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Os mecanismos imunitários são o conjunto de

reações que possibilitam o reconhecimento das


substâncias estranhas ou células anormais ao organismo.
Essas reações podem neutralizar, metabolizar ou
eliminar a substância estranha.
Quando estas reações ocorrem sem haver dano ou
lesão tecidual são denominadas IMUNIDADE, significando
que houve competência de identificar o que ´não era
próprioµ do organismo.
m °ecuperar a saúde
m Manter a saúde
m Promover saúde
m Alcançar ´excelênciaµ em saúde.

Lembrando: saúde não é só a ausência de


doenças, e sim um ótimo funcionamento
orgânico prevenindo as mesmas.
Para a realização de uma atividade física, o
homem necessita de energia que obtém através
dos alimentos. Como durante uma atividade
física não se pode estar concomitantemente se
alimentando, o organismo possui fórmulas de
estocar reservas no citoplasma de suas células,
aguardando o momento de utilizá-la sob forma
de ATP.

   ã CÉLULAS

São as células que apresentam maior alteração frente ao

exercício. Atividade física de longa duração (superior a 90 minutos)

associa-se a menor aumento do número de células NK, por ocorrer

influência do cortisol. Após exercício de alta intensidade, ocorre

aumento de 40 à 100% da atividade citotóxica de célula NK

(NKCA).
vO2:

Diferentes tipos de cargas de exercício físico podem


provocar alterações distintas no sistema imune. É
importante conhecer como o exercício agudo (carga
súbita de exercício físico), moderado(entre 50 e 65% do
vO2máx) ou intenso (acima de 65% vO2máx ) podem
influenciar alguns parâmetros da imunidade tanto celular
como humoral.
m TESTE DE ESFO° O.

K    
   
São 3 mecanismos que modulam a resposta imune ao exercício:

mhormônios,

mmetabólitos

mmecânicos.

m Hormônios principais: Catecolaminas (Adrenalina), Cortisol, hormônio


do crescimento (GH), e peptídeos opióides (endorfinas);
m Metabólitos: Glutamina, a.a. fundamental no metabolismo de células
musculares e de células do sistema imune;
m Mecânico: Hipóxia, hipertermia, lesão muscular, gerando processo
inflamatório localizado.
É crença comum na comunidade atlética, que o estresse físico ou
psicológico altere a imunidade. Acredita - se que o treinamento intenso,
os exercícios exaustivos ou as competições constantes podem predispor
o organismo a infecções.

A atividade física pode promover modificações na


concentração, proporção e nas funções das células brancas do
sangue, especialmente nos leucócitos polimorfonucleares (PMN), nas
células Õ    e nos linfócitos, assim como pode afetar as
imunoglobulinas.
O exercício físico independente da intensidade

e duração, parece provocar uma monocitose

temporária.

O stress provocado pelo exercício físico parece

ter um efeito estimulador na função de macrófagos

As células NK parecem ser as mais receptivas

imediatamente a seguir de uma carga súbita de

exercício físico.
Durante um exercício físico agudo, ocorre também
um aumento da concentração de linfócitos T.

É verificado um aumento nas concentrações de


dopamina e noradrenalina, a nível cerebral. Devido à isso,
há secreção do hormônio libertador da corticotropina
(C°H) a nível hipotalâmico.

A descarga de ACTH estimula o córtex adrenal a


produzir glicocorticóides e aminas biogênicas.
Os leucócitos expressam receptores para as ǃ -

endorfinas. Isto levanta a hipótese de uma possível

influência dos mediadores na função de células do

sistema imune.

O recrutamento de PMN e das populações de

linfócitos para o compartimento vascular durante o

exercício físico parece ser mediado pela adrenalina.


A concentração sanguínea desses mediadores
aumenta linearmente com a intensidade do mesmo. A
expressão de ǃ - receptores nas diferentes células
imunes fornece a base molecular para ação das
catecolaminas.

Se o exercício se prolonga, prossegue o aumento


dos PMNs e dos linfócitos devido a elevação do cortisol.
Em pequenas quantidades, o cortisol estimula a
migração de células da medula para a circulação,
assim como dos linfonodos para os tecidos lesionados.
Os exercícios exaustivos praticados durante
alguns minutos ou mesmo horas promovem uma
leucocitose, principalmente nos PMNs e nos
linfócitos
A linfocitose devido a atividade é ocasionada
principalmente pelas células NK, que formam a
primeira linha de defesa do organismo contra as
viroses.
O exercício pode também ativar de uma
maneira aguda as células NK, possivelmente
devido a ação parcial da adrenalina. O grau de
As alterações da resposta imune, temporárias, causada por uma
sessão de exercícios são conhecidas como resposta aguda ao exercício.

LEUCÓCITOS:

Exercícios de alta intensidade (acima de 60% do vO2 máximo) se


associa a uma alteração dos leucócitos circulantes. A alteração é
decorrente da secreção de adrenalina e cortisol. Atividades com
intensidade acima de 60% do vO2 provocam um aumento agudo de
secreção desses hormônios e aumento da densidade dos receptores ǃ2 ã
adrenérgicos.
NEUT°ÓFILOS:

A resposta dos neutrófilos polimorfonucleares a uma


sessão única de exercício depende da intensidade deste. A
neutrofilia vista logo após o exercício é decorrente da
marginação provocada por alterações hemodinâmicas,
associada à ação de catecolaminas.

várias horas após o exercício ocorre um 2° pico de


neutrofilia, conseqüente à mobilização de células da
medula óssea em resposta à elevação das concentrações
plasmáticas de cortisol.
Com relação à resposta funcional ao exercício,
o trabalho moderado associa-se a um aumento de
função do neutrófilo. Aumento das funções de
quimiotáticas e fagocítica, bem como da
capacidade microbicida.

