8 Sumino cxrtmato 6 A relagao com o saber: conceitos e definicdes 1 O conceito de relagéo com o saber 2 Arelagio com o saber como objeto de pesquisa. 23 As definigges da relacio com o saber i “4 Relacdo como saber e desejo de saber... 5 Relagio com o saber e representasio do saber 6 Relacao com o saber e relagies de saber .. Conclusa Refertncias Bibliogréficas INTRODUGAO Por que ser que certos alunos fracassam na escola? Por que sera que esse fracasso é mais freqiiente entre as familias de categorias sociais populares! do que em outras familias? Mais ainda: por que serd que certas criangas dos meios populares alcancam, apesar de tudo, sucesso em seus estudos, como se elas conseguissem esgueirar-se pelos intersticios estatisticos? Tais sio, em sua forma bruta, as questGes que presidiram o nascimento da ‘equipe de pesquisa ESCOL?, em 1987, e que, ainda hoje, constituem o horizon- te de seus trabalhos. Para tentar respondé-las, a ESCOL desenvolve pesquisas sobre as relagdes com o saber e com a escola de jovens que freqiientam estabele- cimentos de ensino em subtirbios. A pesquisa inicial teve como objeto os “colé- gios” de ensino médio e, em menor niimero, escolas do primeiro grat” (Charlot, Baudier e Rochex, 1992). A seguir, a equipe interessou-se pelos liceus: Elisabeth Bautier e Jean-Yves Rochex trabalharam sobre os “colégios” gerais ¢ técnicos € eu trabalhe?* sobre os “colégios” profissionalizantes; essas pesquisas origina- ram dois livros, atualmente em fase de redagao. Nio basta, porém, coletar dados; deve-se também saber exatamente 0 ‘que se procura. E isso é ainda mais necessério quando se aborda uma questo ‘antiga de uma forma relativamente nova. Portanto, é precisamente esse 0 nos- ‘0 objetivo. Estamos trabalhiando sobre a questo do fracasso escolar, um cam- po saturado de teorias construidas e opini6es de senso comum, Abordamos essa cléssica questio na perspectiva da relacéo com o saber e a escola, Ora, apesar da propagagao da expressao “relagao com 0 saber”, no se dispée por ora de uma teoria da relacio com o saber suficientemente estabelecida para vido en ok cel: primcr espn. primero cio (quo ans) Eocollgecosepundo (Sane) £0 yee, No ost ema antigo, cole conesponderia a nisl «oes, ‘liscoo efi Pode er bio os pivado, masa maori as escls so pias. Fonte: Caro, 8. Rayo ermosabe entre axa or etude erferia ead, ele Lunia de Rezede, io Pu: Funda Caos han, ‘Caderno de esi, ° 97, p.47-63, 01996, eR. TNe sistema de ensino francs 1 grou conpsnd emi primis tem cine anor eabange ino tno doequalente asa pt cacolae 8 gute sre seus10 _sennanp cantor que a pesquisa possa apoiar-se em fundamentos firmes ¢ estaveis. Quando os, ‘membros da equipe ESCOL apresentam suas pesquisas, internamente ou para utras equipes, ou quando cada um de nés trabalha na interpretacio de seus dados, evidencia-se de imediato a necessidade de um aprofundamento con- ceitual e teérico. ‘Tinhamos postergaco esse aprofundamento por acreditar ser mais urgen- ‘te ampliar para o liceu nossas pesquisas anteriores sobre a escola do primeiro grau e 0 “colégios". Mas, quando comecei a redigir o livro sobre os alunos dos liceus profissionalizantes, pareceu-me indispensdvel explicar por que eu situa- va em termos de relacdo com o saber questées usualmente tratadas em termos de fracasso escolar, origem social ou, até, deficiéncias socioculturais. A ques- ‘to nao é simples... eo texto se ampliou! Assim foi que construf, sem que fosse essa a minha intengio inicial, um texto de elaboracio teérica‘e decid, finalmen- te, publicé-lo sob a forma de livro. Por que estudar o fracasso (ou sucesso) escolar em termos de relagio com © saber? Que se deve entender, exatamente, por “relacdo com o saber"? So esas as duuas questdes, relacionadas, que so abordadas neste livro. © primeiro capitulo explica que 0 “fracasso escolar” é um objeto socio- mediético que nio pode ser considerado tal qual congo objeto de pesquisa: ara se analisar os fendmenos usualmente designados como “fracasso esco- Jar", € preciso construir um objeto preciso de pesquisa. 0 segundo capitulo aborda o objeto que a sociologia da reprodugio cons- ‘r6i para estudar o fracasso escolar: as diferencas entre posigdes sociais. Anali- sa também a idéia segundo a qual a origem social e as deficiéneias socioculturais seriam causas do fracasso escolar. 0 terceiro capitulo amplia as andlises anteriores ¢ esboga o esforgo de construcao tedrica que vird a seguir. Prope a idéia de uma sociologia do sujei to, a partir de um estudo critico dos trabalhos de Pierre Bourdieu, de Fran Dubet e de um livro recente que a equipe de pesquisa coordenada por Jacky Beillerot dedicou a relacio com o saber, numa perspectiva psicanalitica. Os quarto, quinto e sexto capitulos envolvem a relacao com o saber consi- derada como um objeto de pesquisa que permite estudar 0 “fracasso escolar” de outra maneira que nfo cléssica. O quarto capitulo procura inserir o conceito de relacio com o saber no quadro de uma abordagem antropolégica da condi- ‘so do “filho do homem”. O quinto € dedicado as diversas figuras do “apren- der”. 0 sexto esclarece o conceito de relacao com o saber e propée definigées para esse mesmo conceito. A netagho com o samen 11 Notas sabe como desigar © 11a nos engan a apareae eidnca dee expen Na verde, fo eb fn ns fanfles dar “popu eters Costear age como “popula” ue {sr Stas que oop tn “psc Gomiada” mca, ie cm stung: Ge pobresa ou Wcredade produ uma configura tere prt do mundo que wad o meso tempo meer imma cor mes implements au vv ov sobre ea pos 35s, een 2. dag, Sociizaco Coltiviades Locals (Departamento das Cds a Educa, Univers dade Pei sine Bens) Neste io, cnuncadr ser designao A wees oc ours vee par “ns Poa" quando 2: tu dca caqunn un do ten oupeson emp, Por quad BSCOL fr cada tome enpe ce pemisn. 5 4. Ser neces eacareer que no pretend em silt exper age questo, roponds ands ‘ens qu pose ser onseraor como dinitior? Mas moder, meu ropes sont ipa apafdameno erie qu eum estroge conse rape com o sabe ve (ue Store ua expres para odo wo li teat