Considerações iniciais ● A maior parte dos motores 3Φ utilizados na indústria e no meio rural são de indução; ● A utilização de motores de indução 3Φ é aconselhável a partir dos 2kW. Para potências inferiores justifica-se o 1Φ; ● O motor de indução 3Φ apresenta relativa vantagem com relação ao 1Φ, já que possui partida mais fácil, o ruído é menor e é mais barato para potências superiores a 2kW. Motor trifásico com freio (motofreio trifásico)
● É formado por um motor trifásico de indução acoplado
a um freio com disco; ● O freio é ativado por um eletroimã cuja alimentação é fornecida por uma fonte de corrente contínua por uma ponte retificadora, alimentada diretamente pela rede elétrica; ● A aplicação é restrita à atividades que necessitam de paradas rápidas para segurança ou posicionamento; ● Ex.: Guindastes, elevadores, pontes rolantes, correias transportadoras, bobinadeiras etc. Motor trifásico com freio (motofreio trifásico) Motor trifásico com freio (motofreio trifásico) Motor trifásico com freio (motofreio trifásico) ● Não é aconselhável a aplicação de motofreio em atividades que possam provocar a penetração de partículas abrasivas, água, óleo, entre outros, uma vez que estes reduzem a eficiência do sistema de frenagem ou mesmo danifica-o; ● O calor gerado pelo atrito durante a operação de frenagem deve ser retirado pelo sistema de ventilação do motor; ● De uma maneira geral, os motofreios podem ser divididos em três categorias: Ligação para frenagem lenta Ligação para frenagem média Ligação para frenagem rápida Motores de alto desempenho ● Utilizam materiais de melhor qualidade tanto no estator quanto no rotor; ● Utilizam chapas magnéticas de aço silício de qualidade superior, o que proporciona uma redução da corrente de magnetização; ● É utilizada maior quantidade de cobre nos enrolamentos o que acarreta menores efeitos Joule; ● Apresentam alto fator de enchimento das ranhuras melhorando a dissipação de calor gerado pelas perdas internas; Motores de alto desempenho ● O rotor, devido ao tratamento térmico, tem uma redução das perdas suplementares; ● Sistema de ventilação bem elaborado; ● Sendo assim, podem operar com temperaturas inferiores às dos motores convencionais. Isso permite maior sobrecarga e maior FS; ● Seu custo é mais elevado porém seu η superior faz com que seu custo operacional seja menor; Princípio de Funcionamento Princípio de Funcionamento Princípio de Funcionamento Características dos motores 3Φ
1 - Rendimento do motor em função de sua
potência nominal Características dos motores 3Φ
2 - Rendimento do motor em função da potência
no seu eixo Características dos motores 3Φ 3 - Categoria de Conjugado ● Categoria N: conjugado de partida normal, corrente de partida normal e baixo escorregamento; ● Categoria NY: possui as mesmas características anteriores, mas tem a previsão de uma partida estrela- triângulo; ● Categoria H: conjugado de partida alto, corrente de partida normal e baixo escorregamento; ● Categoria HY: mesmas características anteriores, porém com previsão de partida estrela-triângulo; ● Categoria D: conjugado de partida alto, corrente de partida normal e alto escorregamento (s > 5%). Características dos motores 3Φ 4 – Classe de isolamento Características dos motores 3Φ 4 – Classe de isolamento ● Classe A: 105ºC ● Classe E: 120ºC ● Classe B: 130ºC ● Classe F: 155ºC ● Classe H: 180ºC Características dos motores 3Φ 4 – Classe de isolamento ● Pela norma, motores para aplicação normal são instalados em temperaturas máximas de 40ºC;
● A temperatura máxima deve ser a admitida pela classe,
subtraída a temperatura ambiente;
● A norma considera uma diferença entre a temperatura
