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o 9 — 11 de Janeiro de 2002
bleia até ao 20.o dia posterior ao apuramento definitivo opções do plano e da proposta do orçamento, salvo
dos resultados eleitorais. o disposto no artigo 88.o
2—..........................................
3—..........................................
Artigo 50.o
Artigo 45.o [. . .]
[. . .] 1—..........................................
1 — Até que seja eleito o presidente da assembleia a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
compete ao cidadão que tiver encabeçado a lista mais b) De um terço dos seus membros ou de grupos
votada ou, na sua falta, ao cidadão sucessivamente municipais com idêntica representatividade;
melhor posicionado nessa mesma lista presidir à pri- c) [Anterior alínea c).]
meira reunião de funcionamento da assembleia muni-
cipal, que se efectua imediatamente a seguir ao acto 2—..........................................
de instalação, para efeitos de eleição do presidente e 3—..........................................
secretários da mesa.
2—..........................................
3—.......................................... Artigo 51.o
4—.......................................... [. . .]
5—..........................................
1 — Têm o direito de participar, nos termos a definir
o
no regimento, sem direito de voto, nas sessões extraor-
Artigo 46. dinárias, convocadas nos termos da alínea d) do n.o 1
Composição da mesa do artigo anterior, dois representantes dos requerentes.
2—..........................................
1—..........................................
2—..........................................
3—.......................................... Artigo 52.o
4—..........................................
[. . .]
5 — O presidente da mesa é o presidente da assem-
bleia municipal. As sessões da assembleia municipal não podem exce-
6 — (Eliminado.) der a duração de cinco dias e um dia, consoante se
7 — (Eliminado.) trate de sessão ordinária ou extraordinária, salvo quando
a própria assembleia delibere o seu prolongamento até
Artigo 47.o ao dobro das durações referidas.
[. . .]
3 — Os vogais da junta de freguesia mantêm o direito d) Contem com uma tiragem média mínima por
a retomar o seu mandato na assembleia de freguesia, edição de 1500 exemplares nos últimos seis
se deixarem de integrar o órgão executivo. meses;
e) Não sejam distribuídas a título gratuito.
Artigo 84.o
3 — As tabelas de custos relativas à publicação das
[. . .] decisões e deliberações mencionadas no n.o 1 são esta-
1—.......................................... belecidas anualmente por portaria conjunta dos mem-
2—.......................................... bros do Governo que tutelam as áreas da comunicação
3 — Às sessões e reuniões mencionadas nos números social e da administração local, ouvidas as associações
anteriores deve ser dada publicidade, com menção dos representativas da imprensa regional bem como a Asso-
dias, horas e locais da sua realização, de forma a garantir ciação Nacional dos Municípios Portugueses.
o conhecimento dos interessados com uma antecedência
de, pelo menos, dois dias úteis sobre a data das mesmas. Artigo 98.o
4—..........................................
5 — Nas reuniões mencionadas no n.o 2, os órgãos [. . .]
executivos colegiais fixam um período para intervenção 1 — Os requerimentos a que se reportam as alíneas c)
aberta ao público, durante o qual lhe serão prestados do n.o 1 do artigo 14.o e c) do n.o 1 do artigo 50.o
os esclarecimentos solicitados. são acompanhados de certidões comprovativas da qua-
6 — Nas reuniões dos órgãos deliberativos há um lidade de cidadão recenseado na área da respectiva
período para intervenção do público, durante o qual autarquia.
lhe serão prestados os esclarecimentos solicitados, nos 2—..........................................
termos definidos no regimento. 3—..........................................
7—..........................................
Artigo 91.o
«Artigo 10.o-A
[. . .]
Competências da mesa
1 — Para além da publicação em Diário da República
quando a lei expressamente o determine, as deliberações 1 — Compete à mesa:
dos órgãos autárquicos bem como as decisões dos res- a) Elaborar a ordem do dia das sessões e proceder
pectivos titulares, destinadas a ter eficácia externa, à sua distribuição;
devem ser publicadas em edital afixado nos lugares de b) Deliberar sobe as questões de interpretação de
estilo durante 5 dos 10 dias subsequentes à tomada da integração de lacunas do regimento;
deliberação ou decisão, sem prejuízo do disposto em c) Encaminhar, em conformidade com o regi-
legislação especial. mento, as iniciativas dos membros da assembleia
2 — Os actos referidos no número anterior são ainda e da junta de freguesia;
publicados em boletim da autarquia local e nos jornais d) Comunicar à assembleia de freguesia as decisões
regionais editados na área do respectivo município, nos judiciais relativas à perda de mandato em que
30 dias subsequentes à tomada de decisão, que reúnam incorra qualquer membro;
cumulativamente as seguintes condições: e) Dar conhecimento à assembleia de freguesia do
a) Sejam portugueses, na acepção do artigo 12.o expediente relativo aos assuntos relevantes;
da Lei n.o 2/99, de 13 de Janeiro; f) Proceder à marcação e justificação de faltas dos
b) Sejam de informação geral; membros da assembleia de freguesia;
c) Tenham uma periodicidade não superior à g) Exercer os demais poderes que lhe sejam come-
quinzenal; tidos pela assembleia de freguesia.
N.o 9 — 11 de Janeiro de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 288-(9)
2 — O pedido de justificação de faltas pelo interes- gação de partidos ou grupo de cidadãos eleitores, podem
sado é feito por escrito e dirigido à mesa, no prazo associar-se para efeitos de constituição de grupos muni-
de cinco dias a contar da data da sessão ou reunião cipais, nos termos da lei e do regimento.
em que a falta se tenha verificado, e a decisão é noti- 2 — (Eliminado.)
ficada ao interessado, pessoalmente ou por via postal. 3 — A constituição de cada grupo municipal efec-
3 — Das decisões da mesa cabe recurso para o ple- tua-se mediante comunicação dirigida ao presidente da
nário da assembleia de freguesia. assembleia municipal, assinada pelos membros que o
compõem, indicando a sua designação bem como a res-
pectiva direcção.
