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~
mos anos, tem apontado para níveis "0
~ PAis BÉLGICA I GRA- I REPÚBLICA DINAMAR- I RUM.A.NIA
que de forma geral podem ser consi- ~
BRETANHA Fedo ALEMA CA
ETAP~ derados insatisfatórios, redundando j:;;
em problemas transferidos aos usuá- ~
Projeto 46 a 49% 49% 37% 36% 37%
rios e em gastos incorridos pelo poder
Mat./Comp. 15% 11% 14% 25% 22%
público na recuperação e manutenção
Execução 22% ~ 30% -m- T9ÕÃ: de edificações precocemente deterio.
Uso 8a9% 10% -;1%"" 9% ~ radas, cuja magnitude não é despre-
zível.
Figura 3 -Origem dos problemas patológicos
Algum esforço tem sido feito no
de um controle interno, dentro do qual das respostas às seguintes perguntas: país no sentido de estabelecer uma
cabe ainda distinguir o chamado auto. -Que aspecto do processo de pro- documentação técnica e mecanismos
controle, que é exercido automatica- dução mudo'J? que possam viabilizar um Programa
mente pelos envolvidos na produção, -Quanto mudou? de Controle da Qualidade envolvendo
do controle independente. ainda que -Quando mudou? as várias etapas do processo de pro-
interno, exercido pelo pessoal da mes- -Quanto tempo permanecerá a dução e uso da habitação. Esse es-
ma empresa. porém, alheio à produ- mudança? forço porém tem-se mostrado insufi-
ção propriamente dita. Esse controle A sistemática de controle de pro- ciente tanto do ponto de vista técnico,
interno independente é muito comum dução deve indicar a necessidade de em que lacunas importantes devem
nas grandes empresas, tais como si- introduzir medidas corretivas antes ser ainda preenchidas, quanto em re-
derúrgicas e montadoras de automÓ- que o limite especificado seja viola- lação às ações políticas institucionais
veis. Algumas construtoras já adotam do. Por exemplo, se a especificação e legais, hoje praticamente inexisten.
equipes de controle interno da quali- admite um máximo de 5% de defei- tes e que deveriam estabelecer os
dade, independentes daquelas que es- tuosos, a função de controle deve in- mecanismos e procedimentos para
tão engajadas na produção propria- dicar a necessidade de medidas cor- tornar possível a implantação de um
mente dita. retivas quando a porcentagem de de- programa dessa natureza.
O controle de recebimento, por ou- feituosos chegar aos 3% ou 4%.
tro lado, é exercido por quem fiscali. No controle de recebimento do pro- 6.1 Planejamento
za e aceita os produtos e os serviços duto acabado, a finalidade da decisão
executados nas várias etapas do pro- é julgar a conformidade ou não de uma Quanto à etapa de planejamento dos
cesso, ou seja, pelo promotor, pelo certa quantidade do produto aos limi. empreendimentos habitacionais, os
proprietário ou seus prepostos. Trata- tes especificados. ~ necessário, por- problemas principais encontram-se na
se de exercer um controle no instan- tanto, estabelecer, para cada decisão, má localização dos conjuntos, muitas
te da passagem de uma atividade a uma quantidade determinada do pro- vezes não inseridos na malha urbana
outra ou de uma etapa a outra, onde duto, denominada lote, dentro do qual e carentes de equjpamentos urbanos,
geralmente ocorre a transferência de far-seá uma amostragem. comunitários e de serviços e na im-
responsabilidade. Pode ser considera. O controle de recebimento pode se plantação inadequada às condições do
do um controle externo à produção. basear em um controle por atributos meio físico, propiciando o surgimento
Na figura 6 apresenta-se um quadro- (por exemplo controle da etapa de de processos de erosão e/ou degra-
resumo da dinâmica de organização projeto e da etapa de execução) ou
dação do meio ambiente (vide foto 4).
do Controle da Qualidade, podendo-se em um controle por variáveis (por
Nesse sentido aponta-se como ne-
observar que o controle de produção exemplo, controle de recebimento de
cessário, em termos de qualidade, a
e o controle de recebimento não são materiais). definição de uma Sistemática de Ava.
iguais nem podem ser confundidos, Segundo Meseguer (3), a experiên-
liação das Condições de Implantação
apesar de serem complementares e cia tem demonstrado que existem
de assentamentos habitacionais, cal-
necessários para o sucesso de um quatro níveis de controle da qualida-
cada em uma documentação técnica
programa de controle da qualidade (5). de na construção civil, que vão ocor-
que formule critérios para implantação
O controle de produção poàe ser rendo sucessivamente à medida que
de conjuntos habitacionais e lotea.
