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quiSINÓPSE

Maggie sempre foi uma menina rica, mas por causa dos seus pais, muito preservados, ela
nunca foi popular. Não saia, não tinha muitos amigos, não tinha namorado, enfim, vivia
sozinha. Em suas férias, foi para um cruzeiro de luxo, com os pais, e encontra não so Jean,
sua única amiga, e que conheceu pela internet, como também encontrou Dan, sua paixão de
férias, que terá que ser secreta.
PRÓLOGO
Ele estava lá, me esperando, no lugar de sempre. Com o sorriso de sempre. O sol já havia
ido embora. E agora ele chegara. Com seus olhos iluminados pela lua, consegui encontrar
amor e mistério, no mais profundo azul. Seu cabelo já mostrava a força e beleza que ele
tinha por dentro, preto. Seu corpo era como colírio aos meus olhos, era mais do que
músculos, e me envolvia perfeitamente.
AVISOS DA AUTORA
A autora sou eu, não peguei de nenhuma outra web. Espero que gostem, estou preparada
para reclamações, dúvidas e elogios. Se tiver erro de português, desculpem-me. Postarei
sempre que puder. Começo, e continuo com 3 ups.
Obrigada e enjoy!
INFORMAÇÕES DA HISTÓRIA
Gênero: Romance secreto

Eu estava arrumando as malas. Logo ficaria uma semana com meus pais, em
um navio. Todos pensariam que seria legal, e que aproveitariam muito. Mas eu
não, a certeza de que seria mais uma semana com os "amigos" ricos e falsos
dos meus pais me bajulando. Mas uma semana, sem ninguém pra falar, e teria
que ficar sem falar com Jean, minha mãe me proibira de ter amigos virtuais,
falava que além de perigoso era coisa de pobre. O que restava mesmo, era
levar vários dos meus livros, muitos deles de autores quase desconhecidos,
romances secretos e dramas de casais sem fins felizes. Quando terminei de
arrumar tudo, fui para meu computador, e mandei um recado para Jean, que
dizia que eu iria viajar, e nós não iríamos nos falar durante uma semana. Sem
esperar resposta, desliguei o computador. Peguei minha mala e minha
pequena bolsa da Channelque ganhara semana passada. Troquei de roupa,
uma calça jeans da Diesel e uma blusinha da vintage e um tênis da Lacoste.
Bem casual, só para a viagem. Saí do meu quarto, que era todo branco e
arrumado. Andando pelos corredores enormes da minha casa, vejo meus pais
discutindo.
- Você não sabe o que é melhor para Margareth. Eu sei - dizia minha mãe.
- Eu sei, a Rússia está bem equipada para jovens da idade dela. Ela precisa
ser mais responsável e ir morar sozinha - ótimo, como se eu já não fosse
sozinha. - Ela termina o francês e o italiano e parte.
- Não, ela precisa terminar o ensino médio e fazer a faculdade aqui mesmo.
Depois eu decido para onde ela vai.
- Rosana, você não vê que fazendo faculdade no exterior... -foi assim mesmo,
eles queriam me mandar embora, meu pai, claro, o quanto antes. Mas eu
cansei, e botei tudo para fora.
- Por que não perguntam para mim? Eu que tenho que decidir. Vocês sabem o
que eu quero? Não, não sabem. É sempre assim, véspera de viagem é pior,
porque vocês resolvem ficar mais tempo em casa, aí que começa o inferno. -
Falei isso, e queria falar muito mais quando a Dona Rosana, com irônia, me
interrompeu.
- Não fale assim, mocinha. Além de você não ter idade para decidir sozinha o
que vai fazer, não tem nada que ficar escutando nossa conversa. Somos seus
pais e estamos aqui para decidir seu futuro. Sem mais nem menos, menina.
- Mãe, vocês são meus pais quando se trata de coisas que para vocês são
importantes, mas quando eu realmente preciso de vocês, onde estão? Ah,
trabalhando.
- Você está de castigo, Margareth. Não vai sair, nem ficar no computador. E
vamos logo.
Saí sem falar mais nada. Não aguentava olhar mais para aquela mulher,
arrogante e fria, que não parecia ser mãe.
Liguei para Jean, precisava falar com alguém que ao menos me entendesse.
- Jean? É você?
- Sim, Maggie?
- Oi. Desculpe incomodar você, amiga, mas eu queria falar com alguém, acho
que você era a unica pessoa que poderia me entender.
- Pode falar, M. O que aconteceu?
- Ai, são meus pais, sabe? Não aguento mais eles. Meu pai quer me mandar
para a Rússia. Mas ele nem me perguntam o que quero.
- Calma, amiga. Vai dar tudo certo, se precisar falar comigo, sempre estarei
aqui, ok?
- Obrigada. Mas tenho que desligar. Tchau. Obrigada mesmo.
Desliguei, me lembrando agora que não havia comentado sobre a viagem.
Nem ela, acho que não leu o recado.
Fomos começar nossas "férias em família". Dormi a viagem inteira. Quando
cheguei, o navio era grande e branco, com detalhes dourados. Entrando,
percebi que era vazio, as poucas pessoas estavam na piscina.
Mas tinha uma unica que me chamou atenção. Era um homem, aparentava uns
vinte anos. Estava me olhando. Seus olhos azuis, profundos, sem fim,
procuravam os meus. E quando encontraram, cintilaram tão profundamente
que me iludiram. Deixei meus pais indo na frente e disse que depois iria, depois
de conhecer o navio, ou melhor, conhecer ele. Fui na direção dele. E percebi
que era o que ele queria. Quando estava em sua frente, não tive coragem de
quebrar o silêncio que era mais que necessário naquele momento. Quando
sentia o calor de seu corpo, e percebia a interrogação em seus olhos.
Eu não queria romper o silêncio. Queria beijá-lo. Mas não poderia. Então, falei.
- Olá.
- Oi, Daniel. Pode me chamar de Dan – Falou ao mesmo tempo que estendia a
mão. Seu toque era quente e suave, mas sentia ser nervoso.
- Margareth. Maggie. Prazer, Dan.
- O prazer é meu, linda. – Ele me chamou de linda! E eu piquei nervosa, nada
sexy, ao contrário dele.
- Ah. - Me matem, foi só o que eu disse.
Depois de um tempo, ele pegou minha mão e me guiou até uma sombra, que
não havia ninguém, e nos sentamos em um banco. Senti seu olhar me
esquentando o rosto, novamente.
- Você está aqui a passeio?
- Estou sim, e você?
- Não, meu tio trabalha aqui, é dono do restaurante perto da piscina. Eu estou
aqui temporariamente, como garçom. Pretende ficar quanto tempo, linda? –
AIMEUDEUS, de novo, não sabia o que falar, ele me fazia perder o fôlego,
mais que isso, ele arrancava de mim toda a coragem e força que tinha, mas
isso não importava, eu estava com ele, e me sentia bem com isso.
- Uma semana, eu acho.
- Mas só? Vou ficar um mês inteiro, sem ninguém para conversar, é claro,
exceto essa semana, que estará aqui. – Ou seja, “quero passar essa semana
do seu lado”. O que eu fazia? Pulava no pescoço dele ou não dizia nada? A
segunda opção parecia mais razoável. E então fiquei olhando seus olhos, me
fitando, ele era totalmente diferente do que já vi. Para ficar um mês em um
navio, não podia ser tão branco, então, perguntei:
- Está começando hoje?
- Sim, cheguei de manhã. – Claro, só podia ser. Senti seus olhos passear por
meu corpo, e fiquei vermelha de novo. Precisava parar com isso, precisava
mesmo. Minha mão, que estava ao lado do meu corpo, apoiada na banco,
estava sentindo frio, mas não queria tirá-la de lá. Ainda bem, pois ele pôs sua
mão, acidentalmente, na minha. Quando percebeu que minha mão estava lá,
quis tirar sua mão, mas eu segurei um dos seus dedos com o meu. Ele pousou
a mão levemente em cima da minha, fazendo o que meus olhos pedia a ele
com carinho. Minha outra mão, sem eu perceber, havia posto minha mecha de
cabelo atrás da orelha, e a tirei de lá, tentando parecer mais bonita. Seus
olhos, que agora estavam nos meus, estavam no mais lindo azul que já vira,
era claro, muito claro, mas era muito azul. Não entendia, também. Seu nariz
era perfeitamente lindo, e se encaixaria em meu rosto, quando nós nos
beijássemos. Não, eu não poderia pensar nisso, não poderia. Iria me segurar.
- De onde é? – E a curiosidade acabou com o clima, novamente.
- Como? – Do mesmo jeito que eu, ele já não se lembrava do assunto, estava
perdido em [i]nós[/i].
- Onde mora?
- Ah, sim. Em Nova Iorque.
- Eu moro em Beverly Hills.
- É, já era de se imaginar. – Ele falou friamente, dessa vez, reparando em mim.
- Porque?
- Nada não, tenho que ir. – Senti que não deveria ter perguntado a ele.
Porque? Eu não falei nada de errado, falei?
- Espera, fique um pouco mais.
- Não, preciso ir. A gente se esbarra por aí.
- Ta, foi bom te conhecer. – Falei quando ele já estava meio longe.
Fui para o quarto que iria ficar. Deixei minha bolsa e fui tomar um banho.
Depois do banho, me troquei, puis uma roupa leve, e fui conhecer o navio. Era
muito luxuoso, pessoas ricas e metidas por toda parte. Já estava no final da
tarde, então decidi ver o pôr-do-sol, onde vira o Dan, lá era realmente um lugar
especial. Quando cheguei lá, olhei ao redor, querendo vê-lo. Que imaginação a
minha, pensei ter visto ele vindo para cá. Fiquei na grade do navio, olhando o
mar, e o pôr-do-sol realmente me encantava, o céu e o mar estavam
começando a ficar alaranjado, quando ouço uma voz. Linda, aveludada e
calma. Era ele, era quem eu queria, o tempo todo, ouvir, ver, sentir.
- Olá, linda. Parece que gostou do meu lugar. – Meu deus, ele estava lindo,
camisa azul bic, de nenhuma marca conhecida, calça branca, um pouco larga,
tênis preto. E parece que ele tem um temperamento muito variável, primeiro ele
sai sem se despedir direito, e você entende o “direito”, e depois aparece me
chamando de linda. Ah, sim, também tem o fato de que ele falou que o lugar
era dele.