Artigo 46.o-A 4 — Cada grupo municipal estabelece a sua organi-
Competências da mesa zação, devendo qualquer alteração na composição ou
direcção do grupo municipal ser comunicada ao pre-
1 — Compete à mesa: sidente da assembleia municipal.
a) Elaborar o projecto de regimento da assembleia 5 — Os membros que não integrem qualquer grupo
municipal ou propor a constituição de um grupo municipal comunicam o facto ao presidente da assem-
de trabalho para o efeito; bleia e exercem o mandato como independentes.
b) Deliberar sobre as questões de interpretação e
integração de lacunas do regimento; Artigo 52.o-A
c) Elaborar a ordem do dia das sessões e proceder Instalação e funcionamento
à sua distribuição;
d) Admitir as propostas da câmara municipal obri- 1 — A assembleia municipal dispõe, sob orientação
gatoriamente sujeitas à competência delibera- do respectivo presidente, de um núcleo de apoio próprio,
tiva da assembleia municipal, verificando a sua composto por funcionários do município, nos termos
definidos pela mesa, a afectar pelo presidente da câmara
conformidade com a lei; municipal.
e) Encaminhar, em conformidade com o regi- 2 — A assembleia municipal dispõe igualmente de
mento, as iniciativas dos membros da assem- instalações e equipamentos necessários ao seu funcio-
bleia, dos grupos municipais e da câmara namento e representação, a disponibilizar pela câmara
municipal; municipal.
f) Assegurar a redacção final das deliberações; 3 — No orçamento municipal são inscritas, sob pro-
g) Realizar as acções de que seja incumbida pela posta da mesa da assembleia municipal, dotações dis-
assembleia municipal no exercício da compe- criminadas em rubricas próprias para pagamento das
tência a que se refere a alínea d) do n.o 1 do senhas de presença, ajudas de custo e subsídios de trans-
artigo 53.o; porte dos membros da assembleia municipal, bem como
h) Encaminhar para a assembleia municipal as para aquisição dos bens e serviços correntes necessários
petições e queixas dirigidas à mesma; ao seu funcionamento e representação.
i) Requerer ao órgão executivo a documentação
e informação que considere necessárias ao exer- Artigo 99.o-A
cício das competências da assembleia bem como Prazos
ao desempenho das suas funções, nos moldes,
nos suportes e com a periodicidade havida por Salvo disposição em contrário, os prazos previstos na
conveniente; presente lei são contínuos.
j) Proceder à marcação e justificação de faltas dos
membros da assembleia municipal; Artigo 99.o-B
l) Comunicar à assembleia municipal a recusa de Regiões Autónomas
prestação de quaisquer informações ou docu-
mentos, bem como de colaboração por parte As competências atribuídas no presente diploma ao
do órgão executivo ou dos seus membros; Governo são exercidas nas Regiões Autónomas dos Aço-
m) Comunicar à assembleia municipal as decisões res e da Madeira pelo respectivo Governo Regional.»
judiciais relativas à perda de mandato em que
incorra qualquer membro; Artigo 3.o
n) Dar conhecimento à assembleia municipal do
expediente relativo aos assuntos relevantes; A Lei n.o 169/99, de 18 de Setembro é, nos termos
o) Exercer os demais poderes que lhe sejam come- do n.o 2 do artigo 6.o da Lei n.o 74/98, de 11 de Novem-
tidos pela assembleia municipal. bro, republicada em anexo com as necessárias correcções
materiais.
2 — O pedido de justificação de faltas pelo interes-
Aprovada em 30 de Novembro de 2001.
sado é feito por escrito e dirigido à mesa, no prazo
de cinco dias a contar da data da sessão ou reunião O Presidente da Assembleia da República, António
em que a falta se tenha verificado, e a decisão é noti- de Almeida Santos.
ficada ao interessado, pessoalmente ou por via postal.
3 — Das decisões da mesa da assembleia municipal Promulgada em 9 de Janeiro de 2002.
cabe recurso para o plenário. Publique-se.
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
Artigo 46.o-B
Grupos municipais Referendada em 10 de Janeiro de 2002.
1 — Os membros eleitos, bem como os presidentes O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira
de junta de freguesia eleitos por cada partido ou coli- Guterres.
288-(10) DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 9 — 11 de Janeiro de 2002
Artigo 7.o
CAPÍTULO III
Convocação para o acto de instalação dos órgãos
Da freguesia
1 — Compete ao presidente da assembleia de fregue-
SECÇÃO I sia cessante proceder à convocação dos eleitos para o
acto de instalação do órgão.
Da assembleia de freguesia
2 — A convocação é feita nos cinco dias subsequentes
ao do apuramento definitivo dos resultados eleitorais,
Artigo 3.o por meio de edital e por carta com aviso de recepção
Natureza ou por protocolo, e tendo em consideração o disposto
no n.o 1 do artigo seguinte.
A assembleia de freguesia é o órgão deliberativo da 3 — Na falta de convocação no prazo do número ante-
freguesia. rior, cabe ao cidadão melhor posicionado na lista ven-
Artigo 4.o cedora das eleições para assembleia de freguesia efec-
tuar a convocação em causa nos cinco dias imediata-
Constituição
mente seguintes ao esgotamento do prazo referido.
A assembleia de freguesia é eleita por sufrágio uni- 4 — Nos casos de instalação após eleições interca-
versal, directo e secreto dos cidadãos recenseados na lares, a competência referida no n.o 1 é exercida pelo
área da freguesia, segundo o sistema de representação presidente da comissão administrativa cessante.
proporcional.