média do enrolamento e o ponto de temperatura máxima para cada classe de isolamento. Para classes B e F esse valor é de 10ºC e para classe H, 15ºC. Características dos motores 3Φ 4 – Classe de isolamento ● Para proteção dos enrolamentos dos motores utilizam-se sensores térmicos nas cabeças das bobinas (termorresistores, termistores, termostatos e protetores térmicos);
● Os fabricantes fornecem um dado muito importante que
é o chamado tempo de rotor bloqueado a quente (Trb). Características dos motores 3Φ 5 – Motor aberto Características dos motores 3Φ 7 – Regime de serviço ● É definido como a regularidade de carga a que o motor é submetido. Regime de Características Serviço S2 Regime de tempo limitado S3 Regime intermitente periódico S4 Regime intermitente periódico com partida S5 Regime intermitente periódico com frenagem elétrica S6 Regime intermitente periódico com carga intermitente S7 Regime de funcionamento contínuo periódico com carga intermitente S8 Regime de funcionamento contínuo periódico com mudanças correspondentes de carga e velocidade S9 Regime com variações não periódicas de carga e velocidade S10 Regime com cargas constantes e distintas Características dos motores 3Φ 8 – Fator de Serviço
● Indica a sobrecarga permissível que pode ser aplicada
continuamente ao motor sob condições especificadas;
● Ex.: FS = 1,15; o motor suporta continuamente 15%
de sobrecarga acima de sua potência nominal.
● É uma reserva de potência que dá ao motor
condições de funcionamento em situações desfavoráveis. Características dos motores 3Φ 9 – Sentido de Rotação Características dos motores 3Φ 10 – Grau de Proteção (IP) Características dos motores 3Φ 10 – Grau de Proteção (IP) Características dos motores 3Φ 10 – Grau de Proteção (IP)
● IP54: São utilizados em ambientes muito
empoeirados; ● IP55: São utilizados nos casos em que os equipamentos são lavados periodicamente com mangueiras; ● IP(W)55: Idêntico ao IP55,porém são protegidos contra intempéries. São utilizados ao ar livre. Também denominados de motores de uso naval. Dados de Placa Identificação das bobinas de um motor de indução trifásico
Início da bobina
Bobinas
Final da Bobina Causas Típicas de Falhas em Enrolamentos de Estatores Trifásicos
Acesso em: 18/11/09. Falta de Fase (Ligação em estrela)
● A falha em uma única fase de um enrolamento é o
resultado da interrupção de uma fase de alimentação do motor. A falta de fase é geralmente ocasionada pela interrupção de um fusível, contator com contatos interrompidos, falta de fase na linha de alimentação ou mal contato provocado por conexões danificadas e inadequadas. Falta de Fase (Ligação em estrela) Falta de Fase (Ligação em triângulo)
● Neste caso a queima das fases do enrolamento
também foi o resultado da interrupção de uma fase de alimentação do motor. A falta de fase é geralmente ocasionada pela interrupção de um fusível, contator com contatos interrompidos, falta de fase na linha de alimentação ou mal contato provocado por conexões danificadas e inadequadas. Falta de Fase (Ligação em triângulo) Curto-Circuito Entre Fases
● Este tipo de falha no isolamento é tipicamente
causado por contaminação do enrolamento, abrasão, vibração ou surtos de tensão. Pode também ser consequência da ineficiência na execução do isolamento entre fases, quando do enrolamento do estator, ou mesmo do emprego de materiais inadequados, incompatíveis com a classe térmica e de tensão do equipamento. Curto-Circuito Entre Fases Curto-Circuito Entre Espiras
● Causado por contaminação do enrolamento, abrasão,
