A teorias tridimensionais genéricas se, de um lado, têm o mérito de repudiar as concepções

unilaterais ou reducionistas da experiência jurídica, de outro, não logram preservar a unidade

do direito, limitando-se, quando muito, uma combinação extrínseca de perspectivas. São
profundas as diferenças entre nossas concepções , a começar pelo sentido universal ou
cósmico do tridimensionalismo de Sauder, quando, ao nosso ver, so pode falarem
tridimensionalidade com referencia ao plano de cultura, pois, os bens que o homem
constituem, através da historia, pressupõem sempre uma base fática, um valor determinate da
ação, e uma forma ou norma final. Para Sauer, ao contrario, tanto o mundo da natureza como
o mundo da cultura são apresentados como estruturas trivalentes, no âmbito de uma
concepção que já foi acertadamente qualificada de “panteísmo critico”, e cuja singularidades
consiste em apresentar a realidade toda como uma combinação “mônadas de valor, as quais
dariam sentido aos fatos, expressos em esquemas formais ou normativos.

O tridimensionalismo de Sauer resulta de seu propósito de tomar contato com a vida jurídica,
entendida como realização de valores, parecendo-lhe que a sua compreensão unitárias só
seria possível com o superamento do positivismo e do idealismo.

Levado por esse desejo de visão global e complexiva, reclamara, logo de inicio, a necessidade
de estudar-se o Direito segundo três perspectivas, correspondentes a três ordens de saber: o
filosófico, o sociológico e o jurídico formal, cada uma delas insuficiente para uma plena
captação da juridicidade.

Mais tarde, esta justaposição de perspectivas suscitou-lhe um problema, o saber se a

tridimensionalidadenão corresponde a uma discriminação ontica, inerente à realidade jurídica
mesma, antes de resultar da era atitude metódica do sujeito observador .

E nesse quadro gnoseológico de uma “cosmovisão tridimensional” que Sauer discriminaas

províncias do conhecimento jurídico, apresentado, verbi grantia, a “ordem jurídica” como
diemnsãp formal