Artigo 5.o Artigo 8.o
Composição Instalação
e por carta com aviso de recepção ou através de pro- b) Eleger, por voto secreto, o presidente e os secre-
tocolo com uma antecedência mínima de oito dias. tários da mesa;
2 — A primeira e a quarta sessões destinam-se, res- c) Elaborar e aprovar o seu regimento;
pectivamente, à apreciação do inventário de todos os d) Deliberar sobre recursos interpostos de marca-
bens, direitos e obrigações patrimoniais e respectiva ava- ção de faltas injustificadas aos seus membros;
liação e ainda à apreciação e votação dos documentos e) Acompanhar e fiscalizar a actividade da junta,
de prestação de contas do ano anterior e à aprovação sem prejuízo do exercício normal da competên-
das opções do plano e da proposta de orçamento para cia desta;
o ano seguinte, salvo o disposto no artigo 88.o f) Deliberar sobre a constituição de delegações,
comissões ou grupos de trabalho para estudo
Artigo 14.o de problemas relacionados com o bem-estar da
população da freguesia, no âmbito das atribui-
Sessões extraordinárias
ções desta e sem interferência na actividade nor-
1 — A assembleia de freguesia reúne em sessão mal da junta;
extraordinária por iniciativa da mesa ou quando reque- g) Solicitar e receber informação, através da mesa,
rida: sobre assuntos de interesse para a freguesia e
sobre a execução de deliberações anteriores, a
a) Pelo presidente da junta de freguesia, em exe- pedido de qualquer membro em qualquer
cução de deliberação desta; momento;
b) Por um terço dos seus membros; h) Apreciar a recusa, por acção ou omissão, de
c) Por um número de cidadãos eleitores inscritos quaisquer informações e documentos, por parte
no recenseamento eleitoral da freguesia, equi- da junta de freguesia ou dos seus membros, que
valente a 30 vezes o número de elementos que
obstem à realização de acções de acompanha-
compõem a assembleia quando aquele número
de cidadãos eleitores for igual ou inferior a 5000 mento e fiscalização;
e 50 vezes quando for superior. i) Estabelecer as normas gerais de administração
do património da freguesia ou sob sua juris-
2 — O presidente da assembleia, nos cinco dias sub- dição;
sequentes à iniciativa da mesa ou à recepção dos reque- j) Deliberar sobre a administração das águas
rimentos previstos no número anterior, por edital e por públicas que por lei estejam sob jurisdição da
carta com aviso de recepção ou através de protocolo, freguesia;
procede à convocação da sessão para um dos 15 dias l) Aceitar doações, legados e heranças a benefício
posteriores à apresentação dos pedidos, tendo em conta de inventário;
que a convocatória deve ser feita com a antecedência m) Discutir, a pedido de quaisquer dos titulares do
mínima de 5 dias sobre a data da realização da sessão direito de oposição, o relatório a que se refere
extraordinária. o Estatuto do Direito de Oposição;
3 — Quando o presidente da mesa da assembleia de n) Conhecer e tomar posição sobre os relatórios
freguesia não efectue a convocação que lhe tenha sido definitivos, resultantes de acções tutelares ou
requerida, nos termos do número anterior, podem os de auditorias executadas sobre a actividade dos
requerentes efectuá-la directamente, com invocação órgãos e serviços da freguesia;
dessa circunstância, observando o disposto no número o) Apreciar, em cada uma das sessões ordinárias,
anterior com as devidas adaptações e publicitando-a nos uma informação escrita do presidente da junta
locais habituais. acerca da actividade por si ou pela junta exer-
cida, no âmbito da competência própria ou dele-
Artigo 15.o gada, bem como da situação financeira da fre-
Participação de eleitores guesia, informação essa que deve ser enviada
ao presidente da mesa da assembleia, com a
1 — Têm o direito de participar, nos termos a definir antecedência de cinco dias sobre a data de início
no regimento, sem direito de voto, nas sessões extraor- da sessão;
dinárias, convocadas nos termos da alínea c) do n.o 1 p) Votar moções de censura à junta de freguesia,
do artigo anterior, dois representantes dos requerentes. em avaliação da acção desenvolvida pela mesma
2 — Os representantes mencionados no número ante- ou por qualquer dos seus membros, no âmbito
rior podem formular sugestões ou propostas, as quais do exercício das respectivas competências;
só são votadas pela assembleia de freguesia se esta assim
o deliberar. q) Aprovar referendos locais, sob proposta quer
de membros da assembleia, quer da junta, quer
Artigo 16.o da câmara municipal, quer dos cidadãos elei-
Duração das sessões tores, nos termos da lei;
r) Pronunciar-se e deliberar sobre todos os assun-
As sessões da assembleia de freguesia não podem tos com interesse para a freguesia, por sua ini-
exceder a duração de dois dias ou de um dia, consoante ciativa ou por solicitação da junta;
se trate de sessão ordinária ou extraordinária, salvo s) Exercer os demais poderes conferidos por lei.
quando a própria assembleia delibere o seu prolonga-
mento até ao dobro do tempo atrás referido. 2 — Compete ainda à assembleia de freguesia, sob
proposta da junta:
Artigo 17.o a) Aprovar as opções do plano, a proposta de orça-
Competências mento e as suas revisões;
b) Apreciar o inventário de todos os bens, direitos
1 — Compete à assembleia de freguesia: e obrigações patrimoniais e respectiva avaliação,
a) Eleger, por voto secreto, os vogais da junta de bem como apreciar e votar os documentos de
freguesia; prestação de contas;
N.o 9 — 11 de Janeiro de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 288-(13)
Artigo 27.o
Artigo 30.o
Funções a tempo inteiro e a meio tempo
Periodicidade das reuniões
1 — Nas freguesias com o mínimo de 5000 eleitores
e o máximo de 10 000 eleitores ou nas freguesias com 1 — A junta de freguesia reúne ordinariamente uma
mais de 3500 eleitores e 50 km de área, o presidente vez por mês, ou quinzenalmente, se o julgar conveniente,
da junta pode exercer o mandato em regime de meio e extraordinariamente sempre que necessário.
tempo. 2 — A junta de freguesia delibera sobre os dias e
2 — Nas freguesias com mais de 10 000 eleitores ou horas das reuniões ordinárias, podendo estabelecer dia
nas freguesias com mais de 7000 eleitores e 100 km de e hora certos para as mesmas, devendo neste último
área, o presidente da junta pode exercer o mandato caso publicar editais, o que dispensa outras formas de
em regime de tempo inteiro. convocação.
N.o 9 — 11 de Janeiro de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 288-(15)
Artigo 31.o de valor até 300 vezes aquele índice nas fre-
Convocação das reuniões ordinárias
guesias com mais de 5000 eleitores e menos de
20 000 eleitores, e de valor até 400 vezes o
1 — Na falta da deliberação a que se refere o n.o 2 mesmo índice nas freguesias com mais de 20 000
do artigo anterior compete ao presidente da junta fixar eleitores;
o dia e hora certos das reuniões ordinárias e publicitar i) Alienar em hasta pública, independentemente
a decisão nos termos e com os efeitos da parte final de autorização do órgão deliberativo, bens imó-
da mesma disposição. veis de valor superior ao da alínea anterior,
2 — Quaisquer alterações ao dia e hora marcados nos desde que a alienação decorra da execução das
termos do n.o 1 devem ser comunicadas a todos os mem- opções do plano e a respectiva deliberação seja
bros da junta com três dias de antecedência e por carta aprovada por maioria de dois terços dos mem-
com aviso de recepção ou através de protocolo. bros em efectividade de funções;
j) Designar os representantes da freguesia nos
Artigo 32.o órgãos das empresas em que a mesma participe;
l) Proceder à marcação das faltas dos seus mem-
Convocação das reuniões extraordinárias bros e à respectiva justificação.