entendido como a sistemática que au- há um progresso na implementação
xilia o" produtor" a conseguir o pro- mentos, levando.se em consideração
dos Programas de Controle da auali-
duto especificado da forma mais ra- aspectos de localização e adequação
dade, conforme indicado na figura 7.
cional e econômica possível. Visa ob. a variáveis físicas e sócio-econômicas.
ter informaçôes sobre a constância do Do ponto de vista físico, devem ser
6 Situação atual no setor enfatizados os aspectos geotécnlcos
processo de produção (uniformidade)
e o nível de qualidade do que está habitacional e de clima e, do ponto de vista sócio-
sendo produzido, possibilitando a cor- econômico, as condicionantes que in-
reção dos desvios observados. Cada A qualidade dos conjuntos habita- terferem, direta ou indiretamente,
atitude corretiva do processo decorre cionais produzidos no país, nos últi- com o nlvel de satisfação e aspiração
da população com respeito ao ambien.
{ Atender às normas gerais de desempenho, códi- te construído (7) .
PLANEJAMENTO go de obras, regulamentos
6.2 Projeto
{ Atender às normas especificas de desempenho,
CONTROLE PROJETO às normas e documentos prescritivos
Na etapa do projeto habitacional,
MATERIAIS I { P:oduzir e receber de acordo com o especi- dispõe-se hoje no país de uma do-
DA IYI" ,..nl'..~ I ficado
cumentação técnica que mesmo não
contemplando todos os aspectos urba.
EXECUçAo I { Atender ao projetado e ao especificado nísticos, de infra.estrutura e das edi-
ficações, fornece uma base mínima
uso l { Assegurar a adequada utilização do produto
para a elaboração dos projetos e seu
Figura 4 -Metas do controle da qualidade a serem atingidas em cada etapa do processo controle.
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lecno/o9'.. de Ed,."c.ções
INTERVENIENTE PAPEL NO PROCESSO INTERFERE.NCIA NA QUALIDADE
Fabricante Fabrica materiais, componentes e equipamentos Responde pela qualidade dos materiais, componentes e
equipamentos
Toma a decisão de construir e contrata os serviços Influi na qualidade através da forma de contratação
Proprietário Promove a manutençSo do produto final Mantém o desempenho ao longo do tempo
-~
Forma profissionais DeSenvolve metodologias de controle e fornece assis
Universidades e Institutos de Desenvolve novos conhecimentos e novas tência tecnológica ao processo de produção
Pesquisa tecnologias
Difunde informações tecnol6gicas Gera documentação técnica de referência
Para as obras que se utilizam de ceiros e promotores, de uma Sistemá. ção brasileira (ABNT e Inmetro) sobre
materiais e sistemas construtivos con- tica de Avaliação de Projetos que per- o assunto.
vencionais, as referências técnicas mite primeiro explicitar de forma clara O sistema ideal para assegurar a
existentes são em parte as Normas e inequívoca o que se quer dos pro- qualidade de materiais e componentes
Brasileiras de Projeto (ABNT e Inme- jetos e, segundo, avaliar sua conformi- seria o da Certificação de Conformi-
tro), cobrindo, basicamente, obras de dade às referências estabelecidas. dade desses produtos. A discussão
urbanização e infra-estrutura e as edi- Para as edificações habitacionais mais aprofundada sobre oS vários mo-
ficações e suas partes. que se utilizam de sistemas constru- delos de certificação e as perspecti-
Um outro conjunto de documentos tivos inovadores, existe no país um vas de sua aplicação no Brasil são
normativos, que subsidia a etapa de conjunto de referências técnicas, de- feitas em outro artigo desta série (9).
projeto de edificações habitacionais senvolvido também pelo IPT para o Sua implementação, a nível nacional
construídas pelo sistema convencional, BNH (2), que estabelece os níveis mí- e a curto prazo. mostra-se porém in.
está contido no Procontrol (8), projeto nimos de desempenho a serem aten- viável. deixando aberta uma lacuna
desenvolvido pelo IPT para o BNH em didos por novos sistemas construtivos que pode ser preenchida. via ação do
1983. Esse conjunto engloba seis pro- e os métodos para sua avaliação. Essa BNH. seus agentes financeiros e pro-
cedimentos de apresentação de proje- documentação técnica, já aplicada à motores e os construtores e fabrican-
tos(") e 17 especificações de elemen- prática e revista, coloca-se hoje como tes que trabalham para o SFH, pela
tos da edificação(*"). instrumento valioso no desenvolvi- implantação de uma Sistemática de
Toda essa documentação técnica mento de novas tecnologias de pro- Qualificação e Recebimento de Mate.
