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«OS NOSSOS PROFESSORES»

“DEVEMOS amar os nossos professores. Depois de nossos


pais, é a eles que devemos amar acima de tudo.
São eles que nos ensinam, são eles que nos educam o
espírito, são eles que nos preparam para a alegria de
saber, que nos dão já essa alegria – e não há outra maior
do que ela. A nossa felicidade depende do que soubermos.
Ora o que nós sabemos, aos nossos mestres o devemos. Um bom
mestre vale tanto como um bom pai... Quanto mais soubermos,
e melhor uso fizermos do que soubermos, tanto maiores
seremos.
Devemos ser indulgentes com eles, e respeitá-los.
Lembrai-vos que não há nada mais difícil do que ensinar; e
que esses bons homens que nos ensinam, dedicaram a sua vida
ao mais difícil de todos os trabalhos, e dedicaram-na para
nosso bem, e só para nosso bem. São os nossos melhores
amigos.
As nossas alegrias são feitas dos cuidados deles, das
suas grandes tristezas, das suas grandes fadigas.
Um mestre é o nosso guia. Quem não sabe é ceguinho, e
os mestres são os nossos guias, porque nós somos ceguinhos.
A ignorância é uma cegueira – e abençoado seja quem ao
mesmo tempo que procura dar-nos a vista, nos acautela de
perigos enquanto não vemos. Abençoado seja! Abençoados
sejam os nossos mestres! Quando os virem zangados, não é
para nosso mal que eles se zangam. É o desgosto de nos não
poderem dar vista, a nós que somos ceguinhos, tão depressa
como eles quereriam. Zangam-se para nosso bem, zangam-se
para nos fazerem alegres a nós - para que nós, pela vida
adiante, não sejamos tristes nem infelizes.”

“O meu livrinho” Trindade Coelho

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