1 — As reuniões extraordinárias podem ser convo-
cadas por iniciativa do presidente ou a requerimento 2 — Compete à junta de freguesia no âmbito do pla-
da maioria dos membros do órgão, não podendo ser neamento da respectiva actividade e no da gestão
recusada a convocação, neste caso. financeira:
2 — As reuniões extraordinárias são convocadas com, a) Elaborar e submeter a aprovação da assembleia
pelo menos, cinco dias de antecedência, sendo comu- de freguesia ou do plenário de cidadãos eleitores
nicadas a todos os membros por edital e por carta com as opções do plano e a proposta do orçamento;
aviso de recepção ou através de protocolo. b) Elaborar e submeter a aprovação da assembleia
3 — O presidente convoca a reunião para um dos de freguesia ou do plenário de cidadãos eleitores
oito dias subsequentes à recepção do requerimento pre- as revisões às opções do plano e ao orçamento;
visto no n.o 1. c) Executar as opções do plano e orçamento, bem
4 — Quando o presidente da junta de freguesia não como aprovar as suas alterações;
efectue a convocação que lhe tenha sido requerida nos d) Elaborar e aprovar a norma de controlo interno,
termos do número anterior, podem os requerentes efec- quando aplicável nos termos da lei, bem como
tuá-la directamente, com invocação dessa circunstância, o inventário de todos os bens, direitos e obri-
observando o disposto no número anterior, com as devi- gações patrimoniais e respectiva avaliação e
das adaptações e publicitando-a nos locais habituais. ainda os documentos de prestação de contas,
a submeter à apreciação do órgão deliberativo;
Artigo 33.o e) Remeter ao Tribunal de Contas, nos termos da
lei, as contas da freguesia.
Competências
As competências da junta de freguesia podem ser 3 — Compete à junta de freguesia no âmbito do orde-
próprias ou delegadas. namento do território e urbanismo:
a) Participar, nos termos a acordar com a câmara
Artigo 34.o municipal, no processo de elaboração dos planos
Competências próprias municipais de ordenamento do território;
b) Colaborar, nos termos a acordar com a câmara
1 — Compete à junta de freguesia no âmbito da orga- municipal, no inquérito público dos planos
nização e funcionamento dos seus serviços, bem como municipais do ordenamento do território;
no da gestão corrente: c) Facultar a consulta pelos interessados dos pla-
nos municipais de ordenamento do território;
a) Executar e velar pelo cumprimento das deli-
d) Aprovar operações de loteamento urbano e
berações da assembleia de freguesia ou do ple-
obras de urbanização respeitantes a terrenos
nário dos cidadãos eleitores;
integrados no domínio patrimonial privado da
b) Gerir os serviços da freguesia;
freguesia, de acordo com parecer prévio das
c) Instaurar pleitos e defender-se neles, podendo
entidades competentes, nos termos da lei;
confessar, desistir ou transigir, se não houver
e) Pronunciar-se sobre projectos de construção e
ofensa de direitos de terceiros;
de ocupação da via pública, sempre que tal lhe
d) Gerir os recursos humanos ao serviço da fre-
for requerido pela câmara municipal;
guesia;
f) Executar, por empreitada ou administração
e) Administrar e conservar o património da fre-
directa, as obras que constem das opções do
guesia;
plano e tenham dotação orçamental adequada
f) Elaborar e manter actualizado o cadastro dos
nos instrumentos de gestão previsional, apro-
bens móveis e imóveis da freguesia;
vados pelo órgão deliberativo.
g) Adquirir os bens móveis necessários ao funcio-
namento dos serviços e alienar os que se tornem
4 — Compete à junta de freguesia no âmbito dos equi-
dispensáveis;
pamentos integrados no respectivo património:
h) Adquirir e alienar ou onerar bens imóveis de
valor até 220 vezes o índice 100 da escala salarial a) Gerir, conservar e promover a limpeza de bal-
do regime geral do sistema remuneratório da neários, lavadouros e sanitários públicos;
função pública nas freguesias até 5000 eleitores, b) Gerir e manter parques infantis públicos;
288-(16) DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 9 — 11 de Janeiro de 2002
SECÇÃO II
Artigo 59.o
Da câmara municipal
Alteração da composição da câmara
Artigo 56.o
Natureza e constituição
1 — No caso de morte, renúncia, suspensão ou perda
de mandato de algum membro da câmara municipal
1 — A câmara municipal é constituída por um pre- em efectividade de funções, é chamado a substituí-lo
sidente e por vereadores, um dos quais designado vice- o cidadão imediatamente a seguir na ordem da respec-
-presidente, e é o órgão executivo colegial do município, tiva lista, nos termos do artigo 79.o
eleito pelos cidadãos eleitores recenseados na sua área. 2 — Esgotada a possibilidade de substituição prevista
2 — A eleição da câmara municipal é simultânea com no número anterior e desde que não esteja em efec-
a da assembleia municipal, salvo no caso de eleição tividade de funções a maioria do número legal dos mem-
intercalar. bros da câmara municipal, o presidente comunica o facto
Artigo 57.o à assembleia municipal e ao governador civil, para que
Composição
este proceda à marcação do dia de realização das elei-
ções intercalares, sem prejuízo do disposto no artigo 99.o
1 — É presidente da câmara municipal o primeiro 3 — Esgotada, em definitivo, a possibilidade de
candidato da lista mais votada ou, no caso de vacatura preenchimento da vaga de presidente da câmara, cabe
do cargo, o que se lhe seguir na respectiva lista, de à assembleia municipal proceder de acordo com o
acordo com o disposto no artigo 79.o número anterior, independentemente do número de
2 — Para além do presidente, a câmara municipal é membros da câmara municipal em efectividade de
composta por: funções.
a) Dezasseis vereadores em Lisboa; 4 — As eleições realizam-se no prazo de 40 a 60 dias
b) Doze vereadores no Porto; a contar da data da respectiva marcação.
c) Dez vereadores nos municípios com 100 000 ou 5 — A câmara municipal que for eleita completa o
mais eleitores; mandato da anterior.
d) Oito vereadores nos municípios com mais de 6 — O funcionamento da câmara municipal quanto
50 000 e menos de 100 000 eleitores; aos assuntos inadiáveis e correntes, durante o período
e) Seis vereadores nos municípios com mais de transitório, é assegurado:
10 000 e até 50 000 eleitores;
f) Quatro vereadores nos municípios com 10 000 a) Pelos membros ainda em exercício da câmara
ou menos eleitores. municipal cessante, quando em número não
inferior a três, constituídos automaticamente em
3 — O presidente designa, de entre os vereadores, comissão administrativa, presidida pelo pri-
o vice-presidente, a quem, para além de outras funções meiro na ordem da lista mais votada das listas
que lhe sejam distribuídas, cabe substituir o primeiro em causa, até que ocorra a designação prevista
nas suas faltas e impedimentos. na alínea seguinte;
N.o 9 — 11 de Janeiro de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 288-(23)
b) Por uma comissão administrativa composta por comunicadas a todos os membros por edital e através
cinco membros indicados pelos partidos ou coli- de protocolo.
gações que detinham mandatos na câmara 3 — O presidente convoca a reunião para um dos
municipal cessante e nomeados pelo governo. oito dias subsequentes à recepção do requerimento pre-
visto no n.o 1.
