neste cenário, o
melhor uso dos recursos de rede seria criar diversas redes pequenas, às quais alguns designers tivessem acesso, e uma
rede maior para que todos os vendedores usassem.
Clique no botão FINALIDADE na figura.
Links:
Projeto de redes http://www.cisco.com/en/US/docs/internetworking/design/guide/nd2002.html
Melhorando o Desempenho
Um maior número de hosts conectados a uma única rede pode produzir volumes de tráfego de dados que podem
forçar, quando não sobrecarregar, os recursos de rede como a largura de banda e a capacidade de roteamento.
A divisão de grandes redes de modo que os hosts que precisam se comunicar sejam reunidos reduz o tráfego nas
conexões de redes.
Além das próprias comunicações de dados entre hosts, o gerenciamento da rede e o tráfego de controle (overhead)
também aumentam com o número de hosts. Um contribuinte signficativo para este overhead pode ser os broadcast.
Um broadcast é uma mensagem enviada de um host para todos os outros hosts da rede. Normalmente, um host inicia
um broadcast quando as informações sobre um outro host desconhecido são necessárias. O broadcast é uma
ferramenta necessária e útil usada pelos protocolos para habilitar a comunicação de dados nas redes. Porém, grandes
números de hosts geram grandes números de broadcast que consomem a largura de banda. E em razão de alguns
hosts precisarem processar o pacote de broadcast, as outras funções produtivas que o host está executando também
são interrompidas ou deterioradas.
Os broadcasts ficam contidos dentro de uma rede. Neste contexto, uma rede também é conhecida como um domínio
de broadcast. Gerenciar o tamanho dos domínios de broadcast pela divisão de uma rede em sub-redes garante que o
desempenho da rede e dos hosts não seja deteriorado em níveis inaceitáveis.
A situação mudou conforme indivíduos, empresas e organizações desenvolveram suas próprias redes IP que se
conectam à Internet. Os dispositivos, serviços, comunicações e dados são propriedade destes proprietários de redes.
Os dispositivos de rede de outras empresas e organizações não precisam conectar-se à sua rede.
A divisão de redes com base na propriedade significa que o acesso entre os recursos fora de cada rede pode ser
proibido, permitido ou monitorado.
Passe pelos botões Acesso Concedido e Acesso Negado na figura para visualizar diferentes níveis de segurança.
O acesso à conexão de rede dentro de uma empresa ou organização pode ser garantido do mesmo modo. Por
exemplo, uma rede universitária pode ser dividida em sub-redes, uma de pesquisa e outra de estudantes. A divisão de
uma rede com base no acesso dos usuários é um meio de assegurar as comunicações e os dados contra o acesso não
autorizado de usuários tanto de dentro da organização quanto de fora dela.
Links:
segurança nas redes IP
http://www.cisco.com/en/US/docs/internetworking/case/studies/cs003.html
A divisão de grandes redes de modo que os hosts que precisam se comunicar sejam reunidos reduz o overhead
desnecessário de todos os hosts que precisam conhecer todos os endereços.
Para todos os outros destinos, os hosts precisam saber apenas o endereço de um dispositivo intermediário, ao qual
eles enviam pacotes para todos os outros endereços de destino. Este dispositivo intermediário é chamado gateway. O
gateway é um roteador em uma rede que funciona como saída dessa rede.
Para suportar as comunicações de dados nas conexões de redes, os esquemas de endereçamento da camada de rede
são hierárquicos.
Conforme mostra a figura, os endereços postais são grandes exemplos de endereços hierárquicos.
Considerem o caso do envio de uma carta do Japão para um funcionário que trabalha na Cisco Systems.
Se uma carta fosse postada no país de origem, a autoridade postal olharia apenas para o país de destino e veria que a
carta estaria destinada para os Estados Unidos. Nenhum outro detalhe do endereço ´recisaria ser processado neste
nível.
Na chegada aos Estados Unidos, a agência de correio olharia primeiro o estado, Califórnia. A cidade, a rua e o nome
da empresa não seriam examinados se a carta ainda precisasse ser encaminhada para o estado correto. Na Califórnia,
a carta seria direcionada para San Jose. Lá, o portador do correio local seria usado para encaminhá-la a seu destino
final.
