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AULA 0: ORTOGRAFIA
Olá, pessoal
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CURSOS ON-LINE – PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS
PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI
Antigamente, lá por 1997 e 1998, era comum a ESAF
abordar o assunto em questões exclusivas. Hoje, exige-se
do candidato um bom vocabulário e o conhecimento do
significado de expressões, especialmente das parônimas.
Nas palavras de Pasquale Cipro Neto & Ulisses Infante
(Gramática da Língua Portuguesa):
“A competência para grafar corretamente as palavras está
diretamente ligada ao contato íntimo com essas mesmas
palavras. Isso significa que a freqüência do uso é que acaba
trazendo a memorização da grafia correta. Além disso, deve-se
criar o hábito de esclarecer as dúvidas com as necessárias
consultas ao dicionário. Trata-se de um processo constante, que
produz resultados a longo prazo.”
Ninguém é obrigado a conhecer TODAS as palavras da
língua. Logo, não é vergonha nenhuma desconhecer o
significado de uma ou outra. Por isso, na dúvida, deixe a
preguiça de lado e abra o dicionário para verificar como se
escreve ou o que significa algumas delas. Já pensou se cai
na prova? O remorso que você vai sentir?
Algumas regras ajudam a entender o processo de formação
de algumas palavras, mas o que ajuda mesmo a fixar a
grafia é a memória visual. Já viu como faz uma criança que
acabou de ser alfabetizada? Ela lê tudinho que passa na sua
frente, de out-door a embalagem de biscoito. Vai juntando
sílaba por sílaba até identificar a palavra, cujo significado
conheça. Com o tempo, nos acostumamos a ler “o
conjunto”, a “figura” que a palavra forma. Identificamos a
grafia de uma palavra em seu todo, não lemos mais letra
por letra, sílaba por sílaba, a não ser que a palavra seja
totalmente desconhecida para nós.
Quer ver só? INEXPUGNABILIDADE. Confesse: você leu
“de primeira” ou teve de juntar as letrinhas? Mais outra:
INEXTINGUIBILIDADE (essa tive de digitar aos poucos
pra não errar... e você, ao ler, pronunciou ou não o u do
dígrafo gui ? Viu algum trema ali? Daqui a pouco veremos
se você leu certinho...).
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Então, é isso que acontece com a ORTOGRAFIA. As
palavras que você já conhece passam rápido. As que você
desconhece tropeçam pelo caminho (ou porque você nunca
viu, ou porque já viu, mas não sabe o seu significado).
O estudo da ORTOGRAFIA abrange:
1 - EMPREGO DE LETRAS (s/z; sc/sç/ss; j/g; izar/isar; etc)
2 - ACENTUAÇÃO GRÁFICA
3 - USO DE OUTROS SINAIS DIACRÍTICOS (principalmente o
HÍFEN e o TREMA)
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Outra dica: na dúvida com relação à grafia de uma palavra
que sofreu algum processo de transformação (substantivo
derivado de verbo ou substantivo derivado de adjetivo),
busque a grafia de outra palavra conhecida sua (que servirá
de paradigma), tomando o cuidado de observar se esta
sofreu o mesmo processo daquela. Aquilo que aconteceu
com uma irá acontecer com a outra também.
Veja os exemplos.
compreender -> compreensão / pretender -> pretensão
permitir -> permissão / emitir -> emissão
conceder -> concessão / retroceder -> retrocessão
Cuidado!!! EXCEÇÃO é derivado de EXCETUAR – e não de
EXCEDER. Deve ser esse o motivo de tanta gente fazer
confusão.
Veja agora uma questão de prova da ESAF que abordou esse
assunto:
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Item ERRADO.
Comentário.
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GABARITO: D
Comentário.
São três os erros de ortografia:
1) linha 10 - argúi - quando o U do dígrafo “que”, “qui”,
“gue” ou “gui” é pronunciado intensamente, recebe o
acento agudo;
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2) linha 13 - periculosidade - do latim periculosus + o
sufixo (i)dade;
3) linha 13 - juiz - sem acento por atender à regra das
oxítonas.
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acento), biquíni, item, domino (verbo), fênix, bíceps,
fácil, coco (fruta), álbum, difícil, fácil, cáqui (cor),
sabia (verbo), táxi;
9 PAROXÍTONOS TERMINADOS EM DITONGO
CRESCENTE (*), EM –ÃO, EM –ÔO - glória,
indivíduos, sábia, concordância, acórdão, abençôo;
9 TODAS AS PROPAROXÍTONAS - fósforo,
matemática, hífenes
(*) Segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa (V.O.L.P.), que tem força de lei no Brasil, a
acentuação dos ditongos abertos é classificada na regra
dos proparoxítonos (sé-ri-e / vi-tó-ri-a) e os monossílabos
são classificados na mesma regra dos oxítonos.
ENCONTROS VOCÁLICOS:
9 OS DITONGOS ABERTOS –ÉI-, -ÉU-, -ÓI- : herói,
apóiam, idéias, mausoléu
9 NUM HIATO, RECEBEM ACENTO I OU U, COMO 2ª
VOGAL DO HIATO, SOZINHO (DESDE QUE NÃO
SEGUIDO DE NH) OU ACOMPANHADO DE S. COM
QUALQUER OUTRA LETRA OU SOZINHO E
SEGUIDO DE NH, NÃO RECEBE O ACENTO AGUDO.
Ex: Piauí, juízes, raízes, rainha, campainha, juiz, Luís,
ruim, Itaú (apesar de terminar com U – regra das
oxítonas – é acentuada por tratar-se de U como
segunda vogal do hiato, sozinho na sílaba – I-ta-ú)
CUIDADO! A pronúncia de palavras como GRATUITO,
FORTUITO FLUIDO (substantivo) assemelham-se à de
MUITO. Nessas palavras não existe acento agudo na
letra “i” (ao contrário do que acontece no particípio do
verbo fluir - FLU-Í-DO), de modo que, naqueles casos,
existe um ditongo, e não um hiato.
9 -ÊEM DOS VERBOS LER, VER, CRER, DAR e
derivados - O Vocabulário Ortográfico determina que
se conserva, por clareza gráfica, o acento circunflexo
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no plural desses verbos: crêem, dêem, lêem, vêem,
descrêem, desdêem, relêem, revêem, etc.
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Em Direito Tributário, a expressão sanções políticas
corresponde a restrições ou proibições impostas ao
contribuinte, como forma indireta de obrigá-lo ao
pagamento do tributo, tais como a interdição do
5 estabelecimento, a apreensão de mercadorias, o regime
especial de fiscalização, entre outras. Qualquer que seja
a restrição que implique cerceamento da liberdade de
exercer atividade lícita é inconstitucional, porque
contraria o disposto nos artigos 5o, inciso XIII, e 170,
10 parágrafo único, do estatuto maior do país.
O Supremo Tribunal Federal sumulou sua jurisprudência
no sentido de serem inconstitucionais as sanções
políticas. A Súmula 70 diz que é inadimissível a
interdição de estabelecimento como meio coercitivo
15 para cobrança de tributo. Diz a Súmula 323 que é
inaceitável a apreensão de mercadorias como meio
coercitivo para pagamento de tributo, e a 547,
estabelece que não é lícito à autoridade proibir que o
contribuinte em débito adquira estampílias, despache
20 mercadorias nas alfândegas e exerça suas atividades
profissionais.
Não obstante inconstitucionais, as sanções políticas, que
no Brasil remontam aos tempos da ditadura de Vargas,
vêm-se tornando, a cada dia, mais numerosas e
25 arbitrárias, consubstanciando as mais diversas formas
de restrições a direitos do contribuinte, como forma
oblíqua de obrigá-lo ao pagamento de tributos ou, às
vezes, como forma de retaliação contra o contribuinte
que vai a juízo pedir proteção contra cobranças ilegais.
(Baseado em Hugo de Brito Machado, Direito e Justiça, CB,
27/04/1998)
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b) dois erros
c) nenhum erro
d) três erros
e) quatro erros
Gabarito: B
Comentário.
Os dois erros são inadmissível (linha 12), com “d” mudo, e
estampilha (l.19) com LH, que nada mais é do que o
diminutivo irregular de estampa.
Cuidado!!! Já que o assunto é ortografia, falemos sobre
consoantes mudas. Devemos ter cuidado com algumas
palavras especiais: AFICIONADO (tem apenas um “c” –
formalmente, não existe “aficcionado”), ABRUPTO , OPTAR
(cuidado na conjugação do verbo, em que a letra “p” é muda
– eu opto, tu optas...). Outras (e suas derivadas) facultam a
colocação da letra muda – CONTA(C)TO, INFE(C)ÇÃO,
CORRU(P)ÇÃO, A(C)CESSÍVEL (com o “c” dobrado,
pronuncia-se <cs>), como o “x” de táxi). Não acredita?
Consulte o Aurélio.
Outra palavra perigosa é “CARÁTER”. O plural
correspondente busca em sua origem latina a grafia
CARACTERES (“Aquele rapaz é um mau caráter. Aqueles
rapazes são uns maus caracteres”).
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c) Renovou seu idealismo de puguinar para a escola alçar-
se à categoria de escola-padrão do município.
d) Enfatizou serem as escolas, ocupem-se elas do grau de
ensino que for, o lugar em que se vai construindo o cidadão
consciente e crítico.
e) Reinterou sua convicção no atingimento das metas a
que se propôs como fundador e primeiro diretor da escola.
GABARITO: D
Comentário.
Os erros das demais opções são:
a) “alvissareira” – palavra derivada de alvíssaras, interjeição
que serve para anunciar boas novas (Aurélio)
b) Mais um par de parônimos – perfilar significa organizar
em filas, enquanto que perfilhar significa dar a paternidade
a alguém (filho). No caso, a grafia é do primeiro.
c) Pugnar tem o “g” mudo e significa “combater, lutar,
brigar”. Na dúvida, poderia lembrar de uma derivada dessa
– impugnação.
e) A grafia correta é reiterar, cujo sinônimo é iterar,
repetir. Além disso, não há registro formal da palavra
atingimento.
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b) Um povo não perde os seus mais fortes determinantes se
recebe, aceita e pratica a pintura e a música de outra
origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem
perda de alguns de seus valores. / Um povo não perderá os
seus mais fortes determinantes se receber, aceitar e praticar
a pintura e a música de outra origem, mas dificilmente
adotará literatura estranha sem perda de alguns de seus
valores.
c) Já tive ocasião de mostrar quanto me parecem precárias
três afirmativas de Euclides da Cunha: a questão do
cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo
do homem americano. / Já tive ocasião de mostrar como me
parecem precárias três afirmativas de Euclides da Cunha: a
questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o
autoctonismo do homem americano.
d) Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia
enumerar grandes nomes pertencentes ao “sistema” de que
falei há pouco. / Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa
literatura podia enumerar grandes nomes pertencentes ao
“sistema” de que faz pouco falei.
e) No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um
“sistema” interessantíssimo, que a cerca de trezentos anos
desenvolve-se. / No Brasil, a nacionalidade e a literatura
formaram um “sistema” interessantíssimo, que há cerca de
trezentos anos se desenvolve.
(Baseado em Roquette Pinto)
GABARITO: E
Comentário.
Vamos estabelecer a diferença entre três expressões muito
parecidas: há cerca de / a cerca de / acerca de, a partir do
seguinte exemplo:
“Eles saíram de casa há cerca de uma hora em direção à
fazenda que fica a cerca de 30 km de São Paulo. Tenho
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minhas dúvidas acerca do tempo que levarão para chegar lá,
já que a estrada está em péssimas condições.”
“CERCA DE” significa “aproximadamente”. Ela consta das
duas primeiras expressões, sendo que, na primeira,
percebe-se o emprego do verbo impessoal “haver” na
indicação de tempo decorrido (há cerca de). Com relação à
segunda (a cerca de), a preposição “a” precede a expressão
por indicar distância (“A fazenda fica a 30 km de São
Paulo.”). Já a expressão “acerca de” equivale a “sobre”. Não
se pode confundi-las.
Logo, um dos erros da opção E está na construção “que a
cerca de trezentos anos”. Por indicar tempo decorrido, o
correto é o emprego do verbo haver (“que há cerca de
trezentos anos”), como na segunda proposição do mesmo
item. O outro erro refere-se à colocação pronominal em
“desenvolve-se”, que será objeto de estudo posteriormente.
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b) acerca de / quando / multiplicara / dobraram-se /
ampliava-se
c) cerca de / quanto / multiplicaram / dobravam-se / se
ampliava
d) em cerca de / em quanto / se multiplicava / dobrou /
ampliavam
e) de cerca de / por quanto / multiplicavam / dobravam-se /
ampliava
GABARITO: A
Comentário.
As opções correspondentes às três últimas lacunas tratam
de concordância verbal e colocação pronominal. Por isso,
serão comentadas posteriormente.
Para resolver essa questão, bastaria ao candidato verificar o
item que preenche a primeira lacuna para garantir um
pontinho. Na hora da prova, tempo é precioso. Por isso, se
você já tiver certeza da resposta, não perca tempo: assinale
a opção correta e passe para a próxima questão.
Na passagem “os servidores públicos, (...) , correspondem
____ 10 a 20 por cento da força de trabalho,...”, o verbo
“corresponder” exige a preposição “a” (“X corresponde a
Y.”). Na seqüência, verifica-se a indicação de número
aproximado (“10 a 20 por cento”). Por isso, usa-se a
expressão “cerca de” que, como vimos, equivale a
“aproximadamente”. Assim, a expressão que irá preencher a
primeira lacuna é “a cerca de” e a única opção que
apresenta essa resposta é a letra A.
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Não é muito difícil imaginar os motivos que teria a Argentina
para entabular(A) agora uma conversa mais séria com o
Brasil a cerca(B) da criação de uma moeda única no
Mercosul. Existe uma motivação não reconhecida
oficialmente mas plenamente visível: o receio das
desvalorizações do real – na base de(C) 0,6% ao mês – e o
impacto que isso já está tendo sobre os preços das
exportações argentinas ao mercado brasileiro. O tema é
complexo e tem muito mais implicações(D) do que a decisão
de mandar um argentino em viagem à(E) Lua.
(Maria Clara R. M. Prado - Gazeta Mercantil - 21 e 22/2/1998,
adaptado)
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E
GABARITO: B
Comentário.
Mais uma vez, a banca exigiu conhecimento sobre esses
vocábulos. Relembrando: a locução prepositiva acerca de
equivale a “sobre”, “a respeito de”, “relativamente a”. A
expressão “cerca de” significa “aproximadamente” e pode
vir antecedida do verbo haver (há cerca de) para indicar
tempo decorrido aproximado ou da preposição a (a cerca
de), indicando distância ou tempo futuro aproximados. O
candidato não pode confundi-las. Essa é uma questão
clássica, abordada também em questões de crase (com
lacunas) ou nas em que a banca pede que se assinale a
questão com erro gramatical.
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8- (AFC/SFC/2000) Assinale, entre as substituições
propostas, a que corrige adequadamente o erro do trecho
seguinte:
Antes de digladiar sobre como os novos impostos deveriam
ser distribuídos entre as três esferas de governo - questão
que consumiu a melhor parte dos humores e energia de
prefeitos, governadores e autoridades fazendárias federais
nos últimos três anos -, talvez vale a pena perguntar como,
de um ponto de vista agregado, deixando por um momento
de lado as complexidades do federalismo fiscal, poderiam
ser os R$ 131 bilhões arrecadados de forma mais racional.
(Adaptado de Rogério L. F. Werneck , O Estado de S. Paulo,
27/10/2000)
SUBSTITUIR POR
a) Digladiar degladiar
b) Sobre a cerca da forma
c) Entre dentre
d) Vale valha
e) poderiam ser poderia ser
GABARITO: D
Como nosso assunto é ortografia, vocabulário e afins,
vamos comentar somente as substituições propostas nas
opções a e b, tidas como INCORRETAS.
Nessa questão, o enunciado poderia levar o candidato a uma
interpretação equivocada do que deveria ser assinalado. O
examinador pede que seja marcada a troca válida para
correção de um erro no texto.
Na primeira opção, a palavra correta é DIGLADIAR,
apresentada originalmente no texto, e não existe a forma
proposta na opção a (“degladiar”).