7 — A distribuição pelos partidos ou coligações do 4 — Quando o presidente não efectue a convocação
número de membros da comissão administrativa previsto que lhe tenha sido requerida ou não o faça nos termos
na alínea b) do número anterior será feita por aplicação do n.o 3, podem os requerentes efectuá-la directamente,
do sistema proporcional pelo método da média mais com invocação dessa circunstância, observando o dis-
alta de Hondt aos resultados da eleição da câmara muni- posto no número anterior com as devidas adaptações
cipal cessante, competindo ao partido ou coligação mais e publicitando-a nos locais habituais.
votada a indicação do presidente.
Artigo 64.o
Artigo 60.o Competências
Instalação
1 — Compete à câmara municipal no âmbito da orga-
1 — A instalação da câmara municipal cabe ao pre- nização e funcionamento dos seus serviços e no da gestão
sidente da assembleia municipal cessante ou, na sua corrente:
falta, ao cidadão melhor posicionado na lista vencedora a) Elaborar e aprovar o regimento;
das eleições para a assembleia municipal, de entre os b) Executar e velar pelo cumprimento das deli-
presentes, e deve ter lugar no prazo de 20 dias a contar berações da assembleia municipal;
do apuramento definitivo dos resultados eleitorais. c) Proceder à marcação e justificação das faltas
2 — Quem proceder à instalação verifica a identidade dos seus membros;
e a legitimidade dos eleitos e designa, de entre os pre- d) Deliberar sobre a locação e aquisição de bens
sentes, quem redige o documento comprovativo do acto, móveis e serviços, nos termos da lei;
que é assinado, pelo menos, por quem procedeu à ins- e) Alienar os bens móveis que se tornem dispen-
talação e por quem o redigiu. sáveis, nos termos da lei;
3 — A verificação da identidade e legitimidade dos f) Adquirir e alienar ou onerar bens imóveis de
eleitos que hajam faltado, justificadamente, ao acto de valor até 1000 vezes o índice 100 das carreiras
instalação é feita, na primeira reunião do órgão a que do regime geral do sistema remuneratório da
compareçam, pelo respectivo presidente. função pública;
g) Alienar em hasta pública, independentemente
Artigo 61.o de autorização do órgão deliberativo, bens imó-
veis de valor superior ao da alínea anterior,
Primeira reunião
desde que a alienação decorra da execução das
A primeira reunião tem lugar nos cinco dias imediatos opções do plano e a respectiva deliberação seja
à constituição do órgão, competindo ao presidente a aprovada por maioria de dois terços dos mem-
respectiva marcação e convocação, a fazer por edital bros em efectividade de funções;
e por carta com aviso de recepção ou através de pro- h) Aceitar doações, legados e heranças a benefício
tocolo com, pelo menos, dois dias de antecedência. de inventário;
i) Nomear e exonerar o conselho de administração
Artigo 62.o dos serviços municipalizados e das empresas
públicas municipais, assim como os represen-
Periodicidade das reuniões ordinárias tantes do município nos órgãos de outras empre-
sas, cooperativas, fundações ou entidades em
1 — A câmara municipal tem uma reunião ordinária
que o mesmo detenha alguma participação no
semanal, salvo se reconhecer conveniência em que se
respectivo capital social ou equiparado;
efectue quinzenalmente.
j) Fixar as tarifas e os preços da prestação de ser-
2 — A câmara municipal ou, na falta de deliberação
viços ao público pelos serviços municipais ou
desta, o respectivo presidente podem estabelecer dia
municipalizados;
e hora certos para as reuniões ordinárias, devendo neste l) Apoiar ou comparticipar no apoio à acção social
caso publicar editais, que dispensam outras formas de escolar e às actividades complementares no
convocação. âmbito de projectos educativos, nos termos da
3 — Quaisquer alterações ao dia e hora marcados lei;
para as reuniões devem ser comunicadas a todos os m) Organizar e gerir os transportes escolares;
membros do órgão, com três dias de antecedência, por n) Resolver, no prazo máximo de 30 dias, sobre
carta com aviso de recepção ou através de protocolo. os recursos hierárquicos impróprios que lhe
sejam apresentados de todas as deliberações do
Artigo 63.o conselho de administração dos serviços muni-
Convocação de reuniões extraordinárias cipalizados;
o) Deliberar sobre a concessão de apoio financeiro,
1 — As reuniões extraordinárias podem ser convo- ou outro, a instituições legalmente constituídas
cadas por iniciativa do presidente ou a requerimento pelos funcionários do município, tendo por
de, pelo menos, um terço dos respectivos membros, não objecto o desenvolvimento de actividades cul-
podendo, neste caso, ser recusada a convocatória. turais, recreativas e desportivas;
2 — As reuniões extraordinárias são convocadas com, p) Deliberar sobre a atribuição de subsídios a ins-
pelo menos, dois dias úteis de antecedência, sendo tituições legalmente existentes, criadas ou par-
288-(24) DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 9 — 11 de Janeiro de 2002
ticipadas pelo município ou criadas pelos seus h) Colaborar no apoio a programas e projectos de
funcionários, visando a concessão de benefícios interesse municipal, em parceria com outras
sociais aos mesmos e respectivos familiares; entidades da administração central;
q) Aprovar os projectos, programas de concurso, i) Designar os representantes do município nos
caderno de encargos e a adjudicação relativa- conselhos locais, nos termos da lei;
mente a obras e aquisição de bens e serviços; j) Criar ou participar em associações de desen-
r) Dar cumprimento, no que lhe diz respeito, ao volvimento regional e de desenvolvimento do
Estatuto do Direito de Oposição; meio rural;
s) Deliberar sobre a administração de águas públi- l) Promover e apoiar o desenvolvimento de acti-
cas sob sua jurisdição; vidades artesanais, de manifestações etnográ-
t) Promover a publicação de documentos, anais ficas e a realização de eventos relacionados com
ou boletins que interessem à história do muni- a actividade económica de interesse municipal;
cípio; m) Assegurar, em parceria ou não com outras enti-
u) Deliberar sobre o estacionamento de veículos dades públicas ou privadas, nos termos da lei,
nas ruas e demais lugares públicos; o levantamento, classificação, administração,
v) Estabelecer a denominação das ruas e praças manutenção, recuperação e divulgação do patri-
das povoações e estabelecer as regras de nume- mónio natural, cultural, paisagístico e urbanís-
ração dos edifícios; tico do município, incluindo a construção de
x) Proceder à captura, alojamento e abate de caní- monumentos de interesse municipal.