A referência dirigida apenas ao nível relevante do endereço (país, estado, cidade, rua, número e funcionário) em cada
estágio do direcionamento da carta para o próximo salto torna este processo muito eficiente. Não há necessidade de
que cada estágio de encaminhamento conheça a localização exata do destino; a carta foi encaminhada para a direção
geral até que o nome do funcionário fosse finalmente utilizado no destino.
Hierárquico Os endereços hierárquicos da camada de rede funcionam de maneira muito semelhante. Os endereços da
camada 3 fornecem a porção de rede do endereço. Os roteadores encaminham pacotes entre redes usando como
referência apenas a parte do endereço da camada de rede que é necessário para direcionar o pacote à rede de destino.
No momento em que o pacote chega à rede de destino, o endereço de destino completo do host será usado para
entregar o pacote.
Se uma grande rede precisa ser dividida em redes menores, podem ser criadas camadas adicionais de endereços. O
uso do esquema de endereçamento hierárquico significa que os níveis mais elevados de endereço (como o país no
endereço postal) pode ser conservado, o nível médio denota os endereços de rede (estado ou cidade) e o nível inferior
os hosts individuais.
O endereço lógico IPv4 de 32 bits é hierárquico e é composto de duas partes. A primeira parte identifica a rede e a
segunda parte identifica um host nesta rede. As duas partes são necessárias para um endereço IP completo.
Por questão de conveniência, os endereços IPv4 são divididos em quatro grupos de oito bits (octetos). Cada octeto é
convertido em seu valor decimal e o endereço completo é escrito como os quatro valores decimais separados por
pontos.
Neste exemplo, conforme mostra a figura, os primeiros três octetos, (192.168.18), identificam a porção de rede do
endereço, e o último octeto (57) identifica o host.
Este é um endereçamento hierárquico porque a porção de rede indica a rede na qual cada endereço único de host se
localiza. Os roteadores precisam saber apenas como alcançar cada rede, em vez de precisar saber a localização de
cada host individualmente.
Com o endereçamento hierárquico IPv4, a porção de rede do endereço de todos os hosts de uma rede é o mesmo. Para
dividir uma rede, a porção de rede do endereço é estendida para usar bits da porção de host do endereço. Estes bits de
host emprestados são usados depois como bits de rede para representar as diferentes sub-redes dentro do escopo da
rede original.
Considerando que o endereço Ipv4 é de 32 bits, quando os bits de host são usados para dividir uma rede, sub-redes
serão criadas resultando em um número menor de hosts em cada sub-rede. No entanto, independente do número de
sub-redes criadas, todos os 32 bits são necessários para identificar um host individual.
O número de bits de um endereço usado como porção de rede é chamado de tamanho do prefixo. Por exemplo, se
uma rede usa 24 bits para expressar a porção de rede de um endereço, o prefixo é denominado /24. Nos dispositivos
em uma rede IPv4, um número separado de 32 bits chamado máscara de sub-rede indica o prefixo.
Nota: O capítulo 6 deste curso tratará do endereçamento de redes e sub-redes IPv4 em detalhes.
A extensão do comprimento do prefixo ou máscara de sub-rede possibilita a criação destas sub-redes. Deste modo, os
administradores de rede têm a flexibilidade de dividir as redes para satisfazer diferentes necessidades, como
localização, gerenciamento de desempenho de rede e segurança, e ao mesmo tempo asseguram que cada host possua
um único endereço.
No entanto, com o propósito de esclarecimento, os primeiros 24 bits de um endereço IPv4 serão usados como a
porção de rede neste capítulo.
Links:
Internet Assigned Numbers Authority
http://www.iana.org/
Como parte de sua configuração, um host possui um gateway padrão definido. Conforme mostra a figura, este
endereço de gateway é o endereço da interface de um roteador que está conectado à mesma rede do host.
Tenha em mente que não é possível para um host específico conhecer o endereço de todos os dispositivos da Internet
com o qual ele poderá ter que se comunicar. Para comunicar-se com um dispositivo em outra rede, o host usa o
endereço deste gateway ou gateway padrão para encaminhar um pacote para fora de sua rede local.
