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Com valores naturais relevantes, incluindo algumas espécies de flora únicas no país, na fauna
destaca-se o lobo (Canis lupus), o javali, a lontra, a raposa (Vulpes vulpes), a lagartixa-de-
montanha (Lacerta monticola monticola), a geneta (Genetta genetta) e o coelho-bravo-europeu
(Oryctolagus cuniculus).
A importância desta área faz com que seja Reserva Biogenética. Em 2000, foi designada uma
área de 88 291 hectares como Sítio de Interesse Comunitário e passou a integrar a Rede
Natura 2000.
Os lugares mais visitados devido à sua beleza são os Cântaros ou o vale de Manteigas, bem
como as panorâmicas que se tomam da Torre, dos Piornos e das Penhas da Saúde. No
Parque Natural da Serra da Estrela é ainda possível visitar diversas lagoas, nomeadamente, a
lagoa Comprida, a lagoa de vale do Rossim e outras pequenas lagoas dispersas pelo parque.
Clima
A região do Parque possui um clima temperado de montanha, com verões frescos, invernos
muito frios e ocorrência de nevadas, que podem ser intensas, entre os meses de outubro e
maio. A sensação térmica diminui drasticamente com a ocorrência de ventos fortes, comuns
nesta área. Alguma queda de neve é registada, às vezes, em meses de verão, como agosto.
Relativamente à pluviometria, a região possui grande diversidade, sendo o núcleo central da
Serra uma das zonas com maior pluviosidade em
Portugal continental(> 2000 m) , e na periferia possui
um regime de muito menor pluviosidade (>800 mm).
Habitats
Dos vinte e sete habitats naturais registados, salienta-se a presença de cinco habitats
prioritários: charcos temporários mediterrânicos, charnecas húmidas atlânticas meridionais,
formações herbáceas de Nardus, turfeiras de cobertura e florestas aluviais residuais.
Aspectos sócio-culturais
Da ovelha de raça bordaleira nasce o produto nobre da pastorícia, o famoso queijo da Serra da
Estrela, cartão de visita que já ultrapassou fronteiras. A sua presença é obrigatória à mesa,
acompanhado de broa serrana. O mel da Serra da Estrela, o requeijão e a castanha são
igualmente iguarias serranas. A Serra da Estrela é um autêntico mostruário das actividades da
lã existentes desde sempre. Os artesãos recebiam a matéria-prima proveniente dos rebanhos
de ovelhas que a Serra da Estrela alimentava. A partir do século XVII, com o advento da
Revolução Industrial Europeia, foi surgindo uma
grande e característica concentração de edifícios
fabris. Muito apreciado pelo seu porte e calma,
guardador nato de rebanhos e fiel amigo, o cão
Serra da Estrela é uma das figuras mais
emblemáticas da Serra. A larga coleira de ferro,
crivada de puas, que muitos ainda usam, reflecte
todo um passado de luta com o lobo.