deos e gatídeos, nos termos da legislação apli-
cável; 3 — Compete à câmara municipal no âmbito con-
z) Deliberar sobre a deambulação e extinção de sultivo:
animais nocivos;
aa) Declarar prescritos a favor do município, nos a) Emitir parecer, nos casos e nos termos previstos
termos e prazos fixados na lei geral e após publi- na lei, sobre projectos de obras não sujeitas a
cação de avisos, os jazigos, mausoléus ou outras licenciamento municipal;
obras, assim como sepulturas perpétuas insta- b) Participar em órgãos consultivos de entidades
ladas nos cemitérios propriedade municipal, da administração central, nos casos estabeleci-
quando não sejam conhecidos os seus proprie- dos por lei.
tários ou relativamente aos quais se mostre que,
após notificação judicial, se mantém desinte- 4 — Compete à câmara municipal no âmbito do apoio
resse na sua conservação e manutenção, de a actividades de interesse municipal:
forma inequívoca e duradoura;
bb) Remeter ao Tribunal de Contas, nos termos da a) Deliberar sobre as formas de apoio a entidades
lei, as contas do município. e organismos legalmente existentes, nomeada-
mente com vista à prossecução de obras ou even-
2 — Compete à câmara municipal no âmbito do pla- tos de interesse municipal, bem como à infor-
neamento e do desenvolvimento: mação e defesa dos direitos dos cidadãos;
b) Apoiar ou comparticipar, pelos meios adequa-
a) Elaborar e submeter à aprovação da assembleia dos, no apoio a actividades de interesse muni-
municipal os planos necessários à realização das cipal, de natureza social, cultural, desportiva,
atribuições municipais; recreativa ou outra;
b) Participar, com outras entidades, no planea- c) Participar na prestação de serviços a estratos
mento que directamente se relacione com as sociais desfavorecidos ou dependentes, em par-
atribuições e competências municipais, emi- ceria com as entidades competentes da admi-
tindo parecer para submissão a deliberação da nistração central, e prestar apoio aos referidos
assembleia municipal; estratos sociais, pelos meios adequados e nas
c) Elaborar e submeter a aprovação da assembleia condições constantes de regulamento municipal;
municipal as opções do plano e a proposta de d) Deliberar em matéria de acção social escolar,
orçamento e as respectivas revisões; designadamente no que respeita a alimentação,
d) Executar as opções do plano e orçamentos apro- alojamento e atribuição de auxílios económicos
vados, bem como aprovar as suas alterações; a estudantes;
e) Elaborar e aprovar a norma de controlo interno, e) Assegurar o apoio adequado ao exercício de
bem como o inventário de todos os bens, direitos competências por parte do Estado, nos termos
e obrigações patrimoniais e respectiva avaliação, definidos por lei;
e ainda os documentos de prestação de contas, f) Deliberar sobre a participação do município em
a submeter à apreciação e votação do órgão projectos e acções de cooperação descentrali-
deliberativo; zada, designadamente no âmbito da União
f) Criar, construir e gerir instalações, equipamen- Europeia e da Comunidade de Países de Língua
tos, serviços, redes de circulação, de transportes, Portuguesa.
de energia, de distribuição de bens e recursos
físicos integrados no património municipal ou 5 — Compete à câmara municipal, em matéria de
colocados, por lei, sob a administração muni- licenciamento e fiscalização:
cipal;
g) Participar em órgãos de gestão de entidades da a) Conceder licenças nos casos e nos termos esta-
administração central, nos casos, nos termos e belecidos por lei, designadamente para constru-
para os efeitos estabelecidos por lei; ção, reedificação, utilização, conservação ou
N.o 9 — 11 de Janeiro de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 288-(25)
demolição de edifícios, assim como para esta- 6 — Das decisões tomadas pelo presidente ou pelos
belecimentos insalubres, incómodos, perigosos vereadores no exercício de competências da câmara, que
ou tóxicos; nele ou neles estejam delegadas ou subdelegadas, cabe
b) Realizar vistorias e executar, de forma exclusiva recurso para o plenário daquele órgão, sem prejuízo
ou participada, a actividade fiscalizadora atri- da sua impugnação contenciosa.
buída por lei, nos termos por esta definidos; 7 — O recurso para o plenário a que se refere o
c) Ordenar, precedendo vistoria, a demolição total número anterior pode ter por fundamento a ilegalidade,
ou parcial ou a beneficiação de construções que inoportunidade ou inconveniência da decisão e é apre-
ameacem ruína ou constituam perigo para a ciado pela câmara municipal no prazo máximo de 30 dias
saúde ou segurança das pessoas; após a sua recepção.
d) Emitir licenças, matrículas, livretes e transfe-
rências de propriedade e respectivos averba-
mentos e proceder a exames, registos e fixação Artigo 66.o
de contingentes relativamente a veículos, nos
casos legalmente previstos. Competências delegáveis na freguesia
2 — O mandato dos titulares dos órgãos das autar- pensão do mandato, até ao limite estabelecido no
quias locais é de quatro anos. número anterior.
3 — Os vogais da junta de freguesia mantêm o direito 6 — Enquanto durar a suspensão, os membros dos
a retomar o seu mandato na assembleia de freguesia, órgãos autárquicos são substituídos nos termos do
se deixarem de integrar o órgão executivo. artigo 79.o
7 — A convocação do membro substituto faz-se nos
Artigo 76.o termos do n.o 4 do artigo 76.o
Renúncia ao mandato
Artigo 78.o
1 — Os titulares dos órgãos das autarquias locais
gozam do direito de renúncia ao respectivo mandato Ausência inferior a 30 dias
a exercer mediante manifestação de vontade apresen- 1 — Os membros dos órgãos das autarquias locais
tada, quer antes quer depois da instalação dos órgãos podem fazer-se substituir nos casos de ausências por
respectivos. períodos até 30 dias.