O roteador também precisa de uma rota que defina para onde encaminhar o pacote logo em seguida. Isso é chamado
de endereço de próximo salto. Se uma rota estiver disponível para o roteador, ele encaminhará o pacote para o
roteador de próximo salto que oferece o caminho para a rede de destino.
Links:
RFC823
http://www.ietf.org/rfc/rfc0823.txt
Entretanto, se o host de destino e o host de origem não estiverem na mesma rede, o pacote poderá transportar uma
PDU da camada de transporte através de muitas redes e muitos roteadores. Conforme isso ocorre, as informações nele
contidas não são alteradas por nenhum roteador quando as decisões de encaminhamento são tomadas.
A cada salto, as decisões de encaminhamento são baseadas nas informações do cabeçalho do pacote IP. O pacote e
seu encapsulamento da camada de rede também permanecem basicamente intactos através de todo o processo, desde
o host de origem até o host de destino.
Se a comunicação for entre os hosts de redes diferentes, a rede local entregará o pacote desde a origem até seu
roteador de gateway. O roteador examina a porção de rede do endereço de destino do pacote e encaminha o pacote
para a interface apropriada. Se a rede de destino for diretamente conectada a este roteador, o pacote será encaminhado
diretamente ao host. Se a rede de destino não for diretamente conectada, o pacote será encaminhado para um segundo
roteador que será o roteador de próximo salto.
Então, o encaminhamento do pacote será responsabilidade deste segundo roteador. Muitos roteadores ou saltos ao
longo do caminho poderão processar o pacote antes da chegada ao destino.
Clique nas etapas da figura para seguir o caminho do pacote IP.
Links:
RFC791 http://www.ietf.org/rfc/rfc0791.txt
RFC823 http://www.ietf.org/rfc/rfc0823.txt
Gateway Padrão
O gateway padrão é configurado em um host. Em um computador Windows, as ferramentas Propriedades do Internet
Protocol (TCP/IP) são usadas para inserir o endereço IPv4 do gateway padrão. Tanto o endereço IPv4 do host quanto
o endereço do gateway devem possuir a mesma porção de rede (ou sub-rede, se for o caso) de seus respectivos
endereços.
Clique no gráfico para visualizar as Propriedades Windows.
Nenhum pacote pode ser encaminhado sem uma rota. Quer o pacote tenha origem em um host ou esteja sendo
encaminhado por um dispositivo intermediário, o dispositivo precisa ter uma rota para identificar para onde
encaminhar o pacote.
Um host precisa encaminhar um pacote para o host na rede local ou para o gateway, conforme apropriado. Para
encaminhar os pacotes, o host precisa ter rotas que representem estes destinos.
Um roteador toma uma decisão de encaminhamento para cada pacote que chega à interface de gateway. Este processo
de encaminhamento é chamado de roteamento. Para encaminhar um pacote para uma rede de destino, o roteador
requer uma rota para essa rede. Se não existir uma rota para a rede de destino, o pacote não poderá ser encaminhado.
A rede de destino pode estar a alguns roteadores ou saltos de distância do gateway. A rota para essa rede indicaria
somente o roteador de próximo salto para o qual o pacote deve ser encaminhado, e não o roteador final. O processo
de roteamento usa uma rota para mapear o endereço da rede de destino para o próximo salto, e então encaminhar o
pacote para o endereço deste próximo salto.
Links:
RFC823 http://www.ietf.org/rfc/rfc0823.txt
Assim como os dispositivos finais, os roteadores também adicionam rotas para redes conectadas à sua tabela de
roteamento. Quando a interface de um roteador é configurada com um endereço IP e uma máscara de sub-rede, a
interface torna-se parte dessa rede. Agora, a tabela de roteamento inclui essa rede como uma rede diretamente
conectada. Porém, todas as outras rotas precisam ser configuradas ou adquiridas por meio de um protocolo de
roteamento. Para encaminhar um pacote, o roteador precisa saber para onde enviá-lo. Esta informação está disponível
na forma de rotas em uma tabela de roteamento.
A tabela de roteamento armazena informações sobre redes conectadas e remotas. As redes conectadas estão
diretamente ligadas a uma das interfaces do roteador. Estas interfaces são os gateways para os hosts em diferentes
redes locais. As redes remotas são redes que não estão diretamente conectadas ao roteador. As rotas para essas redes
podem ser configuradas manualmente no roteador pelo administrador da rede, ou então aprendidas automaticamente
com o uso de protocolos de roteamento.
