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CENTRO DE TECNOLOGIA - CT
Departamento de Tecnologia Química e de Alimentos - DTQA
PROCESSAMENTO INDUSTRIAL I : PLANO DA DISCIPLINA
OBJETIVO
Fornecer aos discentes conhecimentos básicos sobre a fabricação de conservas alimentícias, com
ênfase nos princípios de conservação.
EMENTA DO PROGRAMA
Conceitos Gerais; Princípios de Conservação de Alimentos; Métodos físicos, químicos e físico-
químicos de conservação de alimentos, usualmente empregados na indústria.
PROGRAMA
2
PROCESSAMENTO
INDUSTRIAL - I :
FUNDAMENTOS
VOLUME I
3
PROCESSAMENTO INDUSTRIAL DE ALIMENTOS - I
Plano da Disciplina :
UNIDADE I - 12 horas
1- Conceitos Básicos
-Alimento
-Conserva Alimentícia
-Classes de Alimentos
-Processo Nutricional
-Perecividade dos Alimentos
-Processos de Modificação de Alimentos
-Processamento Industrial de Alimentos
-Princípios de conservação de Alimentos
-Métodos de Conservação de Alimentos
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-potencial de oxirredução ()
-Atividade de Água (aw)
-Composição
-Ambiente de Estocagem
UNIDADE II - 24 horas
UNIDADE IV - 8 horas
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-Ultra-filtração
1- Introdução
6
Diante do exposto se deduz que a Engenharia de Alimentos é a área da
Engenharia que se volta, principalmente, para a transformação de matérias –
primas em conservas alimentícias.
2- Alimento
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Costuma-se classificar os alimentos quanto a origem em animais e vegetais
contudo, a classificação correntemente adotada na tecnologia é quanto à
composição centesimal, que expõe a ordem de grandeza dos princípios
nutricionais neles contidos. No Quadro apresentado à seguir mostra-se a
referida classificação, segundo N.N.POTTER.-
8
Gelificação pelo Etanol, Açúcares, entre outras, de modo a evidenciar as reais
possibilidades de industrialização.
3- Processo Nutricional
Os protídios, por sua vez, são as proteínas presentes nos alimentos, que
compõem todos os tecidos do organismo humano.Além disso exercem as
seguintes funções :
Fonte de amino-ácidos essenciais
Formação, crescimentos e manutenção dos tecidos
Constituição dos cromossomos
Catálise de reações metabólicas (enzimas)
Formação de anti-corpos
Proteção das células hepáticas
Manutenção do equilíbrio dos líquidos no corpo
Veiculação de cálcio no organismo
Formação de glicogênio
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Também têm grande importância no organismo humano por entrarem na
formação de todos os tecidos, constituindo cerca de 16% da massa total do
organismo.
Proteção anti-tóxica
Ação anti-cetogênica
Poupança de proteína
Contribuição na plasticidade de alguns tecidos
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Na página seguinte, apresenta-se um quadro com a necessidade média diária de
nutrientes, do organismo humano, por quilo de peso corporal.
NUTRIENTE QUANT./UNIDADE
Caloria 43
Protídio 1g
Glicídio 7g
Lipídio 0,7g
Cálcio 0,001g
Fósforo 0,02g
Ferro 0,002g
Vitamina A 71UI
Tiamina 26UI
Riboflavina 39UI
Ácido Nicotínico 257UI
Vitamina C 1.071UI
Vitamina D 6 a 12UI
Fonte : Composição dos Alimentos – GUILHERME FRANCO
11
parte da composição do alimento, e entre outras funções catalizam a
decomposição de substâncias complexas, também constituintes dos alimentos,
em outras mais siples.
Com relação aos animais responsáveis pelas pragas sobre os alimentos, além de
consumi-los, veiculam microrganismos patogênicos e deteriorantes, que
assumem o comportamento já comentado acima.
12
pode haver formação de substâncias tóxicas que tornam essas matérias primas
imprestáveis para o uso alimentício.
Por outro lado, quando submetidas ao processamento industrial, essas matérias
primas alimentícias podem ficar sujeitas a modificações químicas e/ou físicas
desejáveis ou não, cujo conhecimento é indispensável para a concepção e
condução das linhas industriais específicas.
Apesar da literatura especializada abordar de forma exaustiva esse assunto,
considera-se oportuno neste texto um enfoque abreviado desses processos
químicos, de modo funcional para o processamento industrial.
PROCESSOS REPRESENTATIVOS
.1-Reação de MAILLARD
CHO R – NH
(HCHO)n NH2- R HCHO
H2CHO (peptídio...) ( HCHO )n
(aldeido/açúcar red.)