2 — A pretensão é apresentada por escrito e dirigida 2 — A substituição obedece ao disposto no artigo
a quem deve proceder à instalação ou ao presidente seguinte e opera-se mediante simples comunicação por
do órgão, consoante o caso. escrito dirigida ao presidente do órgão respectivo, na
3 — A substituição do renunciante processa-se de qual são indicados os respectivos início e fim.
acordo com o disposto no número seguinte.
4 — A convocação do membro substituto compete à
entidade referida no n.o 2 e tem lugar no período que Artigo 79.o
medeia entre a comunicação da renúncia e a primeira Preenchimento de vagas
reunião que a seguir se realizar, salvo se a entrega do
documento de renúncia coincidir com o acto de ins- 1 — As vagas ocorridas nos órgãos autárquicos são
talação ou reunião do órgão e estiver presente o res- preenchidas pelo cidadão imediatamente a seguir na
pectivo substituto, situação em que, após a verificação ordem da respectiva lista ou, tratando-se de coligação,
da sua identidade e legitimidade, a substituição se opera pelo cidadão imediatamente a seguir do partido pelo
de imediato, se o substituto a não recusar por escrito qual havia sido proposto o membro que deu origem
de acordo com o n.o 2. à vaga.
5 — A falta de eleito local ao acto de instalação do 2 — Quando, por aplicação da regra contida na parte
órgão, não justificada por escrito no prazo de 30 dias final do número anterior, se torne impossível o preen-
ou considerada injustificada, equivale a renúncia, de chimento da vaga por cidadão proposto pelo mesmo
pleno direito. partido, o mandato é conferido ao cidadão imediata-
6 — O disposto no número anterior aplica-se igual- mente a seguir na ordem de precedência da lista apre-
mente, nos seus exactos termos, à falta de substituto, sentada pela coligação.
devidamente convocado, ao acto de assunção de funções.
7 — A apreciação e a decisão sobre a justificação refe-
rida nos números anteriores cabem ao próprio órgão Artigo 80.o
e devem ter lugar na primeira reunião que se seguir Continuidade do mandato
à apresentação tempestiva da mesma.
Os titulares dos órgãos das autarquias locais servem
o pelo período do mandato e mantêm-se em funções até
Artigo 77. serem legalmente substituídos.
Suspensão do mandato
menos dois terços do número legal dos seus membros 2 — A ordem do dia é entregue a todos os membros
reconhecerem a urgência de deliberação imediata sobre com antecedência sobre a data do início da reunião
outros assuntos. de, pelo menos, dois dias úteis, enviando-se-lhes, em
simultâneo, a consulta da respectiva documentação.
Artigo 84.o
Reuniões públicas Artigo 88.o
1 — As sessões dos órgãos deliberativos das autar- Aprovação especial dos instrumentos previsionais
quias locais são públicas.
2 — Os órgãos executivos colegiais realizam, pelo 1 — A aprovação das opções do plano e da proposta
menos, uma reunião pública mensal. de orçamento para o ano imediato ao da realização
3 — Às sessões e reuniões mencionadas nos números de eleições gerais tem lugar, em sessão ordinária ou
anteriores deve ser dada publicidade, com menção dos extraordinária do órgão deliberativo que resultar do acto
dias, horas e locais da sua realização, de forma a garantir eleitoral, até ao final do mês de Abril do referido ano.
o conhecimento dos interessados com uma antecedência 2 — O disposto no número anterior é igualmente apli-
de, pelo menos, dois dias úteis sobre a data das mesmas. cável no caso de sucessão de órgãos autárquicos na
4 — A nenhum cidadão é permitido, sob qualquer sequência de eleições intercalares realizadas nos meses
pretexto, intrometer-se nas discussões e aplaudir ou de Novembro e Dezembro.
reprovar as opiniões emitidas, as votações feitas e as
deliberações tomadas, sob pena de sujeição à aplicação Artigo 89.o
de coima de 20 000$ até 100 000$ pelo juiz da comarca, Quórum
sob participação do presidente do respectivo órgão e
sem prejuízo da faculdade ao mesmo atribuída de, em 1 — Os órgãos das autarquias locais só podem reunir
caso de quebra da disciplina ou da ordem, mandar sair e deliberar quando esteja presente a maioria do número
do local da reunião o prevaricador, sob pena de deso- legal dos seus membros.
bediência nos termos da lei penal. 2 — As deliberações são tomadas à pluralidade de
5 — Nas reuniões mencionadas no n.o 2, os órgãos votos, estando presente a maioria do número legal dos
executivos colegiais fixam um período para intervenção seus membros, tendo o presidente voto de qualidade
aberta ao público, durante o qual lhe serão prestados em caso de empate, não contando as abstenções para
os esclarecimentos solicitados. o apuramento da maioria.
6 — Nas reuniões dos órgãos deliberativos há um 3 — Quando o órgão não possa reunir por falta de
período para intervenção do público, durante o qual quórum, o presidente designa outro dia para nova sessão
lhe serão prestados os esclarecimentos solicitados, nos ou reunião, que tem a mesma natureza da anterior, a
termos definidos no regimento. convocar nos termos previstos nesta lei.
7 — As actas das sessões ou reuniões, terminada a 4 — Das sessões ou reuniões canceladas por falta de
menção aos assuntos incluídos na ordem do dia, fazem quórum é elaborada acta onde se registam as presenças
referência sumária às eventuais intervenções do público e ausências dos respectivos membros, dando estas lugar
na solicitação de esclarecimentos e às respostas dadas. à marcação de falta.
A ilegalidade resultante da inobservância das dispo- 1 — A votação é nominal, salvo se o regimento esti-
sições sobre convocação de reuniões só se considera pular ou o órgão deliberar, por proposta de qualquer
sanada quando todos os membros do órgão compareçam membro, outra forma de votação.
à reunião e não suscitem oposição à sua realização. 2 — O presidente vota em último lugar.
3 — As deliberações que envolvam a apreciação de
comportamentos ou de qualidades de qualquer pessoa
Artigo 86.o são tomadas por escrutínio secreto e, em caso de dúvida,
Período de antes da ordem do dia o órgão delibera sobre a forma da votação.
4 — Havendo empate em votação por escrutínio
Em cada sessão ordinária dos órgãos autárquicos há secreto, procede-se imediatamente a nova votação e,
um período de antes da ordem do dia, com a duração se o empate se mantiver, adia-se a deliberação para
máxima de sessenta minutos, para tratamento de assun- a reunião seguinte, procedendo-se a votação nominal
tos gerais de interesse para a autarquia. se na primeira votação desta reunião se repetir o empate.