As rotas da tabela de roteamento possuem três atributos principais:
Rede de destino
Próximo salto
Métrica
O roteador associa o endereço de destino do cabeçalho do pacote à rede de destino de uma rota da tabela de
roteamento, e encaminha o pacote para o roteador de próximo salto especificado por essa rota. Se houver duas ou
mais rotas possíveis para o mesmo destino, a métrica´será utilizada para decidir qual rota aparecerá na tabela de
roteamento.
Conforme mostra a figura, a tabela de roteamento de um roteador Cisco pode ser verificada com o comando show ip
route.
Nota: O processo de roteamento e a função da métrica são o assunto de um curso posterior, no qual serão explorados
em detalhes.
Como vocês sabem, os pacotes não podem ser encaminhados pelo roteador sem uma rota. Se uma rota que representa
a rede de destino não estiver na tabela de roteamento, o pacote será descartado (ou seja, não será encaminhado). A
rota correspondente pode ser uma rota para uma rede diretamente conectada ou uma rota para uma rede remota. O
roteador também pode usar uma rota padrão para encaminhar o pacote. A rota padrão é usada quando a rota de
destino não está representada por qualquer outra rota na tabela de roteamento.
Um host cria as rotas usadas para encaminhar os pacotes que gera. Estas rotas derivam da rede conectada e da
configuração do gateway padrão.
Os hosts acrescentam automaticamente todas as redes conectadas às rotas. Estas rotas para as redes locais permitem
que os pacotes sejam entregues aos hosts conectados a estas redes.
Os hosts também requerem uma tabela de roteamento local para assegurar que os pacotes da camada de rede sejam
direcionados para a rede de destino correta. Diferente da tabela de roteamento de um roteador, que contém tanto rotas
locais quanto remotas, a tabela do host normalmente contém sua conexão ou conexões diretas com a rede e sua
própria rota padrão para o gateway. A configuração do endereço do gateway padrão no host cria a rota padrão local.
Conforme mostra a figura, a tabela de roteamento de um computador host pode ser verificada na linha de comando
pela execução dos comandos route, netstat-r, ou route PRINT .
Am algumas circunstâncias, você poderá querer indicar rotas mais específicas de um host. Você pode usar as
seguintes opções para o comando route para modificar o conteúdo da tabela de roteamento:
route ADD
route DELETE
route CHANGE
Links:
RFC823 http://www.ietf.org/rfc/rfc0823.txt
A rede de destino mostrada em uma entrada da tabela de roteamento, chamada de rota, representa uma série de
endereços de hosts e, algumas vezes, uma série de endereços de redes e hosts.
A natureza hierárquica do endereçamento da camada 3 signfiica que uma entrada de rota pode referir-se a uma grande
rede geral e outra entrada pode referir-se a uma sub-rede dessa mesma rede. Ao encaminhar um pacote, o roteador
selecionará a rota mais específica.
Retornando ao exemplo anterior do endereçamento postal, considerem enviar a mesma carta do Japão para o
endereço 170 West Tasman Drive San Jose, California USA. Qual endereço você usaria: "USA" ou "San Jose
California USA" ou "West Tasman Drive San Jose, California USA" ou "170 West Tasman Drive San Jose,
California USA"?
O quarto endereço, o mais específico, seria utilizado. Entretanto, para outra carta em que o número do edifício fosse
desconhecido, a terceira opção forneceria a melhor opção de endereço.
Da mesma maneira, um pacote destinado à uma sub-rede de uma rede maior seria roteado com o uso da rota para a
sub-rede. Porém, um pacote endereçado a uma sub-rede diferente dentro da mesma rede maior seria roteado com o
uso de uma entrada mais geral.
Conforme mostra a figura, se um pacote chegar a um roteador com o endereço de destino 10.1.1.55, o roteador
encaminhará o pacote a um roteador de próximo salto associado a uma rota para a rede 10.1.1.0. Se uma rota para
10.1.1.0 não estiver listada no roteamento, mas houver uma rota disponível para 10.1.0.0, o pacote será encaminhado
para o roteador de próximo salto para essa rede.