vibração ou surtos de tensão, podendo ser agravada por falhas ou ineficiência do processo de impregnação, incluindo-se aí a utilização de condutores e verniz ou resina de má qualidade, mal preservados, ou incompatíveis com a classe térmica e tensão do equipamento, além do processo inadequado de cura. Curto-Circuito Entre Espiras Bobina Curto-Circuitada ● Como no exemplo anterior, este tipo de falha no isolamento é tipicamente causado por contaminação do enrolamento, abrasão, vibração ou surtos de tensão, podendo ser agravada por falhas ou ineficiência do processo de impregnação, incluindo-se aí a utilização de condutores e verniz ou resina de má qualidade, mal preservados, ou incompatíveis com a classe térmica e tensão do equipamento, além do processo inadequado de cura. Geralmente precedido de um sobre aquecimento da bobina, antes da ocorrência do rompimento das espiras. Bobina Curto-Circuitada Bobina em Curto para Massa na Saída da Ranhura ● Causado por contaminação do enrolamento, abrasão, vibração ou surtos de tensão. Pode também ser consequência da ineficiência na execução do isolamento das ranhuras, quando do enrolamento do estator, ou mesmo do emprego de materiais inadequados, incompatíveis com a classe térmica e de tensão do equipamento, ou ainda inabilidade do bobinador durante o processo de enrolamento, o que pode provocar danos ao sistema isolante, fragilizando-o e permitindo a falha precoce. Bobina em Curto para Massa na Saída da Ranhura Bobina em Curto Para Massa no Interior da Ranhura
● Causado por contaminação do enrolamento, abrasão,
vibração ou surtos de tensão. Pode também ser consequência da ineficiência na execução do isolamento das ranhuras, quando do enrolamento do estator, ou mesmo do emprego de materiais inadequados, incompatíveis com a classe térmica e de tensão do equipamento, ou ainda inabilidade do bobinador durante o processo de enrolamento, o que pode provocar danos ao sistema isolante, fragilizando-o e permitindo a falha precoce. Bobina em Curto Para Massa no Interior da Ranhura Curto-Circuito nas Interligações ● Este tipo de falha no isolamento é tipicamente causado por contaminação do enrolamento, abrasão, vibração ou surtos de tensão. Pode também ser consequência da ineficiência na execução das interligações e seu isolamento, quando do enrolamento do estator, ou mesmo do emprego de materiais inadequados, isolantes, de brazagem ou solda, incompatíveis com a classe térmica e de tensão do equipamento, ou ainda inabilidade do bobinador durante o processo de brazagem ou solda. Curto-Circuito nas Interligações Fase Danificada Devido ao Desequilíbrio de Tensão ● A deterioração térmica da isolação em uma fase do enrolamento do estator pode ser resultado no desequilíbrio de tensão entre fases. O desequilíbrio de tensão pode ser provocado por cargas desbalanceadas conectadas à fonte de alimentação do motor, conexões inadequadas junto aos terminais de saída do motor ou altas resistências provocadas por mal contato.
● Nota: Um desequilíbrio de tensão equivalente a um por
cento pode resultar em um desequilíbrio de corrente da ordem de seis a dez por cento. Fase Danificada Devido ao Desequilíbrio de Tensão Enrolamento Danificado Por Sobrecarga
● A deterioração térmica da isolação em todas as fases
do enrolamento do estator é tipicamente causada por exigência de carga superior à capacidade nominal do motor.
● Nota: Sub e sobretensão (que excedam os limites
estabelecidos pelas normas NEMA) Resultarão no mesmo tipo de deterioração do isolamento. Enrolamento Danificado Por Sobrecarga Defeito Causado pelo Travamento do Rotor
● Deterioração térmica severa em todas as fases do
enrolamento normalmente é causada por correntes muito elevadas no enrolamento do estator devido à condição de travamento ou bloqueio do rotor. Esta falha também pode ocorrer devido ao número excessivo de partidas ou reversões, incompatíveis com o regime para o qual o motor foi projetado. Defeito Causado pelo Travamento do Rotor Enrolamento Danificado por Surto de Tensão
● Falhas de isolação como esta, normalmente são
causados por surto de tensão. As ondas de surto de tensão são frequentemente o resultado de chaveamentos ou comutações, descargas atmosféricas, descargas de capacitores e dispositivos semi-condutores de potencia. Enrolamento Danificado por Surto de Tensão