MONÓCITO/MAC°ÓFAGO:

O exercício agudo provoca monocitose


transitória, decorrente da ação de catecolaminas.
Exercício exaustivo durante a inflamação diminui o
número de macrófagos recrutados para o sítio
inflamatório.
O exercício exaustivo está associado à
diminuição da expressão do MHC de
classe II, estrutura fundamental a
apresentação do antígeno, assim como a
queda de função antiviral de macrófagos
alveolares.

As alterações estão associadas ao


aumento das concentrações plasmáticas
de catecolaminas.
LINFÓCITOS:

Somente após cinco minutos de


recuperação, a contagem de linfócitos
diminui e nas próximas duas horas, a
queda se situa em níveis abaixo da linha
de base em repouso. A recuperação
ocorre entre 6 e 24 horas após a
atividade física ter cessado.
O linfócito T supressor/citotóxico (CD8) apresenta
aumento de 50 a 100% após exercício agudo.
O linfócito T auxiliador/indutor(CD4) e linfócito B
mostram poucas alterações com o exercício.
Com relação a capacidade funcional é relatada
diminuição da proliferação linfocitária após exercícios
de alta intensidade persistindo esta resposta após a
atividade.
A inibição da proliferação linfocitária é decorrente,
principalmente da ação da adrenalina e do cortisol.
As imunoglobulinas são glicoproteínas secretadas
por linfócitos B. Elas combinam-se especificamente com
a substância que induzir sua produção e formam o
braço humoral da resposta imune
Após exercício de alta e média intensidade, tem
sido descrito aumento das imunoglobulinas séricas. Este
aumento de imunoglobulinas é decorrente do afluxo de
proteínas do extra para o intravascular, principalmente
por linfa rica em imunoglobulinas.
NEUT°ÓFILOS:

O exercício de alta intensidade provoca queda do número de


neutrófilos. Há controvérsias na literatura quanto sua capacidade
funcional: Alguns dizem que demonstram diminuição da produção dos
reativos intermediários do oxigênio e na diminuição na capacidade
microbicida. Outros dizem que demonstram maior capacidade
quimiotática e da fagocitose.
MONÓCITO/MAC°ÓFAGO:

Assim como no exercício agudo, há um aumento da atividade do


macrófago. °esultou no aumento da atividade enzimática lisossomal,
atividade metabólica e atividade fagocítica de macrófagos peritoneais.

CÉLULAS NK:
A alteração funcional da célula NK é bastante evidente,
ocorrendo aumento da atividade citotóxica.

LINFÓCITOS:
A resposta proliferativa da célula T é maior no idoso treinado,
comparado a indivíduos não treinados.
O exercício de média intensidade está
associado a diminuição de episódios de
infecções, possivelmente decorrente a
melhora de funções do neutrófilo, macrófago
e células NK.
Porém, quando praticado além do limite,
se associa a aumento da incidência de
doenças infecciosas das vias aéreas
superiores.
Modificações orgânicas para suprir o oxigênio
utilizado em excesso durante o exercício:
Trabalho extra para dissipação do calor
Energia necessária para músculos respiratórios e
cardíacos, desde que a freqüência cardíaca e
respiratória se mantêm elevadas.
Maior permeabilidade de K+ e Na +, que implica em
uma maior ação da bomba de Na + /K +.
Estimulação mitocondrial induzida pelos íons Ca + +.
O exercício físico tem se mostrado benéfico no controle,
tratamento e prevenção de diversas doenças principalmente
cardiovasculares e metabólicas.
Uma das doenças que vem tendo resultado na
prevenção é o Câncer. Está associado ao sedentarismo,
pessoas que praticam atividade física diminuem
consideravelmente a possibilidade de desencadear câncer
como mama, colo e reto.
Com a elevação do padrão imunológico podem mostrar
diminuição significativa destes tumores.
A relação atividade física está interligada em
indivíduos que não estão associados à imunossupressão.
A diminuição das neoplasias linforeticulares não
tem sido observada em indivíduos ativos. Desta forma
esclarece que alguns tipos de neoplasias podem ser
diminuídas com a prática de atividade física.
Sendo desta forma o efeito protetor da atividade
física no padrão imunológico pode acontecer em um
limiar extremamente baixo de atividade física e de
mínima magnitude.
PE°EI°A, Luiz Fernando; °OSA, Bicudo Costa; vAISBE°G, Mauro WO 

   

  O °evista Brasileira Medicina do Esporte _ vol. 8, Nº 4
ã ul/Ago, 2002. http://www.scielo.br/pdf/rbme/v8n4/v8n4a06.pdf

LEAND°O, Carol; NASCIMENTO, Elizabeth do; CAST°O, °aul Manhães de;


DUA°TE, osé Alberto; CAST°O, Célia M. M. B. de:   


 
    

  
O °evista Portuguesa de Ciências do
Desporto, 2002, vol. 2, nº 5 [80ã90]
http://www.fade.up.pt/rpcd/_arquivo/artigos_soltos/vol.2_nr.2/08.pdf

LAMBE°TUCCI, °afael H.; PUGGINA, Enrico f.; PITHON-CU°I, Tânia.  



 
    
  
 
     , artigo
de revisão http://portalrevistas.ucb.br/index.php/°BCM/article/viewFile/680/685

E, °andy; Elchner:  

    


 
O
http://www.gssi.com.br/artigo/55/sse-21-molestias-infectocontagiosas-e-pratica-
de-esportes

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