- Oi, er, desculpe. Não sabia que era [i]seu[/i] lugar. – falei, já me afastando.
- Não, amor, pode ficar. Não me importo em dividi-lo com você.
Então, ficamos olhando o sol se por. Era realmente lindo. Quando o sol
realmente se pôs, me afastei da grade e sentei no chão mesmo, o que fez ele
olhar para mim com total espanto. Sorte que eu estava com calça, não queria
que ele visse minha calcinha, não agora.
- Porque sentou no chão?
- Eu quis, é gostoso. – Então, rimos juntos, enquanto ele se sentava ao meu
lado.
- É mesmo.
- Me responde uma pergunta?
- Respondo, lady. – Quando ele falou “lady” eu sorri para ele.
- Er, porque saiu tão repentinamente hoje de manhã? – Perguntei, fazendo
cara de curiosa. Coisa que estava, claro, mas estava ainda mais intrigada.
- Eu não sei ao certo. Eu meio que ... – Ele parou de falar, eu sabia, não tinha o
que falar, ele não queria falar.
- Tudo bem, entendo. – Falei, depois de alguns minutos de silêncio.
- Entende?
- Entendo. – Sussurrei. Não sei por quê. Olhei nos olhos dele, que me fitevam
indignados, não sei por quê. Foi então que senti seus olhos me vasculhando, a
procura de não sei o quê. E eu me olhei, olhei meu corpo, procurando o
mesmo que ele. Então, ele quebrou o silêncio.
- Você é linda. E diferente.
- Acho que isso é bom. – Falei rindo.
- É também acho. – Rimos juntos. Depois começou a chover. Não sei
exatamente como, pois o dia estava ensolarado hoje. Mas eu e Dan tivemos
que sair correndo.
- Ai, deus do céu, tinha que chover? – Falei rindo, de novo.
- É, acho melhor você ir para o quarto e se arrumar, daqui a pouco vai aparecer
uns riquinhos para a festa. – Falou isso, mas quando chegou na parte dos
“riquinhos”, deu para ver que ele queria insinuar, todos falsos menos eu.
- Não ligo, eles que se fodam. – Sim, falei isso mesmo. Não sei o que ele
achou. Pois saí correndo e fui para embaixo da chuva. Tirando a blusa e
mostrando meu belo biquíni novo, e jogando a blusa no chão. Não sei se
pareceu meio impróprio ou sem vergonha, mas foi o que me deu vontade. Abri
os braços, e tomei a chuva. Fria, cortante, mas totalmente merecida, pois
estava lavando-me tão profundo, que me senti feliz.
- Você é maluca, sabia? – Falava ele, rindo de mim.
- Eu sei! – Gritei e ri ao mesmo tempo, enquanto olhava, sem nada ver, o céu.
Então, olhei para ele e vi admiração e alegria. O que deu nele? Mas ele
acabou com minha graça depois disso.
- Mas é sério agora, temos que ir.
- Ta bom,[i] papai[/i]. – Rindo ironicamente.
Então, ele foi para um lado e eu para o outro. Meu quarto era separado dos
meus pais. Era do lado. Então me sentia a vontade nele. Tirei minha roupa
molhada, e lembrara que tinha esquecido minha blusa no navio, no meio do
navio, ótimo. Bom, pensando que talvez o zelador pegasse, ou caísse no mar.
Não importa. Tomei banho. Troquei-me e puis um vestido [i]Dolce and
Gabbana[/i] para a festa que com certeza minha mãe me faria ir. Depois,
penteei meu cabelo, passei meu perfume, puis minha sandália [i]Christian
Louboutin[/i] e saí do meu quarto. Dando de cara com meu pai, de smoking
caro e sem minha mãe.
- Cadê a Rosana? – Nunca chamara ela de mãe perto dos outros e do meu pai.
- Está terminando de se arrumar. Vou ficar esperando ela aqui fora.
- Ah, acho que já vou. Espero vocês perto do salão.
- Certo, Margareth. – Ninguém de minha família chama o outro de “filha”,
“marido”, “pai”, ou qualquer coisa parecida.
Fui andando, olhando as pessoas, todas tinham belos vestidos, marcas que eu
conhecia na ponta da língua.
Parei no fim do corredor. Não podia. Não podia ser ela. Era. Tinha certeza.
Conhecia ela à 5 anos. Sabia tudo sobre ela. Essa seria uma roupa que ela
usaria, e ela era exatamente assim na foto que eu vi.
- Jean?! – Perguntei, exasperada.
- Maggie?! – Perguntou ela da mesma forma.
- Jean!!! – Não foi uma pergunta. Corri e abracei ela, que me envolveu com
seus braços magros e seu cabelo curto, ruivo e espetado no meu nariz.
- Ah, Maggie, não sabia que você estaria aqui! Porque não me disse?
- Eu disse, Jean. Mandei um recado hoje de manhã.
- Não li meus recados hoje, amiga. Desculpe. – Falou rindo de emoção.
- Ah, não importa, se você soubesse não seria tão legal te ver! – Percebendo
que ainda estávamos abraçadas, soltei ela e olhei nos olhos. Eram verdes,
assim como ela me falara e havia visto nas fotos, era um verde meio musgo,
muito lindo, e via como chegava ao fim rapidamente. Não eram profundos
como os do Dan. Sabia tudo que ela estava sentindo, interpretava tão bem seu
olhar. Então, segurei suas mãos fortemente. Era como se fossemos sempre
amigas, que se viam todos os dias e que compartilhavam segredos. A parte do
compartilhavam segredos era verdade.
- É verdade, M. Onde está hospedada? Aqui em cima mesmo? – Estávamos na
parte mais rica do navio. E ela não se sentia à vontade, eu percebia.
- Estou sim Jean, depois te mostro meu quarto.
- Deve ser perfeito!
- E é sim. E você, onde está?
- Ah, meu pai trabalha aqui, estou passeando, ele conseguiu um desconto
então resolveu me trazer. Meu primo também está aqui, ele é o maior gato,
o meu quarto é na área dos empregados, mas eu aproveito tudo que posso. –
Me falou rindo. Eu sabia que o pai dela trabalhava em navios, mas não sabia
que era esse.
- Nossa que máximo, J. Vamos poder ficar juntas, essa semana inteira.
- Sim, vamos. Ela estava tão animada quanto eu.
- Vai para a festa?
- Nem vou, não posso entrar. – Falou rindo.
- Ah, que pena. Vamos andar um pouco?
- Nem posso amiga, preciso ir ajudar meu pai, ele vai ter muito trabalho hoje.
- Ah, tudo bem. Me liga pra gente se encontrar ok?
- Ta bom, Maggie.
- Tchau, Jean.
E ela saiu, descendo as escadas. Então, fui para o restaurante, o qual o Dan
falou que trabalhava, de seu tio.
E avistei ele, todo bonitinho vestido de garçom.
Sentei em uma mesa perto da piscina e deixaria que ele viesse ver o que eu
queria. Para comer ou beber, claro. Então, ele logo veio.
- Olá, senhorita. Bebe algo? – Ele falou em tom totalmente casual, não era o
que eu esperava.
- Er, sim, uma água, por favor.
Ele foi rápido, quando voltou com a água, olhou para os lados, e se sentou.
- Não sabia que gostava de vim tanto aqui em baixo, pensei que só ficava lá
em cima. – Falou, ressaltando, em seus olhos, que lá em cima era o lugar dos
ricos.
- As pessoas lá em cima são meio falsas, é bom vim aqui relaxar de tanta
frescura. – Falei, rindo no final.
- Ah sim, entendo.
Ficamos nos olhando durante alguns segundos, percebi que seu cabelo era de
um preto com brilho prateado, totalmente lindo, era curto, mas não tanto, dava
para fazer um pequeno topete, mas ele, deixava solto, o que, com certeza,
valorizava-o mais. Seus olhos, eram emoldurados com cílios pequenos mas
grossos, que davam ao seu olhar sedução e profundidade. Então, reparei que
ele sabia que eu estava apreciando-o, o que me fez abaixar o rosto, e beber
um pouco da água do meu copo, que não havia tocado, ate agora.
- Você está linda com esse vestido. – Ele falou, casualmente, mas eu reparava
seus olhos em meus seios, de vez em quando, não tão grandes, nem tão
pequenos, que deixava-os bem sedutores com meu vestido de decote V.
- Ah, obrigada. – Falei, ficando corada.
- Você é bem tímida né? Não devia ser, já que é rica.
- Sou, acho que não deveria ter nascido rica, não sirvo pra isso. – Falei rindo
de mim mesma.
- Serve sim, Maggie. Você é muito linda, mesmo. –Ele nunca tinha me
chamado de maggie, mas gostei da sensação.
- Bom, obrigada, de novo.
- Vem trabalhar, Daniel! – Reclamou seu tio.
- Já vou!
- Vai lá, tenho que ir também. – Não que eu queria ir para a festa. Já
levantando, ele pegou meu pulso de leve e me segurou.
- Você não quer ir né?
- De jeito nenhum. – Rindo.
- Fica comigo, vou pedir para sair mais cedo, você espera aqui e eu peço, pode
ser?
- Não posso, tenho que ir, meus pais me matam. – Eu queria, queria mesmo,
ficar. Não podia, só se quisesse enfrentar o Fernando e a Rosana, não mesmo.
- Fica, um pouco.
- Faz assim, vou lá, olho o povo chato, e volto, então a gente faz o que quiser.
Certo?
- Tudo bem, te espero no nosso lugar. – Quando ele falou ‘nosso’, senti um
arrepio, mas só assenti, e saí.
Fui para o salão, quando entrei meus pais haviam acabo de chegar. Pelo visto
minha mãe demorou se arrumando. Ela estava com um vestido [i]Yves Saint
Laurent[/i] e um salto [i]prada[/i]. Fiquei lá um pouco mais de uma hora, Dan já
devia ter desistido. Quando saí, de todos os paparicos, fui para o [i]nosso[/i]
lugar. Ele estava lá. Estava lindo, já tinha tirado a roupa de garçom. Com uma
blusa vermelha, que demonstrava bem seu abdômen e seus músculos, uma
calça jeas escura e um tênis branco. Perfeitamente lindo. Cheguei por trás,
pondo a mão nos seus olhos, exatamente não sei porque fiz isso, ele ia pensar
que estava tentando seduzi-lo, eu acho que não estava, estava?