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Com relação à opção b, observe o que mencionamos na
correção da prova para Fiscal de Fortaleza - 1998, sobre
“cerca de” (que significa aproximadamente) e “acerca de”
(que equivale a sobre) e perceba que a troca sugerida é
inválida, sendo o correto “acerca da forma”.
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e) Algumas leis eminentemente federativas, como o
Código Tributário Nacional, autoproclamam-se ‘nacionais’. /
Algumas leis eminentemente federativas, como o Código
Tributário Nacional, se autoproclamam ‘nacionais’.
(Baseado em Sérgio Resende de Barros)
GABARITO: A
ACENTOS DIFERENCIAIS – A partir da mudança
ortográfica, em 1971, conservaram-se somente os acentos
diferenciais abaixo indicados:
9 DE TIMBRE (vogal aberta ou fechada) – o único que
restou foi: pode (pres.indicativo) – pôde (pret.perf.ind)
9 DE INTENSIDADE ou TONICIDADE (vogal átona ou
tônica). Os mais comuns são:
pôr (verbo) – por (preposição)
pára (verbo) – para (preposição)
pêlo (substantivo) – pelo (contração de por + o)
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emoções simples, como medo e fome, esses macacos
parecem possuir compaixão e solidariedade. Sua capacidade
intelectual está muito acima de todo o restante dos bichos e
a diferença entre seu código genético e o dos seres humanos
é de apenas 1,6%. As pesquisas com essas espécies vem
causando tanta comoção que, no final de 1997, um grupo de
biólogos, assessorado por advogados ambientalistas,
publicou um documento pedindo a extensão dos direitos
humanos aos pongídeos!
(Valéria França - Veja - 28/1/98, adaptado)
Há, no texto,
a) três erros de ortografia
b) nenhum erro de ortografia
c) dois erros de ortografia
d) um erro de ortografia
e) quatro erros de ortografia
GABARITO: A
Comentários.
Já apresentamos essa questão na área aberta do sítio. Mas,
dada a sua importância, a repetimos aqui, nesta aula de
ortografia.
Os três erros são:
- CHIMPANZÉ (linha 2) ou chipanzé, mas sempre com a
letra Z;
- INDIVÍDUOS (linha 3), que está grafado sem o acento
agudo;
- VÊM (linha 11), tendo sido considerada a ausência do
acento circunflexo da forma plural (o sujeito é pesquisas)
como erro de ortografia.
Alguns gramáticos classificam o acento circunflexo dos
verbos ter e vir (e derivados) na 3ª pessoa do plural (têm,
vêm, contêm, entretêm, detêm, retêm etc.) como
ACENTO DIFERENCIAL DE NÚMERO.
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As formas verbais singulares tem e vem são monossílabos
tônicos e, por isso, dispensariam a acentuação (a regra é
acentuar somente os monossílabos tônicos terminados em
A / E / O).
A conjugação na 3ª pessoa do singular dos verbos
derivados recebe acentuação (detém, contém, entretém
etc.) em atendimento à regra dos oxítonos terminados por
“EM”.
Esses gramáticos consideram, então, que o acento
circunflexo (têm, vêm, detêm, contêm, entretêm) serve tão-
somente para indicar que o verbo está no plural.
Dessa forma, a regra de acentuação, segundo eles, é:
têm (acento diferencial de número)
vêm (acento diferencial de número)
detém (oxítona terminada em EM)
detêm (acento diferencial de número c/c oxítona terminada
em EM).
Item CORRETO.
Comentário.
O que nos interessa nessa questão é comentar a opção que
aborda o tema de hoje – ORTOGRAFIA, VOCÁBULOS E
AFINS. Por isso, não chegamos nem a transcrever o texto
que serve de base para a questão. Perceba que na opção
(a), que foi considerada correta, o examinador usou a
palavra “também” para reforçar que, além do caráter
diferencial, seu acento circunflexo se deve ao fato de o
verbo “pôr” ser um monossílabo tônico, em comparação
com a preposição por, que é átona.
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GABARITO: B
Comentário.
Nessa questão, a ESAF testou o conhecimento de alguns
parônimos (palavrinhas parecidas, mas cujos significados
são diferentes). Estão incorretas:
a) INFRINGIR – cometer infração / INFLIGIR (correto) –
aplicar uma pena
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c) Está incorreta a grafia da palavra HOMOGENEIZAR
(HOMOGÊNEO + IZAR). Sobe esse processo de formação da
palavra, reveja as observações iniciais deste ponto.
d) IMINENTE – prestes a acontecer / EMINENTE (correto) –
importante
e) AFERIR – medir / AUFERIR (correto) – ganhar, obter.
Itens INCORRETOS.
Comentário.
d) CONCLUI – Essa confusão - tão comum - tem uma
explicação (explica mas não justifica o erro): os verbos
terminados em “ir” conjugam-se normalmente com um “e”
na desinência das terceiras pessoas do Presente do
Indicativo – PARTIR: ele parte / eles partem - FERIR: ele
fere / eles ferem - DECIDIR: ele decide / eles decidem.
Esse raciocínio leva os falantes da língua a fazerem a
mesma conjugação com os verbos terminados em hiato,
como é o caso de ‘CONCLUIR’. Contudo, nesses verbos, a
conjugação da 3ª pessoa do singular (ele/ela/você) termina
com a letra “i” – CONCLUIR: ele conclui – OBSTRUIR: ele
obstrui – POSSUIR: ele possui.
Mas, na 3ª pessoa do plural, retoma-se a desinência “EM”
(com “E”): CONCLUIR: eles concluem - OBSTRUIR: eles
obstruem – POSSUIR: eles possuem.
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e) Não confunda estes vocábulos: BOM ≠ MAU (adjetivos) /
BEM ≠ MAL (advérbios)
Ex: Eu nado muito BEM / MAL. (advérbios)
Ele é um rapaz BOM / MAU. (adjetivos)
O texto da opção “e”: “Política, história, instituições e leis,
todos esses fatores vão determinar o bom ou mal
funcionamento da economia,...” – Opa! Um dos dois está
errado! Temos de identificar a classe gramatical dos
vocábulos. Eles apresentam uma idéia circunstancial
(advérbio) ou uma qualidade (adjetivo) ao substantivo
“funcionamento”?
Nessa construção, por estarem modificando um
SUBSTANTIVO (“funcionamento”), são ADJETIVOS, e não
advérbios.
ADVÉRBIO é palavra invariável que, apresentando uma idéia
circunstancial, modifica um VERBO, um ADJETIVO ou outro
ADVÉRBIO.
ADJETIVO atribui ao substantivo (ou um termo que o
represente) uma característica, qualidade ou estado.
Logo, são dois adjetivos – BOM e MAU. Sendo assim, a
forma correta seria “...o bom ou mau funcionamento da
economia,...”.
Não foi à toa que escolhi Classes de palavras e Função
Sintática para o nosso primeiro encontro, lá no meu
primeiro ponto. Muitas vezes, a partir do conhecimento
desses conceitos, é possível resolver uma questão de prova.
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sociedade capitalista uma organização econômica que,
mesmo gerida(4) pelos próprios trabalhadores, pudesse
se(5) caracterizar, em seu conjunto, como “cultura de novo
tipo”.
(Adaptado de Lia Tiriba)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
GABARITO: B
Comentário.
O verbo perpassar (olha a grafia), como transitivo direto,
significa – segundo o Aurélio – postergar, preterir. Talvez, a
intenção da banca tenha sido promover uma “contaminação”
desse verbo com outros mais comuns, com o transpassar,
ou até com os substantivos perspectiva, perspicácia.
Quer uma surpresa? Olhe a próxima questão, da prova para
AFC CGU, aplicada meses após a do MPOG, que acabamos
de ver.
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presente para o passado e, desse, para o futuro. Não há
continuidade ininterrupta(5).
(Adaptado de Frei Betto)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
GABARITO: A
Comentário.
Assim não vale! Agora ficou fácil! Você já tinha visto como
se escreve o verbo do item (1). E é por essas e outras que
não me canso de recomendar a resolução de provas
anteriores da ESAF (ou até de outras bancas) como método
de estudo. As questões muitas vezes se repetem, e isso se
aplica a todas as disciplinas.
Item (2) - O que você achou do “simultaneidade”? É familiar
para você? Não preciso comentar, não é mesmo? Na dúvida,
releia este ponto desde o começo.
Item (3) – por tratar de construção de voz passiva e
concordância, esse comentário fica para a aula sobre verbos.
Item (4) - “Espectador” é o que vê ou testemunha certos
atos (ou programas de televisão), enquanto que seu
parônimo expectador é o que está na expectativa. O uso
daquele vocábulo está certinho de acordo com o contexto.
Item (5) - Estamos diante de mais um caso de substantivo
com letrinha indispensavelmente muda – ININTERRUPTA.
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O ano de 2003 é marcado pela recessão econômica no Brasil
e em vários países do mundo. Aqui, o clima foi de
expectativa em relação a um novo governo que assumiu o
País diante de um grave quadro de desigualdade social. O
Brasil assistiu, estarrecido, no outro lado do mundo, a uma
invasão no Oriente Médio promovida pela dupla Bush/Blair.
E o terrorismo só recrudesceu. De que forma todos esses
acontecimentos podem ter influído no imaginário do
executivo brasileiro?
(Carta Capital, n° 307)
Item INCORRETO.
Comentário.
O problema desse item está na parte final, em que afirma
não ocorrer alteração de sentido na grafia de expectador
com “s” (espectador). Como vimos, são parônimos:
“espectador” significa o que assiste a algo e “expectador”, o
que possui expectativa sobre algo.
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(Adaptado de Frei Betto)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
GABARITO: C
Comentário.
Como é o verbo que corresponde à prática de um
VATICÍNIO? O verbo é VATICINAR, que significa predizer,
prenunciar. A regra da “palavra derivada conserva a grafia
da palavra primitiva” é aplicável aqui nesta questão. Ambas
são escritas com “c” e não “sc”.
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arsênico e inseticidas, ou ferimentos graves, como oxidan-
tes, ácido sulfúrico, produtos alcalinos e soda cáustica.
e) Outro ponto lembrado na norma refere-se a
interferências em equipamentos aeronáuticos causadas por
ímãs e equipamentos eletrônicos, como celulares.
(Correio Braziliense - 15.7.97, com adaptações)
GABARITO: C
Comentário.
Houve um erro de ortografia na palavra CONSCIENTIZAR.
Esse vocábulo deriva de consciência e apresenta o dígrafo
“sc”. Mais uma vez, bastaria lembrar a regra “palavra
derivada conserva a grafia da palavra primitiva”.
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e) Desde o início da vigência do FEF, em 1994, (antes
chamava-se Fundo Social de Emergência) os municípios já
perderam R$ 1 bilhão/ano. Isso porque a principal fonte do
FEF e do FPM é a mesma: o IR.
(Correio Braziliense - 15.7.97, com adaptações)
GABARITO: D
Comentário.
Faltou um acento agudo no vocábulo reúne. A letra “i” ou
“u”, segunda vogal de um hiato, sozinha na sílaba
(desde que não seguida de NH) ou acompanhada da letra
“s”, deve receber o acento agudo, como ruído, egoísta,
maniqueísta. A dica do paradigma ajuda bastante: na
dúvida, procure uma outra palavra parecida cuja grafia você
conheça (servirá de paradigma) e verifique com se escreve.
Parecida com reúne, existe ciúme.
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“Precisamos deixar de lado a postura ---------------------- e
partir para atos concretos.”
contemplativa
d) “O único modo de se ---------------------- desigualdades é
colocar a lei a favor daquele que é tratado de modo
desigual.”
corrigirem
e) Em vários setores do Governo Federal, medidas de ação
afirmativa já foram ou -------------------- implantadas.
têm sido
(Baseado em UnB Revista, n° 6)
GABARITO: A
Comentário.
Nessa questão, a banca voltou a exigir o conhecimento
sobre parônimos: DISCRIMINAÇÃO e DESCRIMINAÇÃO.
DISCRIMINAÇÃO equivale a SEGREGAÇÃO, SEPARAÇÃO
(“A discriminação contra imigrantes é uma das causas dos
recentes protestos na França.”) ou, em outro contexto,
significa a faculdade de discernir, distinguir (“Ele discriminou
os itens que gostaria de abordar em sua tese.”).
DESCRIMINAÇÃO, por sua vez, significa retirar a
criminalidade de um fato (ato de descriminar). Somente
uma atenta leitura poderá elucidar qual desses vocábulos
deve ser empregado na lacuna. Os vocábulos “Racismo,
Xenofobia, Intolerância Correlata” apontam para o
primeiro conceito – DISCRIMINAÇÃO.
Os itens b e c também exploram o vocabulário do candidato.
Não me canso de repetir: havendo dúvidas, pense na
ortografia de uma palavra correlata (regra do paradigma) ou
em como se escreve a palavra originária (regra “palavra
derivada conserva a grafia da palavra primitiva”).
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Provavelmente o vocábulo ascenso não faz parte do seu
vocabulário cotidiano, mas quase todos os dias você se
depara com aquele trabalhador que tem muitos sobes-e-
desces na vida: fica dentro do elevador, apertando os
botõezinhos dos andares. Quem é ele? O ASCENSORISTA
(boa essa dica, hem?). Então, o que faz o ascensorista?
ASCENDER (subir, elevar-se, segundo Aurélio).
Talvez, alguém, alguma vez na vida, o tenha chamado (ou
pelo menos pensado em chamá-lo) de “acessorista”, sim ou
não? Isso poderia ter acontecido por analogia à palavra
“acesso”. Tudo bem, isso acontece... O problema é que
“acessorista”, segundo o dicionário, é “a pessoa responsável
pelos acessórios”, ou seja, não tem nada a ver com aquele
sujeito simpático que o leva ao andar desejado.
Até o próximo encontro.
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2 - (Fiscal do Trabalho/1998) Leia o texto seguinte para
responder às questões.
Existe atualmente, uma série de leis que protegem o
trabalhador. O trabalhador cede o seu trabalho e quem toma
o trabalho do operário vê-se obrigado a cumprir um
conjunto de obrigações, que estão agrupadas na lei
denominada Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Sempre que houver a despedida de um trabalhador
motivada ou imotivadamente, e qualquer uma das partes,
principalmente o empregado, considerar que, aquilo que foi
tratado por ocasião de seu contrato de trabalho não foi
cumprido na sua demissão, ele vai ao seu sindicato e argüi
perante as Juntas de Conciliação e Julgamento, os seus
direitos. Quando é argüida a insalubridade ou a
pericolosidade, o juíz requisitará perícias a cargo do médico
do trabalho ou engenheiro do trabalho.
(Baseado em João Alberto Maeso Montes e Dirceu Francisco Araújo
Rodrigues)
Com relação à ortografia, ocorre(m) no texto
a) nenhum erro
b) dois erros
c) quatro erros
f) três erros
g) um erro
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atividade lícita é inconstitucional, porque contraria o
disposto nos artigos 5o, inciso XIII, e 170, parágrafo único,
do estatuto maior do país.
O Supremo Tribunal Federal sumulou sua jurisprudência no
sentido de serem inconstitucionais as sanções políticas. A
Súmula 70 diz que é inadimissível a interdição de
estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de
tributo. Diz a Súmula 323 que é inaceitável a apreensão de
mercadorias como meio coercitivo para pagamento de
tributo, e a 547, estabelece que não é lícito à autoridade
proibir que o contribuinte em débito adquira estampílias,
despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas
atividades profissionais.
Não obstante inconstitucionais, as sanções políticas, que no
Brasil remontam aos tempos da ditadura de Vargas, vêm-se
tornando, a cada dia, mais numerosas e arbitrárias,
consubstanciando as mais diversas formas de restrições a
direitos do contribuinte, como forma oblíqua de obrigá-lo ao
pagamento de tributos ou, às vezes, como forma de
retaliação contra o contribuinte que vai a juízo pedir
proteção contra cobranças ilegais.