Logo, a precedência da seleção de rota para o pacote que vai para 10.1.1.55 seria:
1. 10.1.1.0
2. 10.1.0.0
3. 10.0.0.0
4. 0.0.0.0 (Rota padrão, se configurada)
5. Descartado
Rota Padrão
Um roteador pode ser configurado para ter uma rota padrão. Uma rota padrão é uma rota que corresponderá a todas as
redes de destino. Nas redes IPv4, o endereço 0.0.0.0 é usado com esta finalidade. A rota padrão é usada para
encaminhar pacotes para os quais não há entrada na tabela de roteamento para a rede de destino. Os pacotes com um
endereço de rede de destino que não corresponde a uma rota mais específica na tabela de roteamento são
encaminhados para o próximo salto associado à rota padrão.
Links:
RFC823 http://www.ietf.org/rfc/rfc0823.txt
Na tabela de roteamento de um roteador, cada rota lista um próximo salto para cada endereço de destino que fizer
parte da rota. Conforme cada pacote chega a um roteador, o endereço da rede de destino é examinado e comparado
com as rotas da tabela de roteamento. Quando uma rota correspondente é determinada, o endereço de próximo salto
para essa rota é usado para encaminhar o pacote a seu destino. Então, o roteador encaminha o pacote pela interface na
qual o roteador de próximo salto está conectado. O roteador de próximo salto é o gateway para redes além daquele
destino intermediário.
As redes diretamente conectadas a um roteador não possuem endereço de próximo salto porque não existe um
dispositivo intermediário entre o roteador e essa rede. O roteador pode encaminhar pacotes diretamente pela interface
dessa rede em direção ao host de destino.
Algumas rotas podem ter múltiplos próximos saltos. Isso indica que existem múltiplos caminhos para a mesma rede
de destino. Estas são rotas paralelas que o roteador pode usar para encaminhar pacotes.
Links:
RFC823 http://www.ietf.org/rfc/rfc0823.txt
Verificação do Pacote
Como dispositivo intermediário, o roteador processa o pacote na camada de rede. Porém, os pacotes que chegam às
interfaces do roteador estão encapsulados como PDUs da Camada de Enlace de Dados (camada 2). Conforme mostra
a figura, o roteador primeiro descarta o encapsulamento da camada 2 para que o pacote possa ser examinado.
Se a rota que corresponde à rede de destino de um pacote for uma rede remota, o pacote será encaminhado para a
interface indicada, encapsulado pelo protocolo da camada 2 e enviado para o endereço do próximo salto.
Este processo pode ocorrer algumas vezes até que o pacote chegue a sua rede de destino. O roteador, a cada salto,
conhece somente o endereço do próximo salto; ele não conhece os detalhes do caminho para o host de destino
remoto. Além disso, nem todos os pacotes que vão para o mesmo destino serão encaminhados para o próximo salto
em cada roteador. Os roteadores ao longo do caminho podem aprender novas rotas enquanto ocorre a comunicação, e
encaminhar pacotes posteriores para próximos saltos diferentes.
As rotas padrão são importantes porque o roteador de gateway provavelmente não possui uma rota para todas as redes
possíveis na Internet. Se o pacote for encaminhado com o uso de uma rota padrão, ele deverá eventualmente chegar a
um roteador que possui uma rota para a rede de destino. Este roteador pode ser o roteador ao qual esta rede está
conectada. Neste caso, este roteador encaminhará o pacote para a rede local até o host de destino.
Como o pacote passa através dos saltos na conexão entre redes, todos os roteadores necessitam de uma rota para
encaminhar um pacote. Se em qualquer roteador não for encontrada uma rota para a rede de destino na tabela de
roteamento e não houver uma rota padrão, o pacote será descartado.
O IP não possui meios para devolver um pacote ao roteador anterior se um roteador específico não tiver para onde
enviar o pacote. Esta função prejudicaria a eficiência do protocolo e os baixos overhead. São utilizados outros
protocolos para reportar estes erros.