- Realmente não sei quem é. – Disse ironicamente.
- Ta bom, parei então. – Rindo.
- E aí, vai me falar porque é tão diferente?
- Diferente?
- É.
Então fiquei pensando, não em [i]porque eu era diferente[/i], e sim nele, ele era
tão gentil, tão legal, tão [i]diferente[/i]. Então, eu entendi, eu era pra ele o que
ele era pra mim. [i]Diferente[/i]
- Também não entendo.
Ficamos nos olhando, sentindo o balançar do mar, a brisa do oceano, e a lua
iluminando-nos.
Eu sabia que ele era um homem já formado, mas queria saber sua idade, de
verdade.
- Quantos anos tem?
- Vinte e um.E você?
- Dezessete.
- Tem cara de mais velha.
- Só cara, mas meu espírito é bem mais criança do que imagina. – Eu ri
enquanto falava, e ele riu junto.
- São as melhores pessoas.
- Que ótimo, meu avô é a melhor pessoa do mundo, então. Ele tem setenta e
quatro mas se diverte que nem se tivesse sete. – Rimos, olhando para o mar.
Ficamos quietos. Eu pensava em como sentia falta de amigos. Ou melhor,
como realmente queria ter amigos. Nunca tive, Dan, foi o primeiro amigo que
eu toquei. De verdade. Além de Jean, ele era o único. Passaram-se minutos,
até que ele pareceu notar minha lamentação.
- O que pensa?
- Em amizade.
- Porque?
- Nunca tive amigos, além de você e minha outra amiga, que conheci pela
internet. São os únicos.
- Parece ser tão popular, tão cheia de amizades.
- Só aparento, vivo sozinha em casa, naquela enorme casa. Meus pais,
Rosana e Fernando, não me deixam ter amigos, namorados, nada. Conheci
minha única amiga pelo computador, mas quando contei a minha mãe, ela me
proibiu de falar com ela. Claro que não fiz isso, mas nós nunca tínhamos nos
vistos. Até hoje. Eu vi ela, ficamos tão felizes. E você, você também é um dos
meus únicos amigos. Pelo menos tenho um de cada sexo. – Falei rindo, a
ultima parte. Continuei séria – Já me acostumei ser tão solitária, mas queria
que ao menos meus pais falassem comigo. Eles só pensam em trabalho,
dinheiro, estudo e amigos falsos, que dão nada além de aparência. Bom, acho
que falei tudo de uma vez só. Desculpe, meu [i]blá blá blá. [/i]
- Tudo bem, Maggie. Pode falar o quanto quiser, como você mesma disse, eu
sou seu amigo. E te entendo, a maioria dos pais ricos, como os seus, são
assim. Mas fica sossegada, comigo, você não se sentirá sozinha. – Então, ele
pegou minha mão, levou até seu rosto e beijou-a. Seus lábios eram macios e
perfeitamente finos, pareciam ser feitos apenas para seu rosto, se mudasse,
não seriam tão perfeitos. Quando tirou minha mão de sua boca, me olhou, e viu
que eu estava gostando da sensação, então sorriu.
- Obrigada, Dan. Você é muito gentil.
- Magina. Você que é linda.
Vendo que já devia ter passado muito tempo, me despedi dele e fui para meu
quarto. Cheguei, troquei-me e fui deitar. Não dormi a noite inteira, pensava em
cada coisa que acontecera comigo, desde a chegada até deitar na cama. Tudo.
Quando começou a clarear o céu, consegui dormir. Foi um sono com vários
sonhos, todos com Jean e Dan. Eles estavam abraçados em um deles, e eu
não gostava daquilo, não sei porque. Quando acordei, já eram 14:30. Perdera o
almoço, Rosana ficaria furiosa comigo por te-los feito passar vergonha. Não
ligava. Só queria encontrá-lo.
Puis uma blusa, por cima do biquíni, e um short. Ainda não sabia o que
acontecera com a blusinha de ontem.
Peguei minha bolsa e toalha. Puis meu livro dentro da bolsa. Fui para a piscina.
Nem queria procurar meus pais, teria que me explicar. Não encontrei Dan no
restaurante do seu tio, ao invés disso, encontrei Jean. Sentada na beira da
piscina, tomando um suco de limão. Sua pele branca, não lhe permitia ficar
tomando sol, mas ela não se importava. Então, fui falar com ela. Sentei-me ao
seu lado.
- E aí, Jean? Tudo bem?
- Tudo bem e você M. ?
- Ótima. – Ultimamente nós não tínhamos muito papo.
- Queria te contar uma coisa.
- Pode falar, amiga, estou a ouvidos.
- Eu meio que estou apaixonada.
- Nossa, amiga, mas como vocês se conheceram?
- Ele meio que é dá família, mas foi adotado, então não conta né?
- Ah, não sei, acho que não.
- É, acho que vou tentar me aproximar dele. Ele é muito lindo! Se der certo, te
apresento.
- Apresenta sim, Jean. Bom, vou dar um mergulho, já volto.
Pensando no que ela havia falado, tirei minha roupa, ficando só com o biquíni.
Pulei na piscina funda, o calor passou na hora, e me senti flutuando, como
sempre sentia nas piscinas, mas me sentia, além de tudo, calma. Atravessei
nadando fundo, quando levantei o rosto e enxuguei os olhos, vi que Jean havia
se levantado e estava no restaurante falando com seu pai. Saí da piscina,
enxuguei-me, peguei minha roupa, e vesti o short, pondo a blusa na bolsa.
Sentei-me em uma das cadeiras de tomar sol e abri um dos livros, Romeu e
Julieta, meu favorito. Achava lindo o romance escondido dos dois, ainda viveria
um. Começando a ler, senti uma sombra chegando perto. Levantei os olhos e
era o Daniel.
- Gosta de ler romances dramáticos, então? – Perguntou ele com aquela voz
que me perturbara a noite.
- Adoro, acho lindo. Ah, e oi.
- É, oi. – Falou rindo.
Ficamos em silêncio, como eu gostava do silêncio no meio de [i]nós[/i], era o
que eu precisava para poder olhá-lo com mais cuidado. Ele era alto, muito alto,
eu, quando em pé, batia em seus ombros. Seus braços eram fortes, poderosos.

- E aí, trabalhando muito? – Perguntei. Outra vez rompendo o silêncio, semre


fazia isso.
- Er, to sim. Muito. – Ele falou, como se não prestasse atenção na conversa, e
sim em mim, mas precisamente em meus cabelos, lisos e loiros. Com algumas
mechas mais escuras. Era longo, batia a baixo do peito, tinha franja, mas
sempre prendia para trás. E ele parecia gostar dele, tanto que me senti
envergonhada, abaixei o rosto, deixando uma cortina de meus fios loiros me
separando de seu olhar quente. Ele percebera que eu estava com vergonha,
então, sentou-se do meu lado, pondo seu bloquinho de papel na mesinha, e
levantando meu rosto com seu polegar e indicador, seu toque me fazia tremer,
sempre. Sua mão, grande mas também graciosa emoldurava meu rosto agora.
Ele olhou bem nos meus olhos, bem fundo e falou:
- Não precisa ter vergonha de ninguém, você é linda, como eu já disse outras
mil vezes.
- Obrigada, é que eu não sei o que me dá. –Falei rindo timidamente.
- Na hora da janta, eu terei um tempinho do restaurante, quer jantar comigo?
- Eu não sei. – Eu queria dizer ‘sim’, queria mesmo. Mas o que meus pais iriam
me falar? Meus olhos estavam tremendo, não conseguia sustentar seu olhar
por muito tempo, então olhei para o mar, era o melhor que conseguia fazer,
além é claro, de fechar os olhos, mas na faria isso.
- Porque, amor? Janta comigo, como amigos, claro. Vai ser bem rápido.
- Não sei, Dan. Hoje acordei tarde,então não almocei com meus pais, eles vão
exigir que eu jante com eles.
- Tudo bem, lady. Então te vejo depois do jantar, quando acabar meu
expediente, no [i]lugar de sempre[/i]. – Ele me chamou de [i]lady[/i]. Não sei
porque ele tinha total moral comigo. Não sei mesmo.
- Tudo bem, depois do pôr-do-sol, então.
- Combinado. Até lá. – Falou ele já se levantando.
- Espera, hoje a noite, você vai me contar porque saiu de repente aquele dia,
não vai? – Falei com esperança na voz.
- Não sei, Maggie. Talvez. – Mandou um beijo no ar e saiu.
AIMEUDEUS, ele era tão lindo. Pena que eu não sentia nada por ele, nem ele
por mim, senão faríamos um belo casal. Não, não faríamos. Ninguém poderia
saber. Ainda bem que eu na gostava dele, pelo menos eu não me permitiria
apaixonar-me por ele. Não.
Então continuei lendo meu livro, Romeu era realmente lindo, como minha avó
disse: [i]”Se fosse de verdade, seria um pitél” [/i] Seja lá o que ela tenha
querido falar, eu não achei muito conveniente para a idade dela. Mas eu
realmente achava os dois feitos um para o outro. Romeu e Julieta, é claro. Não
minha vó e Romeu. Deus do céu.
Quando cansei de ler, arrumei minhas coisas e fui para o quarto. Peguei meu
celular, não tinha tocado nele desde ontem, tinha três ligações. Uma de meu
avô, e duas de minha mãe, é claro, querendo saber por que não fui ao almoço.
Já eram 16:20, fui tomar um banho, hidratei meu cabelo, pois geralmente ele
ficava horrível com o cloro, e penteei. Puis uma rasteirinha com um vestido e
fiquei no quarto. Resolvi mexer no computador. Fiquei um tempo, escrevendo
no blog, mesmo sem ninguém para ler. Depois, peguei meu celular e fui andar
um pouco, até chegar a hora da janta e eu ter que me arrumar. Andei por
quase todo navio, vendo o que tinha realmente para fazer. Tinha de tudo. Parei
em uma loja de souvenir para olhar mapas ou listas de quais praias a gente ia
parar. Estávamos chegando em uma ilha, pouco povoada, com apenas um ou
dois lugares para se acomodar, então decidi que chamaria Jean e Dan para
conhecer a praia, se Daniel não tivesse trabalhando, claro. Então, andei mais
um pouco, ainda com o mapa dessa ilha nas mãos. Era muito bonita, com
lugares chiques e românticos. Tinha também uma cachoeira, então pensei em
ir nela, quando estivéssemos lá.
