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INTRODUÇÃO
Depois disso, o motor capitalista não parou mais. Moda, alimentos, veículos, bem-
estar, se tornaram palavras utilizadas de forma natural na vida do homem, entre tantas outras
que seria desnecessário citar. É interessante lembrar também que, a propaganda, uma das
ferramentas do marketing, trabalha e explora muito bem esse "querer" da humanidade, essa
sede de possuir bens, status e estilos de vida.
Com isso, as empresas e indústrias têm aperfeiçoado seus produtos com o auxílio de
novas ferramentas, entre elas o Design, que hoje é largamente citado como um grande
diferencial competitivo na gestão de marcas e produtos.
Este trabalho objetiva apresentar que o design pode ser, além de uma ferramenta de
marketing, um diferencial estratégico. Elucida também sua relação com as demais ferramentas
do mercado moderno e como tem auxiliado as empresas na busca por maior rentabilidade e
lembrança na mente dos consumidores; ser força de impulso para a geração de mais empregos
em uma rede entrelaçada de setores que vão desde a de pesquisa e desenvolvimento até a
linha de produção final de produtos.
Por fim esta dissertação faz uma análise e também uma revisão bibliográfica sobre o
tema abordado e destaca a importância que a imprensa atual tem dado ao assunto. Assim,
visamos diminuir a carência de estudos focados para o marketing e para o mercado que
retratam como tema o design.
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1.1. DESIGN
A mídia, com seu imenso poder de penetração, atinge inúmeros públicos e difunde
idéias, conceitos, tendências. No entanto, nem sempre o conteúdo transmitido é correto ou
assimilado e entendido de forma correta.
O termo design, que no idioma inglês possui diversos significados (intenção, plano,
projeto, desenho, etc) acabou sendo assimilado de forma errônea pela maioria das pessoas. É
muito comum ouvir pessoas dizerem que determinado produto tem um design moderno sem
nem mesmo saber discernir sobre o que é o design em si presente no produto. A palavra
design passou a ser amplamente utilizada não pelo seu real sentindo, mas porque passou a
aferir status e glamour ao produto/objeto a que adjetiva.
Cabem aos designers, assim chamados os profissionais que produzem design, a difícil
tarefa de fazer com que o termo seja utilizado de forma correta, por meio de seu trabalho e em
parceria com os meios de comunicação.
Podemos definir design como o ato de projetar soluções criativamente. Esta concepção
criativa é orientada para a forma, para a função, usabilidade, informação, ergonomia,
harmonia visual que, juntas, buscam solucionar problemas.
Além de solucionar problemas, o design tem em sua essência tornar projetos, objetos,
e tudo que dele se utilizar, mais belos. A harmonia das formas e dos traços, o equilíbrio entre
os elementos da composição caracterizam o design e o tornam cada vez mais desejado e
necessário. Como exemplo, citamos o largo emprego desta ferramenta na confecção de vidros
de perfume, para não citar outros tantos exemplos. Cada produto (perfume) possui seu
“design” próprio. O desenho dos vidros é cada vez mais inovador, buscando se destacar da
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concorrência (às vezes produtos do mesmo fabricante) na luta pela atenção do consumidor.
Obviamente, no exemplo citado, o design não é o fator primordial na escolha do produto,
visto que a fragrância é o ponto alto e determinante de compra nesse segmento, porém a
beleza das formas da embalagem seduz ainda mais o consumidor.
Esta área compreende todo projeto que envolva a comunicação visual, seja de forma
impressa, audiovisual, digital ou outro meio. O design gráfico busca o ordenamento das
informações e a disposição consciente entre textos e imagens, criando composições visuais
agradáveis, embasadas em diversas teorias, como estudo de cores, proporções e estrutura.
que o usuário possa interagir com o conteúdo apresentado, perdendo a estrutura tradicional da
informação (começo, meio e fim). O usuário, ou consumidor da informação, poderá escolher
quando, de que forma e onde irá interagir com textos, sons, vídeos e imagens que se
relacionam formando uma única informação.
Este vertente do design se subdivide ainda em Design de iluminação, que são projetos
onde se delineiam as melhores formas de iluminação de ambientes, internos ou externos, os
tipos de iluminação mais adequados para cada ambiente, sua disposição e o efeito visual que
deverão propiciar.