(Baseado em Hugo de Brito Machado, Direito e Justiça, CB,
27/04/1998)
Em relação à ortografia, ocorre(m) no texto
a) um erro
b) dois erros
c) nenhum erro
d) três erros
e) quatro erros
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b) Agradeceu também aos professores e estudantes que
sempre perfilharam ao lado da direção na busca de um
ensino de melhor qualidade.
c) Renovou seu idealismo de puguinar para a escola alçar-
se à categoria de escola-padrão do município.
d) Enfatizou serem as escolas, ocupem-se elas do grau de
ensino que for, o lugar em que se vai construindo o
cidadão consciente e crítico.
e) Reinterou sua convicção no atingimento das metas a
que se propôs como fundador e primeiro diretor da
escola.
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questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o
autoctonismo do homem americano.
d) Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia
enumerar grandes nomes pertencentes ao “sistema” de que
falei há pouco. / Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa
literatura podia enumerar grandes nomes pertencentes ao
“sistema” de que faz pouco falei.
e) No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um
“sistema” interessantíssimo, que a cerca de trezentos anos
desenvolve-se. / No Brasil, a nacionalidade e a literatura
formaram um “sistema” interessantíssimo, que há cerca de
trezentos anos se desenvolve.
(Baseado em Roquette Pinto)
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d) em cerca de / em quanto / se multiplicava / dobrou /
ampliavam
e) de cerca de / por quanto / multiplicavam / dobravam-se /
ampliava
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nos últimos três anos -, talvez vale a pena perguntar como,
de um ponto de vista agregado, deixando por um momento
de lado as complexidades do federalismo fiscal, poderiam
ser os R$ 131 bilhões arrecadados de forma mais racional.
(Adaptado de Rogério L. F. Werneck , O Estado de S. Paulo,
27/10/2000)
SUBSTITUIR POR
a) Digladiar degladiar
b) Sobre a cerca da forma
c) Entre dentre
d) Vale valha
e) poderiam ser poderia ser
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transitivas. / No gênero das leis federativas, podem-se
discernir duas espécies bem visíveis: leis federais
intransitivas e transitivas.
d) As leis nacionais podem ser de ordem pública ou de
ordem privada, guardando preponderante interesse público
ou administrativo, ou social, ou privado. / As leis nacionais
podem ser de ordem pública ou de ordem privada, e
guardam preponderante interesse público ou administrativo,
ou social, ou privado.
e) Algumas leis eminentemente federativas, como o
Código Tributário Nacional, autoproclamam-se ‘nacionais’. /
Algumas leis eminentemente federativas, como o Código
Tributário Nacional, se autoproclamam ‘nacionais’.
(Baseado em Sérgio Resende de Barros)
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b) nenhum erro de ortografia
c) dois erros de ortografia
d) um erro de ortografia
e) quatro erros de ortografia
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13 - (TTN 1997) Assinale o item gramaticalmente correto.
d) O relatório conclue que não é preciso haver um Estado
reduzido no mínimo, mas um Estado que funciona.
e) Política, história, instituições e leis, todos esses fatores
vão determinar o bom ou mal funcionamento da economia, e
não existe estratégia de desenvolvimento que seja adequada
a todos os casos.
(Folha de S. Paulo - 13.7.97, com adaptações)
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barreiras entre tempo e espaço. O tempo adquire caráter
espacial, e o espaço, caráter temporal. No filme, o olhar da
câmara e do espectador(4) passa, com toda a liberdade, do
presente para o passado e, desse, para o futuro. Não há
continuidade ininterrupta(5).
(Adaptado de Frei Betto)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
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construir e tempo para destruir; tempo para amar e tempo
para odiar; tempo para fazer a guerra e tempo para
estabelecer a paz. O tempo é agora. E nele se sobrepõem(5)
construção e destruição, amor e ódio, guerra e paz.
(Adaptado de Frei Betto)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
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e) Outro ponto lembrado na norma refere-se a
interferências em equipamentos aeronáuticos causadas por
ímãs e equipamentos eletrônicos, como celulares.
(Correio Braziliense - 15.7.97, com adaptações)
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do Ministério da Justiça pelo Comitê Nacional para a
participação brasileira na III Conferência Mundial das Nações
Unidas contra o Racismo, --------------------- Racial,
Xenofobia e Intolerância Correlata.
Descriminação
b) No documento oficial está a seguinte proposta: “adição de
cotas ou outras medidas afirmativas que promovam ---------
-------------------------------------- universidades públicas.”
o ascenso de negros às
c) O próprio presidente do Supremo Tribunal Federal
defende a ação afirmativa, que considera constitucional:
“Precisamos deixar de lado a postura ---------------------- e
partir para atos concretos.”
contemplativa
d) “O único modo de se ---------------------- desigualdades é
colocar a lei a favor daquele que é tratado de modo
desigual.”
corrigirem
e) Em vários setores do Governo Federal, medidas de ação
afirmativa já foram ou -------------------- implantadas.
têm sido
(Baseado em UnB Revista, n° 6)
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AULA 1: VERBO
Olá a todos.
CONJUGAÇÃO VERBAL
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a) A sensação de que o século XX ainda não acabou dificilmente
pôde perdurar até a ocorrência de um cataclisma como foi a
guerra de 14, mesmo porque há um sentimento catastrófico na
vida desta virada de tempo. O excesso de tecnologia corre no
rumo da desesperação.
b) O homem, cada vez mais angustiado, tenta encontrar
refrigério nas miragens do lazer, fazendo do turismo um campo
formidável de negócios. A tragédia ecológica aponta para a
escassez de água como primeiro item na lista das penúrias a
que poderá submeter-se o cidadão do futuro.
c) A prevalescência do alusivo na dinâmica dos tempos atuais
refere a força da realidade virtual, a que todos se entregam na
certeza de sua primazia.
d) O fato do patrimônio gerar empregos e receitas por meio do
turismo não abule o paradoxo de que nativos e visitantes se
distanciam do fenômeno cultural tanto quanto pessoas que,
longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranças
destituídas de familiaridade.
e) As cidades perdem em qualidade estética porque não há, na
descaracterização avassaladora dos espaços urbanos, fontes
capazes de saciar prazeres que há muito deixaram de sê-lo, na
acaxapante rotina que uniformiza os cenários e robotiza o
cidadão.
(Ângelo Oswaldo, “A herança do futuro”, com adaptações)
GABARITO: B
Comentário.
Os erros das demais opções são:
Opção a) A palavra certa é cataclismo (aliás, essa palavrinha
já foi objeto de prova, no concurso de TTN 1997 – questão 15);
Opção c) não existe o vocábulo “prevalescência”, mas
prevalência (ato de prevalecer, cuja grafia, por si só, já
poderia ajudar na identificação do erro) e houve um erro de
sintaxe de regência do verbo referir;
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Opção e) a palavra correta é acaçapante ou acachapante
(significa esmagador).
O mais importante nessa questão é o erro do item d) que
envolve conjugação verbal.
Para ajudar a resolver questões de conjugação verbal, usamos a
técnica do paradigma. Como é isso? Na dúvida com relação à
conjugação de determinado verbo regular (geralmente o
examinador busca um verbo pouco utilizado no seu dia-a-dia),
basta observar a conjugação dos paradigmas clássicos (FALAR
– 1ª conjugação, BEBER – 2ª conjugação, PARTIR – 3ª
conjugação).
Extraia o radical, que é o que sobra do verbo após retirar a
terminação “ar”, “er” ou “ir” do infinitivo (exemplo: FAL(AR) =
radical FAL-), e empregue as desinências, que são idênticas nos
demais verbos regulares de mesma conjugação:
Por exemplo:
CONSUMAR (verbo regular de 1ª conjug.):
Presente do Indicativo: Eu consum.... (???)
Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???)
CONSUMIR (verbo regular de 3ª conjug.):
Presente do Indicativo: Eu consum.... (???)
Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???)
E aí, como você preencheu? Vamos buscar a desinência dos
verbos “paradigmas”.
Infinitivo Pres.Indicativo Pres.Subjuntivo
Falar Eu falo (que) eu fale
Consumar Eu consumo (que) eu consume
Partir Eu parto (que) eu parta
Consumir Eu consumo (igual) (que) eu consuma
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Se o verbo for irregular, ou seja, apresenta alteração no radical
em determinadas conjugações, procure outro verbo, também
irregular, de mesma construção.
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equivalentes e gramaticalmente adequados ao padrão culto da
língua escrita.
Itens INCORRETOS.
Comentário.
Como abordam o mesmo verbo, terão o mesmo comentário.
Não existe a forma verbal sugerida (“intermedia”).
Os verbos terminados em –IAR são regulares, ou seja, seguem
a conjugação do paradigma ‘falar’. Exemplos:
ADIAR (radical é adi) – Pres.Indicativo: adio, adias, adia,
adiamos, adiais, adiam
VARIAR (radical é vari) - Pres.Indicativo: vario, varias,
varia...
Dessa mesma forma, conjugam-se os verbos ARRIAR,
MAQUIAR, VICIAR.
Por isso, nada de “VAREIA”, senão “VICEIA”!!! Como vimos,
esses verbos são REGULARES.
Mas, então, por que será que tanta gente se engana? Porque
ocorre uma “contaminação” com os verbos terminados em
“EAR”.
Há cinco verbos terminados em -IAR que recebem a letra ‘e’
nas formas rizotônicas (Pres.Indicativo e Pres.Subjuntivo). Suas
iniciais formam o anagrama M-A-R-I-O:
Mediar (e derivados), Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar
Pres.Indicativo: intermedeio, intermedeia, intermedeia,
intermediamos, intermediais, intermedeiam
Para facilitar, lembre-se da conjugação do verbo ODIAR, o mais
comum deles.
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d) A interação entre as políticas estruturais e macroeconômicas
constitue elemento de grande força explicativa para a trajetória
da economia brasileira na última década.
Item INCORRETO
Comentário.
Há erro de conjugação verbal. Os verbos, como o constituir,
terminados pelo hiato –UIR, exceto no caso dos defectivos
(verbos que não apresentam todas as formas de conjugação,
como ruir), apresentam duas formas de conjugação:
1ª) O paradigma será POSSUIR (o radical é possu) – De
acordo com esta regra, classificam-se praticamente todos os
verbos com essa terminação. Nas 2ª e 3ª do singular trocam a
letra ‘e’ da conjugação regular (como em ‘partir’) pela letra ‘i’.
Mantém as demais conjugações inalteradas em relação à
conjugação do verbo ‘partir’: possuo, possuis, possui,
possuímos, possuís, possuem.
Dessa forma, conjugam verbos como OBSTRUIR, AFLUIR,
INFLUIR, ANUIR, ARGUIR (respeitada a acentuação),
CONCLUIR, DISTRIBUIR, INCLUIR
2ª) CONSTRUIR (o radical é constru) e DESTRUIR (o radical
é destru)– São verbos abundantes. Além da forma regular de
conjugação (igual à do verbo POSSUIR: construo, construis,
construi, construímos, construís, construem), mais comum
em Portugal, apresenta também a conjugação irregular, em que
as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo
formam o ditongo aberto “ói": construo, constróis, constrói,
construimos, construís, constroem, da mesma forma que os
verbos terminados em –OER.
Assim, vimos que os verbos terminados em –uir recebem, na 3ª
pessoa do singular, a letra “i” – constitui, e não o “e” como
apresentado na questão.
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1. VERBOS TERMINADOS EM HIATO:
–OER: As 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo
formam o ditongo aberto ‘ói’. As demais pessoas, em todos os
outros tempos verbais seguem o paradigma ‘beber’, respeitadas
as devidas acentuações tônicas.
Na hora de escolher um exemplo, lembrem que DOER e SOER
(costumar, ter hábito de) são defectivos e só se conjugam nas
terceiras pessoas.
Exemplos: MOER (o radical é mo) - môo, móis, mói, moemos,
moeis, moem
–EAR: recebem a letra ‘i’ nas formas rizotônicas (sílaba tônica
no radical). Nas demais, segue o paradigma ‘falar’. Exemplo:
pentear (radical pente).
A sílaba tônica foi sublinhada.
Pres.Indicativo - penteio, penteia, penteia, penteamos,
penteais, penteiam
Pres.Subjuntivo – penteie, penteies, penteie, penteemos,
penteeis, penteiem
Pret.Perfeito: penteei, penteaste, penteou, penteamos,
penteastes, pentearam
2. VERBOS “DERIVADOS” DE ÁGUA – DESAGUAR, ENXAGUAR
- mantém a acentuação de água na conjugação.
Pres.Indicativo: deságuo, deságuas, deságuas, desaguamos,
desaguais, deságuam
Pres.Subjuntivo: deságüe, deságües, deságüe, desagüemos,
desagüeis, deságüem
3. AVERIGUAR, APAZIGUAR, APANIGUAR - Não seguem a
regra dos “derivados” de água. Têm a acentuação tônica nas
formas rizotônicas (no radical).
O radical de averiguar é [averigu-] e segue o paradigma “falar”,
ressalvada a acentuação gráfica (especialmente no
Pres.Subjuntivo).
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Pres.Indicativo: averiguo, averiguas, averigua, averiguamos,
averiguais, averiguam
Pres.Subjuntivo: averigúe, averigúes, averigúe, averigüemos,
averigüeis, averigúem
(Quando o u é pronunciado sem intensidade, leva trema; com
intensidade, leva acento agudo)
5 - (Auditor do Trabalho/2003) No texto abaixo, assinale o
trecho transcrito de forma gramaticalmente correta.
d) A interação entre as políticas estruturais e macroeconômicas
constitue elemento de grande força explicativa para a trajetória
da economia brasileira na última década.
Item INCORRETO.
Comentário.
Perceba como as questões (e os erros) se repetem. Por isso é
tão importante praticar com provas anteriores da ESAF.
Como já vimos, a forma verbal correta é constitui.
6 - (AFRF/2002-2)
A reforma tributária não pode ser realizada, na verdade, para
livrar o orçamento da sangria dos juros exorbitantes, embora
enfeitada com os argumentos apelativos, tanto da simplificação
fiscal para todo o empresariado quanto do milagre fiscal da
multiplicação dos empregos para os mais despossuídos.
Trata-se do contrário. Os de baixo vão, de fato, pagar mais e
não há garantia nenhuma da boa teoria econômica de que o
emprego possa crescer sem o planejamento de um projeto
nacional digno do nome, que defina e articule todas as
potencialidades existentes para tanto.
(Fátima Gondim Farias, “Reforma Tributária”, em Tributação
em revista, abril/junho de1999, com adaptações)
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b) Se, no mesmo contexto sintático de “defina e articule”(l.9)
estivessem os verbos argüir e averiguar, a expressão correta
(deixando-se de lado os ajustes de sentido) seria “argua e
averigúe”.
Item CORRETO.
Comentário.
A estrutura oracional proposta apresenta os verbos no presente
do subjuntivo.
Os verbos argüir e averiguar são regulares e se conjugam
como os paradigmas partir e falar, respectivamente.
Vamos, então, relembrar como seria:
1 – extraia o radical – argu / averigu
2 - inclua a desinência correspondente ao tempo, modo, pessoa
e número – 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo.
DICA: busque essa desinência nos verbos paradigmas - parta
(part + a) e fale (fal + e). Então, seria argu + a = argua e
averigu + e = averigúe.
Neste último verbo, como ocorreria um dígrafo (gue),
considerando o fato de que a letra u deve ser pronunciada com
tonicidade (fortemente), devemos colocar o acento agudo nela.
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exercido sobre as instituições de Bretton Woods – FMI, Banco
Mundial e Gatt – que determinavam o padrão de
comportamento esperado de economias colocadas em situação
de _____________ no quadro de uma mesma ordem liberal-
capitalista.
(Baseado em Paulo Roberto de Almeida)
a) detêem, proeminência, singular, desenvolvia, equipamentos,
interdependência
b) detiveram, preeminência, singular, empreendiam, aparelhos,
interdependência
c) deteriam, relevância, relevante, empreendia, aparelhos,
interdependência
d) detêm, proeminência, especial, empreendia, acervos,
independência
e) detêem, liderança, isolada, desenvolvia, equipamentos,
independência
Gabarito: B
Comentário.
Para acertar essa questão, bastaria preencher corretamente a
primeira lacuna.
Perceba que as demais formas verbais estão conjugadas em
tempos pretéritos (“A primeira era assegurada...”; “...que
determinavam...”) e se reportam a fatos já ocorridos. Assim, o
verbo deter somente poderia estar conjugado no passado. A
única opção válida é a de letra b - detiveram.