Voltei para meu quarto, estava na hora do jantar. Me arrumei, fiquei linda.
Como meu cabelo já era liso, nem me preocupei com ele. Vesti um vestido
[i]Prada[/i] rosa e uma sandália de uma marca que não sabia o nome, mamãe
que comprara para mim os dois. Peguei minha bolsa da [i]Only[/i] e fui jantar.
Chegando lá, tive que me sentar com meus pais e seus amigos falsos. Todos
tinham roupas realmente caras, cabelos e maquiagens bem feitas. Eu não
gostava de muita maquiagem, preferia passar uma base, um lápis e rímel.
Meus olhos escuros chamavam muita atenção, já. Minha boca era um pouco
grossa, não carnuda, vamos dizer, razoável, era rosa, muito rosa, e eu passava
apenas um gloss pêssego. Conversei um pouco, me mostrando inteligente e
entendida das coisas, claro, culpa de minha mãe. Não gostava exatamente de
me exibir. Eles me adoraram, não posso dizer o mesmo. Então, já era 19:30
quando me lembrei de ter que ir ver Dan, não que me esquecesse dele, não
mesmo. Só pensara nele. Então, pedi licença e disse que tinha outros lugares
para ir, ainda. Fui para meu quarto, olhei-me no espelho, escovei os dentes, e
fui para o lugar onde eu e Dan nos encontrávamos.
Ele ainda não estava lá.O sol já havia ido embora, acabara de ir. Então, sentei-
me na grade, com as pernas para frente, olhando o mar. Ali tinha uma portinha
que dava para o oceano, onde as pessoas iam nadar. Mas me certifiquei de
não sentar nela. Senti alguém se aproximando, mas não me mexi.
- Oi, M. – Disse Dan, pondo os braços em minha volta, e ficando atrás de mim,
como no [i]Titanic[/i]. Senti-me feliz, muito feliz.
- Ei, D. Duvido que pula daqui. – Falei zombando dele.
- Duvida né? Então ta. - O navio havia parado naquele lugar, então, Daniel saiu
de trás de mim, tirou sua camisa, me dando um belo visual de seu abdômen
muito bem definido, e de sua pele perfeitamente branca. Tirou os sapatos,
abriu a porta e pulou. Sim, ele pulou. Claro que eu pulei junto, joguei minha
bolsa com meus sapatos e dei um salto gritando [i]”Gerônimo”[/i]. E fazendo-o
rir. Ficamos ali, nadando, no luar e na água muito fria, brincamos,
mergulhamos, enfim, foi muito legal. Nunca tinha feito isso. Então, quisemos
sair, já estava cortante de tão fria a água.
- Acho que é melhor irmos embora, vamos pegar um resfriado. – Ele disse,
com voz de maior, outra vez.
- Acho que não. Vou pegar uma toalha, deve ter perto da piscina, no armário. –
Então, fui pegar duas toalhas. Deixei-o esperando. Quando voltei, ele estava
olhando a lua, sem sentir frio algum. Me cobri com a toalha, mandei ele não
olhar para trás, aqui era meio vazio, não tinha perigo de ninguém, além de nós
dois, estarmos aqui. Ele assentiu. Tirei meu vestido, deixando nos meus pés,
ficando com a calcinha e o sutiã molhados, enrolei a toalha e prendi-a com os
botões que havia nela. Deixei meu vestido com meus sapatos e a bolsa no
banco. Falei que já podia olhar. E quando ele virou, ficou assustado, acho que
não sabia que eu iria ficar só de toalha, o que me fez rir de vergonha, e ficar
vermelha, muito vermelha, então como sempre, abaixei o rosto, e joguei a
toalha para ele. Que não me disse nada. Ele sabia que se dissesse algo, eu
ficaria com mais vergonha ainda. Então, me ajoelhei no chão, sentando no meu
calcanhar, e comecei a olhar o mar, era tão lindo, suas ondinhas eram
relaxantes, era escuro e ao mesmo tempo cristalino. Então, ele se enxugou,
não tirou a calça nem nada parecido, que pena. Depois se sentou ao meu lado,
mesmo eu ajoelhada, ele era mais alto. Então, ficamos olhando as estrelas.
Elas cintilaram em recepção. Resolvi me deitar. Peguei sua mão, e fiz ele se
deitar também. Ficamos deitados, quietos. Tínhamos conversado tão pouco
hoje, mas para mim estava ótimo, não queria conversar. Mas ele rompeu o
silêncio.
- Maggie, posso te contar agora porque sai daquele jeito, aquele dia. – Ele
falou, olhando para mim, mas eu não olhava ele.
- Pode contar, se quiser, não precisa. – Tentei não parecer curiosa, mas acho
que ficou meio grosso. Então acrescentei – Eu pensei muito nisso, sabe.
Então, ele se interesso mais, sentou-se, mas eu continuei deitada, ele olhava
para mim.
- Você é muito rica, e eu sou um empregado, pobre. E... eu já me magoei
muito, com pessoas como você. E eu não queria me envolver contigo. Mas vi
que era diferente, M. Me desculpe.
- Tudo bem, Dan. Entendo. Tomara que eu seja mesmo diferente. – Só então
percebi que ele havia falado “envolver”. Ele, não queria, agora quer? Eu não
estava entendendo mais nada. Ou melhor, entendia, mas não queria entender.
– Envolver?
- É, você sabe... –não sabia, ou fazia que não. – ser amigo. – não era o que eu
pensava.
- Ah sim. – Abaixei o rosto, não envergonhada, e sim aborrecida, desapontada.
- Está triste com o que eu falei?
- Não, D. Já disse que te entendo. Agora tenho que ir, ta meio tarde. Ainda
tenho que ler Romeu e Julieta. – Saí rápido, sem olhar para trás.
- Maggie! Volta aqui! Desculpa! – Disse ele aos gritos, vindo correndo atrás de
mim, mas, quando eu saí andando rápido, olhei para trás, e bati a testa contra
a porta de vidro que dava para o corredor, caí e apaguei. Depois disso acordei
no colo de Dan.
- Está bem, Maggie? Menina, você é muito maluca. Vai ficar roxo aí. – Falou
ele com cara de preocupado.
- To bem, Daniel. Pode me por no chão.
- Não, Margareth. Vou te levar para a enfermaria.
- Não precisa! Me solta! – Falei me debatendo contra ele. Ele era realmente
forte por me carregar, eu não era tão baixa nem tão magra, claro que não era
gorda. Mas ele me carregava sem esforço.
- Margareth, pare. Vou te levar nem que seja a força.
Então, desisti. Ele faria isso mesmo. Puis as mãos em seu pescoço, para me
segurar mais, ele ficou rígido, mas depois continuou normal. Fiquei olhando em
seus olhos, sérios, que mexiam de preocupação.
- Porque as pessoas são tão preconceituosas? – Perguntei lembrando de que
ele não quisera se [i]envolver[/i] comigo por causa de minha classe social.
- Porque as pessoas são tão curiosas? – Perguntou estressando-se.
- Desculpe. – Falei com vergonha e tristeza por ele ter falado comigo daquele
jeito, ele percebeu logo.
- Desculpe, Maggie. Não queria te aborrecer com minhas palavras, você não
merece.
- Tudo bem, eu ... eu to acostumada. – Falei, e sem perceber soltei uma
lágrima. Não era sempre que eu chorava. Ou melhor, nunca chorava. Nem
quando me machucava feio. Porque estava chorando? Ele percebeu, quando
chegamos na enfermaria, me pôs na cama, e limpou minha lágrima com seu
polegar, pondo suas mãos ao redor do meu rosto, emoldurando-o assim como
quando estávamos na piscina. Olhou para os meus olhos e disse:
- Não chore, minha lady. Não precisa chorar por nada, você não merece ficar
triste. – Então, ele começou a se aproximar, ficou a centímetros do meu rosto.
Por um segundo pensei que ele iria me beijar. Mas a enfermeira chegou,
maldita enfermeira. Peguei raiva dela antes de conhece-la bem. Ele se afastou
e sentou-se na cadeira, ao lado da cama.
- O que deu nesta bela moça? – Falou examinando-me.
- Eu bati a testa na porta de vidro, não foi nada demais, mas o Daniel me
trouxe aqui. – Disse apontando pro Dan.
- Fez bem, garoto. Vai ficar roxo, e feio, não vai gostar nada disso. – Falou-me.
- Ishi, vou ficar o resto da viagem com uma mancha roxa na testa, ótimo. Não
vou deixar ninguém me ver. – Falei fazendo cara de birra de brincadeira. Eles
riram.
- Você fica linda de qualquer jeito, mesmo com uma mancha horrível no rosto,
lady. – Dan falou, me deixando tímida.
- Seu namorado te ama mesmo, em? Porque sinceramente, vai ficar feio
mesmo. – Falou a enfermeira rindo.
- Não namoramos. – Falamos juntos, rapidamente.
- Parecem namorados. Existe química entre vocês.
- Er, acho que não. – Falei, abaixando o rosto.
- Concordo com Margareth, não temos nada a ver. – Quando ele falou isso,
senti um arrepio na espinha. [i] Não tínhamos nada a ver[/i]. É verdade.
- Bom, então acho que tenho chance. – Falou ela, lançando um olhar malicioso
para Daniel. Não gostei nada daquilo. A enfermeira tinha cara de trinta e cinco
anos. Corpo em forma, muito bonita, até. Talvez eles ficassem. Talvez. Isso me
deu medo, um calafrio. - Pode ir, senhorita. E você, meu jovem, fique um pouco
mais, preciso falar com você.
- Er, ta-a bom. – Falei gaguejando. O que ela iria fazer com ele? Um Strip-
tease? Iria se aproveitar dele? Acho que não, acho que ele iria corresponder a
ela, ele com certeza a achava atraente.
Quando saí, fiquei atrás da porta, escutando. Precisava saber o que
aconteceria, por curiosidade, claro.
- Então, o que precisa falar comigo? - Falou Dan, em tom casual.
