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Professores como gado de corte no curral petista

Luiz Armando Costa (http://www.luizarmandocosta.com.br/)


quinta, 30 de setembro de 2010, às 09h 50min

Essa greve dos professores municipais da Capital, a menos de cinco dias das eleições, é
um escândalo ético, moral e profissional de quem tem como obrigação ensinar.

A chantagem dos professores, levados a rodo como uma boiada pelo sindicato da categoria,
braço direito e esquerdo do Partido dos Trabalhadores, é explícita. E tenta, ao seu modo, atrapalhar
as eleições.

O Sintet é, na prática, dominado por Donizetti Nogueira e Rosimar Mendes, desde a sua
criação. Donizetti é candidato a deputado federal e o articulista daquele acordo que jogou Raul
Filho, o prefeito, para escanteio e colocou Paulo Mourão na chapa majoritaria. Isto tudo aí a troco
de recursos para campanha, estrutura, como todos sabem. Avião pra cima e pra baixo, dinheiro. Não
estou falando que é ilegal, estou só ligando os fatos com a agulha de crochê.

E, lógico, Donizetti prometeu o que não podia entregar. E aí, o Sintet passou a fazer o
serviço de cobrador. Só que de forma suja.

Donizetti, por seus prepostos, passou os últimos dois meses ameaçando Raul Filho de
expulsão do partido, porque o prefeito não apoiou o tal acordo tampouco as candidaturas de
Donizetti e Paulo Mourão. Raul levou seus vereadores a apoiarem Darci Coelho e João Ribeiro.

Donizetti quer assim tourear Raul Filho. Garroteá-lo. E para isso usa os professores como
massa de manobra para melar alguma coisa. Levar os eleitores e identificar em Raul o responsável
pela paralisação dos "professores". E daí, lá nas urnas, mudar o voto. E, claro, apoiar os candidatos
petistas: Donizetti e Mourão.

É algo deplorável. Além do mais, a educação, que, pasmem, é uma das bandeiras de todos
os candidatos (inclusive dos petistas) é uma das ações que têm dado certo na administração de Raul
Filho.

E, talvez, por isso mesmo, os petistas do Sintet resolveram jogá-la por terra. E com terra
arrasada, eles, petistas, começarem tudo de novo.

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