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POPULAÇÃO E AMOSTRA

População: refere-se ao grupo total, ou seja,


todos os indivíduos com uma mesma condição,
sem “fronteiras”. Um conceito teórico, estatístico
e abstrato, diferente do conceito geográfico de
população.

Amostra: é toda fração (independente de seu


tamanho) obtida de uma população.
POPULAÇÃO EM ESTUDO

Características clínicas e demográficas


definem a população-alvo, o conjunto maior
de pessoas ao redor do mundo para as quais
os resultados serão generalizados (ex.: todas
as gestantes com toxoplasmose).

A amostra do estudo é o subconjunto da


população-alvo disponível para estudo (ex.:
as gestantes com toxoplasmose que moram
na cidade de Porto Alegre em 2004).
POPULAÇÃO (N) E AMOSTRA (n)

n1 n2

n3 n4

N
ESTATÍSTICA, PARÂMETRO E
ESTIMATIVA
Considera-se que o resultado de qualquer
cálculo estatístico realizado em um grupo de
indivíduos (população ou amostra) gera uma
estatística.

Quando a estatística é obtida em uma


população denomina-se parâmetro.

Quando a estatística é obtida em uma amostra


denomina-se estimativa (de parâmetro).
AMOSTRA NÃO PROBABILÍSTICA OU
DE CONVENIÊNCIA
É uma amostra composta de indivíduos que
atendem os critérios de entrada e que são de fácil
acesso do investigador.

Para evitar viés de seleção o ideal é arrolar uma


amostra consecutiva.

 Ex.: num estudo sobre gonorréia arrolar os primeiros


200 pacientes que forem diagnosticados numa clínica de
DST.
AMOSTRA NÃO PROBABILÍSTICA OU
DE CONVENIÊNCIA

Tem vantagens óbvias em termos de custo


e logística.

A validade desse tipo de amostra depende


do pressuposto de que ela representa
adequadamente a população alvo.
AMOSTRAS PROBABILÍSTICAS

Amostra aleatória simples

Amostra sistemática

Amostra aleatória estratificada


 com alocação proporcional
 com alocação igualitária

Amostra por conglomerados

Amostra por estágios múltiplos


AMOSTRA ALEATÓRIA SIMPLES

É coletada enumerando-se as unidades da


população e selecionando-se aleatoriamente um
subconjunto.

 Ex.: 20% dos prontuários de uma população de


pacientes que estiveram internadas com depressão
profunda são sorteados para receber visita domiciliar
visando avaliar a qualidade de vida atual.
AMOSTRA SISTEMÁTICA

Se assemelha à amostragem aleatória simples,


porque inicialmente enumera-se as unidades da
população. Difere da aleatória simples porque a
seleção da amostra é feita por um processo
periódico pré-ordenado.

 Ex.: amostra de 20% dos doentes de gonorréia


diagnosticados numa clínica de DST. Sorteia-se um
valor de 1 a 5. Se o sorteado for o 2, incluem-se na
amostra o paciente 2, o 7, o 12 e assim por diante de
cinco em cinco.
AMOSTRA SISTEMÁTICA

As amostras sistemáticas são suscetíveis a erros


induzidos por periodicidade naturais da
população e permitem ao investigador prever e
possivelmente manipular quem entrará na
amostra.

Não oferecem vantagens logísticas em relação


às amostras aleatórias simples.
AMOSTRA ALEATÓRIA ESTRATIFICADA
divide a população em subgrupos de acordo com
determinadas características como sexo ou faixa
etária, selecionando uma amostra aleatória de
cada um desses estratos.
 Exemplo de amostra estratificada proporcional: a
população de pacientes com depressão profunda é
composta por 40% de homens e 60% de mulheres.
Separam-se os dois grupos e sorteiam-se 30 mulheres e
20 homens.
 Exemplo de amostra estratificada igualitária: o
investigador tem especial interesse na depressão em
adolescentes (8% dos casos); separa a população em
adultos e adolescentes e sorteia 25 casos de cada
grupo.
AMOSTRA POR CONGLOMERADOS
É uma amostra aleatória de agrupamentos naturais
de indivíduos (conglomerados) na população.
Tem vantagens logísticas na sua aplicação, porém
aumenta a complexidade da análise estatística
porque os indivíduos de um mesmo conglomerado
tendem a ter uma certa homogeneidade.
 Ex.: num estudo de sinais de depressão em uma
população de alunos do ensino médio, foram sorteadas
as salas de aula das escolas de um município e aplicado
um questionário a todos os alunos das turmas
sorteadas.
AMOSTRA POR ESTÁGIOS MÚLTIPLOS

São amostras obtidas por métodos combinados.

 Exemplo: numa pesquisa sobre tabagismo em


estudantes de ensino médio foram sorteadas as
escolas e depois as turmas (amostra por
conglomerados). De cada turma, foram sorteados
20% dos alunos do sexo masculino e 20% dos alunos
do sexo feminino (amostra aleatória estratificada).
TAMANHO DA AMOSTRA
“N” PARA ESTIMAR UMA MÉDIA

4. (Z) 2 . (s) 2
N=
(A) 2

O que deve ser definido pelo pesquisador:


- o erro , ou o grau de confiança (1 - ) desejado
- a amplitude (A) do intervalo de confiança
- o desvio-padrão estimado (s)
TAMANHO DA AMOSTRA
“N” PARA DIFERENÇA ENTRE DUAS MÉDIAS

(Z+z ) 2 .2. (s) 2


N=
( d )2

O que deve ser definido pelo pesquisador:


- o erro  e o erro  aceitáveis
a diferença estimada ( d ) entre as duas médias
o desvio-padrão estimado (s)
TAMANHO DA AMOSTRA
“N” PARA ESTIMAR UMA PROPORÇÃO

4. (Z) 2 . p. (1 –p )
N=
( A )2

O que deve ser definido pelo pesquisador:


- o erro , ou o grau de confiança (1 - ) desejado
- a amplitude (A) do intervalo de confiança
- a proporção estimada ( p )
TAMANHO DA AMOSTRA
“N” PARA DIFERENÇA ENTRE DUAS PROPORÇÕES

(Z+z ) 2 .2. p0 . (1 – p0 )
N=
(p1 - p2) 2

O que deve ser definido pelo pesquisador:


- o erro  e o erro  aceitáveis
a diferença estimada entre as duas proporções (p1 - p2)
o valor médio (ponderado) das duas proporções (p0 )
TAMANHO DA AMOSTRA
Em amostras por conglomerados, deve-se pagar uma “multa”
(o “N” deve ser maior), pelo fato da unidade amostral não ser
um indivíduo (indivíduos de um mesmo conglomerado tendem
a ser mais uniformes, do que indivíduos selecionados
aleatoriamente)

Há fórmulas mais complexas para calcular o “N” nesse caso,


mas na prática costuma-se duplicar o valor de “N” calculado
para uma amostra aleatória simples, obtendo-se um resultado
muito próximo do obtido com a fórmula complexa.

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