(normas brasileiras e documentos do duto na área habitacional e é a base riais e Componentes. Essa sistemática
Procontrol) dá sustentação à implan- técnica para um Sistema de Homolo. foi desenvolvida pelo IPT e discutida
tação, pelo BNH e seus agentes finan- gação de novos componentes e siste- com os agentes financeiros e promo-
mas construtivos a serem introduzidos tores do Estado de São Paulo. em
(') Diretrizes gerais; fundações; estrutura; na construção de habitações. projeto desenvolvido para a SICCT-
arquitetura; instalações hidráulicas e instala-
ções elétrica$. Secretaria da Indústria. Comércio,
(") FundaçÕes; estruturas de concreto arma- 6.3 Materiais e componentes Ciência e Tecnologia do Estado de
do moldado no local; paredes de tijolos macI-
ços de barro cozido; paredes de blocos vaza- São Paulo (10).
dos de concreto simples; paredes de blocos A etapa de fabricação de materiais
cerâmicos; estrutura de madeira para telhados;
telhado de telhas de cimento-amianto; telhado e componentes e o recebimento em 6.4 Execução
de telhas cerâmicas; pinturas externas e inter-
obra desses produtos são também
nas; pisos cerâmicos; pisos cimentados; reves-
timentos de argamassa; instalaçâo pr~ial de subsidiados por uma série de especi- A etapa de execução das obras ha-
água fria; instafaçâo de águas pluviais; insta-
laçâo predial de esgoto; instalações elétricas
ficaçães técnicas e métodos de en- bitacionais, no que se refere aos sis-
e instalações de combate a incêndio. saio. a maioria contida na normaliza- temas construtivos convencionais, en-
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N
O
contra apoio documental nas normas 6.5 Uso: operação e manutenção tamento habite,cional, é necessária a 'O
brasileiras (ABNT e Inmetro), envol- elaboração de procedimentos adequa- ~
vendo as edificações, os serviços de Finalmente a etapa de uso do con- dos de recuperação dos conjuntos, j:;;
urbanização e de infra-estrutura, nos junto habitacional e de suas unida- pois a degradação em certos locais ~
Procedimentos de Execução e Fiscali- des, embora a mais longa delas é a atingiu níveis não cobertos por um
zação de Elementos, elaborados pelo mais carente tecnicamente. Quase ne- programa normal de manutenção pre.
IPT tanto no âmbito do Procontrol (8) nhuma documentação técnica é dispo- ventiva.
como do projeto SICCT (10) e no Ma- nível sobre normas de uso, operação Elaborados esses documentos e ini-
nual de Fiscalização de Obras elabo- e manutenção do conjunto e suas ciados os trabalhos, caberia ao Pro-
rado pela Associação Brasileira de edificações. Especialmente quando grama de Controle da Qualidade com-
Cohabs destinado a orientar os agen- se trata de sistemas construtivos ino- provar a qualidade do que está sendo
tes promotores na medição de servi- vadores, a situação é ainda mais feito assim como fazer cumprir as
ços, controle adminIstrativo e legal e no grave, pois, embora impliquem usos e atividades estabeleci das.
acompanhamento técnico da execução. atividades de operação e manutenção
É uma documentação que fornece específicos, os moradores e mesmo 7 Perspectivas
base para implementar, a partir da os agentes promotores não estão in-
revisão e otimização dos mecanismos formados e orientados sobre tais es- As propostas apontadas anterior-
já existentes a nível do BNH, de seus pecificidades. Essa situação deixa mente visando à implantação de um
vários agentes e das construtoras, aberto espaço para que a ação do Programa de Controle da Qualidade
uma Sistemática de Fiscalização de usuário, desorientada, e a omissão do do processo de produção e uso da
Obras que permita, primeiro, explicitar agente promotor introduzam fatores habitação podem ser resumidas da
as técnicas de bem construir orien- de degradação da edificação e seu forma indicada na figura 8 (vide pá-
tando os serviços a serem executados, entorno, fazendo com que o nível de gina seguinte).