1.2. MARKETING
As ações de marketing, como já citado, devem ser tomadas juntas, pois umas
dependem das outras. Elas formam o chamado Composto de Marketing. O composto de
marketing é formado por Preço, Produto, Praça e Promoção, os chamados 4 Ps.
Cada uma dessas variáveis deve ser estudada pela empresa para que o composto de
marketing atinja seus objetivos. Aprofundando-se mais em cada variável, descobrimos
inúmeras ações que podem ser tomadas para que a estratégia de mercado possa ser cumprida.
Por exemplo, em ´Produto´ é necessário levar em conta diversas questões como a variedade
do produto, a qualidade, o design, características, nome da marca, tamanhos, embalagens,
garantias, devoluções etc, tudo isso deve ser pensado para que a estratégia deste P do
composto tenha sucesso. O mesmo ocorre com os demais Ps. No P de preço, devem ser
considerados ainda os descontos, as condições, prazos de pagamentos e condições de crédito.
Em Promoção, a propaganda, a força de vendas, relações públicas, marketing direto etc. No P
de Praça, consideram-se ainda os canais de distribuição, a cobertura, o estoque, a logística etc.
A crescente competição por mercado entre as empresas faz com que busquem, cada
vez mais, a diferenciação. Atitude normal e até esperada, uma vez que movimenta a economia
e impulsiona novas pesquisas.
No entanto, ser diferente dos demais não significa ser melhor. As empresas da
atualidade estão buscando isso: diferenciação para se tornarem melhores. Além de conquistar
uma fatia do mercado inédita, a empresa com diferencial consegue, em certos casos, projetar-
se no tempo no que tange a inovação de seus produtos e serviços. Muitas até se tornam
modelos a serem seguidos, tornam-se marcos na história. Para tanto, os gestores têm afinado
técnicas administrativas, novos meios de relacionamento com seus consumidores, outros, e
isso já é uma tendência, diferenciam-se se posicionando como empresas ecologicamente
corretas e que praticam um desenvolvimento sustentável, outras ainda investem pesado em
pesquisa e desenvolvimento.
Segundo Casteião (2006), dentro deste processo rigoroso e cuidadoso para estabelecer
estratégias, o design é a melhor rota (objetivo) para melhorar e diferenciar produtos, serviços
e o próprio negócio, fazendo isto desde o início do processo os riscos diminuem e as empresas
adquirem maior confiança no design.
Figura 01 – Alguns dos produtos premiados no Idea Brasil 20081. 1. Luminária Super Bossa, projeto
da empresa Lumini. 2. Triciclo Sundown, projeto Gad´Design. 3. Estojo Flip Box Faber-Castell,
projeto Gad´Design. 4. Jipe Stark, projeto Questto Design.
A embalagem é a grande responsável pela diferenciação dos produtos. É com ela que o
consumidor terá o primeiro contato e é papel dela “seduzir” este consumidor. Além das
características gráficas, como tipo de papel/plástico em que será impressa, layout e arte
utilizados nos rótulos, a embalagem pode se diferenciar por meio do design em suas formas.
Estúdios de design têm sido contratados pela indústria para o desenvolvimento de embalagens
(alguns estúdios se especializaram unicamente nesse segmento) e têm conseguido agregar
valor aos produtos. Novas formas, interação e disposição das informações nas embalagens
fazem com o mesmo ganhe destaque no ponto de vendas e também na mente do consumidor,
por isso é necessário buscar a diferenciação do produto por meio da inovação e da evolução
constante da linguagem visual de sua embalagem.
Como exemplo, podemos citar o caso dos Sucos Del Vale que, para entrar no mercado
Brasileiro, perceberam a necessidade de adaptar sua embalagem, ao passo que precisavam
ganhar um destaque maior no mercado de sucos do Brasil. Para isso, foi contratado o estúdio
de design de embalagens Packing que, como solução, além de utilizar embalagem cartonada,
criou um diferencial para o produto no ponto de venda. A marca do produto foi estampada
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O Prêmio IDEA/Brasilé a edição brasileira do International Design Excellence Award (IDEA), o maior prêmio de
design dos Estados Unidos e um dos maiores do mundo, promovido desde 1980 pela Industrial Designers
Society of America (IDSA). Fonte/Imagens: O melhor do Design – O Estado de São Paulo, 2008.
