• Em Portugal, a prevalência da pré-obesidade e da obesidade é mais elevada na popula-
ç ã o com mais de 55 anos. Os portugueses mais escolarizados apresentam cerca de metade da prevalência de pré-obesidade e um quarto da prevalência de obesidade, quando comparados com os de baixa escolaridade. A prevalência da obesidade é, também, mais elevada nas classes sociais mais desfavorecidas. • Há uma relação entre as classes de obesidade e o risco de co-morbilidades, que pode ser afectada por uma série de factores, incluindo a alimentação e o nível de actividade f í s i c a . • As estratégias de intervenção assentam na prevenção secundária do excesso de peso e das co-morbilidades que ele acarreta. As estratégias a desenvolver visam a melhoria de todo o processo de identificação e acompanhamento dos portadores de factores de risco e o aperfeiçoamento do diagnóstico, do tratamento, da recuperação e do controlo dos doentes (em termos de ganhos de saúde). • A prevenção e o controlo da pré-obesidade e da obesidade assentam em três pilares: alimentação, actividade física e modificação comportamental. Considera-se fundamental a participação da família e da escola e um envolvimento promotor de estilos de vida saudáveis no local de trabalho. São, igualmente, determinantes a vontade política explicitamente manifestada por governantes e representantes da administração. • Alcançar a perda ponderal graças à cirurgia laparoscópica é uma opção terapêutica apropriada para adultos com obesidade grave, mas a acessibilidade a esta técnica é limitada e perduram incertezas quanto à selecção óptima de doentes. O carácter epidémico que a obesidade tem vindo a assumir propiciou o