5 — Quando necessária, a fundamentação das deli-
Artigo 87.o berações tomadas por escrutínio secreto é feita pelo
Ordem do dia presidente após a votação, tendo em conta a discussão
que a tiver precedido.
1 — A ordem do dia deve incluir os assuntos que 6 — Não podem estar presentes no momento da dis-
para esse fim forem indicados por qualquer membro cussão nem da votação os membros do órgão que se
do órgão, desde que sejam da competência do órgão encontrem ou se considerem impedidos.
e o pedido seja apresentado por escrito com uma ante-
cedência mínima de: Artigo 91.o
a) Cinco dias úteis sobre a data da reunião, no Publicidade das deliberações
caso das reuniões ordinárias;
b) Oito dias úteis sobre a data da reunião, no caso 1 — Para além da publicação no Diário da República
das reuniões extraordinárias. quando a lei expressamente o determine, as deliberações
N.o 9 — 11 de Janeiro de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 288-(31)
dos órgãos autárquicos bem como as decisões dos res- Artigo 94.o
pectivos titulares, destinadas a ter eficácia externa, Alvarás
devem ser publicadas em edital afixado nos lugares de
estilo durante 5 dos 10 dias subsequentes à tomada da Salvo se a lei prescrever forma especial, o título dos
deliberação ou decisão, sem prejuízo do disposto em direitos conferidos aos particulares por deliberação dos
legislação especial. órgãos autárquicos ou decisão dos seus titulares é um
2 — Os actos referidos no número anterior são ainda alvará expedido pelo respectivo presidente.
publicados em boletim da autarquia local e nos jornais
regionais editados na área do respectivo município, nos Artigo 95.o
30 dias subsequentes à tomada de decisão, que reúnam
cumulativamente as seguintes condições: Actos nulos
a) Sejam portugueses, na acepção do artigo 12.o 1 — São nulos os actos a que falte qualquer dos ele-
da Lei n.o 2/99, de 13 de Janeiro; mentos essenciais ou para os quais a lei comine expres-
b) Sejam de informação geral; samente essa forma de invalidade, nos termos previstos
c) Tenham uma periodicidade não superior à no Código do Procedimento Administrativo.
quinzenal; 2 — São igualmente nulas:
d) Contem com uma tiragem média mínima por a) As deliberações de qualquer órgão dos muni-
edição de 1500 exemplares nos últimos seis cípios e freguesias que envolvam o exercício de
meses; poderes tributários ou determinem o lança-
e) Não sejam distribuídas a título gratuito. mento de taxas ou mais-valias não previstas na
lei;
3 — As tabelas de custos relativas à publicação das b) As deliberações de qualquer órgão dos muni-
decisões e deliberações mencionadas no n.o 1 são esta- cípios e freguesias que determinem ou autori-
belecidas anualmente por portaria conjunta dos mem- zem a realização de despesas não permitidas
bros do Governo que tutelam as áreas da comunicação por lei;
social e da administração local, ouvidas as associações c) Os actos que prorroguem ilegal ou irregular-
representativas da imprensa regional bem como a Asso- mente os prazos de pagamento voluntário dos
ciação Nacional dos Municípios Portugueses. impostos, taxas, derramas, mais-valias, tarifas e
preços.
Artigo 92.o Artigo 96.o
Actas Responsabilidade funcional
1 — De cada reunião ou sessão é lavrada acta, que 1 — As autarquias locais respondem civilmente
contém um resumo do que de essencial nela se tiver perante terceiros por ofensa de direitos destes ou de
passado, indicando, designadamente, a data e o local disposições legais destinadas a proteger os seus inte-
da reunião, os membros presentes e ausentes, os assun- resses, resultante de actos ilícitos culposamente prati-
tos apreciados, as decisões e deliberações tomadas e cados pelos respectivos órgãos ou agentes no exercício
a forma e o resultado das respectivas votações e, bem das suas funções ou por causa desse exercício.
assim, o facto de a acta ter sido lida e aprovada. 2 — Quando satisfizerem qualquer indemnização nos
2 — As actas são lavradas, sempre que possível, por termos do número anterior, as autarquias locais gozam
funcionário da autarquia designado para o efeito e pos- do direito de regresso contra os titulares dos órgãos
tas à aprovação de todos os membros no final da res- ou os agentes culpados, se estes houverem procedido
pectiva reunião ou no início da seguinte, sendo assi- com diligência e zelo manifestamente inferiores àqueles
nadas, após aprovação, pelo presidente e por quem as a que se achavam obrigados em razão do cargo.
lavrou.
3 — As actas ou o texto das deliberações mais impor-
tantes podem ser aprovadas em minuta, no final das Artigo 97.o
reuniões, desde que tal seja deliberado pela maioria Responsabilidade pessoal
dos membros presentes, sendo assinadas, após aprova-
ção, pelo presidente e por quem as lavrou. 1 — Os titulares dos órgãos e os agentes das autar-
4 — As deliberações dos órgãos só adquirem eficácia quias locais respondem civilmente perante terceiros pela
depois de aprovadas e assinadas as respectivas actas ou prática de actos ilícitos que ofendam direitos destes ou
depois de assinadas as minutas, nos termos dos números disposições legais destinadas a proteger os interesses
anteriores. deles, se tiverem excedido os limites das suas funções
ou se, no desempenho destas ou por causa delas, tiverem
Artigo 93.o procedido dolosamente.
2 — Em caso de procedimento doloso, as autarquias
Registo na acta do voto de vencido
locais são sempre solidariamente responsáveis com os
1 — Os membros do órgão podem fazer constar da titulares dos seus órgãos ou os seus agentes.
acta o seu voto de vencido e as razões que o justifiquem.
2 — Quando se trate de pareceres a dar a outras enti- Artigo 98.o
dades, as deliberações são sempre acompanhadas das
Formalidades dos requerimentos de convocação
declarações de voto apresentadas. de sessões extraordinárias
3 — O registo na acta do voto de vencido isenta o
emissor deste da responsabilidade que eventualmente 1 — Os requerimentos a que se reportam as alíneas c)
resulte da deliberação tomada. do n.o 1 do artigo 14.o e c) do n.o 1 do artigo 50.o
288-(32) DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 9 — 11 de Janeiro de 2002
DIÁRIO DA REPÚBLICA
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