- Bom, vamos nos apresentar. Me chamo Olívia. Sem apelidos. E você, meu
jovem?
- Daniel. Dan.
- Que nome lindo, Dan. Está solteiro? – Falou maliciosamente. Fiquei nos
nervos.
- Estou sim, Olívia.
- Hum, que bom. O que acha de mim, meu amor? – Que puta! Como ela era
tão atirada?
- Er, n-não s-sei. – Dan falou gaguejando. – Você é bem bonita... – Falou ele
com voz de quem iria dizer [i]”mas”[/i]. E ela interrompeu.
- Então me beije! – Ela disse, se atirando nele, e beijando-o, de língua. Já não
agüentava mais. Falaria algo ou sairia correndo. Não, não iria falar nada, não
tinha nada com isso. Então, saí correndo. Pensando que nessa hora ele já
estaria pondo as mãos naqueles [i]melões[/i] amassados dela. Não acreditava
nisso. Como Dan era fácil! Que idiota.
Então, minha noite foi terrível. Não dormi nada, só pensava naquele beijo
deles. Enquanto isso, eles já deviam estar pelados lá, se enroscando nos
lençóis da enfermaria. Que horror! Ou melhor, que nojo!
Então, quando acordei. Estava pensando nele, ou melhor, só pensara nele.
Temei um banho, vesti-me para o café da manhã, pois ainda eram 8:30. Puis
uma blusa tomara-que-caia branca e uma saia rosa, andei descalça pelo meu
quarto, escovando os dentes, depois o cabelo, fui para a sacada. Estava
olhando o mar quando vi o Daniel. Não sabia que minha sacada dava
exatamente pro lugar onde eu e Dan nos encontrávamos. Ele estava sem
camisa, com um short, e com os pés na água. Eu queria falar com ele, queria ir
lá, mas não queria ouvir sua historinha com a [i]olívia[/i], cachorra. Então, puis
um chinelo de borracha e sai do quarto, estava com uma trança e um colar de
flores, bem tropical. Era hoje que iríamos parar naquela praia linda.
Estava andando pelo navio, quando parei e fiquei olhando pro mar, lá de cima,
mesmo. Estava pensando que Dan era muito burro em deixar aquela menina
beija-lo, quando um garoto apareceu do meu lado, olhando para mim.
- O que foi linda? Pensando na vida? – Ele disse.
- Estou sim. A vida é algo muito estranha né?
- É mesmo. Nunca a entendo. Imagina, cheguei hoje e já encontro uma gatinha
no navio? É muita sorte mesmo né? – Falou, me paquerando. Achando que eu
era fácil, dó dele.
- Er, obrigada.
- Magina, gata. Como chama?
- Margareth. Pode me chamar de Maggie. E você?
- Ok, Margareth. Ou melhor, Maggie. Me chamo Jeremy.
- Prazer, Jeremy.
- Prazer só na cama, meu bem. – Falou rindo. Idiota. – Parei. –Continuou rindo.
- Há. – Ri sarcástica.
- Está triste, linda?
- Não. – Falei a verdade.
- Com raiva?
- Também não. – Menti.
- Alguém te irritou?
- Não, Jeremy. Ninguém me irritou. – Falei, lembrando-me de Dan com Olívia.
- Tem namorado?
- Não, e você?
- Também não, linda. Quer ficar comigo? – QUE CARA DE PAU! Mas eu sabia
o que fazer. Iria ficar com ele para passar ciúmes em Dan, pois ele me passou
ciúmes com Olívia. Não. Meu deus, estava com ciúmes de Daniel. Estava
mesmo. AIMEUDEUS. Não podia estar apaixonada. Não, eu não estava.
- Não sei, Jeremy. Talvez... – Quando vi Dan chegando perto, não exitei, beijei
Jeremy. Com força, com vontade. Acabei de deixar de ser BV. Com dezessete
anos. É, eu nunca fiquei com ninguém. Não tinha nem amigos. Mas,
continuando, eu beijei ele com tanta vontade, não vontade de sentir sua saliva
nojenta e sim passar ciúmes no Daniel. Senti que era o que ele queria, me
beijar na frente de todos. Ele pôs a mão em minha cintura, me puxando para
ele, ainda mais. Eu segurei seu pescoço com força e raiva de Dan. Quando
terminei de beija-lo, vi Dan olhando para mim com cara de assustado. Quis
falar [i]” É, Dan, não é só você que vive pegando geral”[/i]. Mas seria mentira,
não vivia [i]pegando geral[/i]. Ele olhou para mim e saiu, não correndo como
uma menininha, mas casualmente, normal. Então, fui atrás dele, me soltando
dos braços de Jeremy.
- Calma, flor. Volta aqui! – Ele gritou, mas eu já estava correndo atrás de Dan.
Quando cheguei, onde sabia que ele estaria, não precisei falar nada, ele sabia
que eu estava lá.
- Porque fez isso? – Perguntou ele indignado.
- Porque fiquei com Jeremy?
- Ah, o nome dele é Jeremy. Sim, porque?
- Não sei. – Eu sabia. – E porque você ficou com a enfermeira?
- Ela me beijou, não queria. – Ele falou, ainda sem olhar para mim.
- Eu não sei. Aliás, como saberia se vocês não estavam se enroscando, os
dois, e você pondo as mãos onde [i]eu[/i] não queria ver?
- Ele tava com a mão na sua bunda! E eu e Olívia não [i]ficamos[/i] desse jeito,
ela me beijou, e depois eu fui embora. Mas você, você beijou o Jeremy. – Ele
falou o nome dele com nojo. Afinal, porque estamos tendo essa discussão?
Não tínhamos nada.
- Se você fica com alguém e eu também, não faz diferença. Não sei porque
estamos falando nisso. – Falei isso indo sentar ao lado dele. Como se eu não
estivesse nem ligando.
Depois de muito tempo, ele olhou nos meus olhos, profundamente. Devia ser
meio-dia agora. O sol batia forte, mas eu estava tremendo.
- Eu sei. – Então, aconteceu tudo repentinamente. Ele pos as mãos em meu
rosto, me puxou para ele, e me beijou. Seu beijou, ao contrário do de Jeremy,
era calmo, quente, e foi ficando mais [i]caliente[/i]. Ele tirou uma das mãos do
meu rosto e pois em meu quadril, e depois tirou a outra pondo na minha nuca.
Segurei seu pescoço. Estava beijando-o tão deliciosamente, nada poderia ficar
melhor. Mas, ficou. Ele me empurrou, cuidadosamente, para trás, me deitando,
pondo suas mãos ao meu lado, ficando em cima de mim. Sua boca se
encaixava tão bem em meus lábios, sincronizados. Então, ele começou a por a
mão dentro de minha blusa, chegando ao lado de meu seio, e acariciando
minhas costas. Quando ele percebeu o que tinha feito, tirou a mão, parou de
me beijar, e ficamos sem fôlego, respirando juntos, um em frente do outro,
separados apenas por um ou dois centímetros. Então, ele quebrou o silêncio.
- Desculpe, não devia fazer isso. –Então ele começou a se afastar.
- Não! – Falei, segurando seu pescoço. – Eu gostei.
- Ah, Maggie. Não podemos fazer isso. – Falou ele, pondo a mão em minha
boca, de leve. Como se fosse preciso uma barreira para não nos beijar.
- Por que, Dan? Você ... tem namorada?- Perguntei sentindo-me confusa.
- Não, Margareth. Mas somos diferentes. Não quero que ns envolvemos,
Maggie. –Fique incrédula.
- N-não quer? – Gaguejei.
- Não, Maggie. – Disse ele, se afastando e levantando. Deixando-me sozinha
olhando pro nada, e senti uma lágrima aquecer meu rosto frio.
Então, me vi correndo para meu quarto, e chorando no travesseiro. O que
Havia acontecido comigo? Estava chorando por causa de um homem que não
me quer? Ou melhor, eu estava [i]chorando[/i]?
Fiquei a tarde inteira dentro do meu quarto, pensando nele. Eu estava
apaixonada. Era fato. Não poderia me segurar mais. Eu já o amava. Como isso
aconteceu? Em três dias? Porque? Então, levantei-me de minha cama e fui
tomar um banho, perdera o almoço. Já devíamos ter chegado na praia. Então,
puis uma roupa muito bonita, bem tropical, em cima do biquíni. Peguei meus
óculos, minha bolsa e puis tudo o que queria, inclusive um livro. Quando abri a
porta vi Jeremy, estava pronto para bater nela.
- Oi, está indo para a ilha? Ia te chamar.
- Sim, estou indo. Vamos?
- Vamos. –Falou ele pegando minha mão.
- Ah, primeiro preciso chamar a Jean. – Ele assentiu enquanto me seguia, eu
descia as escadas indo para o quarto dela, sabia onde era, ela havia me falado
em uma das conversas que tive com ela quando estava no meu quarto fuçando
no meu celular.
Bati na porta. Ela não abriu, quem abriu foi Dan. Eu vi em seus olhos o que
queria, ciúmes, não era minha intenção, mas veio em boa hora.
- O que quer, Margareth?
- Desculpe, Dan. Estava procurando a minha amiga. – Falei já saindo.
- Vejo que está com Jeremy, de novo, não é? – Falou, ignorando totalmente o
que eu tinha falado.
- É. – Jeremy falou por mim.
- Não, ele apareceu na minha porta, chamando-me para ir para a ilha, então
vim chamar minha amiga, e ele veio atrás de mim. – Falei tudo, era tudo
verdade.
- Não importa. – Ele me falou, friamente. Já fechando a porta.
- Idiota. – Eu e Jeremy falamos juntos, então nos olhamos e rimos.
Fomos para onde as pessoas estavam saindo.
Quando chegamos na ilha, vi que era meio deserta, a água era linda,
totalmente clara, dava para ver os peixes, as conchas e até a areia. O céu não
tinha nenhuma nuvem, estava azul claro, a areia era branca, linda, as árvores
verdes, com pássaros totalmente diferentes e distintos, as pessoas estavam
saindo em grupos e ficando por perto, mas eu queria andar pela ilha, conhecê-
la.
- Jeremy, vamos conhecer a ilha?
- Acho melhor não, Maggie. Pode ser perigoso. –Falou ele, com total covardia.
- Tá, pode ficar aí, vou andar um pouco, volto já ok? – E saí correndo, não
queria que ele tentasse me impedir.
- Tá bom, M, te vejo daqui a pouco no navio! Cuidado, amor! – Ele gritou.
Então, fui andando, conhecendo a ilha, era realmente linda. Levando o chinelo
na mão, e sentindo a areia nos dedos. Resolvi adentrar na mata, parecia ser
linda. Então andei muito, vendo todas as maravilha. Íamos ficar um dia inteiro
aqui, amanhã, partiríamos, mas todos dormiriam no barco.
Então, estava meio perdida, até que vi a areia, e cheguei à praia. Não era onde
o navio estava. Então me senti perdida. Olhei para os lados, e não vi ninguém,
peguei meu celular, estava sem área. Então, resolvi sentar-me à beira-mar,
puis a bolsa com minhas coisas na areia e fiquei olhando o céu, era realmente
lindo, daqui a pouco seria o pôr-do-sol. Então, deitei-me e dormi. A noite sem
sono havia me feito falta.
Depois de um tempo, ouvi alguém gritando meu nome, ou melhor, alguém não,
era Ele. Levantei-me, estava cheia de areia e minha mochila me servira de
travesseiro, quando vi, era Dan chegando, com cara de preocupado.
- Maggie! Maggie, é você?
- Sim, Dan. Sou eu! O que faz aqui? – Falei, percebendo que o por-do-sol
estava começando, não havia dormido muito.
- Margareth, porque você saiu por aí sozinha? Eu fiquei preocupado, menina!
Não sabe que é perigoso? – Ele falou todo [i]”paternal”[/i]
E eu comecei a rir, rir muito.
- Do que está rindo? – Falou, bravo. Chegando perto e sentando-se ao meu
lado, na areia.
- De você, parece um pai. – Falei, ridicularizando-o.
- Mas você me deixou preocupado! Como aquele moleque, idiota e
irresponsável te deixou sozinha? Quando ele me falou, fiquei tão ... –Não deixei
ele continuar.
- Vocês se falaram?
- Sim, ele me procurou, faz uma hora, mais ou menos, ele estava preocupado.
– Ele falou, tentando soar casual, mas eu vi a raiva e ciúmes em seus olhos.
Então resolvi acabar com o assunto, e ver o pôr-do-sol.
- O pôr-do-sol está sendo lindo. – Falei, quebrando o gelo. Ele ficou quieto,
depois disse:
- Como você, que sempre está linda. – Falando isso, ele me olhou nos olhos,
então, vi neles, amor. Ele me amava. Ao menos naquela hora.
- Obrigada. – Dessa vez não abaixei os olhos, nem fiquei vermelha e sim,
inclinei-me e beijei-o. Não como da vez que estávamos no navio, foi um beijo
tímido e calmo, ele retribuiu, então o beijo continuou, agora com vontade, um
beijo que não iria acabar tão cedo, e ele só foi ficando melhor. Seus braços
fortes me envolveram, me levantei em direção dele, e beijei-o ainda mais forte,
sua mão estava tirando minha blusa, e eu deixava. Tirei a sua também. Então,
eu parei. Ele me olhou, sem entender. Não queria perder a virgindade agora.
Não queria que fosse [i]agora[/i].
- Desculpe, Daniel. Eu ... – Não sabia o que falar.
- Tudo bem, Maggie, você está certa. Não está pronta, te entendo.
- Obrigada, Dan.
Então, percebi que estava sem blusa, e ele olhava meus seios.
- Er, acho que tenho que por minha blusa. –Falei, timidamente.
- Não, M, vamos nadar! – Ele falou, me puxando, para o mar. O pôr-do-sol
tinha acabado, agora, a noite estava linda. – Juro que não olho!
- Espera, vai indo, já vou.
Então, tirei meu short ficando de sutiã e calcinha, sem ele olhar, saí
correndo e fui para o mar.
- Vou me segurar para não olhar! – Falou ele, rindo.
- Vem, bobo!
Então, ele foi atrás de mim, correndo. Brincamos no mar, a água estava
deliciosa, eu mergulhava e ele ia atrás de mim. De vez em quando, nos
dávamos alguns selinhos, ele beijava meu pescoço, ou minha orelha, e
falava que se apaixonara por mim. Tudo estava lindo. Depois de um tempo,
Dan, me abraçou, na água, acariciou meu cabelo, depois minhas costas, e
em seguida sua mão estava no feixe do meu sutiã, mas ele lembrou-se de
que eu não queria fazer nada disso hoje, então, só me chamou para ir
dormir, na areia. Fui primeiro, puis meu short e minha blusa, depois, quando
ele veio, ficou com o calção dele, fizemos uma fogueira, deitamos perto. Ele
me acariciava os ombros nus.
- Não sabia que poderia me apaixonar por você. – Sussurrou.
- Por que? Não faço seu [i]tipo[/i]? – Falei baixo, rindo.
- Acho que porque você é boa demais pra mim. – Agora ele parecia falar
sério.
- Eu não acho. – Então, me confortando em seu peito forte e nu, dormi.
Quando acordei, ele estava com algumas frutas para mim. Ele já tinha
acordado a algum tempo para procurar frutas.
- Obrigado, Dan. Estava mesmo com fome. – Disse enquanto comia.
- De nada, minha linda. Daqui a pouco temos que ir.
- Temos?
- Sim, o navio vai sair daqui a pouco.
Então, terminamos de comer e fomos andar, ele falava que sabia chegar. E
sabia mesmo. Quando chegamos, meus pais estavam me olhando,
preocupados e incrédulos.
- O que estava fazendo, Margareth?
- Dormindo. – Falei de gozação, não iria contá-los nada.
- Com, [i]esse aí[/i]? – Disse minha mãe, com nojo.
- Sim, Rosana. Ele é meu amigo, ontem me perdi e ele me achou, deve um
obrigada a ele.
- Que seja. Vamos minha filha, ah, e tome um banho, você está nojenta. –
Não estava nojenta, só salgada do mar, e com um pouco de areia, só.
Então, meus pais foram para o navio, e eu fiquei com o Daniel, olhando-os,
de boca aberta.
- Eles me dão arrepios. – Disse, Dan.
- Nem me fale.
- Bom, Margareth. É melhor você ir. – Falou dando-me um selinho.
Abraçada nele, me sentia totalmente segura e feliz – te amo.
- Como? – Ele tinha escutado.
- Eu te amo, Dan.
- Eu também, Maggie. – Ele sussurrou em meu ouvido.
- Bom, te encontro no lugar de sempre, depois do pôr-do-sol, ok?
- Ok, minha lady. – Falou beijando-me de novo.
Então, afastei-me, voltando para o navio.
Tinha sido a melhor noite da minha vida, por enquanto. E, ele vira minha
calcinha. Essa idéia me divertia. Eu o amava. Em três dias de viagem
conseguiu fazer com que eu me apaixonasse. E Jean, onde estava? Estava
com saudades dela.
Então, fui para meu quarto. Tomei um bom banho, li um pouco, e fui me
arrumar para o almoço, iria almoçar na piscina, não queria ir no salão com
meus pais. Fui para meu quarto, tomei um banho, deitei-me e fiquei olhando
a sacada, que me mostrava o céu e o mar, juntos, separados apenas por
uma linha fina, um fio de cabelo. Então, sem perceber, me vi comparando o
céu e o mar comigo e o Daniel. Éramos perfeitos um para o outro, mas um
pequeno problema separava-nos, meus pais. Ou melhor, meu dinheiro.
Talvez não fosse só isso, talvez o tempo que tínhamos para ficar juntos, o
prazo, a nossa idade, enfim, acho que não era tão [i]pequeno[/i] quanto o
que separava o mar e o céu.
Mas, tirando esses probleminhas, eu senti, pela primeira vez o que é amor.
Não que eu nunca tenho me apaixonado, claro que já me apaixonei. Mas
sempre foi um amor platônico, e não teria chances, nenhuma. Então, me
sentir amada era o que eu queria o tempo todo, não me sinto mais só, nem
penso em como meus pais poderiam passar mais tempo comigo, pois,
vejam só, se eles passassem mais tempo comigo, como me encontraria
escondido com Dan?
Falando nisso, eu tinha que me arrumar, já devia estar começando o pôr-
do-sol. Então, me atirei da cama, com total entusiasmo, e fui trocar-me.
Puis um vestido, não muito formal, um pouco [i]sexy[/i]. Era curto, preto, e
com um pequeno decote, puis uma rasteirinha igualmente preta. Não passei
maquiagem, só o meu gloss pêssego de sempre. Arrumei meu cabelo,
escovei os dentes e sai do meu quarto. Quando estava no corredor,
encontro Jeremy.
- Ah, minha princesa, voltou da ilha? Eu estava tão preocupado! – Tá, não
vou nem comentar sobre ele ter perguntado se eu já tinha voltado, que
irônico, o navio já estava andando, o que ele esperava? Que eu ficasse na
ilha? Sozinha? Ah, isso me lembra, ele não foi me [i]salvar[/i], foi Dan quem
foi me salvar. Sim, o meu príncipe encantado. Tá, parei. Preocupado. Que
panaca. E princesa? Ele não tinha tal permissão! Mas não falei o que queria
falar, fui [i]educada[/i].
- Er, sim, voltei. Ah, estava preocupado? Hum.
- O que houve, linda? Está estranha comigo, nem parece aquela que beijou-
me tão abruptamente ontem. – Falou ele se insinuando para mim. Aliás,
como assim? [i]Eu[/i] beijei-o assim como ele falava? Meu deus. E como ele
falou,não parece a mesma pessoa, porque não é. Agora, eu sou outra
pessoa, sou de Dan. E não dele, não mesmo. Mas não poderia contar, era
um segredo. Não contaria a ninguém.
- É, parece. Mas eu sou sim, Jeremy. Ah, eu to de saída, depois a gente se
fala. – Eu disse, já me retirando.
- Não, gata. Espera um pouquinho, olha só, eu me arrumei todo pra você,
pensei que iríamos ter uma noite e tanto hoje! – AIMEUDEUS. Agora eu
não agüentava mais, ele queria... queria transar comigo? E C A! De jeito
nenhum! O único homem com quem queria fazer esse tipo de coisa, era,
bem, era Dan.