As opções a e e foram descartadas por apresentarem uma
conjugação incorreta do verbo deter, que, por ser derivado do
verbo ter, conserva a mesma grafia da forma plural (detêm).
A opção c apresenta um verbo no futuro do pretérito, que, como
veremos a seguir, situa a ação no campo da hipótese, da
condição, do fato não real, o que contraria o contexto.
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8 - (AFRF 2002-2) Assinale a opção em que o trecho apresenta-
se coeso, coerente e gramaticalmente correto.
b) Pelo princípio da igualdade material o Estado tem obrigação
de intervim e retificar a ordem social, a fim de remover as mais
profundas e perturbadoras injustiças sociais.
Item INCORRETO.
Comentário.
Na passagem “o Estado tem obrigação de ...”, o verbo que irá
completar esse raciocínio deve estar no infinitivo impessoal, por
exercer a função de complemento nominal. Não é possível,
neste caso, qualquer conjugação por não existir sujeito da forma
verbal.
O verbo intervir é derivado do verbo vir e acompanha sua
conjugação. A forma grafada foi intervim, que é a conjugação de
primeira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo
(Eu vim ontem aqui / Eu intervim na conversa dos rapazes).
Como o verbo deve ficar no infinitivo, corrigindo-o, ficaria: “o
Estado tem obrigação de intervir”.
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fundamental para a própria segurança e estabilidade das
relações entre os agentes econômicos.
(www.bcb.gov.br)
Assinale a opção correta.
b) O emprego do modo indicativo em “corresponde”(l.5) deve
ser substituído pelo subjuntivo “corresponda” para que o texto
respeite a norma culta.
Item INCORRETO.
Comentário.
A classificação dos verbos nos modos verbais depende da
relação que o falante tem com aquilo que enuncia – se constata
um fato (indicativo); se apresenta uma hipótese, uma suposição
(subjuntivo); se faz um pedido (imperativo).
Em outras palavras, depende do modo com que enuncia a ação
verbal. São três modos verbais:
INDICATIVO - como sugere o nome, indica um fato
real, que pode pertencer ao presente, ao passado ou ao futuro.
SUBJUNTIVO - enuncia um fato hipotético, duvidoso,
provável ou possível.
IMPERATIVO - expressa idéias de ordem, pedido,
desejo, convite.
Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da
realidade, da certeza, o SUBJUNTIVO coloca o fato no plano
do que é provável, hipotético, possível, sem a certeza
apresentada pelo modo indicativo. O modo SUBJUNTIVO
também é bastante usado com determinadas conjunções
(embora, caso, que etc.)
Perceba a diferença entre as duas orações abaixo.
Ele procura um remédio que acaba com a dor de cabeça.
Ele procura um remédio que acabe com a dor de cabeça.
Na primeira, o sujeito já sabe qual é o medicamento que produz
resultado. Vai à farmácia e pede ao balconista, porque sabe o
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resultado que obterá. O fato situa-se no plano da CERTEZA –
modo INDICATIVO.
Na segunda, o sujeito não tem certeza de qual medicamento
poderia surtir efeito. Vai ao balcão da farmácia, pede ao
farmacêutico uma indicação, mas não tem certeza se irá surtir o
efeito esperado. Por isso, está no plano da possibilidade – modo
SUBJUNTIVO.
Essa assertiva foi considerada errada porque os verbos, no
modo subjuntivo, enunciam situações no campo da hipótese,
suposição, possibilidade ou probabilidade. Não é o que se
verifica. Trata-se de texto enunciativo, que relata fatos e
situações reais. As formas verbais “são” (l.1), “relacionam-se”
(l.3) e “é” (l.9) corroboram essa afirmação.
10 - (TRF 2002)
Quem não declarou no ano passado está classificado pela
Receita como “pendente”. Embora não tenha o CPF cancelado
agora, sua situação será considerada irregular perante a
Receita. O cancelamento do documento pode significar muitos
problemas, pois o CPF passou a ser mais solicitado do que a
carteira de identidade. Sem ele, é impossível abrir uma conta
bancária, comprar a prazo, prestar concurso público. Caso
ganhe em uma loteria, também será impedido de retirar o
prêmio.
(Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptações)
Assinale a opção correta a respeito das estruturas lingüísticas
do texto.
d) O emprego das duas formas verbais no subjuntivo,
“tenha”(l.3) e “ganhe”(l.11) justifica-se por exigência da
estrutura sintática em que ocorrem.
Item CORRETO.
Comentário.
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De acordo com a lição que vimos no comentário anterior, o
modo subjuntivo é empregado em hipóteses (“Caso ganhe em
uma loteria...”) ou em construções com algumas conjunções
(“Embora não tenha o CPF cancelado agora...”). Essa é a tal da
“exigência da estrutura sintática em que ocorrem” enunciada no
item d.
Item INCORRETO.
Comentário.
Questão capciosa essa, que pode ter levado muitos candidatos a
erro.
“Torcíamos” é verbo conjugado na 1ª pessoa do plural (nós), no
tempo Pretérito Imperfeito do modo indicativo.
“Torcemos” está conjugado na 1ª pessoa do plural (nós), no
tempo Presente do modo indicativo.
Houve somente variação no tempo verbal, conservando-se a
pessoa (1ª p.p.) e o modo (indicativo), e não somente a pessoa,
como asseverado.
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ou um dado (Todos os anos, muitas crianças morrem de
desnutrição no Brasil.)
PRETÉRITO PERFEITO – fato ocorrido e perfeitamente
concluído antes do momento em que se fala (Todos
souberam do assassinato de Celso Daniel.)
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO – denota
continuidade do ato, com início no passado (Eu tenho
cometido muitos erros na escolha dos meus namorados.)
PRETÉRITO IMPERFEITO – fato realizado e não
concluído (Ele buscava a perfeição antes de morrer.) ou
que apresenta uma certa duração (Ele andava pela rua
quando foi abordado pelos ladrões.)
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO – fato realizado antes
de outro fato também no passado (Antes de sua morte,
ele pedira o perdão aos filhos.)
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO – forma
mais comum de expressar o fato realizado antes de
outro fato também no passado (Antes de sua morte,
ele tinha pedido perdão aos filhos.)
FUTURO DO PRESENTE – fato posterior certo de
ocorrer no futuro (Doarei todo o material de estudo após
a minha aprovação.)
FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO – denota futura
ocorrência de um fato que se iniciou no presente (Até
o próximo ano, terei acumulado quase um milhão de reais
em dívidas.)
FUTURO DO PRETÉRITO – 1) fato posterior a um fato
passado (Você me garantiu [FATO PASSADO] que o
nosso amor não morreria [FATO FUTURO EM RELAÇÃO AO
FATO PASSADO].); ou 2) fato não chegou a se realizar
(Eu iria à sua casa, mas tive um problema.); 3) também
pode denotar incerteza (“Acharam um corpo que seria
do chefe do tráfico.”), hipótese relacionada a uma
condição (“Se você tivesse comprado o carro
[CONDIÇÃO], não teria perdido o dinheiro no jogo
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[HIPÓTESE].”) ou polidez (“Você poderia me passar o
sal?”).
FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO – o mesmo que o
Futuro do Pretérito com relação aos dois primeiros
aspectos.
GABARITO: D
Comentário.
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O texto, em sua primeira parte, apresenta situações
condicionais e, para isso, usa o futuro do pretérito (“Uma vez
formados [condição], seriam automaticamente chamados de
‘doutor’ e teriam um salário de classe média [conseqüência
hipotética]”). Na segunda parte, utiliza o presente do indicativo
para retratar fatos reais (“...essa fórmula não funciona mais.”).
Na questão, sugere trocas que devem atender a dois preceitos:
manter a correção gramatical e respeitar as relações temporais
do texto. É nesse segundo aspecto que apresenta erro quando
sugere a troca de “pretende” – presente – por “pretendia” –
passado (pretérito imperfeito).
Item CORRETO.
Comentário.
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Mais uma vez, o que se exige é unicamente a correção
gramatical. Não se exige manutenção dos aspectos semânticos.
Troca-se uma oração condicional (se extrapolarem) por uma
temporal (quando extrapola) e, com isso, muda-se o tempo
verbal, de presente do subjuntivo para presente do indicativo.
Sob a ótica gramatical, a troca é perfeitamente válida.
Item CORRETO.
Comentário.
O verbo no presente do indicativo pode ter a função de
apresentar um conceito, uma definição, e também enunciar um
fato que ocorre no momento em que se fala ou que é comum de
acontecer.
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nobreza das causas abraçadas. Basta ter acesso ao consumo
que propicia excelente conforto: o apartamento de luxo, a casa
na praia ou na montanha, o carro novo, o kit eletrônico de
comunicações (telefone celular, computador etc.), as viagens de
lazer. Uma ilha de prosperidade e paz imune às tribulações
circundantes de um mundo movido a violência. O Céu na Terra
– prometem a publicidade, o turismo, o novo equipamento
eletrônico, o banco, o cartão de crédito etc.
(Frei Betto)
Em relação às estruturas e às idéias do texto, assinale a opção
correta.
a) O emprego do futuro do pretérito em “resultaria”(l.1) indica
que o fenômeno a que essa forma verbal se refere está
impedido de ocorrer.
Item INCORRETO.
Comentário.
O verbo no FUTURO DO PRETÉRITO coloca a estrutura no campo
da hipótese, sem garantir que o fenômeno esteja impedido de
ocorrer ou não.
16 - (CVM 2000)
Chegamos a um ponto muito próximo da comunidade econômica
eficaz, com seus desdobramentos sobre o quotidiano coletivo, e
é possível que não nos encontremos longe de outros ideais
comunitários que as constituições preconizam, e que têm tão
longa história: a integração política, cultural e social. Se isso
não fosse possível ao longo de tanto tempo passado desde as
projeções bolivarianas, se nessa espera atravessamos um século
e já outro bate à nossa porta, há pelo menos uma convicção
generalizada no sentido de que os passos até agora dados são
seguros, não havendo mais risco de retrocesso. E não há dúvida
de que o êxito em empreendimentos econômicos comuns tem
como pressuposto o cenário político que o continente hoje
apresenta.
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(Francisco Resek)
Em relação aos elementos constituintes do texto acima, assinale
a opção incorreta.
a) O verbo encontrar(l.2) está no subjuntivo por exigência da
estrutura anterior “é possível que”(l.4), que confere ao período
a idéia de probabilidade e não de certeza.
Item CORRETO.
Comentário.
Essa assertiva define bem uma das funções do modo
subjuntivo: situar o fato no campo da probabilidade.
Item CORRETO.
O verbo emergir é defectivo, pela razão exposta no item ‘b’,
gabarito da questão.
Os verbos defectivos apresentam DEFEITO em alguma
conjugação, ou seja, em algum tempo/modo, o verbo não
apresenta conjugação completa.
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Sempre que se falar em defeito verbal, estamos nos referindo à
conjugação do PRESENTE DO INDICATIVO e aos tempos dele
derivados (Presente do Subjuntivo e Imperativo). O “defeito”
existe apenas no presente, não existe no passado nem no
futuro. Assim, mesmo defectivo, o verbo poderá ser conjugado
inteiramente nos outros tempos e modos verbais, como, por
exemplo, no Pretérito do Perfeito do Indicativo, no Pretérito
Imperfeito do Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo etc.
Há dois tipos de defeitos:
1º) não possui a 1ª pessoa do singular, apenas. (explodir,
abolir, colorir, delinqüir);
2º) só apresentam as conjugações da 1ª e 2ª pessoas do plural
(adequar, reaver).
Alguns autores definem como defectivos, também, os verbos
que, de acordo com o seu emprego, só podem ser conjugados
nas terceiras pessoas, como URGIR (ter urgência), DOER
(alguma coisa dói) e os unipessoais, que representam vozes de
animais ou fenômenos da natureza, quando utilizados no sentido
original (sentido denotativo, com “d” de “dicionário”; seu
oposto é o sentido conotativo, também chamado de figurado,
quando a palavra é usada em um significado diferente do
original).
18 – (Assistente de Chancelaria/2002)
Segundo o noticiário, o Pentágono passou a propugnar o uso de
minibombas atômicas. Ou seja, armas nucleares para estourar
depósitos subterrâneos onde estariam escondidas armas
(nucleares, químicas, bacteriológicas) de destruição maciça. A
hipótese de banalização das armas atômicas, inscrita na
proposta do Pentágono, liquidaria os tratados internacionais de
nãoproliferação nuclear e jogaria o Brasil no meio da tormenta,
relançando a corrida nuclear.
(Luiz Felipe de Alencastro, Veja, 10/04/2002, com adaptações)
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a) O emprego da perífrase verbal “passou a propugnar”(l.1 e 2)
constitui um recurso para evitar o uso do presente do indicativo
de um verbo defectivo: propugnar.
b) A opção pelo emprego do futuro do pretérito em
“estariam”(l.4), indica uma certa resistência do autor para
acreditar na veracidade da informação a respeito das armas
escondidas.
c) A forma de particípio “inscrita”(l.8) confunde-se com o
adjetivo porque exprime mais um estado do que uma relação
temporal.
d) O emprego do futuro do pretérito em “liquidaria”(l.9) e
“jogaria”(l.10) reforça a idéia de “hipótese”(l.7).
e) Para manter a coerência no emprego dos tempos verbais, a
substituição do gerúndio “relançando”(l.11) por uma forma não-
nominal deve ser: e relançaria.
Gabarito: A
Comentário.
O erro do item ‘a’ está em se afirmar que o verbo propugnar é
defectivo. Assim como impugnar ou pugnar, o verbo propugnar
conjuga-se em todos os tempos e modos. Para não errar, o
candidato deveria se basear na regra do paradigma, tratada na
questão 1.
“Perífrase” é um recurso que exprime algo que poderia ser
expresso em um menor número de palavras (em vez de se
mencionar “Castro Alves”, usa-se “o poeta dos escravos”). A
expressão “perífrase verbal” significa uma forma verbal com
mais de um verbo (equivale a locução verbal).
As opções ‘b’ e ‘d’ exploram o conceito do tempo verbal futuro
do pretérito – incerteza, hipótese.
Já os itens ‘c’ e ‘e’ tratam das FORMAS NOMINAIS particípio e
gerúndio.
Denominam-se formas nominais as palavras, de origem
verbal, que também podem ser empregadas nas funções
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próprias de adjetivos, substantivos ou advérbios. São elas:
PARTICÍPIO, GERÚNDIO E INFINITIVO.
PARTICÍPIO:
Ele havia lavado o chão da casa antes do temporal. (verbo)
O uniforme lavado ficou todo sujo após o vendaval. (adjetivo)
Dou essa discussão por encerrada.(adjetivo)
Encerradas as discussões, iniciou-se a votação.
(advérbio de tempo – “Quando se encerraram...”)
GERÚNDIO:
O presidente fica persistindo na argumentação de que nada
sabia sobre o valerioduto. (verbo)
Persistindo os sintomas, o médico deverá ser consultado..
(advérbio de condição = “Caso persistam os sintomas...”)
INFINITIVO:
Ele precisa pôr os nomes nos livros. (verbo)
O pôr-do-sol é lindo nessa época do ano. (substantivo)
Causa-me agonia o seu ranger de dentes. (substantivo)
Precisamos colocar óleo na porta que está a ranger.(verbo)
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produz. Será possível crescer nesse novo ambiente de
instabilidade?
0 erro é não ver que o velho e o novo continuarão convivendo
por gerações, até que se estabeleçam, provavelmente na
segunda metade do século XXI, padrões inteiramente novos de
comportamento empresarial e individual.
Nesse contexto é que se deve localizar o desafio do crescimento
do Brasil. Um contexto que não envolve apenas números
redondos sobre o crescimento industrial, a taxa de desemprego
ou o barulho provocado pela má distribuição das propriedades
no campo.
(Jornal do Brasil, 10/09/2000)
e) A forma verbal “continuarão”(l.10) admite a substituição por
vão continuar, sem alteração do significado.
Item CORRETO.
Comentário.
O que se propõe é trocar o verbo do Futuro do Presente
(continuarão) para uma locução verbal, cujo verbo auxiliar se
encontra no Presente do Indicativo (vão continuar).
