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PROPULSÃO
1.1. MOTORES
1.2. HÉLICE
Cada hélice é definida por 2 medidas distintas : Diâmetro e Passo, normalmente indicados
em polegadas.
Diâmetro é a distância encontrada de uma ponta a outra da hélice.
Passo é o avanço (teórico) que a hélice daria em uma única volta. Por exemplo: uma hélice
10x6 tem um diâmetro de 10" e seu passo é de 6". Ou de outra forma: ela andaria 6" para frente a
cada volta. O passo define características do vôo como, velocidade e manobrabilidade.
O ângulo de hélice β é formado entre o plano da hélice e a corda da seção em
consideração da pá. Para uma seção a uma distância “r” do eixo da hélice o passo da pá está ligado
diretamente ao ângulo de hélice.
p
p = 2π r tg β ou β = arc tg 2π r
No caso de usar um perfil variável seção a seção, que é o usual, cada seção deve ter seu
ângulo de ataque selecionado de acordo com a curva do perfil usado. Da geometria da figura abaixo
vem:
α = β −γ
v
tgγ =
ω⋅r
1.2.2. Teoria Axial de Hélices
p3 − p 2 = ρ ( v + vi / 2) vi
Esta diferença de pressão agindo na área “A” do disco produz o empuxo “T”.
T = ρ A( v + vi / 2 ) vi
Sendo: vi - velocidade induzida
v - velocidade de vôo
O desempenho de uma hélice, em especial quando determinado experimentalmente, é em
geral colocado na forma de coeficientes, o coeficiente de empuxo e o coeficiente de potência,
definidos como:
T P
CT = CP =
ρ ⋅ n2 ⋅ D4 ρ ⋅ n3 ⋅ D5
J ⋅ CT v
ηb = J =
CP n⋅D
2. ANÁLISE DE DESEMPENHO
m 2 = 7,1207 ⋅ CLASSE
CLASSE = C L ⋅ S ⋅ E L
O projeto deve buscar sempre o máximo coeficiente de sustentação da asa, a máxima área de
asa e o máximo de empuxo líquido. Este valor é o que se pode chamar de classe do projeto. Assim,
temos projetos classe 10, apenas classificatórios. Projeto classe 30 ou 40 é um vencedor hoje. A
perspectiva é chegar a um projeto classe 50.
2.1. CURVAS DE POTÊNCIA
O ponto de partida para a análise de desempenho é determinar as curvas de potência,
considerando o avião em vôo horizontal, a velocidade constante:
• Potência disponível para vôo depende da curva do motor e das curvas da hélice.
• Potência consumida em vôo depende das características de resistência aerodinâmica do
avião, dada pela curva polar.
Para montar a curva de potência disponível no avião, fornecida pelo conjunto motor-hélice,
devemos escolher um ponto da curva do motor, ni, Pi. Com estes valores é calculado o coeficiente
de potência, usando o diâmetro da hélice. Da curva da hélice é lida a razão de avanço
correspondente Ji. Com este valor é calculada a velocidade de vôo do avião vi.
P v
CP = J =
ρ ⋅ n3 ⋅ D5 n⋅D
Pavi = Pi ⋅ηi
A potência requerida (potência consumida) pode ser calculada pela seguinte expressão:
Podemos, agora, traçar ambas as curvas (Pdis x v) e (Pcon x v), obtendo assim a envoltória de
vôo.
O avião é acelerado em contato com o solo até a velocidade em que ocorre pela primeira vez
L = G, ou seja, o avião começa a ter movimento vertical. Este é o ponto teórico que define a
distância de decolagem. Esta velocidade é a velocidade de estol
2 2G
vs =
ρ ⋅ CL ⋅ S
m² ⋅ g x ⋅ρ
x= m ² = 0 [ ( C L ⋅ S ⋅ E L ) ]
ρ ⋅ C L ⋅ S ⋅ Tn g
m ² = 7,6198 ⋅ CLASSE
m ² = 7,1207 ⋅ CLASSE
2W
Sendo: µ = 0,3 , VL = 1,15VS e Vs =
ρ ⋅ CL
2
VR
R=
∆n ⋅ g
R – raio de giração
VR = 1,2Vs – Velocidade de rotação
∆n - acréscimo de fator de carga (referência assume 0,7)
S R = R ⋅ sen γ
γ - ângulo de subida.
A distância horizontal percorrida na subida pode ser determinada pela seguinte expressão:
H −h
SS =
tan γ
H – altura do obstáculo
h – altura ao terminar rotação
SS – distância de subida
2
S
h= R
2R
Finalmente, a distância total de decolagem é a soma das distâncias calculadas anteriormente.
2.3.2. Velocidade de Cruzeiro
2T
VC =
ρ ⋅ S asa ⋅ C D
T 2
W T
VMelhor Subida = ⋅ + + 12 ⋅ C D 0 ⋅ K
3ρ ⋅ S asa ⋅ C D 0 W W
3
T ρ ⋅ VMS ⋅ C D 0 ⋅ S asa 2 ⋅ K ⋅W
VVS = VMS ⋅ − −
W 2 ⋅W 2
ρ ⋅ VMS ⋅ S asa
V²
Lg =
2µ g
2.5. ALCANCE
Para prever o alcance é necessário saber quanto tempo leva até que o combustível seja
totalmente consumido pelo motor à máxima potência.