H2CO
(melanoidina) Escurecimento do
Ácido Ascórbico
O=C
H – C C – H
+
HO – C (H3O)
O H–C C–H
HO - C
O
H–C
HO – C - H ( Furfural )
H2 – C - OH
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.3- Caramelização
H – C C – H
C6 H12 O6 HO – CH2 – C C – HO
( Hidroxi-Metil-Furfural )
Procedimentos preventivos :
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5.2- Rancificação de Gorduras
Lipase
Ac. Graxo Ac. Butírico + Ac.Caproico + Ac.Caprílico ....
Esquematicamente,
CH2 – O – R1 CH2 – OH R1 – OH
H2O
CH - O – R2 CH - OH + R2 – OH
Lipase
CH2 – OH CH2 – OH R3 – OH
Procedimentos Preventivos
Branqueamento
Ajuste de aW ( 0,4 )
Refrigeração
Abaixamento de pH
Ausência de luz
[O]
Ac. Graxo Insat. Produtos Carbonilados
Lipoxidase
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Esquematicamente,
[O]
R1 – CH = CH – R2 R1 – CH – CH – R2
Lipoxidase
O – O
Procedimentos Preventivos
Deaeração
Branqueamento
Ajuste de aW ( 0,4 )
[O]
Açúcares, Gorduras e/ou Acidos Orgânicos CO2 + H2O + calor
Esquematicamente,
n[O]
Cn H2n On n CO2 + n H2O + calor
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Procedimentos Preventivos
Refrigeração
Branqueamento
5.4- Fermentação
ALCOÓLICA
C6 H12 O6 + Levedura 2 C2 H5 OH + CO2 + calor
(glicose) (etanol)
ACÉTICA
C2 H5 OH + O2 + A. aceti CH3 COOH + H2O
(etanol) (ác.acético)
LÁTICA
C12 H22 O11 + H2O + S. lacti 4 C3 H6 O3
(lactose) (ác. lático)
Obs.- a putrefação é considerada por muitos autores como sendo uma classe
de fermentação ; consiste na ação de bactérias sobre as proteínas, com
a formação de uma classe de aminas denominadas putrescinas,
esquematicamente representado como abaixo :
(descarboxilase)
R – CH – COOH R – CH2 + CO2
NH2 NH2
Procedimentos Preventivos
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Ajuste de aW ( 0,6 )
Refrigeração
Branqueamento
6- Processamento Industrial
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define-se os parâmetros a serem controlados, com seus respectivos valores
nominais e tolerâncias, além da forma de amostragem e pontos de coleta. O
detalhamento deste assunto é feito na disciplina Controle de Qualidade.
É oportuno observar que face ao custo do controle, o processamento industrial
deve concentrar a ação de controle nos pontos estratégicos ou pontos críticos
da linha de fabricação, os quais são definidos na indústria de alimentos, através
do sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle).
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Água ligada : - de cristalização (constituição)
- plastificante (adsorvida)
Pelo exposto, evidencia-se que a água ligada está comprometida com a matéria
sêca do alimento, não estando disponível para processos químicos e/ou
microbianos. Em vista disso, deduz-se e comprova-se que a água que contrbui
para esses processos é a que se encontra em estado livre ou disponível. Por
conseguinte, é possível afirmar esquematicamente que :
aW = ( água livre )
aW = (natureza da matéria sêca do alimento )
UR = ( p / po ) 100
Comparando-se a expressão supra com a da “aW”, deduz-se :
aW = UR / 100
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mais aquecido se encontra um alimento, mais elevado são os seus estados entálpico e
entrópico e, consequentemente, mais elevadas são as pressões de vapor do alimento e da
água. Em vista disso, quanto mais elevada for a temperatura de um alimento, mais elevada
será a sua “aW”. Na verdade, a importância desse conhecimento se prende à necessidade
de comparação das atividades de água de um mesmo alimento ou, de alimentos diferentes
que para efeito de análise só é válida quando numa mesma temperatura. É Atividades de
água (aW) de alguns alimentos, determinadas em temperaturas entre 24 e 29oC.
Alimento Umidade aW
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Oportuno observar que a maioria dos aparelhos para determinação de “aW” não
dispõem de sistema estabilizador de temperatura, e com isso exigem a
disponibilidade de lei de variação da “aW”(específica de cada alimento), com a
temperatura, permitindo as referidas comparações. O gráfico apresentado no
ítem seguinte, ilustra o que foi dito.