Essa troca é válida, em função de um recurso estilístico
chamado de ENÁLAGE.
Uma das definições desse recurso é “a alteração da
concordância que consiste na mudança anti-sintática de um
modo, tempo ou gênero, em correspondência com outro”.
Trocando em miúdos: mudança do tempo, modo ou gênero com
alguma intenção estilística. Com relação aos verbos, consiste no
emprego de um tempo verbal diferente do que seria
normalmente utilizado.
Muitas vezes, a intenção é modificar o tempo para o presente.
Em textos jornalísticos, isso é muito comum. “FURACÃO
DESTRÓI CIDADES AMERICANAS”- o fato efetivamente já
ocorreu, pertence ao passado, mas o uso do presente tem a
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intenção de tornar o fato atual, imediato, como se a notícia
estivesse “fresquinha”.
“AMANHÃ EU VOU À FINAL DO CAMPEONATO.” – talvez a
intenção seja de trazer para o momento atual o fato que só se
realizará amanhã.
“EU IA À SUA CASA, MAS TIVE UM PROBLEMA.” – a forma
verbal apropriada é o Futuro do Pretérito (“Eu iria”), mas nada
impede essa substituição.
Item CORRETO.
Comentário.
Perceba que a única exigência é a correção gramatical, sem
falar nada sobre aspectos semânticos. Assim, está correta essa
proposição. Com o verbo no futuro do pretérito do indicativo
(seria), a construção ficaria no campo da possibilidade,
enquanto que o pretérito imperfeito (era) atribui um aspecto
verdadeiro, real.
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Uma profunda transformação tecnológica será promovida nos
bancos brasileiros neste primeiro semestre para que eles se
adaptem às normas determinadas pelo Banco Central (BC), que
prevêem a reestruturação do Sistema de Pagamentos Brasileiro
(SPB). O novo modelo entra em vigor no dia 1o de outubro,
quando já deve estar em funcionamento a transferência de
grandes valores com liquidação bruta em tempo real e o
monitoramento on line da conta reservas bancárias mantida no
BC, que se livrará da obrigação de cobrir os saldos negativos
deixados pelos bancos nas operações do dia-a-dia. Se, de um
lado, as cerca de 170 instituições financeiras movimentam-se
para modernizar seu aparato tecnológico, de outro as indústrias
de software travam uma batalha para conquistar uma fatia dos
investimentos que serão feitos.
(Gazeta Mercantil, 20/2/2001, com adaptações)
IV. O emprego do tempo presente em “entra em vigor” (l.6 e 7)
desrespeita as regras da conjugação verbal e da coerência
textual porque o texto pede que aí se empregue o futuro
entrará.
Item INCORRETO.
Comentário.
Não houve desrespeito algum a regras de conjugação verbal ou
de coerência textual. Mais uma vez, deslocou-se o tempo verbal
para o presente como recurso estilístico – tornar atual um fato
que pertence ao futuro.
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b) a perpétua Assentado de onde fases prestai-me
c) a vitalícia Aboletado donde conjunções presta-me
d) a perpétua Parado da qual casas preste-me
e) à vitalícia Estacionado donde conjunções prestai-me
GABARITO: C
Comentário:
Para concluir essa parte que trata de modos e tempos verbais,
vamos a uma das poucas questões da ESAF que tratam do
imperativo.
Por questões didáticas, vamos comentar somente a última
lacuna da questão, exatamente a que aborda o tópico ora
estudado.
Na hora da prova, quem começasse por essa lacuna iria resolver
a questão em um minuto.
No texto, percebe-se o uso da segunda pessoa do singular
(“tens”, “estás”, “és”). Para manter o paralelismo sintático, que
exige o mesmo tratamento no texto (2ª ou 3ª pessoa), a forma
verbal a ser usada será PRESTA, apresentada somente na
opção c.
Sobre a conjugação no imperativo, em vez de memorizar várias
regras, vamos guardar apenas a exceção.
A REGRA: Em se tratando de imperativo, emprega-se o
presente do subjuntivo.
São conjugados pelo presente do subjuntivo os verbos em todas
as pessoas (2ª do singular e do plural, 3ª do singular e do plural
e 1ª do plural) no imperativo negativo, e nas 3ª pessoas
(singular e plural) e 1ª pessoa do plural no imperativo
afirmativo. Essa é a regra.
Exemplo: “Venha para a Caixa você também” – 3ª pessoa do
singular (O comercial estava errado!!!).
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“Não nos deixeis cair em tentação” – 2ª pessoa do
plural (Ao se dirigir ao Pai, usa-se vós.)
Essa é a regra. Agora a exceção, que deve ser memorizada, por
ser em menor número.
A exceção fica por conta das segundas pessoas (tu e vós) no
imperativo afirmativo. Nessa conjugação, usa-se o presente do
indicativo, sem o “s” final.
RESUMO: No imperativo afirmativo, as 2ªs pessoas (singular e
plural) buscam a conjugação do presente do indicativo e tiram a
letra ‘s’. Todo o restante tem origem no presente do subjuntivo.
Exemplo:
1 - “Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.” - A
forma “dize” é a redução do presente do indicativo da 2ª pessoa
do singular (dizes – [s] = dize).
Detalhe: o verbo “dizer”, assim como todos que têm essa
terminação -zer, é um verbo abundante, que admite tanto “dize”
como “diz”, no imperativo.
2 – “Fazei de mim um instrumento de vossa paz.” – A forma
“fazei” é a conjugação no presente do indicativo da 2ª pessoa do
plural (vós fazeis), sem o “s”.
Aliás, esse segundo exemplo foi retirado de uma oração – a
Oração de São Francisco de Assis, que não é tão conhecida
quanto o “Pai Nosso”. No “Pai Nosso”, temos vários exemplos do
uso do imperativo, tanto afirmativo quanto negativo.
Dá-se a Deus a respeitosa forma de tratamento "vós", que,
como já vimos, é da segunda pessoa do plural. Em "Perdoai as
nossas ofensas", as pessoas que rezam dirigem-se ao Criador e
pedem a Ele que lhes perdoe as ofensas praticadas.
É para isso que também serve o imperativo. Além de ordem,
essa forma verbal pode expressar também súplica, desejo
ardente, que é como são feitos esses pedidos.
Na prece, “perdoai" e "livrai" ("perdoai as nossas
ofensas"/"livrai-nos do mal") estão no imperativo afirmativo,
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enquanto que "deixeis" ("não nos deixeis cair em tentação")
está no imperativo negativo.
"Perdoai" e "livrai" obedecem a um esquema que já vimos.
Como são conjugações de 2ª pessoa do plural, essas formas
vêm do presente do indicativo, sem o "s" final. Fazem parte da
EXCEÇÃO.
E "Não nos deixeis cair em tentação"? É da conjugação do
imperativo negativo e recai na REGRA GERAL, ou seja, se forma
a partir do presente do subjuntivo (que eu deixe, que tu deixes,
que ele deixe, que nós deixemos, que vós deixeis, que eles
deixem).
Na hora da dúvida, mesmo que você não seja católico, comece a
rezar o Pai Nosso e veja como se conjugam as formas verbais
no Imperativo. Mas, para dar certo, você deve aprender a rezar
direito!!!!
Na próxima aula, continuaremos a estudar pontos gramaticais
relativos a verbo.
Bons estudos e até lá.
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c) A prevalescência do alusivo na dinâmica dos tempos atuais
refere a força da realidade virtual, a que todos se entregam na
certeza de sua primazia.
d) O fato do patrimônio gerar empregos e receitas por meio do
turismo não abule o paradoxo de que nativos e visitantes se
distanciam do fenômeno cultural tanto quanto pessoas que,
longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranças
destituídas de familiaridade.
e) As cidades perdem em qualidade estética porque não há, na
descaracterização avassaladora dos espaços urbanos, fontes
capazes de saciar prazeres que há muito deixaram de sê-lo, na
acaxapante rotina que uniformiza os cenários e robotiza o
cidadão.
(Ângelo Oswaldo, “A herança do futuro”, com adaptações)
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6 - (AFRF/2002-2)
A reforma tributária não pode ser realizada, na verdade, para
livrar o orçamento da sangria dos juros exorbitantes, embora
enfeitada com os argumentos apelativos, tanto da simplificação
fiscal para todo o empresariado quanto do milagre fiscal da
multiplicação dos empregos para os mais despossuídos.
Trata-se do contrário. Os de baixo vão, de fato, pagar mais e
não há garantia nenhuma da boa teoria econômica de que o
emprego possa crescer sem o planejamento de um projeto
nacional digno do nome, que defina e articule todas as
potencialidades existentes para tanto.
(Fátima Gondim Farias, “Reforma Tributária”, em Tributação
em revista, abril/junho de1999, com adaptações)
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pela sua _____________ força econômica, comercial e
tecnológica em face dos parceiros capitalistas tradicionais –
Europa Ocidental e Japão – que ________________ a
reconstrução de seus _________________ econômicos
destruídos pela guerra, mas também pelo relativo controle
exercido sobre as instituições de Bretton Woods – FMI, Banco
Mundial e Gatt – que determinavam o padrão de
comportamento esperado de economias colocadas em situação
de _____________ no quadro de uma mesma ordem liberal-
capitalista.
(Baseado em Paulo Roberto de Almeida)
a) detêem, proeminência, singular, desenvolvia, equipamentos,
interdependência
b) detiveram, preeminência, singular, empreendiam, aparelhos,
interdependência
c) deteriam, relevância, relevante, empreendia, aparelhos,
interdependência
d) detêm, proeminência, especial, empreendia, acervos,
independência
e) detêem, liderança, isolada, desenvolvia, equipamentos,
independência
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menos, uma operação de natureza monetária realizada junto a
um intermediário financeiro, em regra um banco comercial, que
recebe um depósito, paga um cheque, desconta um título ou
antecipa a realização de um crédito futuro. A estabilidade do
sistema que intermedeia as operações monetárias, portanto, é
fundamental para a própria segurança e estabilidade das
relações entre os agentes econômicos.
(www.bcb.gov.br)
Assinale a opção correta.
b) O emprego do modo indicativo em “corresponde”(l.5) deve
ser substituído pelo subjuntivo “corresponda” para que o texto
respeite a norma culta.
10 - (TRF 2002)
Quem não declarou no ano passado está classificado pela
Receita como “pendente”. Embora não tenha o CPF cancelado
agora, sua situação será considerada irregular perante a
Receita. O cancelamento do documento pode significar muitos
problemas, pois o CPF passou a ser mais solicitado do que a
carteira de identidade. Sem ele, é impossível abrir uma conta
bancária, comprar a prazo, prestar concurso público. Caso
ganhe em uma loteria, também será impedido de retirar o
prêmio.
(Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptações)
Assinale a opção correta a respeito das estruturas lingüísticas
do texto.
d) O emprego das duas formas verbais no subjuntivo,
“tenha”(l.3) e “ganhe”(l.11) justifica-se por exigência da
estrutura sintática em que ocorrem.
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extrapolarem os limites deste. A manifestação ofensiva a
respeito de outrem confunde os dois elementos no plano
individual.
(Walter Ceneviva, Moralidade como Fato Jurídico, com adaptações)
Assinale a opção incorreta a respeito das estruturas lingüísticas
do texto.
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circundantes de um mundo movido a violência. O Céu na Terra
– prometem a publicidade, o turismo, o novo equipamento
eletrônico, o banco, o cartão de crédito etc.
(Frei Betto)
Em relação às estruturas e às idéias do texto, assinale a opção
correta.
a) O emprego do futuro do pretérito em “resultaria”(l.1) indica
que o fenômeno a que essa forma verbal se refere está
impedido de ocorrer.
16 - (CVM 2000)
Chegamos a um ponto muito próximo da comunidade econômica
eficaz, com seus desdobramentos sobre o quotidiano coletivo, e
é possível que não nos encontremos longe de outros ideais
comunitários que as constituições preconizam, e que têm tão
longa história: a integração política, cultural e social. Se isso
não fosse possível ao longo de tanto tempo passado desde as
projeções bolivarianas, se nessa espera atravessamos um século
e já outro bate à nossa porta, há pelo menos uma convicção
generalizada no sentido de que os passos até agora dados são
seguros, não havendo mais risco de retrocesso. E não há dúvida
de que o êxito em empreendimentos econômicos comuns tem
como pressuposto o cenário político que o continente hoje
apresenta.
(Francisco Resek)
Em relação aos elementos constituintes do texto acima, assinale
a opção incorreta.
a) O verbo encontrar(l.2) está no subjuntivo por exigência da
estrutura anterior “é possível que”(l.4), que confere ao período
a idéia de probabilidade e não de certeza.
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subnacionais adquirem conotações negativas e geram efeitos
econômicos perversos em decorrência do caráter insuficiente ou
conjunturalmente inoperante do quadro político-institucional que
regula os conflitos federativos, o qual se revela incapaz de
garantir um equilíbrio mínimo entre interesses locais de forma a
evitar efeitos macroeconômicos e sociais perversos.”
(C. Cavalcanti & G. Prado, com adaptações)
b) Emergir é verbo defectivo, ao qual faltam as formas em que
ao radical se seguiria o ou a.
18 – (Assistente de Chancelaria/2002)
Segundo o noticiário, o Pentágono passou a propugnar o uso de
minibombas atômicas. Ou seja, armas nucleares para estourar
depósitos subterrâneos onde estariam escondidas armas
(nucleares, químicas, bacteriológicas) de destruição maciça. A
hipótese de banalização das armas atômicas, inscrita na
proposta do Pentágono, liquidaria os tratados internacionais de
nãoproliferação nuclear e jogaria o Brasil no meio da tormenta,
relançando a corrida nuclear.
(Luiz Felipe de Alencastro, Veja, 10/04/2002, com adaptações)
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e) Para manter a coerência no emprego dos tempos verbais, a
substituição do gerúndio “relançando”(l.11) por uma forma não-
nominal deve ser: e relançaria.
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(Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise do
Trabalho)
Em relação ao texto, assinale a opção incorreta.
e) A preferência pela forma verbal seria no lugar de “era”(l.5)
mantém a correção gramatical do texto.
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b) a perpétua Assentado de onde fases prestai-me
c) a vitalícia Aboletado donde conjunções presta-me
d) a perpétua Parado da qual casas preste-me
e) à vitalícia Estacionado donde conjunções prestai-me
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CORRELAÇÃO VERBAL
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(Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.135)
GABARITO: C
Comentário.
Questão recorrente nos mais recentes certames é
CORRELAÇÃO VERBAL, que consiste na articulação entre
as formas verbais no período. Os verbos estabelecem,
assim, uma correspondência entre si.
Na questão, estamos diante de uma correlação inadequada
na opção C. A forma “funcionaria” figura no plano da
hipótese. Assim, a forma verbal do verbo fazer deve
manter essa linha de raciocínio do fato contido em
“funcionaria”:“(...) a economia funcionaria de maneira
harmoniosa, regida por uma mão invisível que a faria viver
sempre em equilíbrio”
A forma verbal empregada – fazia - transmite uma idéia de
processo não concluído. Indica o que no passado era
freqüente ou contínuo, o que não encontra respaldo no
contexto.
Esse tipo de questão, normalmente, o candidato consegue
acertar usando o “ouvido”. Observe que alguma coisa
parece estar errada na construção: “Se você se
acomodasse com a situação, ela se tornará efetiva.”. Isso
acontece porque não houve correlação entre a forma verbal
da primeira oração (acomodasse) – que indica hipótese,
possibilidade - com a da segunda (tornará) – que indica
certeza.
A título de curiosidade (e somente com esse propósito –
nada de ficar decorando listas), seguem alguns exemplos
de construções corretas sob o aspecto de correlação verbal:
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d) “Gostaria que ele tivesse vindo.” – Pret.Imperf.Ind.+
Pret.Mais-que-perf.Comp.Subjuntivo
e) “Se você quiser o material, eu o trarei.” – Futuro do
Subjuntivo + Fut.Presente Indicativo
f) “Se você quisesse o livro, eu o traria.” -
Pret.Imperf.Subj.+ Fut.Pretérito do Indicativo
g) “Quando puder, lerei o seu material.” - Futuro Subj.+
Fut.Presente Indicativo
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mercado de trabalho tem custo bem mais elevado, mas são
poucos os países dispostos a pagá-lo.
(O Estado de S. Paulo - Notas e Informações, 22/4/2000, p. A3, com
adaptações)
Gabarito: B
Comentário.
Percebe-se erro de correlação verbal na passagem “Seria
assustador que 82% dos entrevistados não entenderam a
conta de juros reais”.
O primeiro verbo (seria), que pertence à oração principal,
situa o fato no campo da hipótese. Assim, o verbo da
oração a ele subordinada, com a função de sujeito
(Pergunta: o que seria assustador? Resposta: “que
82%...”), deve manter esse aspecto, com a conjugação no
modo subjuntivo – “Seria assustador que 82% dos
entrevistados não tivessem entendido a conta...”.
Contudo, extrai-se do contexto que a intenção foi retratar
um fato efetivamente. O verbo ser, por esse motivo,
deverá ter a conjugação no pretérito do indicativo (as
pesquisas ocorreram em 1998 e o texto é de 2000), e o
verbo da oração subordinada subjetiva (oração que tem a
função sintática de sujeito da oração principal) deve manter
essa correspondência (modelo c do comentário da questão
20), conjugando-se no pretérito perfeito composto do
subjuntivo.
Assim, seria melhor a construção:”Foi assustador que 82%
dos entrevistados não tenham entendido a conta dos
juros reais...”.
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mundo em desenvolvimento estão se tornando
marginalizados.
c) Na América Latina, por exemplo, “a integração global
aumentou ainda mais as desigualdades salariais”, e há uma
preocupação generalizada que o processo esteja levando
uma maior desigualdade no próprio interior dos países.
Essa desigualdade já alcançou os Estados em suas relações
assimétricas.
d) Embora Marx não estava pensando em escala global
quando falou da distância, que separa os ricos dos pobres
de forma crescente, essas previsões nunca pareceram tão
verdadeiras quanto hoje.
e) A inversão é apenas metodológica: trata-se do
relacionamento entre o primeiro e o terceiro mundo, com
os ricos ficando cada vez mais ricos e os pobres cada vez
mais pobres.
(Adaptado de Fernando Magalhães, “A globalização e as lições da
história”)
Gabarito: E
Comentário.
Somente os itens B e D interessam-nos.
No b, estamos diante de uma construção com termos
partitivos – grande parte de. Como o complemento, há um
termo no singular – mundo em desenvolvimento. Assim, só
resta uma única possibilidade de concordância – no singular
– está se tornando marginalizado. Sobre isso, iremos
voltar a comentar na aula apropriada.
O item d é o que realmente importa. A estrutura do
período, com o emprego da conjunção “embora”, exige que
o verbo seja conjugado no subjuntivo – “Embora Marx não
estivesse pensando (...), essas previsões nunca pareceram
tão verdadeiras.”
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c) Para que alcançamos tais objetivos, é indispensável que
o Sistema Tributário Nacional seja utilizado como
instrumento de distribuição de renda e redistribuição de
riqueza, com o apoio de outros mecanismos auxiliares.
d) A essência do direito é a sua aplicação prática – dever
das autoridades públicas. Os princípios constitucionais não
podem ser meras declarações de boas intenções, embora a
regra jurídica existe para agir sobre à realidade social.
Itens INCORRETOS.
Comentário.
c) O verbo alcançar está sendo empregado em situação
hipotética, estabelecendo com a oração seguinte uma
relação condicional. Além disso, é acompanhado da locução
conjuntiva “para que”, que leva o verbo para o subjuntivo.
Por isso, há necessidade de o verbo ser conjugado no
presente do subjuntivo – alcancemos.
d) Na última oração do segundo período, verificam-se dois
erros. O primeiro, de conjugação verbal. O verbo existir
deve estar no presente do subjuntivo, por pertencer a uma
oração subordinada adverbial concessiva, com o emprego
da conjunção “embora” (“embora a regra jurídica exista
para agir...”). Na seqüência, houve erro de crase (“sobre a
realidade social”). Contudo, por questões didáticas, não
iremos nos aprofundar nesse comentário deste erro.
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em esquema amplo e coerente de impostos sobre valor
adicionado. A grande questão - e é nisso que as propostas
________- é como fazer essa mudança.
(Adaptado de Rogério L. F. Werneck, Estado de S. Paulo,
27/10/2000)
a) volta a ser - tenham sido - fazia-se - requer -
divergissem
b) volte a serem - fossem - se fez - requeresse -
divergiram
c) volte a ser - tenham sido - se fazia - requeria -
divergem
d) volte sendo - eram - se faria - requeriam - divergirão
e) voltem a ser - tivessem sido - fazia - requerem -
diverge
Gabarito: C
Comentário.
Só com o preenchimento da primeira lacuna, o candidato
poderia acertar a questão.
Como o trecho indica um fato que se encontra no plano de
possibilidade (“É preciso...”), e não no plano da certeza,
eliminamos a opção a, que apresenta a estrutura verbal no
presente do indicativo (“volta a ser”).
Numa locução verbal, o verbo principal não se flexiona.
Assim, está descartada também a letra b.
A opção da letra d não confere nenhum sentido ao texto,
devendo ser eliminada (“volte sendo”).
Como o sujeito é “discussão” (“É preciso que a
discussão...”), o verbo auxiliar da locução verbal deverá
ficar no singular. Elimina-se, assim, a opção e (“voltem a
ser”).
De acordo com as considerações acima, verbo deverá ser
conjugado na terceira pessoa do singular do presente do
subjuntivo – “volte a ser”. Portanto, a resposta é a opção c.
Somente para fins didáticos, comentaremos as demais
lacunas.
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Na segunda lacuna, mais uma vez, a estrutura verbal situa-
se no campo da hipótese, sendo caso de conjugação no
modo subjuntivo. Se já não tivéssemos verificado o
gabarito, haveria duas opções válidas: fossem e tivessem
sido.
A terceira lacuna reproduz uma situação verbal pretérita.
Das alternativas apresentadas nas opções, a melhor indica
o verbo no Pretérito Imperfeito – fazia – acompanhado do
pronome “se” e do predicativo necessária, equivalente a
“que se tornava necessária” ou mesmo “que era
necessária”. Sem aprofundar o comentário, a única posição
possível do pronome “se” é proclítica, ou seja, deve
anteceder o verbo, por exigência do pronome relativo que.
Na seqüência, em correlação verbal com o verbo fazer, o
próximo verbo deverá ficar no Futuro do Pretérito, que, por
definição, indica uma situação futura em relação a uma
outra pretérita (“A reforma, que se fazia necessária
[situação pretérita], requereria [futura em relação à
outra] a eliminação dos tributos cumulativos”).
Por fim, a divergência das propostas de reforma tributária é
um fato real, concreto, que efetivamente ocorre. Deve o
verbo, pois, ser conjugado no presente do indicativo – as
propostas divergem. Além disso, deve haver
correspondência entre o tempo do verbo ser (“É nisso...”)
com o que segue (“divergem”).
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que o sujeito forma de determinado objeto coincida com
esse objeto.
(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento)
LOCUÇÃO VERBAL
29 - (Técnico do IPEA 2004)
A Grande Depressão não foi apenas a maior crise de
desemprego da História, mas também a primeira crise de
desemprego nas grandes democracias ocidentais que se
abateu sobre um eleitorado constituído, principalmente, por
trabalhadores ameaçados pelo desemprego ou vítimas
diretas dele. O corpo político havia mudado. Não levar em
conta os interesses objetivos do eleitorado era um suicídio
político certo.
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(Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise
do Trabalho)
Em relação ao texto, assinale a opção incorreta.
c) Caso a expressão “O corpo político”(l. 4 e 5) vá para o
plural, estaria gramaticalmente correto manter a expressão
“havia mudado” no singular, pois o verbo haver é
impessoal.
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Como num escritório, onde quem manda é o chefe e quem
trabalha é o empregado (ou você já viu algum chefe
trabalhando???), na locução verbal, quem exerce a função
de “chefe” é o verbo principal – ele fica “paradão”, só
mandando, e o pobre do auxiliar se flexiona de acordo com
as suas ordens.
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verbal, deverá obedecer à ordem e se flexionar também.
Assim, “Mistérios sempre hão de pintar.”.
Para treinarmos (e nos desestressarmos), mais uma
musiquinha do Gil, agora “Estrelas”:
Há de surgir
Uma estrela no céu cada vez que ‘ocê sorrir
Há de apagar
Uma estrela no céu cada vez que ‘ocê chorar
Agora, os verbos principais são “surgir” e “apagar”. “Uma
estrela surgirá”, “Uma estrela se apagará”. Logo, “Uma
estrela há de surgir” e “Uma estrela há de se apagar”. Se o
sujeito fosse para o plural, seria “Estrelas hão de surgir” e
“Estrelas hão de se apagar”.
Essa regra se aplica a todos os verbos que formam uma
locução verbal.
Quando os verbos componentes da locução estão próximos,
é menos corriqueiro o equívoco de flexão, por isso seriam
extremamente fáceis questões desse tipo.
Para aumentar a possibilidade de erro, a ESAF costuma
distanciar os verbos da locução, como em: "As certidões
deverão, sob pena de invalidade do ato e impedimento para
o registro, acompanharem o traslado da escritura" (corrija-
se para: deverão... acompanhar).
Uma simples junção dos verbos ora afastados poderia
evitar o erro.
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não pode ser tratado como um bloco único, seja
cronológica, seja geograficamente. Cronologicamente, ele
se distribui em três períodos: a era de guerras mundiais
centrada na Alemanha, a era de confronto entre as duas
superpotências e a era desde o fim do sistema de poder
internacional clássico. Chamarei a esses períodos de 1, 2 e
3. Geograficamente, o impacto das operações militares tem
sido desigual. Com uma exceção (a Guerra do Chaco), não
houve guerras entre Estados significantes (em oposição a
guerras civis) no hemisfério Ocidental no último século. Em
contrapartida, guerras entre Estados, não necessariamente
desconectadas do confronto global, permaneceram
endêmicas ao Oriente Médio e ao sul da Ásia, e guerras
maiores diretamente resultantes do confronto global
aconteceram no leste e no sudeste da Ásia. Mais
impressionante é a erosão da distinção entre combatentes
e não-combatentes. As duas guerras mundiais da primeira
metade do século envolveram toda a população dos países
beligerantes; tanto combatentes quanto não-combatentes
sofreram.
(Eric Hobsbawn, A epidemia da guerra, com adaptações)
Assinale a opção correta a respeito do emprego das
palavras e expressões do texto.
d) A forma verbal composta “tem sido”(l.22), por se
constituir com o auxiliar ser, indica uma oração de voz
passiva.
Item INCORRETO
Comentário.
Como vimos, os verbos ser e estar constroem locuções
verbais em orações de voz passiva analítica, enquanto que
os verbos ter e haver formam locuções de tempo
composto. O que a banca tentou foi induzir o candidato ao
erro no último trecho da questão “por constituir com o
auxiliar ser, indica uma oração de voz passiva”.
Tal assertiva estaria correta se não fosse o verbo ser, na
locução “tem sido”, o verbo principal, e não o auxiliar,
este representado pelo verbo ter.
Trata-se, pois, de tempo composto, e não de voz passiva.
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Gabarito:D
Comentário.
Por se tratar de uma locução verbal, o verbo principal
deverá permanecer na forma de infinitivo impessoal (sem
flexão).
Assim, a forma correta seria “buscam credenciar-se”.
Aproveitaremos para tratar, agora, dos casos em que o
infinitivo se flexiona.
FLEXÃO DO INFINITIVO
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jurídico-positiva, encontram-se em fase regressiva. Eles
podem até continuar existindo no plano legal,
sobrevivendo, em termos formais, aos processos de
tributação. Mas não têm mais condições de ser
efetivamente implementados no plano real (se é que o
foram, integralmente, um dia).
(Baseado em Mário Antônio Lobato de Paiva em
www.ambitojuridico.com.br)
a) Considerando que
b) por meio
c) continuarem
d) já não têm
e) serem
Gabarito: C
Comentário.
Trata-se de uma locução verbal “podem continuar
existindo”, não se admitindo a flexão do verbo “continuar”.
O único verbo que se flexiona é o primeiro auxiliar. Os
demais (segundo auxiliar e verbo principal) permanecem
em uma das formas nominais – infinitivo, gerúndio ou
particípio.
O que nos interessa nessa questão é sugestão de troca do
item e.
“Mas [os direitos humanos] não têm mais condições de ser
efetivamente implementados no plano real.”
A troca pelo infinitivo flexionado (serem) é válida, pelos
motivos a seguir expostos.
INFINITIVO
O infinitivo é uma das três formas nominais do verbo, junto
com o gerúndio e o particípio.
O infinitivo pode ser IMPESSOAL (não se flexiona em
número ou pessoa) ou PESSOAL (possui sujeito e com ele
pode concordar, havendo, nesse caso, flexão de número e
pessoa).
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O infinitivo PESSOAL pode se flexionar ou não, a depender
da construção.
Flexionar quer dizer conjugar em todas as pessoas, por
exemplo: vender, venderes, vender, vendermos,
venderem.
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2 - Prefere-se a não-flexão:
a) quando o sujeito (plural) das duas orações for o
mesmo:
Doenças desse tipo levam até cinco anos para ser
/ serem tratadas.
Eles estão para ser / serem expulsos.
Saíram sem ser / serem percebidos.
Os pedidos levaram dez dias para ser / serem
analisados.
b) quando se tem um adjetivo antes da preposição:
São obras dignas de ser / serem imitadas.
Os alimentos estavam prontos para ser / serem
comercializados.
As presas pareciam fáceis de ser / serem
apanhadas.
Apresentamos exercícios simples de ser / serem
feitos.
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Observe que se trata de PREFERÊNCIA, a depender da
ênfase que o autor queira dar. Não podemos tachar de
certo ou errado. Ao não flexionar, valoriza-se a ação; com a
flexão, dá-se ênfase ao sujeito que a pratica. Muitas vezes,
a escolha é feita por questão de eufonia ou de clareza
textual.
Encerramos esse comentário-aula com as palavras de
Pasquale Cipro Neto e Ulisses Infante (Gramática da Língua
Portuguesa, Editora Scipione) de que "o infinitivo constitui
um dos casos mais discutidos da língua portuguesa", e
"estabelecer regras para o uso de sua forma flexionada, por
exemplo, é tarefa difícil", e, "em muitos casos, a opção é
meramente estilística".
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Itens INCORRETOS.
Comentário.
Item III – exige-se, no item, que sejam mantidas as
relações semânticas (significado) e a correção gramatical.
Efetuando-se a troca sugerida, a oração seria:
É hora que os países ricos fizessem algumas concessões.
Além do prejuízo na correlação verbal entre “é” – presente
do indicativo que denota situação real – e “fizessem”-
pretérito do subjuntivo, indicando incerteza, haveria
também uma alteração no sentido original do texto. Item
incorreto, portanto.
Item IV – o sujeito da forma verbal é “países ricos”. Como
o sujeito está explícito e no plural, a única forma possível
para o infinitivo seria flexionado – fazerem – caso de
flexão obrigatória.
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A passagem é “Com o passar do tempo, instituições
financeiras e o comércio passaram a exigir o número do
documento para fazer várias operações...”.
Como o sujeito das duas orações é o mesmo (instituições
financeiras e o comércio), a flexão do infinitivo é
facultativa.
35 - (TRF 2002)
Quem não declarou no ano passado está classificado pela
Receita como “pendente”. Embora não tenha o CPF
cancelado agora, sua situação será considerada irregular
perante a Receita. O cancelamento do documento pode
significar muitos problemas, pois o CPF passou a ser mais
solicitado do que a carteira de identidade. Sem ele, é
impossível abrir uma conta bancária, comprar a prazo,
prestar concurso público. Caso ganhe em uma loteria,
também será impedido de retirar o prêmio.
(Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptações)
Assinale a opção correta a respeito das estruturas
lingüísticas do texto.
c) O infinitivo é não flexionado na locução verbal “passou a
ser”(l.7) porque complementa um verbo causativo.
Item INCORRETO.
Comentário.
Nesse caso, o infinitivo não foi flexionado por fazer parte de
uma locução verbal.
Os verbos causativos expressam noção de causa (deixar,
fazer, mandar, como “Mandei os alunos chegarem”,
“Fizeram-no confessar o crime.”) e, em construções com o
uso de infinitivo, este não se flexiona quando tem por
sujeito um forma pronominal átona (“Deixe-os sair.”).
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homem só não existe, mesmo quando solitário. Para se
construir e entender-se, o homem precisa pertencer. Essa
pertinência vai desde a linguagem, passa pelos grupos e
classes sociais e invade as culturas, os saberes, e até
mesmo as idiossincrasias. As sociedades não são
essencialmente harmônicas. Elas estão sempre se
transformando a partir dos conflitos e das contradições que
as fazem mover e se transformar. Assim, as sociedades
funcionam muito mais pela lógica das contradições que
pela lógica da identidade.
(Roberto de Aguiar, Ética e direitos humanos, com adaptações)
Assinale a substituição que preserva a correção gramatical
e a coerência do texto.
d) “mover”(l.11) > moverem
Item INCORRETO.
Comentário.
Para análise, é necessário transcrever toda a oração.
Elas [as sociedades] estão sempre se transformando a
partir dos conflitos e das contradições que as fazem mover
e se transformar.
Mais uma vez, a banca explorou a flexão do infinitivo com
verbos causativos e sensitivos.
O verbo fazer é um verbo causativo – exprime relação de
causa.
O que se extrai do trecho é que “Conflitos e contradições as
fazem [as = sociedades] mover.”
O sujeito do verbo fazer é “conflitos e contradições” e o
objeto direto é tudo que se segue ao verbo – “as mover”,
sendo que o pronome demonstrativo “as” está em
substituição à expressão “as sociedades”.
O objeto direto também está sob a forma oracional [as
mover], com sujeito (representado pelo pronome oblíquo
as) e um verbo (mover). Assim, como tem por sujeito uma
forma pronominal átona, o infinitivo não pode se
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flexionar. Trata-se de uma forma pessoal (possui sujeito)
sem flexão verbal.
Isso acontece em construções com VERBOS CAUSATIVOS
(fazer, permitir, deixar, mandar) e SENSITIVOS (que
expressam sensações – ouvir, sentir, ver), acompanhados
de PRONOMES ÁTONOS (que exercem a função de sujeito)
+ VERBOS NO INFINITIVO PESSOAL NÃO FLEXIONADO.
Assim, está incorreta a sugestão, pois o verbo no infinitivo
não poderia se flexionar (moverem).
Itens INCORRETOS.
Comentário.
Os verbos CONCORRER e HAVER fazem parte de locuções
verbais, na qualidade de, respectivamente, verbo principal
e verbo auxiliar.
“Se os indivíduos devem concorrer...” – o verbo principal
permanece no infinitivo impessoal.
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“[os indivíduos] hão de ter a garantia de...” - o verbo
auxiliar segue a flexão que teria o verbo principal. Como a
forma verbal ter iria se flexionar, para concordar com o
sujeito da ação (“os indivíduos terão...”), assim ficará o
verbo haver (hão de ter).
Item INCORRETO.
Comentário.
O infinitivo, na função de complemento nominal (completa
o sentido do substantivo modo), não possui sujeito e, em
virtude disso, não pode se flexionar.
São formas igualmente não flexionadas as em que o verbo
no infinitivo:
- esteja ligado a um adjetivo, apresentando uma idéia
passiva: “São coisas fáceis de fazer (de serem feitas)”;
- faça parte de uma locução verbal, inclusive no lugar de
uma forma no gerúndio: “Vamos estudar para a prova.”;
“Ela ficou a esperar (esperando) pelo marido ausente.”;
- se ligue a verbos causativos (deixar, mandar, fazer e
sinônimos) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir e sinônimos) e
tenha como sujeito um pronome oblíquo: “Deixe-me ir”;
“Ouvi-os cantar pela casa.”.
VOZES VERBAIS
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39 - (TRF 2002) Assinale a opção em que uma das duas
possibilidades de redação está gramaticalmente incorreta.
a) A economia americana sobreviveu a muitos percalços e,
até o início da curta e moderada recessão, da qual parece
começar a emergir, conheceu nove anos de uma das mais
exuberantes expansões de sua história. / A economia
americana sobreviveu a muitos percalços e conheceu nove
anos de uma das mais exuberantes expansões de sua
história até o início da curta e moderada recessão, de que
parece começar a emergir.
b) O professor Paul Kennedy, figura expressiva da “escola
do declínio” na década de 80, confessa ter mudado de
posição. Temia o pior em 1985, quando o esforço militar
consumia 45% do PIB. / Figura expressiva da “escola do
declínio” na década de 80, o professor Paul Kennedy
confessa que mudou de posição. Temia o pior em 1985,
quando o esforço militar consumia 45% do PIB.
c) Pensa hoje que se tornou barato adquirir a hegemonia ao
preço de 3,8% de PIB florescente e produtividade que
permite encarar sem susto o momento próximo em que os
EUA gastarão com a defesa US$ 1 bilhão por dia. / Seu
pensamento hoje é esse: tornou-se barato adquirir a
hegemonia ao preço de 3,8% de PIB florescente e
produtividade que permite encarar sem susto o momento
próximo em que os EUA gastarão com a defesa US$ 1
bilhão por dia.
d) Não quer isso dizer que os americanos sejam
onipotentes ou possam ignorar para sempre alguns
ameaçadores desequilíbrios de sua economia e as reações
do resto do mundo. / Não quer isso dizer que os
americanos sejam onipotentes ou que alguns ameaçadores
desequilíbrios de sua economia e as reações do resto do
mundo possa por eles serem ignorados para sempre.
e) Significa apenas reconhecer que a atual configuração do
poder mundial está longe do declínio e que um país como
os Estados Unidos tem uma extraordinária capacidade para
recuperar-se de erros que para outros seriam
provavelmente fatais. / Significa apenas o reconhecimento
de que a atual configuração do poder mundial está longe do
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declínio e de que um país como os Estados Unidos tem uma
extraordinária capacidade para recuperar-se de erros que
para outros seriam provavelmente fatais.
(Itens adaptados de Rubens Ricupero)
Gabarito: D
Comentário.
Neste item, o segundo segmento apresenta um erro de
flexão na locução verbal. O correto seria “possam ser
ignorados”.
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sintética, especialmente com relação à conjugação
(tempo/modo) do verbo.
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verbal – o verbo irá concordar com o seu sujeito paciente e
ao seu lado será colocado um pronome, chamado de
pronome apassivador, porque é ele quem indica essa
construção. E também não existe a figura do AGENTE DA
PASSIVA. É praxe que, nessa estrutura sintética, o verbo
anteceda o sujeito paciente.
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Assim, estamos diante de uma locução verbal com dois
verbos auxiliares (possam + ser) e um principal
(ignorados). Somente o primeiro verbo auxiliar (possam)
deverá se flexionar, enquanto os demais se mantêm em
uma forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio).
Finalmente, na voz reflexiva, o sujeito pratica e sofre,
concomitantemente, a ação expressa pelo verbo. Mais
adiante, comentaremos algumas das poucas questões da
ESAF que abordaram esse ponto do assunto.
Item CORRETO.
Comentário.
Abstraindo-se a questão relativa à colocação pronominal,
objeto de estudo posterior, na troca de “será promovida”
por “promover-se-á”, houve tão-somente a mudança da
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voz passiva analítica para a voz passiva sintética,
mantendo-se plenamente a correção gramatical.
Itens INCORRETOS.
Comentário.
A opção de letra “a” é incorreta, uma vez que, na voz
passiva, a ênfase recai sobre o sujeito paciente, que sofre a
ação verbal, no caso, “A reforma do estado”, e não no
agente da ação, representado pela função sintática de
agente da passiva. Não houve menção, na passagem, à
pessoa que pratica a ação verbal, ou seja, quem
efetivamente vê a reforma do Estado. Esse termo, na
estrutura, repetimos, estaria exercendo a função de agente
da passiva.
Já no item “d”, igualmente incorreto, temos um bom
exemplo de agente da passiva: “Diante do seu crescimento
excessivo no século XX, das esperanças demasiadamente
grandes que foram nele depositadas pelos socialistas...”.
Modificando a estrutura, para fins de análise, e colocando
na ordem direta, temos que: “Esperanças demasiadamente
grandes foram depositadas no século XX pelos socialistas.”.
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Dessa forma, podemos perceber uma estrutura de voz
passiva, na qual quem exerce a função de sujeito (sofre a
ação) é a expressão “esperanças demasiadamente
grandes” e quem pratica a ação verbal (agente da passiva)
é “socialistas”.
Item CORRETO.
As duas construções têm a mesma estrutura passiva (verbo
ser como segundo auxiliar), mas apresentam diferentes
aspectos. Na primeira, o verbo vir atribui um valor de
continuidade da ação, por ser um auxiliar modal (imputa à
locução uma idéia circunstancial). A segunda é uma locução
verbal de tempo composto.
Como a questão aborda exclusivamente aspectos
gramaticais, a substituição é possível, sem prejuízo para o
período.
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43 – (Técnico do IPEA/2004) Marque a substituição
proposta que preserva a coerência e a correção gramatical
do texto.
O conceito de ética é também algo estreitamente vinculado
ao sentimento dos povos, ao seu modo de viver e aos seus
costumes, como indica a raiz grega da palavra (ethos), e
tem naturalmente evoluído no seu conteúdo, como evoluem
esses costumes ao longo do tempo e da história.
(R. Saturnino Braga, Ética e política, com adaptações)
d) vem naturalmente evoluindo por “tem naturalmente
evoluído”(L.3 e 4)
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Item INCORRETO.
A questão aborda VOZ REFLEXIVA, situação em que o
sujeito pratica e sofre, ao mesmo tempo, a ação verbal. Por
isso, o verbo vem sempre acompanhado de um pronome
reflexivo (pentear-se, envenenar-se, enganar-se, superar-
se).
Na passagem, verifica-se que “o país irá lançar ‘a si
mesmo’ na vanguarda da modernidade”. Ao mesmo
tempo, pratica e sofre a ação. Logo, esse pronome é
reflexivo, e não forma sujeito indeterminado.
Item CORRETO.
Comentário.
Mais uma vez, verificamos o emprego de um pronome
reflexivo. Na passagem “O homem só não existe, mesmo
quando solitário. Para se construir e entender-se, o
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homem precisa pertencer.”, percebe-se que o homem irá
construir ‘a si mesmo’ e entender ‘a si mesmo’.
O item está correto, pois sugere uma troca válida. O
pronome reflexivo já estava expresso, ao lado do primeiro
verbo da relação, dispensando-se a sua repetição.
Item INCORRETO.
Comentário.
Perceba que a idéia apresentada no texto é a de que um
tipo de burguês sucede ao outro no tempo. Assim, esse é
um caso de pronome recíproco (mais de um agente
praticando a ação verbal contra os outros).
Só consegui localizar essa questão de prova da ESAF que
abordasse o uso de voz recíproca. Se alguém conhecer
outra, peço que encaminhe para mim.
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Grande abraço a todos, bons estudos e até a próxima.
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exemplo, na prestação de um eletrodoméstico. Na era da
informática, que tipo de oportunidade profissional pode ter
uma pessoa com tais carências de qualificação?
c) A pesquisa, realizada em várias cidades brasileiras,
entre a população de baixa escolaridade, entre 15 e 55
anos, mostrou que, entre 69% e 81% (conforme a região)
dos 2 mil entrevistados, quando solicitados a analisar texto
informativo simples, apenas reconheciam o tema, sem
assimilar o sentido do texto.
d) A oferta de escolaridade combate o analfabetismo
absoluto, como prova o caso brasileiro, mas não garante
capacidade de apreensão, compreensão e concentração que
os empregos modernos exigem.
e) Por isso a Unesco insiste em que é preciso “educação
de qualidade”. Alfabetizar custa pouco – o Comunidade
Solidária gasta US$ 34 per capita. Educar para o moderno
mercado de trabalho tem custo bem mais elevado, mas são
poucos os países dispostos a pagá-lo.
(O Estado de S. Paulo - Notas e Informações, 22/4/2000, p. A3, com
adaptações)
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d) Embora Marx não estava pensando em escala global
quando falou da distância, que separa os ricos dos pobres
de forma crescente, essas previsões nunca pareceram tão
verdadeiras quanto hoje.
e) A inversão é apenas metodológica: trata-se do
relacionamento entre o primeiro e o terceiro mundo, com
os ricos ficando cada vez mais ricos e os pobres cada vez
mais pobres.
(Adaptado de Fernando Magalhães, “A globalização e as lições da
história”)
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a) volta a ser - tenham sido - fazia-se - requer -
divergissem
b) volte a serem - fossem - se fez - requeresse -
divergiram
c) volte a ser - tenham sido - se fazia - requeria -
divergem
d) volte sendo - eram - se faria - requeriam - divergirão
e) voltem a ser - tivessem sido - fazia - requerem -
diverge
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A Grande Depressão não foi apenas a maior crise de
desemprego da História, mas também a primeira crise de
desemprego nas grandes democracias ocidentais que se
abateu sobre um eleitorado constituído, principalmente, por
trabalhadores ameaçados pelo desemprego ou vítimas
diretas dele. O corpo político havia mudado. Não levar em
conta os interesses objetivos do eleitorado era um suicídio
político certo.
(Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise
do Trabalho)
Em relação ao texto, assinale a opção incorreta.
c) Caso a expressão “O corpo político”(l. 4 e 5) vá para o
plural, estaria gramaticalmente correto manter a expressão
“havia mudado” no singular, pois o verbo haver é
impessoal.
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maiores diretamente resultantes do confronto global
aconteceram no leste e no sudeste da Ásia. Mais
impressionante é a erosão da distinção entre combatentes
e não-combatentes. As duas guerras mundiais da primeira
metade do século envolveram toda a população dos países
beligerantes; tanto combatentes quanto não-combatentes
sofreram.
(Eric Hobsbawn, A epidemia da guerra, com adaptações)
Assinale a opção correta a respeito do emprego das
palavras e expressões do texto.
d) A forma verbal composta “tem sido”(l.22), por se
constituir com o auxiliar ser, indica uma oração de voz
passiva.
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podem até continuar existindo no plano legal,
sobrevivendo, em termos formais, aos processos de
tributação. Mas não têm mais condições de ser
efetivamente implementados no plano real (se é que o
foram, integralmente, um dia).
(Baseado em Mário Antônio Lobato de Paiva em
www.ambitojuridico.com.br)
a) Considerando que
b) por meio
c) continuarem
d) já não têm
e) serem
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34 - (TRF 2002) O CPF é hoje um dos documentos mais
utilizados no Brasil. Foi criado em 1965, com o objetivo de
identificar o contribuinte – pessoa física – perante a
Secretaria da Receita Federal e para que ela tivesse um
maior controle dos contribuintes brasileiros. Com o passar
do tempo, instituições financeiras e o comércio passaram a
exigir o número do documento para fazer várias operações,
como financiamentos, por exemplo. Enquanto o CPF é uma
forma de identificação do contribuinte, a carteira de
identidade tem a finalidade de identificar o cidadão por
meio da Secretaria de Segurança Pública.
(Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptações)
Assinale a opção correta a respeito do emprego das
palavras e expressões no texto.
c) O emprego do infinitivo flexionado, fazerem, no lugar
de “fazer”(l.7) mantém a coerência textual e a correção
gramatical.
35 - (TRF 2002)
Quem não declarou no ano passado está classificado pela
Receita como “pendente”. Embora não tenha o CPF
cancelado agora, sua situação será considerada irregular
perante a Receita. O cancelamento do documento pode
significar muitos problemas, pois o CPF passou a ser mais
solicitado do que a carteira de identidade. Sem ele, é
impossível abrir uma conta bancária, comprar a prazo,
prestar concurso público. Caso ganhe em uma loteria,
também será impedido de retirar o prêmio.
(Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptações)
Assinale a opção correta a respeito das estruturas
lingüísticas do texto.
c) O infinitivo é não flexionado na locução verbal “passou a
ser”(l.7) porque complementa um verbo causativo.