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apenas pela metade nas faces da embalagem, forçando a colocação do produto em números
pares nas gôndolas. Assim, a marca era formada pela junção de dois produtos Figura 02 e
ainda pôde-se dar um destaque maior à marca no próprio produto.
Granato (2006) aponta que pode-se fazer uma boa campanha publicitária, um bom
marketing direto, um bom merchandising com degustação, mas se a embalagem não estiver à
altura disso tudo, ela pode por tudo a perder, desmotivar a compra. O design torna-se então
fundamental.
consumidor não separa a embalagem do produto, os dois formam uma entidade única, uma
referência cada vez mais relevante no processo de compra. A embalagem agrega valor e
significado ao produto e contribui para a formação e afirmação de sua imagem.
Seguindo desse pressuposto, podemos afirmar que o design utilizado como ferramenta
de marketing edifica a vantagem competitiva, pois ele gera qualidade, indo de encontro com
as expectativas dos consumidores; provoca uma efervescência de idéias, de interpretações,
integrando e ligando os produtos aos consumidores a partir de novas funcionalidades;
possibilita maior velocidade e eficiência na produção de bens, reduzindo custos e tempo de
mercado; desperta identidade, personalidade, dá significado, diferenciação, forma e colabora
na construção da imagem de marca.
Stevens (2007) afirma ainda que desenvolver uma estratégia é uma atividade criativa,
requer pensamento estratégico. É preciso, primeiramente, visualizar e analisar todo o cenário
e com criatividade gerar um novo, levando em consideração as possibilidades futuras que
estarão envolvidas à empresa. Saber lidar com a incerteza e estar preparado para identificar
questões relevantes é fundamental para que a estratégia dê o resultado esperado. Assim,
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métodos de design alimentam decisões estratégicas e ambos, design e estratégia, têm muito
em comum.
- Comunicação: de que forma este novo produto será apresentado ao consumidor. Para
tal fator são desenvolvidos uma série de esboços, desenhos, fotografias para, só aí, criar um
protótipo em três dimensões, um modelo do produto final.
- Tecnologia: esse fator é de suma importância do processo de design, pois é nele que
se identificam os materiais que serão utilizados na produção do bem, como será a sua
produção e também a cadeia de fornecimento.
Podemos assim confirmar as proposições de Stevens (2007) que apontam que novos
produtos quando criados dentro de um processo de design deixam de ser apenas produtos, se
transformam em experiência.
Mozota (2003) vai mais longe, apresenta o design como que inserido na cadeia de
valor. Essa integração do design na cadeia de valor o torna um diferenciador, coordenador,
cria um processo transformacional e agrega valor em diferentes níveis da cadeia. O processo
de design aperfeiçoa as atividades primárias, aumentando o valor do produto percebido pelo
consumidor. O design transforma e cria novas funções na estrutura e nos processos de
gerenciamento, além de criar uma nova visão na indústria.
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Figura 03 - Visão do design integrado à Cadeia de Valor. Fonte: Stevens (2007, p.37)
O design deve ser utilizado pelas empresas como mais uma ferramenta para se obter a
diferenciação. Diferenciação esta focada na qualidade, no desempenho, na preferência e
satisfação dos consumidores.
Muito mais que um belo produto ou um conceito inovador, o design agrega maior
desempenho na produção, possibilita que a fidelização dos consumidores passe a ser cada vez
maior, uma vez que, de um mero produto, ele passa a se transformar (se todo o processo de
design for bem estudado e desenhado) numa experiência inesquecível. Sem sombra de
dúvidas, se o consumidor vivenciar uma boa experiência com determinado produto, ele além
de se tornar fiel à marca, passará a compartilhar essa boa experiência com mais consumidores,
aumentando assim a rede de consumo e, conseqüentemente, a influência da marca no mercado
e no meio onde está inserida.
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3.1. Origens
O IAC, coordenado pelo artista italiano Pietro M. Bardi, teve em sua primeira turma
nomes de destaque no cenário do design atual, como Alexandre Wollner e Ludovico Martino.
O processo de seleção dos alunos na ESDI era diferenciado, além de exames de língua
portuguesa, língua estrangeira, teste vocacional e conhecimentos gerais, os alunos
selecionados nessa primeira fase passavam por entrevistas com os professores. No entanto, o
primeiro semestre na escola era decisivo e também eliminatório. Se reprovado, o aluno perdia
o direito da matrícula.