e segundo, avaliar se os serviços e desempenho do conjunto caia abaixo Analisando a documentação técnica
as várias partes da obra estão con- dos mínimos desejados. disponível nas várias etapas do pro-
forme o especificado. Mesmo considerando que as ações cesso pode-se afirmar que, hoje, no
Quando da utilização de sistemas de controle da qualidade adotadas nas país, é possível a aplicação de um
construtivos inovadores, estes deverão etapas de planejamento, projeto, fabri- programa.piloto de controle da quali-
ser objeto de programas específicos cação de materiais e execução mini- dade em empreendimentos habitacio-
de Controle da Qualidade na fase de mizem os problemas patológicos, faz- nais de interesse social, promovendo
execução, cabendo ao proponente da se necessário implementar uma Siste- o aperfeiçoamento do referencial téc-
inovação tecnológica apresentar, quan- mática para Fiscalização da Operação nico atual e adequando os aspectos téc-
do esta for submetida ao Sistema de e Manutenção dos conjuntos habitacio- nicos aos administrativos. A documen-
Homologação, as técnicas de produção nais e suas partes, de forma a asse- tação disponível cobre as atividades
e controle interno que pretende im- gurar seu desempenho satisfatório ao relacionadas com projeto, fabricação
plementar, ficando a cargo do BNH e longo do tempõ. e recebimento de materiais e com a
seus agentes financeíros e promoto- Na situação atual pode-se afirmar execução, etapas nas quais podem ori-
res definir o controle de recebimento que, além da carência de documentos ginar se a grande maioria dos proble-
tanto dos serviços quanto das partes técnicos que orientem a operação e mas patológicos das edificações.
a serem executadas. manutenção das partes de um assen- A implantação de um programa
amplo e completo de controle da qua.
lidade, se efetuada através do BNH-
CONTROLEOEPROOUÇÃO CONTROLE DE RECEBIMENTO Banco Nacional da Habitação e seus
agentes, com a participação ativa das
Controle dos fatores que intervém na
o que é? Comprovação da conformidade
qualidade construtoras, projetistas, fabricantes e
usuários, poderia acarretar os seguin.
Assegurar que se alcance a qualidade Verificar que se alcançou como tes benefícios imediatos:
Por que se faz?
especificada ao mínimo custo possível mlnimo, a qulllidade especificada
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(3) GARCIA MESSEGUER. Alvaro Para uma teo-
ria de Ia calidad en construcion Informes
de Ia construclon (348r 5-22, mar 1983
(4) HELENE, Paulo R L Control de obras. Ma-
drid, Instituto Eduardo Torroja, 197615p
(Cemco 76).
(5) -.Controle de qualidade do concreto, 1980
(Dissertação de Mestrado apresentada á
Escola Politécnica da USP).
(6) TANGO, Carlos E S. & HELENE, Paulo R L
Controle de qualidade uma proposta pa-
ra a normalização em alvenaria estrutural
In COLÓQUIO SOBRE ALVENARIA ES-
TRUTURAL DE BLOCOS DE CONCRETO,
São Paulo, 1977 Anais... São Paulo, Ibra-
con, 1977
(7) SOUZA, Roberto de Ação tecnológica e pro-
dução de habitações propostas Arqul.
tetura e Urbanismo 1 (3) 100-102, nov
1985.
(8) INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS
DO ESTADO DE SÃO PAULO Programa
de Controle de QualIdade das Constru.
ç6es Habltaclonals -Procontrol. SAo
Paulo -1983 (Relatório n' 18503)
(9) MONTENEGRO, Marcos e SOUZA, Roberto
de. A Certificação de conformidade na
construção civil A CONSTRUÇÃO SAo
Paulo (1857r 13-16, sel1983 (Encarte
T E n' 10)
(10) INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGI-
Foto 4 -Erosão de taludes em conjuntos habitacionais por falhas de implantação -a origem do CAS Estudo para o controle de quall.
problema se encontra na etapa de planejamento (implantação inadequada)
dade dos componentes e do produto
final de conjuntos habltaclonals. São
-valorização dos institutos de Paulo, 1984 (Relatório n' 21 363{
tes e o consenso há de ser articulado
pesquisa, das universidades e dos la- e obtido: não há mais condições his-
boratÓrios de ensaios a nível nacional, tÓricas no país de relegar a qualidade
permitindo o apoio aos programas de do morar a segundo plano.
controle e o desenvolvimento de no- A sociedade brasileira amadureceu
vos materiais e técnicas; e nesse momento constituinte quer
-valorização e aumento do acervo ver suas necessidades básicas atendi-
normativo, prestigiando as entidades das, em quantidade. e qualidade.
normativas (ABNT e Inmetro);
-melhor aproveitamento dos re-
cursos materiais, técnicos, humanos e Referências bibliográficas
financeiros disponíveis, propiciando
maior satisfação aos beneficiados.
(1) IOSHIMOTO, Eduardo Incidência de manifes-
A viabilização de um programa des- tações patológicas em edificações habi-
sa natureza depende, além do equacio- tacionais A CONSTRUÇÃO Sio Paulo
namento dos aspectos técnicos, de (1933( 21-24, fev 1985 (Encarte T E
ETAPA DO SISTEMÁTICA A
DOCUMENTAÇAO
PROCESSO IMPLEMENTAR TÉCNICA
Fiscalização da Operação
Uso A estabelecer
e Manutenção
Figura 8- Sistemáticas a implementar visando o controle da qualidade na área habitacional
S4?
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA