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O Fluxo de Caixa é um dos mais importantes demonstrativos de análise


financeira. O objetivo da Administração Financeira é maximizar o patrimônio
dos acionistas. A função do administrador financeiro é orientar as decisões de
investimentos e financiamentos a serem tomadas pelos dirigentes da empresa.

O papel do contador é fornecer as demonstrações financeiras para os


acionistas, administradores financeiros e dirigentes. O fluxo de caixa indica
simplesmente a diferença entre os valores recebidos e os valores que saíram
da empresa. A análise do fluxo de caixa é um instrumento poderoso à
disposição das pessoas físicas e jurídicas relacionadas à empresa, como
acionistas, dirigentes, bancos, fornecedores, clientes e outros.

OBJETIVO: O objetivo bá sico da função financeira é prover a empresa de


recursos de caixa suficientes de modo a respeitar os vários compromissos
assumidos e promover a maximização de seus lucros.

É neste contexto que se destaca o î   como um instrumento


que possibilita o planejamento e o controle dos recursos financeiros de uma
empresa. Gerencialmente, é indispensável ainda em todo o processo de
tomada de decisões financeiras. Conceitualmente, o fluxo de caixa é um
instrumento que relaciona os ingressos e saídas (desemb olsos) de recursos
monetários no âmbito de uma empresa em determinado intervalo de tempo. O
fluxo de caixa é de fundamental importância para as empresas, constituindo -se
numa indispensável sinalização dos rumos financeiros dos negócios. A
insuficiência de caixa pode determinar cortes nos créditos, suspensão de
entregas de materiais e mercadorias, e ser causa de uma séria
descontinuidade em suas operações. A manutenção de saldos de caixa
propicia folga financeira imediata à empresa, revelando melhor capacida de de
pagamento de suas obrigações.

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IMPORTANTE:

A Demonstração do Fluxo de Caixa, apesar de ser uma das


demonstrações financeiras mais úteis, não é divulgada pelas empresas, como
é uma demonstração exclusivamente de uso interno, sua abordagem é quase
sempre esquecida nas obras de Análise de Balanços. A Demonstração do
Fluxo de Caixa é peça imprescindível na mais elementar atividade empresarial
e mesmo para as pessoas físicas que se dedicam a algum negócio, e a
Demonstração do Fluxo Líquido de C aixa permite extrair importantes
informações sobre o comportamento financeiro da empresa no exercício com
tudo isso muitas empresas vão à falência por não saberem administrar seu
fluxo de caixa.

A priori, devemos nos lembrar que a DOAR é um demonstrativo


financeiro e econômico que pode refletir a posição econômica da empresa a
curta e em longo prazo, enquanto que a Demonstração do Fluxo de Caixa , leia-
se DFC, permite um planejamento financeiro da empresa em curto prazo,
servindo, também para ajustes de diferenças que por ventura venham a surgir
durante a atividade operacional de uma empresa. Vale ressaltar que alguns
países adotaram o fluxo de caixa em substituição à DOAR, mesmo cientes de
que esta última é muito mais rica em informações e possui um poder preditivo
bem maior que a primeira que apresenta a conveniente de ser bem mais fácil
de entender.

9   : A principal finalidade da DFC é servir de e mbasamento ao


processo de tomada de decisões da empresa, e o faz na medida em que
evidencia o aumento e diminuição de disponibilidades no caixa da empresa,
dando respaldo a um planejamento financeiro correto e conciso e que possa
manter ou alcançar a saúde financeira da mesma.

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Para a elaboração da DFC ± demonstrativo de fluxo de caixa, o usuário


pode se utilizar de dois métodos, o direto e o indireto

9c c c : Demonstra apenas a saída e a entrada de recursos,


com uma visão estritamente operacional em curto prazo. É para saber se a
empresa tem ou não dinheiro. O método direto explicita as entradas e saídas
brutas de dinheiro dos principais componentes das ativi dades operacionais,
como os recebimentos pelas vendas de produtos e serviços e os pagamentos a
fornecedores e empregados. O saldo final das operações expressa o volume
líquido de caixa provido ou consumido pelas operações durante um período.

As empresas, ao utilizarem o método direto, devem detalhar os fluxos das


operações, no mínimo, nas classes seguintes:

† Recebimento de clientes, incluindo os recebimentos de arrendatários,


concessionários e similares;
† Recebimento de juros e dividendos;
† Outros recebimentos das operações, se houver;
† Pagamento a empregados e a fornecedores de produtos e serviços, aí
incluídos segurança, propaganda, publicidade e similares;
† Juros pagos;
† Impostos;
† Outros pagamentos das operações, se houver.

9c c c c Detalha o FC identificando os impactos das


operações do fluxo de investimentos e financiamentos. Analisa a política e a
estratégia da empresa, partindo do lucro líquido para chegar -se ao valor das
disponibilidades produzidas no período de acordo com as operações
registradas no DRE(Demonstração de Resultados de Exercícios). O método
indireto faz a conciliação entre o lucro líquido e o caixa gerado pelas
operações. Para tanto, é necessário:

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† Remover do lucro líquido os deferimentos de transações que foram
caixa no passado, como gastos antecipados, créditos tributários etc. e
todas as alocações no resultado de eventos que podem ser caixa no
futuro, como as alterações nos saldos das contas a receber e a pagar do
período; e
† Remover do lucro líquido as alocações ao perí odo do consumo de ativos
de longo prazo e aqueles itens cujos efeitos na caixa sejam classificados
de investimento ou financiamento: depreciação, amortização do ë

e ganhos e perdas na venda de imobilizado e/ou em operações em
descontinuidade (atividades de investimento); e ganhos e perdas na
baixa de empréstimos (atividade de financiamento).

O método indireto é semelhante a DOAR - demonstrativo de origens e


aplicações de recursos - principalmente na parte inicial, onde os recursos
provindos das atividades operacionais são apresentados a partir do lucro
líquido ajustado. Vale ressaltar que pelo fato do lucro se encontrar nas contas
de resultado e logo não afetar o caixa, não se observa muita relevância na
utilização deste método, e é neste ponto que s e observa a falha deste método,
já que foi explicado acima a finalidade do Fluxo de Caixa, que é deixar o
usuário melhor esclarecido em relação à suas disponibilidades ( entenda -se o
caixa ou banco) da empresa.

O método direto se atém aos movimentos e variações ocorridos no caixa,


ou seja, às entradas e saídas. Saliente -se aqui que este método é o mais
utilizado por estar intimamente ligado à finalidade deste demonstrativo.

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A Demonstração de Fluxo de caixa pode ser apresentada em vários


tipos de uma mesma organização que diferem apenas em suas finalidades. Os
principais são: o Fluxo histórico e o fluxo projetado. O primeiro é muito
importante, pois fornece informações que servirão como subsídios para o
planejamento dos fluxos futu ros. Já o fluxo projetado representa a organização
das entradas e saídas que poderão ocorrer com base no fluxo histórico.

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Além disso, havendo uma comparação entre o fluxo projetado e o real
poderemos identificar se houveram falhas na planificação ou na pro jeção ou
ainda se foi erro administrativo.

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Diante das noções básicas apresentadas, tais como finalidade,


semelhanças e diferenças entre a DFC e a DOAR, apresenta-se agora o real
objeto de nosso estudo: A elaboração da DFC.

Até mesmo por servir de instrumento gerencial, não sendo obrigatória


segundo a lei, a DFC requer a utilização de informações presentes em várias
demonstrações contábeis, pelo fato de que vários fatos podem influ ir no saldo
de caixa aumentando-o ou o diminuindo, como será demonstrado em seguida,
e esses fatos podem ser registráveis em contas do ativo, passivo, patrimônio
liquido e conta de resultado, o que torna necessária a posse das seguintes
demonstrações:

† Balanço Patrimonial;
† Demonstração do Resultado do Exercício; e;
† Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

Além das demonstrações, as informações complementares são de grande


utilidade na elaboração da DFC, pois muitas vezes elas concentram de forma
simples dados dinâmicos como variações entre exercícios e informações
econômicas do período, entre outras.

Após deter a posse das demonstrações e das informações


complementares, segue-se a análise das contas o que será evidenciado a
seguir, onde utilizando fatos contábeis, analisamos contas envolvidas e
demonstramos os impactos desses fatos no saldo de caixa. Bem como
apresentamos como esses fatos seriam evidenciados na DFC.

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Os fatos contábeis apresentam enorme diversidade, à semelhança até


mesmo com a própria atividade empresarial, e, portanto, nem todas os fatos
alteram o saldo de caixa. Partindo do nosso objetivo maior de evidenciar as
alterações deste saldo na DFC, poderíamos considerar apenas as contas que
alteram o saldo, mas por fins didáticos torna-se necessário destacar alguns
fatos que não alteram o saldo de caixa, a fim de evitar futuros equívocos na
elaboração da DFC.

A seguir enumeramos os fatos e a análise dos mesmos, classificados


mediante sua relação com o saldo de caixa:

Fatos que aumentam o saldo de caixa (CCL):

No caso de recebimento de vendas à vista, o valor recebido corresponde


na DFC a uma entrada de recursos, em caixa ou em bancos. As duplicatas
quando recebida afetam diretamente o caixa, aumentando -o. Isto é observado
através da sua contabilização, debitando o caixa ou banco. Para utilizar esta
informação na DFC baseia-se pelo balanço. Os empréstimos e financiamentos
quando obtidos também produzem aumento no caixa. A integralização de
capital em dinheiro elevará o saldo do caixa (Aumento de Capital), pois
ocorrerá um acréscimo no ativo circulante (conta caixa) e consequentemente
aumentará o capital circulante líquido da empresa. Ao receber o pagamento
pela venda de um bem à empresa está reduzindo seu ativo permanente e
aumentando o ativo circulante e notadamente implicará no acréscimo no saldo
de caixa. Outros créditos: Na medida em que a empresa for pagando suas
despesas, esta conta irá sendo deduzida.

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Pagamento de compras à vista, este fato explica-se por débito em caixa


e crédito no estoque, por exemplo. Neste caso, reduz a disponibilidade da
empresa. Pagamento a fornecedores - Por se tratar, também, de uma saída de
valor do caixa para determinado pagamento, afeta a menor o fluxo de caixa.

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A provisão para devedores duvidosos é uma conta redutora do ativo e a
princípio não afeta o caixa, porém a constatação de uma perda afetará o caixa,
principalmente a perda com provisão para devedores duvidosos, a qual terá
como contrapartidas, resultado e caixa. Ao pagar juros a empresa está
retirando do caixa uma quantia a mais, o que vem a reduzir o saldo de caixa.
Ocorrerá uma retirada de certa quantia para pagamento de dividendos, se
retirou dinheiro obviamente diminuirá o saldo de caixa. Quando houver compra
de itens do ativo permanente, que compreende os investimentos e o
imobilizado, há uma saída de caixa evidente na DFC, correspondente à
remuneração necessária ao pagamento dos investimentos ou do imobilizado .
Outro fato que diminui o saldo de caixa é o pagamento de despesas, onde há a
saída de caixa mediante a retirada de dinheiro ou emissão de cheques para
pagamento. É importante lembrar que para a DFC importa a despesa paga e
não a incorrida.

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Compras a prazo - Caracteriza-se por crédito em mercadorias, por


exemplo, e débito em fornecedores. Como não afeta em aumento ou
diminuição das disponibilidades da empresa, também não entra na DFC.
Vendas à prazo - Semelhante ao anterior na interpretação. A tinge as contas de
resultado (vendas) e o ativo realizável a longo ou em curto prazo. Ambos os
casos não envolvem as contas caixa nem bancos, portanto não entra a DFC.
Correção monetária - Incidem, basicamente, sobre o Patrimônio Liquido e ativo
Permanente. Outras contas também são envolvidas, no entanto, nenhuma
envolve o disponível da empresa. O Resultado com Equivalência Patrimonial
não afeta o caixa, já que se refere a variações patrimoniais das coligadas e
controladas, sendo sua contabilização feita no momento, mesmo que não
tenham sido distribuídos os dividendos. E a reavaliação dos bens do ativo
também não altera o caixa, uma vez que esta tem a função de dar novo valor
aos bens, aproximar seus valores à realidade, tendo sua contabilização apenas
nas contas do ativo permanente e na reserva de reavaliação.

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MODELO 1 ± ENTRADAS E SAÍDAS GERAIS

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ENTRADAS (ORIGENS)

VENDAS À VISTA 15.000,00


RECEBIMENTO DE DUPLICATAS 6.000,00
EMPRÉSTIMOS E FINANC. 10.000,00
OBTIDOS
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL 20.000,00
VENDAS DO ATIVO 5.000,00
PERMANENTE
OUTROS CREDITOS 7.000,00 /-,,,.,,

SAIDAS(APLICAÇÕES)

COMPRAS A VISTA 30.000,00


FORNECEDORES 10.000,00
COMPRAS DO ATIVO 5.000,00
PERMANENTE
PAGAMENTO DE DESPESAS 12.500,00
PAGAMENTO DE JUROS 1.500,00
DIVIDENDOS 20.000,00
PERDA C/ PROVISÃO 5.000,00
INVESTIMENTOS 20.000,00 ,-,,,.,,c
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