Através desse procedimento, qualquer aluno, desde que tivesse o curso médio
completo e demonstrasse capacidade intelectual, conhecimentos de arte, ciências
exatas e prática manual, estaria apto a ser aprovado pela Esdi, o que era totalmente
contrário aos vestibulares da época – uma atitude antiacadêmica. Mas por isso
mesmo a Esdi possibilitou a admissão de verdadeiros talentos para a profissão.
(WOLLNER, 2003, p. 151).
O projeto pedagógico da escola era influenciado pela hfg (Hochschule für Gestaltung),
escola da vanguarda no ensino do design no mundo, situada em Ulm, na Alemanha, uma vez
que Bergmiller e Wollner, professores da ESDI, haviam estudado na hfg e inspiraram-se no
modelo alemão para desenvolverem o projeto pedagógico da nova escola.
Inspiradas pela ESDI, ainda na década de 60, inúmeras escolas de design foram
criadas, alimentando a demanda de profissionais que o mercado tinha. Nessa época foram
criados: o Instituto de Desenho Industrial – IDI do Museu de Arte Moderno, no Rio de
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3.2. A atualidade
Tais cursos são oferecidos tanto por instituições estatais quanto privadas. Nas estatais,
a variedade dos cursos é menor, não generalizando, mas concentram-se apenas em
Comunicação Visual e Desenho de Produto. Já nas instituições privadas, a diversidade é
enorme.
Em concordância com que afirma Whiteley (1998), o ensino do design tem ficado à
mercê das circunstâncias e de formas de pensar que não agregam nada e que ao mesmo tempo
prejudicam ao ensino do design. Whiteley (1998), afirma:
Ao mesmo tempo em que o designer tem que, por meio de seu trabalho, estimular o
consumo, tem também que estar consciente de seu papel na sociedade como interlocutor de
novas tendências, preocupar-se com as questões de impacto ambiental, promoção cultural
regional e local e, com a bagagem de conhecimento e prática adquirida na universidade, poder
oferecer a melhor solução, seja para qual for o problema.
O profissional não pode ser apenas técnico, como também, não apenas teórico. É
preciso que o profissional tenha conhecimento interdisciplinar e generalista, porém não
superficial. O designer deve saber e conhecer um pouco de tudo: arte, história, antiguidade,
técnica, geometria, física, atualidade, cultura e muitos outros itens que, tranquilamente,
encheriam esta página.
Alexandre Wolner (2003) enfatiza como deve ser a visão das instituições de ensino
com relação aos cursos de design, ele afirma que
O ensino da profissão edifica toda uma classe de trabalhadores que deverão estar
devidamente preparados para os obstáculos e dificuldades do mercado de trabalho. Daí a
importância de se pensar (não apenas pensar, mas agir) em um ensino sólido, que seja
transformador. Simultaneamente, os alunos deverão estar abertos e dispostos a assumir o
papel de agentes da transformação. De nada adianta atingir o estado da arte no ensino se os
alunos não estiverem compromissados em absorver e praticar o que aprenderão. Faz-se
necessário também motivar o corpo discente para que ensino e aprendizado se tornem uma
única ação. A partir do momento que aprendizado e ensino se tornarem uma única ação, a
disciplina design transporá os muros da academia e se integrará ao ambiente da sociedade,
tornando-se tema indispensável do cotidiano.
Para tanto, o ensino do design precisa deixar de ser um mero atrativo financeiro (no
que tange o interesse das instituições de ensino, particularmente as privadas) e ganhar o status
genuíno de disciplina que deve ser perpetuada com seriedade e qualidade. E isso poderá ser
conseguido com o incentivo e aumento das pesquisas voltadas ao design. No país existem
inúmeros profissionais do design que se destacam pela criatividade e, por isso são
reconhecidos nacional e internacionalmente, no entanto a proporção de pesquisadores do
design é infinitamente menor.
O campo de pesquisa na área é vasto e há muito a ser explorado. É certo que, com o
aumento das pesquisas na área, não só o ensino terá um impulso de crescimento, mas também
crescerá o interesse da indústria em conhecer novas técnicas, novas tecnologias, novos
métodos e processos, podendo gerar novos produtos, novas soluções, novos consumidores.
