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Sumário
Prefácio XIII
X | PESQUISA OPERACIONAL
Prefácio
1 Introdução à
Pesquisa Operacional
1.1 O início
A origem da Pesquisa Operacional pode ser encontrada há quase 70 anos:
aparentemente, o termo Pesquisa Operacional foi cunhado ainda em 1938,
para descrever o uso de cientistas na análise de situações militares.
De forma mais conhecida, entretanto, o começo da atividade chama-
da Pesquisa Operacional tem sido geralmente atribuído a algumas inicia-
tivas militares na Segunda Guerra Mundial. Por causa do esforço de guerra,
existia uma necessidade urgente de alocar recursos escassos às várias ope-
rações militares e às atividades dentro de cada operação de uma maneira
efetiva. Várias seções de Pesquisa Operacional foram estabelecidas nas
forças armadas britânicas. Logo após, esforços similares foram empreen-
didos nos Estados Unidos. Um grande número de cientistas foi reunido
para aplicar uma abordagem científica a problemas estratégicos e táticos.
Esses cientistas foram chamados a realizar pesquisas (sobre atividades)
operacionais militares, daí o nome de sua atividade (Operational Research,
na Inglaterra, e Operations Research, nos Estados Unidos – a tradução para
o português seguiu o termo britânico).
Após o término do conflito, foi natural estender o sucesso da
Pesquisa Operacional no esforço de guerra para as organizações civis.
Além disso, a indústria pós-guerra havia crescido muito e se deparava
com os problemas causados pela crescente complexidade das organiza-
ções. Muitos estudiosos percebiam que, de certa forma, tais problemas
eram parecidos com aqueles dos quais os militares tinham tratado,
mas só que agora estavam em um contexto diferente. Em 1948, o
Massachusetts Institute of Technology (Estados Unidos) instituiu o pri-
meiro programa formal de estudos de Pesquisa Operacional para cam-
pos não-militares. Mesmo no início da década de 1950, a Pesquisa
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1 NE: Como os endereços da Internet podem sofrer alterações, a editora não se responsa-
biliza por quaisquer problemas nas conexões dos sites publicados.
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■ definição da situação-problema;
■ formulação de um modelo quantitativo;
■ resolução do modelo e encontro da melhor solução;
■ consideração dos fatores imponderáveis;
■ implementação da solução.
Situação-
Problema
Encontrar
Parcialmente
a Solução
Implementar a
Solução Encontrada
Definição da situação-problema
Antes de mais nada, é preciso reconhecer que existe um problema que
demanda uma solução. Muitas perguntas devem ser respondidas, tais
como: Que parte da organização é afetada pelo problema? O problema
envolve as operações atuais ou alguma previsão de operações futuras?
Quais são as hipóteses que devem ser feitas? Quais são as restrições a pos-
síveis soluções? Quais são os objetivos?
Essa fase requer a transformação de informações genéricas em um
problema estruturado. Geralmente, as fronteiras iniciais de um problema
são mal definidas, e a solução pode influenciar outras áreas que não aque-
la que apresenta o problema original. Não se deve esquecer que será pro-
vável haver um intercâmbio constante de informações entre a situação e
a definição do problema, pois à medida que se deseja estruturar a situa-
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ção, ela vai sendo mais e mais estudada e, de certa forma, modificada,
completada e esclarecida pelas pessoas envolvidas no esforço.
Implementação da solução
À parte os possíveis problemas técnicos que podem ser acarretados por
uma solução que foi obtida por via matemática, existem também os pro-
blemas de natureza humana. É claro que os problemas técnicos podem
ser minimizados, se o modelo foi bem construído, com as variáveis rele-
vantes e as restrições sendo levadas em conta. De qualquer forma, a
implementação poderá implicar alguma mudança para alguns indivíduos
na organização. As vezes, poderá ser gerada alguma reação a tal mudan-
ça, perturbando assim o processo de implementação. É preciso projetar a
própria implementação de forma que ela seja a mais suave e natural pos-
sível, eventualmente envolvendo no processo as próprias pessoas que
serão atingidas pelas mudanças.
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