- Não! – Falei sem pensar duas vezes. Ele pareceu assustado.
- Porque, amor? Não sou tudo o que quer? Você está querendo ficar com
aquela bichinha? O Daniel? – Falou ele, ironizando o Dan. Agora, eu já
estava pê da vida. Não agüentava mais. Então fiz uma coisa que não
pensava que iria fazer, nunca. E fiz. Apertei a mão em um punho fechado e
firme e atirei-o bem no seu nariz. Mas o que aconteceu, foi que eu quase
morri de dor na mão. E ele, pareceu não sentir nem um beliscão. Que
[i]merda[/i]. Eu tinha feito uma coisa, mas saiu o contrário. Eu precisa
mesmo é rever minhas táticas.
- Porque fez isso? Menina louca! – Gritou ele. Quando o Daniel chegou.
- O que ta acontecendo aqui? – Falou ele, com voz dura. Olhando
preocupado para mim, e com ciúmes para Jeremy, ficando ao meu lado e
segurando minha mão.
- Nada! Essa sua namoradinha pirada que se atirou contra mim, pensando
que conseguiria me dar um soco! – Jeremy era o cara mais chato que eu já
conhecera.
- Não fale assim de Maggie! E a gente não está namorando. E, Maggie, por
que foi estragar sua linda mão tentando, em vão, machucar esse pirralho? –
Quando ele falou que a gente não estava namorando, me veio um
pensamento : [i]ainda[/i]. Ele soou tão lindamente preocupado, eu me
derreti toda, e fiquei sem palavras, só olhando seus olhos azuis claramente
preocupados e tensos.
Depois de um tempo, falei – Ah, er, ele meio que falou que, bom, queria
ficar comigo essa noite, mas como eu recusei, ele perguntou se eu iria ficar
com você – o que era verdade -, e ele, bom, te xingou. Daí eu não me
segurei. – Farei, corando e olhando para baixo. Era tão intimidador falar que
a gente tentou defender o ficante, em vão?
- Ah, meu amor, não acredito que fez isso por mim, não deveria. Eu nem
ligo para o que esse menino fala. Você sabe que não ligo. – Ele disse,
levantando meu rosto com o polegar. Ele era tão lindo.
- Não, gente. Poupe-me de coisas de pombinhos! Margareth, você sabe
que eu sou homem de verdade para você! Eu sou rico, da sua idade, e
temos mais chances! – Ai, deus. Esse menino me tirava do sério.
- Jeremy, entenda uma coisa, eu não gosto de você do jeito que você
queria, somos só amigos, ok? E se somos amigos, você não tem nada com
o meu lado pessoal. – Falei rapidamente. Mas Dan pareceu concordar com
Jeremy. Como assim?
- Ele está certo, Maggie. Ele é rico, tem mais chances com você. – Ele
disse isso mesmo? Que cara masoquista!
- Não, Dan. Eu te amo. – Falei isso? Cara, eu estava mesmo ficando
estranha. Falei isso perto de um outro menino? Sério, isso faz de mim uma
pessoa diferente da qual eu era.
- Ah, o que é isso? Que meloso! Larga disso, Maggie. O Daniel até
concordou!
- Jeremy, eu e você somos totalmente diferentes. Você não tem coração, é
direto, é frio. Eu não sinto nada por você além de uma simples amizade, e
vai continuar assim.
- Tá certo, Margareth. Não venha me pedir desculpas depois.
Então, eu segurei firme a mão de Dan, e fomos para o [i]nosso[/i] lugar.
Ele estava triste, eu percebia. E sabia porquê.
- Não ligue pro Jeremy.
- É verdade o que ele falou.
- Mas o que adianta, se não quero ele, Dan. Eu quero você. – Falei isso
indo beijá-lo, mas ele rejeitou. Como assim?
- Ah, minha linda, eu também te quero, mas se a gente namorar, um dia
você vai ter que apresentar para os seus pais, e eles não vão me aceitar.
- Não, Daniel! Por favor, não faça isso comigo! Eu... não me vejo com outro.
Tem que ser você.
- Maggie, você não entende!
- Porque você está errado! A gente se ama, e por isso temos que lutar para
ficar juntos!
- Ele é melhor para você.
Então, achei um trunfo – Dan, se eu ficar com Jeremy, vou ser infeliz, você
me quer assim? – Ele ficou pensando.
- Não, M. Não quero.
- Então, não faça isso comigo. Por favor. Não me faça ficar com Jeremy.
Fique, você, comigo.
- Tá, meu amor. Eu fico, até você perceber que vocês são perfeitos um para
o outro. – Ele disse, com um nó na garganta. E eu, não tinha nada para
falar, só queria beijá-lo e foi isso que eu fiz. Aproximei-me dele, puis minhas
mãos em sua nuca, e meus lábios nos seus. Era só um selinho, mas
depois, ele apertou sua boca contra a minha, e começamos a nos beijar de
verdade. Beijamos com amor, com calor. Ele sabia como me deixar feliz, e
então, me vi desabotoando sua calça. Mas, para estragar tudo, ouvimos
uma voz.
- Ah, meu amor? Está aí? – Era ela, Olívia. Ela estava procurando Dan. Não
nos vira aqui.
- O que [i]ela[/i] ta fazendo aqui, Daniel? –Sussurrei.
- Não sei, Maggie. Espera aí, vou ver o que ela quer e mandar ela embora
logo. – Então, Dan saiu do meu lado, e foi andando, e eu sussurrei:
- Sua calça. – Falei, corando.
Ele abotoou, piscou para mim e foi atrás da Olívia.
Pensando bem, como ela sabia do nosso esconderijo? Será que ele
contara? Senti-me traída agora, então, fui espiar.
- O que faz aqui, Olívia?
- Vim te ver, Dan. Não está feliz? – Disse ela, levantando a barra do vestido
curto, mostrando uma cinta-liga. AIMEUDEUS, que horror! Não queria ver
isso! Então, ele ficou paralisado.
- Er, sabe ... – Ele ia falar alguma coisa, mas ela o beijou. Já era demais
para mim, ela beijara ele tão ... tão, MEU JEITO. Aliás, agora ele era meu.
Então, não pensei duas vezes.
- Dan! Olívia! – Gritei, já soluçando com meu choro. Então, quando ela me
viu, ao invés de parar, segurou Dan com suas pernas, subindo a blusa dele.
Não agüentava mais. Saí correndo. Dan, olhou para mim assustado,
enquanto ela se apoderava dele, e me vi mostrando o dedo do meio, é. Não
sei porque, mas era o que eu tinha que fazer.
Corri para meu quarto. Porque Daniel gostava daquela piranha? Ela era tão
[i]puta[/i]! Eu o amava! Eu queria passar todo tempo que eu tinha com ele.
Mas agora, estava ele e ela no [i]nosso[/i] lugar, estavam ... transando. Ela
já vira preparada. Então, foi mais uma noite sem dormir. Uma noite longa,
fria, e eu vi tudo pela sacada. Não via ele, via ela se contorcendo e fazendo
poses sensuais. Ele com certeza estava gostando. Então, ela puxou Dan, e
começou a beijá-lo com força, ele estava só com cueca, e ela não tinha
nada no corpo. Aquilo era repugnante. Não agüentava mais. Então, deitei-
me na sacada e chorei, chorei, chorei mais.
No outro dia, estava deitada no chão, olhando para o céu, com o vestido
com que eu estava. E a porta bateu. Não atendi da primeira vez. Mas,
continuou batendo. Fui atender. Era Daniel. Me viu com cara amassada,
olho fundo e vermelho, e com a mesma roupa, e a cama feita ainda.
- V-você n-não dormiu?
- O que você acha, galinha?
- Eu não queria! Ela que me beijou e tirou a minha roupa...
- Ah, Daniel, poupe-me de detalhes, eu vi tudo pela sacada, tá? – Falei,
totalmente nervosa.
- Não, Maggie, você não entende ... – Fechei a porta na cara dele. Não
sairia do quarto até irmos embora. Fiquei o dia inteiro. Não tinha com quem
falar, não tinha nem amigos. Só Jean. Então, levantei-me e fui no quarto
dela. Jean atendeu a porta.
- Oi amiga, me ajuda! – Falei me atirando nos braços dela, chorando.
- O que foi, Maggie?
- Ele ... me traiu. Com a enfermeira. – Falei, chorando, soluçando. Então ela
me pôs para dentro do quarto, deitei-me na cama, estava chorando muito.
- Ah, Maggie, amiga. Quem? Quem te traiu?
Então, contei tudo para ela. Menos os detalhes, como o nome. Ninguém
poderia saber sobre Daniel, não especificamente.
- Mas e o nome desse galinha?
- Não posso falar.
Então, vi Jean olhando para a porta que dava para o corredor. Virei-me
para trás. Era Daniel. Daniel!
- O que ta fazendo aqui? – Gritei.
- Ah, Margareth, meu amor, eu te amo! Não fiz nada com ela! Juro, eu
recusei e fui embora. Me perdoa por ao menos beijá-la, desculpa, meu
amor!
- O que faz aqui? – Gritei, quase perdendo a voz.
- Ele mora aqui, comigo, Maggie. O que tem? E como assim “te ama”? Ele é
esse cara que você estava me contando?
- Sim, Jean. É ele.
Ela ficou chocada. – Ai, meu deus. Que coisa! – Ela gritou. – Ele é meu
primo, Maggie.
- Ah, eu... não tenho sorte mesmo. – Falei, olhando para o nada.
- Maggie, me perdoa, amor. Por favor! Namore comigo, vamos assumir para
todos, e isso não vai acontecer mais!
- Vocês estão namorando? - Perguntou Jean, gritando.
- Não! – Eu disse ao mesmo tempo que Dan falava “sim”.
- Er, eu vou deixá-los sozinhos. – Jean falou, saindo do quarto.
- Por favor, Maggie. Desculpe-me!
- Vai, me conta, ela beija bem? – Falei, segurando outro soluço.
- Não, Margareth! Você quem eu quero beijar!
- E, ela tem um corpo bonito, né? Eu vi. Se eu fosse homem, talvez não
resistiria também. – Desta vez, dei um soluço, junto com mais lágrimas.
- Ai, meu amor, não! Eu resisti, eu saí. Eu fui te procurar, mas ninguém
abriu a porta. Por favor, não fica com raiva de mim!