3 3 ,7 5
3 3 ,7 y = 2 2 ,1 3 1 x + 1 8 ,3
R 2 = 0 ,9 9 5 9
3 3 ,6 5
T ºC
3 3 ,6
3 3 ,5 5
3 3 ,5
3 3 ,4 5
o 0 ,6 8 5 0 ,6 9 0 ,6 9 5 0 ,7
aw
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alimentícia (produto), é possível tomar-se algumas medidas preventivas para
evitá-los ou minimizá-los, com base em conhecimentos consolidados
experimentalmente no terreno da atividade de água. Tais conhecimentos,
voltados para avaliar a variação de intensidade de oxidação lipídica, dos
escurecimentos enzimáticos e não-enzimáticos e, das atividades microbianas,
relacionados com a atividade de água, resultam numa fonte importante para se
definir a “aW” mais adequada para cada alimento, em função das possibilidades
de ocorrência de um ou mais dos referidos processos. À seguir se apresentam
os gráficos que correlacionam os índices de velocidade dos referidos processos,
com a “aW”.
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7.1.3- Escolha do Valor de “UAU” para um Alimento
UAU
Y = ax + b
0 aW
24
7.1.4- Valores Notáveis de “aW”
Em geral..............................................0,65 aW 1,00
Mofos/Bact. Osmófilas........................0,65 aW 0,75
aW = 0,8 deterioração do alimento após 4 a 5 semanas
aW = 0,7 deterioração do alimento após meses
aW 0,6 não há deterioração significativa dos alimentos
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7.1.5.1- Remoção de Água Livre
26
encontrada em tabelas de propriedades termodinâmicas do
vapor d’água saturado.
cilindro AC = 2 R L ( m2 )
semi-esfera AS = 2/3 . . R2 . H ( m2 )
27
50 Vol. De Massa a Aquecer(litro) sup.de aquecim.(m2) 95
Ebulição à Vácuo
No caso dos materiais a remover água livre, serem termo-sensíveis, recorre-se à
evaporação sob vácuo, buscando com isso baixar seus pontos de ebulição, e
assim, realizar a operação em temperaturas inferiores às de decomposição dos
princípios termo-sensíveis presentes. As operações se realizam em sistemas
descontínuos como o “buller” à vácuo e outros resultantes de melhoramentos
deste, buscando maiores desempenhos, e os sistemas contínuos cuja
característica básica é o reduzido tempo de exposição do material em
processamento, ao calor, melhorando a qualidade final do produto em relação
aos sistemas descontínuos. Entre os concentradores contínuos adotados para
remoção de água livre figuram: “filme descendente”, “flash-tubular”, “flash-
placas” e o “centrífugo”. Os parâmetros de controle da operação são os
mesmos citados para o sistema à pressão ambiente, além da pressão (vácuo) de
trabalho da operação. Os sucos de fruta e polpa de tomate concentrados são
exemplos típicos dessa forma de desidratação.
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sublimação e produtividade do sistema em Kg de produto/hora. Em vista do
alto custo de investimento e da reduzida produtividade, o custo de operação é
muito elevado, sendo insuportável pela indústria alimentícia contudo, os sucos
de frutas em pó representam um exemplo típico desse tipo de desidratação.
29
capacidade aspiratória desejadas. Uma relação empírica para a definição do
volume útil da coluna semi-barométrica é : 15 toneladas de evaporado/hora,
para 40 m3 de volume de coluna.
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Remoção de Agua Livre por efeito de Pressão Osmótica
A remoção de água livre por pressão osmótica se fundamenta na migração
d’água de um meio mais diluído (hipotônico) para outro mais concentrado
(hipertônico). Os doces em calda bem como as frutas cristalizadas ou glaceadas
são exemplo típico dessa classe de desidratação, lembrando ainda que vegetais
em salmoura também pertencem a essa classe. Nesse caso o controle
operacional se volta para as concentrações dos líquidos de cobertura, tempos
de imersão do vegetal preparado, tempos/temperaturas de aquecimentos
quando for o caso, além de outros mais específicos.
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Glicerina ......................................................................................... 4,0
_______________________________________________________________
Atividade de Agua - Aw
6 1 - glicerina
7
2- NaCl
6 5 3 - ac. Cítrico
Agentes Ligantes
5 4 - agar
4 5 - pectina
4
3 6 - ac. cristal
3
2
2
1
1
0
0,174 0,456 0,602 0,625 0,628 0,659
Valores de Aw
7.1.5.3- Misto
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Esse sistema de remoção de água livre, associa os anteriores, buscando com
isso minimizar possíveis malefícios que o uso de apenas um sistema com maior
intensidade. Exemplos típicos de alimentos que adotam esse sistema são o leite
condensado e os doces em geral, onde parte da água livre é removida pelo calor
e a parte restante é adsorvida por açúcares adicionados à massa em
processamento.
7.2- pH
onde x m, será tanto maior quanto mais forte for o ácido e mais alcalino for
o restante das demais substâncias constituintes do alimento em tela.
Com base no esquema supra, se pode dizer que o seu primeiro membro
representa a acidez total titulável, do alimento enquanto que, no segundo
membro figuram a acidez atual ( xA + xH+ ) e a acidez potencial [(m-x)AH]
que é o restante do ácido presente, ainda não dissociado. A acidez atual é quem
empresta ao alimento o gosto ácido típico, e demais características específicas
dos ácidos, enquanto que a acidez potencial só o fará quando se dissociar por
diluição do alimento com água, saliva, entre outros diluentes.
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- como a forma supra de representar a concentração da acidez
atual é incômoda, SORENSON propôs a designação de pH
(potencial Hidrogeniônico), definida como à seguir mostrado,
ficando convencionado :
34
Na verdade, este último critério de classificação fundamenta-se no fato de que
a pH 4,5 há a possibilidade de presença de formas microbianas esporulantes,
enquanto que a pH 4,5 só há presença de formas microbianas vegetativas.
Reação pH ótimo
Exemplos :
35
7.2.3- Influência do pH nas Atividades Microbianas e Enzimáticas
A atividade enzimática nos alimentos, por sua vez, é otimizada a pH entre 6,0 e
8,0 sendo bastante reduzida a pH(s) inferiores a 4,0. Em vista disso, é também
recomendável o abaixamento do pH a valores os menores possíveis, para
minimizar-se as interações químicas catalizadas por enzimas, nas conservas
alimentícias.
36
7.2.5- Considerações Finais
Sob a ótica da conservação de alimentos, o pH figura como um parâmetro de
grande importância, pois, sendo seletivo da presença mirobiana e da ocorrência
de interações químicas, define o rigor dos tratamentos industriais a serem dados
às conservas alimentícias. Na prática, considera-se o pH = 4,5 como divisório
para efeito dos procedimentos de conservação isso, devido ao fato dos
alimentos com pH 4,5 serem propícios ao desenvolvimento de formas
microbianas esporuladas, de difícil extinção.
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solução aquosa a cerca de 30% (p/v), na busca de favorecer as condições de
conservação. A razão do emprêgo da solução do ácido, razoavelmente diluida,
se deve à necessidade de incorporar o referido ácido bastante dissociado, e
com isso alcançar o efeito desejado de imediato. No caso inverso, em geral na
área de fermentação, eleva-se o pH do alimento incorporando-se bicarbonato
de sódio em solução aquosa a cerca de 30% (p/v). Em ambos os casos as
quantidades de ácido ou sal incorporadas ao alimento devem respeitar os
limites de uso fixados na Legislação específica.
Carnes
De vaca (moída) 5,1 – 6,2
Presunto 5,9 – 6,1
Vitela 6,0
De frango 6,2 – 6,4
Pescado/Frutos do Mar
Pescado (quase todas as espécies) 6,6 – 6,8
Caranguejos 7,0
Ostras 4,0 – 6,3
Atum 5,2 – 6,1
Salmão 6,1 – 6,3
Produtos Lácteos
Manteiga 6,1 – 6,4
Leite 6,3 – 6,5
Creme de leite 6,5
Queijos 4,9 – 5,9
Hortaliças
Feijão (verde e sêco) 4,6 – 6,1
Beterraba 4,2 – 4,4
Cenoura 6,5
Couve-flor 4,9 – 5,2
Milho 5,7 – 6,0
38
Alface 6,0
( SEGUE )
( CONTINUAÇÃO )
Frutas
Abacaxi 3,7 – 4,7
Acerola 3,3 – 4,0
Banana 4,5 – 4,7
Cajá 3,0 – 3,3
Caju 4,1 – 4,7
Graviola 3,8 – 3,9
Goiaba 4,1 – 4,2
Laranja 3,6 – 4,3
Limão 1,8 – 2,0
Maçãs 2,9 – 3,3
Manga 3,8 – 4,4
Mangaba 3,9
Maracujá 2,7 – 3,5
Melões 6,3 – 6,7
Melancia 5,2 – 5,6
Pitanga 3,7 – 3,9
Tamarindo 2,6 – 3,4
Umbu 3,0 – 3,2
Uva 3,7 – 3,9
39
7.3- Potencial de Oxidorredução ( h )
Valores de h em Alimentos
Alimento h (mV)
Batata 160
Carne enlatada 150
Carne inteira 200
Carne moída 200
Ovos 500
Queijos 20 a 200
Vegetais e sucos 300 a 400
40
7.4- Composição
41
COMPOSIÇÃO BÁSICA DO ALIMENTO (CBA)
42
PROCEDIMENTOS INDUSTRIAIS PARA MODIFICAÇÃO
DA COMPOSIÇÃO BÁSICA DO ALIMENTO, QUE PODEM
CONTRIBUIR PARA A SUA CONSERVAÇÃO.
Abaixamento de pH
Elevação do teor de gordura
Elevação do teor de açúcar
43
Elevação do teor de sal
7.5.1- Temperatura
44
No caso das interações químicas, não é possível generalizar
faixas ótimas de “Ta”, já que especificidades como natureza
endo ou exotérmica das reações, ações catalíticas de enzimas,
entre outros fatores impedem. Contudo, se pode afirmar :
Esterilização z 9,0oC
Pasteurização z 11,5oC
Branqueamento z 16,0oC
Cozimento z 26,0oC
45
Normalmente, na busca de maiores produtividades adota-se
para “Ta” as seguintes temperaturas :
Carne Animal 6 – 10 1 1
Pescado 2- 7 1 1
Aves 5 – 18 1 1
Frutas 2 – 180 1 – 20 1-
7
Hortaliças 3 - 20 1 - 7 1-
3
46
velocidade”, sendo a recíproca verdadeira, lembrando ainda que nas reações
exotérmicas a variação é inversa.
Tx = T 10T-Tx/z
semelhante à apresentada para tempo de vida útil (TVU)Ta , cuja declividade
“z” especifica a equação para os diferentes procedimentos, cujas ordens de
grandeza dos valores são as apresentadas para “TVU”.
47
7.5.2- Luz Ambiente
- oxidação de lipídios
- aparecimento de voláteis e mercaptanas no leite
- mudanças de cor de pigmentos
- perda de atividade vitamínica da riboflavina, do
retinol e do ácido ascórbico
- além de outros processos modificadores.
48
Para se ajustar a UR ambiente de forma adequada, recorre-se à expressão :
UR = 100 aW
49
pigmentos
aromas
Todos os mofos e algumas bactérias são aeróbios
Na indústria, recorre-se ao vácuo ou à estipagem com nitrogênio
para proteger os alimentos contra o oxigênio.
Abacate 5 - 10 85 – 90 2 – 4 semanas
Abacaxi (de vez) 10 90 4–5 “
Abacaxi (maduro) 5- 7 85 – 90 3–4 “
Banana (de vez) 12 90 3 “
Caju 0- 1 90 1 “
Goiaba 5- 8 90 2 “
Laranja 6- 7 90 3 – 4 meses
Limão ( de vez ) 12 - 14 90 1–3 “
Maçã 2- 3 85 - 90 2- 4 “
Mamão (de vez) 8 - 10 85 – 90 2 – 3 semanas
Manga 8 - 10 90 3 –4 “
Maracujá 6- 7 90 3–4 “
Melancia 5 80 3–4 “
Melão 7 - 10 80 2–3 “
Pera (-1) 90 – 95 2 – 6 meses
50
Tangerina 6-7 90 4 – 6 semanas
Uva (americana) (-0,5) 85 - 90 3 -8 “
Uva (Europa-Itália) (-2) - (-1) 90 - 95 2 - 6 meses
______________________________________________________________
EFEITOS DOS GASES SOBRE OS MECANISMOS DE
DETERIORAÇÃO DOS ALIMENTOS ARMAZENADOS
GASES EFEITO
51
e mofos; é solúvel em gordura
;
pode lesionar o produto, em
altas concentrações ;
impróprio
para produtos lácteos.
Carnes Vermelhas 51 15 - 25 - 34 - 24
Pescado Branco - 40 - 60
Pescado Gordo - 20 - 80
Pescado Pigmentado 5 30 CO: 1 64
Aves - 25 - 75
Hortaliças Foliáceas 4 2 CO: 1 93
Couve – Flor 7 10 - 83
Cogumelo 7 - N2O: 5 88
Frutas Cítricas 2,5 10 CO: 1 86,5
Laranja “Navel” 5 5 CO: 1 89
Morango 2,5 15 - 82,5
Tomate 4 4 - 92
Maçã 1,5 - 2,5 0,5 - 98 -
97
Pera 2 10 - 88
Queijos Duros - - - 100
Queijos Ativos - 20 N2O: 20 60
Produtos de Padaria :
Não-lácteos - 100 - -
Lácteos - - - 100
Pastas(recheios) - - - 100
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_______________________________________________________________
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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