Links:
RFC823 http://www.ietf.org/rfc/rfc0823.txt
Estas informações de rotas podem ser configuradas manualmente no roteador ou aprendidas dinamicamente através
de outros roteadores da mesma rede. Depois que as interfaces de um roteador estiverem configuradas e operando, a
rede associada a cada interface será instalada na tabela de roteamento como uma rota diretamente conectada.
Se o roteador está conectado a outros roteadores, é requerido o conhecimento da estrutura da conexão entre redes.
Para assegurar que os pacotes sejam roteados para os melhores próximos saltos possíveis, cada rede de destino
conhecida precisa ter uma rota ou uma rota padrão configurada. Em razão dos pacotes serem encaminhados a cada
salto, todos os roteadores devem ser configurados com rotas estáticas para os próximos saltos que reflitam sua
localização na conexão entre redes.
Além disso, como a estrutura da conexão entre redes muda com a dipsonibilidade de novas redes, estas mudanças
terão que ser inseridas por atualização manual em todos os roteadores. Se a atualização não for realizada a tempo, as
informações de roteamento podem ficar incompletas ou imprecisas, resultando am atrasos e possíveis perdas de
pacotes.
Embora os protocolos de roteamento forneçam tabelas de roteamento atualizadas aos roteadores, existem custos.
Primeiro, a troca de informações de rotas adiciona overhead, que consome a largura de banda da rede. Este overhead
pode ser um problema, especialmente para os links de baixa largura de banda entre os roteadores. Em segundo lugar,
as informações de rotas que um roteador recebe são processadas intensivamente por protocolos como EIGRP e OSPF,
para criar as entradas n tabela de roteamento. Isso significa que os roteadores que empregam estes protocolos
precisam ter capacidade de processamento suficiente tanto para implementar os algoritmos dos protocolos como para
realizar em tempo hábil o roteamento e o encaminhamento dos pacotes.
O roteamento estático não produz nenhum overhead na rede e insere as entradas diretamente na tabela de roteamento;
não requer nenhum processamento por parte do roteador. O custo do roteamento estático é administrativo: a
configuração e manutenção manuais da tabela de roteamento asseguram um roteamento eficiente.
Em muitas conexões de redes, são usadas combinações de rotas estáticas, dinâmicas e padrão para fornecer as rotas
necessárias. A configuração de protocolos de roteamento nos roteadores é um componente essencial do CCNA, e será
explorado intensivamente em um curso posterior.
Links:
RFC823 http://www.ietf.org/rfc/rfc0823.txt
Elementos básicos de roteamento http://www.cisco.com/en/US/docs/internetworking/technology/handbook/Routing-
Basics.html
5.6.1 Resumo
O protocolo mais importante da camada de rede (camada 3 do OSI) é o Internet Protocol (IP). A versão 4 do IP
(IPv4) é o protocolo da camada de rede que será usada como exemplo ao longo deste curso.
O roteamento IP da camada 3 não garante uma entrega confiável nem estabelece uma conexão antes da transmissão
dos dados. Esta comunicação sem conexão e não confiável é rápida e flexível, mas as camadas superiores precisam
fornecer mecanismos para garantir a entrega dos dados, se necessário.
A função da camada de rede é transportar dados de um host para outro, sem considerar o tipo de dado. Os dados são
encapsulados em um pacote. O cabeçalho do pacote possui campos que incluem o endereço de destino do pacote.
O endereçamento hierárquico da camada de rede, com porções de rede e de host, facilita a divisão das redes em sub-
redes e possibilita que o endereço de rede seja usado para o encaminhamento dos pacotes a seus destinos em vez de
usar cada endereço individual de host.
Se o endereço de destino não estiver na mesma rede do host de origem, o pacote é passado para o Gateway padrão
para o encaminhamento à rede de destino. O Gateway é uma interface de um roteador que verifica o endereço de
destino. Se a rede de destino for uma entrada em sua tabela de roteamento, o roteador encaminhará o pacote para uma
rede conectada ou para o Gateway de próximo salto. Se não houver uma entrada de roteamento, o roteador poderá
encaminhar o pacote para uma rota padrão ou descartá-lo.
As entradas da tabela de roteamento podem ser configuradas manualmente em cada roteador para proporcionar um
roteamento estático, ou os roteadores podem trocar dinamicamente as informações de rotas entre si usando um
protocolo de roteamento.