- Ah, você contou a ela sobre o [i]nosso[/i] lugar? – Falei com raiva.
- Não! Não sei como ela descobriu! Te juro!
- Tá, Daniel. Mas vocês se beijaram com vontade, do jeito que só [i]eu[/i] te
beijava! Eu te amo, Dan, mas você acabou comigo! Eu vi tudo!
- Por favor, Maggie, desculpe-me. Só com você eu me sinto bem, só você
eu consigo beijar, fazer carinho, amar, sem preocupar, meu amor. Você é a
única mulher que eu já me apaixonei tão loucamente! – Ele falara “mulher”?
– Eu te amo, Maggie, você sabe. Quero namorar com você, falar para
todos, gritar ao mundo. Por favor, linda.
- Ah, Dan. Pensa só, eu vi vocês dois pelados, no lugar em que só eu te
beijava, que era o nosso lugar. E pensar que ela é mais bonita, mas sexy
do que eu. Eu não sei nada. Ela sabe como te fazer sentir o que eu não sei
ainda.
- Não! Você, para mim, é a mulher mais linda, mais sexy, mais perfeita, do
mundo! Ah, eu te juro, nunca mais vou me deixar chegar ao ponto de
ontem!
- Você jura, Daniel? Eu ... eu não agüento.
- Ah meu amor, te amo! E agora, nada vai me segurar, eu vou contar a
todos! – Disse ele me abraçando forte, beijando minha bochecha.
- Mas, Dan. Eu não posso falar para ninguém, vamos manter em segredo
nosso namoro.
- Tá bom, linda. Tudo bem, vamos deixar secreto. Mas, não vou me separar
de você nunca mais! A gente vai dar um jeito. Agora, meu amor, vai pro seu
quarto e dorme, eu vou ter que ir trabalhar, quando eu terminar, vou lá te
acordar, e a gente vai ver o pôr-do-sol juntos.
- Tá bom, meu amor. – Falei, ainda chorando. – Não faz mais isso comigo,
ta? – Disse, beijando-o.
- Tá, linda. Amanhã, nós vamos a uma ilha, quero te mostrar um lugar, já fui
lá uma vez, é linda!
- Ok. Vou pro meu quarto. Tchau. – Despedi-me, beijando-o de novo.
Fui para meu quarto, deitei-me na cama, e dormi. Muito bem. Acordei com
Dan do meu lado, beijando meu pescoço. Já estava na hora do pôr-do-sol.
- Acorda, linda. Vamos ver o pôr-do-sol.
- Tá, amor. Vou me arrumar, espera aí. – Disse, levantando, dando um beijo
nele e indo tomar banho, depois percebi que tinha esquecido de pegar
minha roupa e levar ao banheiro. Falei para Dan não olhar para mim, pois
iria enrolar-me em uma toalha e ir pegar minhas roupas. Ele concordou.
Quando saí do banheiro, Dan não estava lá.
- Dan?
- Maggie? – Disse ele, me olhando.
- Ah, você está aí. – Eu disse, rindo, envergonhada.
- Estou, meu amor. Estava na sacada, para você vim se trocar em paz, mas
você me chamou e tive que olhar. – Falou rindo. Então ele veio me abraçar,
eu estava com vergonha. Ele me beijou. Quando eu vi, tirei a mão para
segura-lo perto de mim, e deixei a toalha cair, ele continuou me beijando,
mas eu estava pelada. Eu tentei parar de beijá-lo, mas ele foi se
empolgando, e eu também, ele me puxou para a cama, passando as mãos
nas minhas costas, comecei a tirar a roupa dele, mas ele parou e me olhou.
Então, ele se afastou. Eu fiquei surpresa, mas não ligava, eu o amava.
- Ah, e a propósito, você é bem mais bonita nua do que aquela louca. – Ele
disse, brincando com meus cabelos.
- Ah, er, bom saber disso.
Então, puis uma roupa e ficamos assistindo filme no meu quarto, juntinhos
no edredom. O resto do dia foi muito rápido, e já estávamos chegando na
ilha. Chegaríamos as 17:00, iríamos embora este mesmo horário, amanhã.
O resto do dia passou rápido, até que eram 17:10 e estávamos saindo. Me
arrumei mais um pouco e combinei com Dan de nos encontrar na saída do
navio.
Fomos andar um pouco, a ilha era perfeita, como tudo estava sendo até
agora, com exceções. Tinha a areia mais branca e limpa que já vi, as águas
eram calmas e cristalinas, havia uma trilha. Fomos andar. Dan e eu
estávamos de mãos dadas, e de vez em quando ele me dava um selinho.
Então, Dan parou, quando estávamos na metade da trilha.
- É uma surpresa, feche os olhos.
- Ah, me conta. Por favor! - Fiz cara de "cachorrinho'. Ele balançou a
cabeça, e tampou meus olhos com a mão. Continuamos a andar. Ele parou,
de novo. Desta vez, escutei um barulho de águas caindo, batendo em
pedras, cheiro de plantas e flores, e sentia a brisa do fim da tarde. Ele tirou
a ão de meus olhos, e mandou abrir. Quando olhei ao meu redor, me vi em
uma cachoeira, a água era perfeitamente brilhante, algumas flores estavam
por perto, e tinha uma sombra, perto da água. A grama era verde, e as
pedras eram limpas e agradáveis. Meus olhos cintilaram por ver tanta
beleza.
- Esta é a surpresa, meu amor. - Falou Dan, olhando para mim, esperando
um "obrigada". Mas não foi isso que eu falei, beijei-o, com amor
e carinho. Era mais que um "obrigada", era mais que uma simples paixão.
Ele era o homem perfeito. Então, tudo foi acontecendo por si só. Tiramos a
roupa e fomos nadar, não me senti tímida nem envergonhada, ele me
amava, e isso me encorajava. Estávamos nadando, e o pôr-do-sol, com o
mesmo calor que a gente, ia finalizando. Ele me apoiou em uma pedra,
perto da queda d'água, e me beijou forte, passando a mão em meus
quadris. Puis minhas mãos em seu perto forte, ele me puxou mais para si.
Era uma coisa incrivelmente diferente para mim, estar pelada com um
homem, em uma cachoeira, prestes a perder minha virgindade. Ele
começou a beijar meu pescoço, e fazer carinho em minhas coxas.
Ele me levantou, e me levou no colo, para a árvore.
- Te amo.
- Te amo, também. – Falamos, um para o outro, era uma prova que tudo
era verdade, que eu seria a mulher mais feliz daqui a pouco.
Nos beijamos com intensidade, ele fazia carinhos e beijava minha barriga,
perna e seios. A noite estava fria, mas ele me aquecia. Enquanto ele
beijava meu pescoço, eu mordia sua orelha e beijava-a. Ele estava sendo
perfeitamente carinhoso e romântico comigo. Então, aconteceu. Nós
transamos, ou melhor, fizemos amor. Foi realmente lindo e inesquecível,
não me arrependo, só sinto que nosso amor se fortaleceu. Nao podiamos
estar mais conectados do que agora, me sentia alguém novo, aquele amor
era diferente, algo que eu nunca havia sequer imaginado que sentiria algum
dia. Eu ouvia os sons dos pássaros, sentia o cheiro de orvalho e o barulho
da cachoeira toma conta do ambiente. Fui me espreguiçando, Dan acordou
também, me deu uma mordidinha na orelha.
- Bom Dia - eu disse alegremente.
- Bom dia, meu amor. Como passou a noite? – Ele disse, com carinho, me
dando um selinho. Era tudo tao perfeito, era um sonho o qual eu nao estava
com a vontade de acordar.
- Muito bem. – Eu disse, rindo. – E você, Dan?
- Ótimo, amor. Você estava perfeita ontem. – Então, levantamos, e nos
sentamos.
- Obrigada. – Falei corando um pouco, mas ainda olhando para seus olhos.
Não conseguia me segurar, não me entendo. – Você também, Daniel. Foi
lindo. Obrigada por tudo, meu amor. – Beijei-o com calma. O tempo era o
que nós não estávamos pensando. Então, percebi que estávamos pelados.
E avistei, em uma pedra longe, minha roupa.
- Er, vou me vestir. – Falei, virando-me para pega. Ele lavantou-se junto
comigo, e me abraçou por trás.
- Calma, meu amor. Prefiro você assim. – Disse ele, rindo. Fiquei feliz mas
meio constrangida. Dei um selinho de lado nele. Ele fez carinho em meus
ombros.
- Depois, precisamos pensar em como conseguiremos ficar juntos, memso
você longe. – ah, não, ele estragou tudo. Pensara logo no que eu estava
tentando esquecer o tempo todo.
- Não sei, Daniel! – Virei-me para ele, brava. Ele reparou e encolheu os
ombros.
- Calma meu amor, vai dar tudo certo. – Falou ele, acariciando meu cabelo.
Então, fomos por nossas roupas e depois andamos um pouco,
conversando. Eu só pensara que daqui um dia teria que ir embora, e não
veria mais ele, nunca mais. Fomos para o navio, para onde a gente sempre
se via.
- Você faz faculdade, amor? – Perguntei casualmente.
- Não, Maggie. Eu ia começar a fazer, mas preferi começar a trabalhar
primeiro, para guardar um dinheirinho. E você, linda?
- Vou começar esse ano. Vou fazer medicina.
- Pensei em fazer medicina também, em Nova Iorque tem várias faculdades
boas. – Ficamos conversando sobre isso um tempão, até que resolvi ir para
meu quarto, tomar um banho e descansar. Amanhã teria que estar novinha
em folha, seria meu último dia com Dan, teria que ser perfeito. Tomei um
banho demorado e quente, depois deitei-me e olhei para o teto, lembrando
de todos os detalhes da minha noite mais perfeita, foi a melhor noite da
minha vida, esse tinha sido o melhor passeio. E agora lembrei que não vira
meus pais a um bom tempo. Eles iriam cobrar isso depois. Ah, mas não
queria pensar nisso, não agora. Daniel era o homem perfeito, lindo,
romântico e me amava. Ele era totalmente sedutor, conseguia me fazer
feliz, realizada. E eu o queria cada vez mais. Então, no meio dos meus
pensamentos adormeci, com um sorriso no rosto e outro no coração.

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