O país é carente de ações que possam incentivar e dar impulso ao uso do design, seja
pela indústria, comércio ou serviços, no entanto, o Brasil tem dado passos importantes rumo a
difusão e propagação de novos conceitos de utilização do design.
4.1. PROGRAMAS
O próprio PBD, em sua página na internet, destaca que o design é o diferencial que
propicia maior valor agregado às exportações, promovendo a oferta de produtos
diferenciados e inovadores, sendo de fundamental importância para a criação de uma
identidade e uma imagem favorável que agrega valor ao produto nacional.
Criado pelo Sebrae, o Via Design tem o objetivo de criar uma rede de núcleos e
centros de design em todo o país para atender micro e pequenas empresas além de artesãos. O
programa oferece orientações para que o design possa ser implantado nos serviços e produtos,
agregando, de forma mais ampla, qualidade, inovação e uma melhor capacidade de
atendimento aos consumidores.
O SEBRAE aplica o programa Via Design por meio de Centros de Design, 15 ao todo,
e também por meio de 85 núcleos de Inovação e Design, num total de 100 unidades
espalhadas pelo país. Tais Centros e Núcleos promovem atividades estaduais e regionais
como exposições, seminários e cursos, além de cadastrar prestadoras de serviço em design e
organizar solicitações de projetos em design.
Segundo Paulo Okamoto (2008), presidente do Sebrae, o design pode operar uma
verdadeira revolução na economia, em especial, se disseminado no ambiente das micro e
pequenas empresas. É esta a razão pela qual o Sebrae está executando o Via Design –
Programa Sebrae de Design, uma iniciativa corajosa e ambiciosa.
O SENAI por meio de seus quarenta Núcleos de Apoio ao Design (NAD), atua em
diversos setores industriais, como artefatos de couro, automação e informática, calçados,
celulose e papel, cerâmica, confecções e têxtil, eletroeletrônica, embalagem, gráfica, joalheria,
madeira, mobiliário, plástico e química.
Com média de 35 mil visitantes, a Bienal Brasileira de Design e Inovação contou com
a participação de diversos setores da indústria nacional ao passo que deu a devida importância
aos méritos dos valores culturais e estéticos de cada produto .
obter financiamentos para isso, como deve ser a contratação de um profissional habilitado
para a assessoria no desenvolvimento de novos produtos. Para os profissionais da área, o
portal informa sobre associações de design, dicas profissionais, oferece revistas e publicações,
além de informações sobre a regulamentação da profissão. Já para os estudantes o Portal
Design Brasil dá dicas de instituições de ensino, nacionais e internacionais, banco de novos
talentos, dicas de publicações e disponibiliza artigos de profissionais já experientes acerca do
tema design e suas aplicações na vida profissional.
Promove o Design Excelence Brasil, citado à cima, além de coordenar e manter a Rede
Paranaense de Design e a Criação Paraná.
Por meio de programas e projetos, a SCDesign procura oferecer aos seus associados
alguns benefícios como por exemplo serviços de qualificação de recursos humanos,
consultorias profissional, ética e jurídica, facilitação de aquisição de softwares, publicação de
catálogos, tabelas de preços, normas etc. Facilita ainda, a obtenção de crédito para o
desenvolvimento de pesquisas na área do design além de promover palestras, exposições e
eventos de incentivo ao design.
A ApDesign foi criada em 1995 e trabalha para afirmar o design como uma forma
autêntica de expressão cultural, social e econômica, melhorando a qualidade vida.
Além de lutar na defesa dos direitos e interesses das empresas associadas, a Abedesign
procura difundir e contribui para o crescimento do mercado. Desenvolve ações, estudos,
pesquisas e projetos que promovam o conhecimento e à cultura. Promovem ainda feiras,
exposições, mostras, treinamentos, congressos, além de incentivar a publicação de livros,
cartilhas e periódicos e demais mídias.
Criado em 1996, o Programa Bahia Design é uma iniciativa do Instituto Euvaldo Lodi,
do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico e da Associação Brasileira das
Instituições de Pesquisa Tecnológica Industrial.
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Objetiva fomentar o uso do design na Bahia, criar novo estímulo nas empresas daquele
estado na utilização do design, colabora com micro e pequenas empresas, para que as mesmas
possam também ter acesso a projetos de design.
Para atingir esses objetivos, o Programa Bahia Design, atuará com promoção de
eventos para disseminação do design; gerar integração entre instituições por meio de
convênios e programas de colaboração e; oferecendo formação aos profissionais da área, com
ações de reciclagem e treinamento.
Criado por meio do Programa Via Design do Sebrae, tem como missão aumentar a
competitividade das empresas do estado do Rio de Janeiro por meio do design como fator de
inovação, diferenciação e valorização de produtos e serviços.
Lançado em 2001, o Centro São Paulo de Design foi criado depois de um longo
processo de implantação iniciado na década de 1970 pela Secretaria Cultura, Ciência e
Tecnologia e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo FIESP, que naquela
época já se movimentavam para promover o design como ferramenta para o desenvolvimento
industrial e comercial.
vários núcleos, como por exemplo, Núcleo de Gestão de Design, Núcleo de Inovação em
Design de Artesanato, Núcleo de Sustentabilidade etc
A segunda a ser fundada no país, 1979, a APD-PE conta com o Apoio do Sebrae-PE,
do Governo do Estado e da Prefeitura de Recife.
A associação luta na defesa dos direitos de seus associados, pela valorização do design
e aumento da competitividade da indústria. Fortalece e integra as ações no campo do design
no estado.
Com o propósito de criar junto ao empresariado do estado do Rio Grande do Sul uma
política de investimentos em design, foi fundada em 2003 a Rede Gaúcha de Design, e
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Além de todos esses programas, centros e associações de design, surgem no pai uma
série de iniciativas que convergem e focam as intenções para o mesmo ponto: o incentivo de
ações de utilização do design e a disseminação da cultura do design entre a população.
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5. CONCLUSÕES
Em apoio a essas ações, novas atitudes devem ser tomadas no quesito de instituições e
organismos de incentivo ao design. No país, pudemos observar bons exemplos de iniciativas
que estão provando a importância de atitudes que possam incentivar, educar e focar no design.
É de suma importância também que estes organismos formem uma rede entrelaçada e que as
ações convirjam para o mesmo objetivo, criando resultados para os diversos segmentos
envolvidos. Nota-se no país um direcionamento de ações para esse sentido.
Acreditamos e, os vários exemplos não nos deixam errar, que o design é uma forte
ferramenta estratégica e deve ser agregada ao planejamento de marketing de toda empresa.
Com isso, empresas que adotam processos de design, assessoradas por profissionais
preparados por instituições sérias e responsáveis pelo ensino de qualidade (conforme proposto
acima), somados as ações de incentivo ao design, fomentadas por uma rede de instituições,
formarão uma cadeia concatenada que além de evoluir a indústria, contribuirá para a evolução
da forma de pensar, agir e interagir de toda uma sociedade. Parece utópico, mas sabemos que
é plenamente possível.
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6. REFERÊNCIAS
GRANATO, P. Marca. Design Gráfico, São Paulo, Edição 91, ano 11, p.54. Bimestral.
HERNANDES, M.M. Convergindo ações para o incentivo ao design. Design Gráfico, São
Paulo, Edição 80, ano 9, p.37. Bimestral.
MATSUMOTO, T. Transformando o papel social. Design Gráfico, São Paulo, Edição 78,
ano 9, p.42. Bimestral
MATTAR, S. Multisensorial. Design Gráfico, São Paulo, Edição 80, ano 9, p.46. Bimestral.
MESTRINER, Fabio. Design de Embalagens: Curso Básico. 1ª edição. São Paulo. Makron
Books, 2001.
MOZOTA, B. Design and Competitive Edge: A Model for Design Management Excellence in
European SMEs. In: Design Management Journal Academic Review, p.88-103, 2003 apud
STEVENS, J. Design as a strategic resource: mapping design to the value chain and other
strategy models. Centre for Tecnology Management. University of Cambrigde, s/n.
Disponível em: <http://www.srcf.ucam.org/mtms/seminars/John_Stevens.pdf>. Acesso em:
22 out. 2008.
STEVENS, J. Design as a strategic resource: mapping design to the value chain and other
strategy models. Centre for Tecnology Management. University of Cambrigde, s/n.
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WOLLNER, A. Alexandre Wollner: Design Visual 50 anos. São Paulo. Cosac Naify, 2003.