- problema da efetividade/inefetividade, eficácia/ineficácia dos direitos
fundamentais - primeira questão é nominal: o que se entende por direitos fundamentais? O que esta locução designa? > questão não é meramente NOMINAL - direitos do homem: têm origem nitidamente jusnaturalista. Thomas Penn: direitos do homem são inatos aos homens. > expressão é muito próxima aos “direitos humanos”, que tecnicamente, são conhecidos por tratados, pela ordem jurídica internacional. Estão postos em documentos internacionais. > direitos do homem são pressupostos (nascem com o homem). > direitos básicos: são básicos para alguma, essenciais para a dignidade do homem. Sem eles, a essência do homem se descaracteriza, o homem continua homem, porém numa dimensão meramente biológica. > direitos fundamentais: tem sido reservado para designar aqueles direitos que fundamentam, que dão sustentação, alicerce dos estados democráticos ou dos estados constitucionais (são direitos do homem, direitos humanos, que fundamentam o estado democrático de direito). São fundamento dos outros direitos. Realidade nuclear para o estado democrático e seu sistema nervoso. - não é possível fazer uma teoria dos direitos fundamentais sem uma teoria do direito. - toda teoria precisa de uma fundamentação gnoseológica (se é capaz de conhecer seu objeto e as coisas que com ele se relacionam). - dimensão aplicada do direito é ESSENCIALMENTE dialética. Não há como se aplicar o direito sem a racionalidade e escolha. > dialética na antiguidade: discurso, luta entre os argumentos. > concepção da dialética: busca conjunta pela verdade (humana, provável, ética) - se tudo muda e a única constante é a mudança (Heráclito), por que o jurista luta pela manutenção do “status”? - por isso que se falar em direito como mudança, como instrumento de transformação, é tão complicado - por que abordar os direitos fundamentais? > racionalismo jurídico é capaz de descobrir, interpretar, encontrar as normas jurídicas e de direitos fundamentais. É muito centrado na própria norma. > um conhecimento empírico do direito, mais do que aclarar normas, pode propiciar uma constatação da inadequação ou fracasso das normas em relação com a realidade fática (inefetividade e ineficácia). - dialética não é um processo de conhecimento que se resume ao levantamento de normas ou de verificação da eficácia ou ineficácia das normas, mas seu uso transformador das normas em algum sentido. > só pode ser no sentido heraclitiano da mudança. É uma práxis. - grande problema É EFICÁCIA E EFETIVIDADE dos direitos fundamentais, dimensão prática, pragmática e dialética dos direitos fundamentais.