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A terceira margem do rio.

Comentário sugestivo.
Características da obra de
Guimarães Rosa nesse conto
 Linguagem carregada de simbologias e
pausada, em que prevalecem frases e orações
curtas e objetivas, configurando uma linguagem,
por vezes, imóvel: “Ele me escutou. Ficou em
pé. Manejou remo n’ água, proava para cá
concordando”.
 Aparecem também os neologismos,
característicos na obra de Guimarães Rosa,
como “diluso”, e termos regionais, como trouxa
(comida e roupas)
Estrutura fabular do texto:

 É como uma fábula entre o pai e seu filho,


entre o silêncio e a dor. Algo fantástico. É
como uma fábula da própria loucura
humana.
A importância da estrutura oral na narrativa,
pontuada por ditos populares e provérbios
adquirida na obra de Guimarães Rosa.
 A oralidade fica latente em todo o conto, em
frases como: Do que eu mesmo me alembro, ele
não figurava mais estúrdio nem mais triste do
que os outros, conhecidos nossos. Só quieto
Nossa mãe era quem ralhava no diário com a
gente.” Guimarães Rosa foi um dos mais
inventivos escritores brasileiros: em sua
narrativa, dava importância à linguagem oral
que pesquisava entre os jagunços com quem
conviveu.
A moral existente na narrativa:

 Talvez a moral de que o ser humano tem


medo de si mesmo e do desconhecido.
O porquê de o pai ter se “refugiado” à
margem do rio e lá ter ficado até sua morte:
 A figura do pai se aproxima muito da imagem do
mito ou daquela que está começando a ter essa
perspectiva. É como se ele, mesmo de longe,
mostrasse a seus parentes que permanece ali,
entre o consciente e o inconsciente. Ele se
afasta de si mesmo. É o silenciamento do pai,
pois ele percebeu que tinha feito sua
“obrigação” por se considerar: “homem
cumpridor, ordeiro, positivo” com todos os
familiares.

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