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As sociedades humanas são complexas e os seus membros
se atraem ou se repelem em função de sua pertinência. O
homem só não existe, mesmo quando solitário. Para se
construir e entender-se, o homem precisa pertencer. Essa
pertinência vai desde a linguagem, passa pelos grupos e
classes sociais e invade as culturas, os saberes, e até
mesmo as idiossincrasias. As sociedades não são
essencialmente harmônicas. Elas estão sempre se
transformando a partir dos conflitos e das contradições que
as fazem mover e se transformar. Assim, as sociedades
funcionam muito mais pela lógica das contradições que
pela lógica da identidade.
(Roberto de Aguiar, Ética e direitos humanos, com adaptações)
Assinale a substituição que preserva a correção gramatical
e a coerência do texto.
d) “mover”(l.11) > moverem
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O conceito de ética é também algo estreitamente vinculado
ao sentimento dos povos, ao seu modo de viver e aos seus
costumes, como indica a raiz grega da palavra (ethos), e
tem naturalmente evoluído no seu conteúdo, como evoluem
esses costumes ao longo do tempo e da história.
(R. Saturnino Braga, Ética e política, com adaptações)
b) viverem por “viver”(L.3)
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americanos sejam onipotentes ou que alguns ameaçadores
desequilíbrios de sua economia e as reações do resto do
mundo possa por eles serem ignorados para sempre.
e) Significa apenas reconhecer que a atual configuração do
poder mundial está longe do declínio e que um país como
os Estados Unidos tem uma extraordinária capacidade para
recuperar-se de erros que para outros seriam
provavelmente fatais. / Significa apenas o reconhecimento
de que a atual configuração do poder mundial está longe do
declínio e de que um país como os Estados Unidos tem uma
extraordinária capacidade para recuperar-se de erros que
para outros seriam provavelmente fatais.
(Itens adaptados de Rubens Ricupero)
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A reforma do Estado é vista freqüentemente como um
processo de redução do tamanho do Estado, que envolve a
delimitação de sua abrangência institucional e a redefinição
de seu papel. Diante do seu crescimento excessivo no
século XX, das esperanças demasiadamente grandes que
foram nele depositadas pelos socialistas e das distorções de
que o Estado afinal foi vítima, essa perspectiva é
absolutamente correta.
(Luiz Carlos Bresser Pereira, com adaptações)
a) O uso da voz passiva em “é vista”(l.1) é um recurso que
torna o agente da ação mais evidente.
d) A expressão “pelos socialistas”(l.7) exerce a função de
complemento nominal de “nele” (l.7).
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tem naturalmente evoluído no seu conteúdo, como evoluem
esses costumes ao longo do tempo e da história.
(R. Saturnino Braga, Ética e política, com adaptações)
d) vem naturalmente evoluindo por “tem naturalmente
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b) “entender-se”(l.4) > entender
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oração por oração (concordância, regência, pontuação
etc.).
Finalmente, lembramos que, como algumas questões
tratam de assuntos diversos em suas alternativas,
mantivemos o item que será objeto de análise e
comentário. Julgue, nesses casos, se o item está certo ou
errado, sem que isso represente o gabarito da questão.
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Gabarito: A
Comentário.
Esta questão foi escolhida para ser a primeira por ser um
verdadeiro “aulão” sobre concordância.
Cada opção apresenta uma regra aplicável ao assunto e, no
enunciado, solicita-se ao candidato que se indique a regra
cabível ao parágrafo. A resposta foi letra a.
“Aula” da opção a:
O verbo ser é um verbo bastante especial. Por estabelecer
uma relação entre o sujeito e o seu predicativo, a
concordância pode se dar tanto com o primeiro quanto com
o segundo elemento. Há, contudo, algumas regras que
prevalecem sobre essa faculdade.
Qualquer que seja a sua função sintática (sujeito ou
predicativo), prevalece a concordância com o elemento que
estiver representado por:
1ª – um pronome pessoal reto: “Todo eu era olhos e
coração. (Machado de Assis)”;
2ª – uma pessoa, em detrimento de outro que seja uma
“coisa” (substantivo, pronome substantivo, oração
substantiva): “Ovídio é muitos poetas ao mesmo tempo, e
todos excelentes.” (A.F.Castilho).
Observe que no item ‘c’ há menção sobre essa
concordância: havendo elementos personativos em ambas
as funções, a concordância é facultativa com o sujeito ou
com o predicado, a não ser que em um deles haja um
pronome pessoal, caso em que prevalece a concordância
com este elemento (cai na 1ª regra de prevalência).
Quando os dois elementos (do sujeito e do predicativo)
forem “coisas” (substantivos, pronomes substantivos,
orações substantivas), a concordância é facultativa, dando-
se preferência à concordância com o elemento no plural:
“Na vida, nem tudo são flores.”, “O resto são atributos
sem importância.”
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Voltando à questão, no parágrafo destacado, o verbo ser
tem por sujeito “o principal problema do sistema tributário
nacional” (núcleo: problema) e por predicativo do sujeito
“as contribuições”. Assim, os dois elementos são “coisas” e
a concordância se faz, preferencialmente, com o elemento
plural – no caso, com o predicativo.
“Aula” da opção b:
A regra exposta pelo item b refere-se à concordância em
frases que contenham a expressão “é que”.
Vamos à lição de Celso Cunha e Lindley Cintra, em Nova
Gramática do Português Contemporâneo:
“A locução é que é invariável e vem sempre colocada entre
o sujeito da oração e o verbo a que ele se refere. Assim:
‘José é que trabalhou, mas os irmãos é que se
aproveitaram do seu esforço.’.”
Perceba que a locução poderia ser retirada sem prejuízo
para o período: “José trabalhou, mas os irmãos se
aproveitaram do seu esforço.”.
Por isso, é classificada como uma locução denotativa de
realce, que tem a única função de destacar os termos que
acompanha (no caso, os substantivos José e irmãos,
respectivamente).
E continuam os professores:
“É uma construção fixa, que não deve ser confundida com
outra semelhante, mas móvel, em que o verbo ser
antecede o sujeito e passa, naturalmente, a concordar com
ele e a harmonizar-se com o tempo dos outros verbos.
Compare-se, por exemplo, ao anterior o seguinte exemplo:
‘José é que trabalhou, mas foram os irmãos que se
aproveitaram do seu esforço.’
Ou este:
‘Foi José que trabalhou, mas os irmãos é que se
aproveitaram do seu esforço.’
Também não deve ser confundido com a expressão de
realce é que o encontro da forma verbal é com a
conjunção integrante que em contextos do tipo: ‘Bom é
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que não haja mais discussões.’ equivalente a ‘É bom que
não haja mais discussões.’.”
Nesse último caso, a conjunção integrante que introduz
uma oração que exerce a função sintática de sujeito da
oração principal:
[É bom] – oração principal – PERGUNTA-SE: O que é
bom?
[que não haja mais discussões] – oração subordinada
subjetiva
“Aula” da opção c:
Em se tratando da concordância do verbo ser em um
predicado nominal (verbo de ligação), em que existem
sujeito e predicativo do sujeito, há algumas regras de
prevalência:
1º) A concordância com um pronome pessoal prevalece
sobre todos os demais elementos, exerça o pronome a
função de sujeito ou de predicativo. Ex: Suas esperanças
(coisa – substantivo) no casamento era eu.
2º) Na sua ausência, a concordância o termo que se refira a
uma pessoa (personativo) prevalece sobre o que
representa uma “coisa” (por “coisa” entenda-se um
substantivo, um pronome substantivo ou uma oração
substantiva). Ex: Santo Antônio (pessoa) era as
esperanças (coisa – substantivo) da solteirona.
Se ambos forem personativos, a concordância com
qualquer dos termos é facultativa (sujeito ou predicativo).
3º) Se ambos os elementos forem “coisas”, a concordância
é facultativa com qualquer dos elementos, preferindo-se
aquela feita com o termo no plural. Ex: Tudo (coisa -
pronome substantivo) são flores (coisa - substantivo).
Em resumo, na concordância verbal com o verbo ser:
• entre PRONOME PESSOAL x COISA/PESSOA –
prevalece PRONOME;
• entre PESSOA x COISA – prevalece PESSOA;
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• entre COISA x COISA – concordância facultativa,
PREFERÊNCIA para o termo no plural.
“Aula” da opção d:
Texto original do Manual de Redação da Presidência da
República:
“Expressões de sentido quantitativo (grande número de,
grande quantidade de, parte de, grande parte de, a maioria
de, a maior parte de, etc), também chamadas de termos
partitivos, por indicar parte de um todo, acompanhadas de
complemento no plural, admitem concordância verbal no
singular, estabelecendo a concordância com o núcleo do
conjunto – concordância gramatical ou lógica, ou no plural,
concordando com o complemento – concordância atrativa
ou ideológica:
‘A maioria dos condenados acabou (ou acabaram) por
confessar sua culpa.’
‘Um grande número de Estados aprovaram (ou
aprovou) a Resolução da ONU.’
‘Metade dos Deputados repudiou (ou repudiaram) as
medidas.’.”
“Aula” da opção e:
Por série aditiva enfática entendemos todas as expressões
que enumerem elementos de mesma função sintática, no
caso, sujeito, com o mesmo sentido da conjunção aditiva
‘e’: não só... mas também; não só... como.
Sobre esse ponto do assunto, contudo, há divergência
doutrinária.
Enquanto o mestre Evanildo Bechara, como vimos, faculta a
flexão verbal, Celso Cunha e Lindley Cintra (obra citada)
destacam que, se não houver pausa entre os sujeitos (e,
portanto, não houver vírgula), o verbo irá para o plural:
“Qualquer se persuadirá de que não só a nação mas
também o príncipe estariam pobres.”
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Observe como foi tratado esse assunto em outra prova da
ESAF.
2 -(Assistente de Chancelaria/2002)
As viagens ao exterior e os encontros com figurões
estrangeiros constituem, desde o reinado de Dom Pedro II,
um trunfo na estratégia das lideranças brasileiras. De fato,
as críticas às viagens internacionais do Presidente da
República ou de outros dirigentes parecem
despropositadas. Tanto o governo como a oposição devem
reposicionar os interesses brasileiros num mundo em plena
mutação. O problema que se coloca é de outra natureza e
se resume numa interrogação pouco formulada na
campanha presidencial: quais devem ser os rumos de
nossa diplomacia?
(Luiz Felipe de Alencastro, Veja, 10/04/2002, com
adaptações)
Assinale a relação de condição incorreta a respeito do
emprego das estruturas lingüísticas no texto.
d) o conectivo “Tanto...como”(l.6) for substituído por Não
só ... mas também, o verbo seguinte pode ser empregado
no plural, “devem”(l.6), ou no singular, deve.
Item CORRETO
Comentário.
Foi considerada correta a faculdade de flexão, mesmo a
série aditiva estando sem pausa, ou seja, sem vírgulas.
Logo, a partir dessas duas questões, podemos afirmar que
o entendimento da ESAF é que, em séries aditivas
enfáticas, o sujeito poderá facultativamente se flexionar no
singular ou no plural, com ou sem pausa.
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“A ‘Guerra Fiscal’ pertence a uma classe geral de
fenômenos que emergem quando iniciativas políticas dos
Governos subnacionais adquirem conotações negativas e
geram efeitos econômicos perversos em decorrência do
caráter insuficiente ou conjunturalmente inoperante do
quadro político-institucional que regula os conflitos
federativos, o qual se revela incapaz de garantir um
equilíbrio mínimo entre interesses locais de forma a evitar
efeitos macroeconômicos e sociais perversos.”
(C. Cavalcanti & G. Prado, com adaptações)
a) A forma verbal “emergem”(l.2), flexionada no plural,
constitui incorreção, pois sua concordância deve se dar com
o substantivo “classe”(l.1), núcleo do grupo nominal “classe
geral de fenômenos”.
Item INCORRETO.
Comentário.
Pronome relativo é assim chamado por fazer referência a
algum outro termo (substantivo, pronome substantivo,
oração substantiva) já mencionado anteriormente
(ANTECEDENTE).
O pronome relativo dá início a uma oração que atribui a
esse antecedente uma característica, estado ou condição.
Por esse motivo, a oração iniciada pelo pronome relativo é
uma oração subordinada adjetiva. Assim, concluímos que
SEMPRE UM PRONOME RELATIVO DÁ INÍCIO A UMA
ORAÇÃO ADJETIVA.
Para respeitar as regras de concordância, deve-se observar
a qual termo o pronome relativo está se referindo, e com
ele será feita a concordância verbal.
No caso da questão de prova, iremos reproduzir
parcialmente a passagem para melhor análise:
“A ‘Guerra Fiscal’ pertence a uma classe geral de
fenômenos que emergem quando iniciativas políticas
dos Governos subnacionais adquirem conotações
negativas”
Nesse período composto, há três orações:
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1ª – oração principal – “A ‘Guerra Fiscal’ pertence a uma
classe geral de fenômenos”
2ª – oração subordinada adjetiva – “que emergem” –
restringe o conceito do substantivo fenômenos.
3ª – oração subordinada adverbial – “quando iniciativas
políticas dos Governos subnacionais adquirem conotações
negativas” – apresenta uma idéia circunstancial de
momento.
Note que o sujeito da oração adjetiva “que emergem” é o
pronome relativo que. O substantivo fenômenos pertence
à oração principal. Contudo, é como se o pronome relativo
somente estivesse “ocupando o lugar” de fenômenos na
oração adjetiva – ele exerce a função de sujeito do verbo
emergir, mas a concordância deve ser feita com a palavra
que está substituindo – fenômenos.
Até imagino o pronome relativo falando para o verbo “Olha
só, sou eu o seu chefe substituto, mas quem manda
mesmo é o meu patrão, o termo a quem eu me refiro, ou
seja, o meu referente - fenômenos. Aqui, só estou
ocupando um lugar que seria dele (“fenômenos
emergem”). Então, se você quiser concordar com alguém,
concorde com ele, ok?”.
Percebe-se que o pronome relativo que tem por
antecedente o substantivo fenômenos (o que emerge não
é a classe, mas os fenômenos), e por isso correta estaria a
flexão do verbo no plural (emergem).
Item INCORRETO.
Comentário.
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Em outra ordem, a última parte da construção equivale a
“desqualificando, ao mesmo tempo, como dinossauros pré-
históricos, os que resiste a eles”.
Nessa estrutura, você percebeu a incorreção gramatical?
Mais uma vez, o sujeito da forma verbal é um pronome
relativo que.
O pronome relativo remete a concordância ao termo
antecedente a que se refere. No caso, o referente é o
demonstrativo “os”, equivalente a “aqueles”; por isso, o
verbo deverá ser conjugado na 3ª pessoa do plural – na
ordem direta “desqualificando os que resistem a ele.”, ou
na ordem apresentada no texto: “desqualificando os que a
ele resistem.”.
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e) E
GABARITO: B
Comentário.
Quando um verbo de transitividade direta ou direta e
indireta estiver acompanhado do pronome se, todo cuidado
é pouco: poderemos estar diante de uma construção de voz
passiva.
Para confirmação, temos de fazer duas perguntas:
1 – O verbo é transitivo direto (TD) ou transitivo direto e
indireto (TDI)?
2 – Existe uma idéia passiva na construção?
Se ambas as respostas forem SIM, estamos diante de uma
construção de voz passiva e, então, o verbo deverá se
flexionar de acordo com o sujeito paciente.
A existência de um objeto direto na transitividade do verbo
é necessária pois, como vimos na aula sobre verbos, o
objeto direto da construção de voz ativa irá exercer a
função essencial de sujeito da voz passiva.
Na questão de prova ora comentada, “o que se procuravam
eram animais exóticos”, temos de fazer duas análises: a
primeira, em relação à construção:
1ª pergunta: O verbo é transitivo direto (TD) ou transitivo
direto e indireto (TDI)?
Resposta: O verbo procurar é transitivo direto (alguém
procura alguma coisa).
2ª pergunta: Existe uma idéia passiva na construção?
Resposta: Sim, existe idéia passiva – os animais eram
procurados.
Conclusão: temos uma construção de voz passiva.
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Período composto: “o | que se procuravam |eram animais
exóticos”
1ª oração: o [pronome demonstrativo = aquilo] eram
animais exóticos – ORAÇÃO PRINCIPAL
2ª oração: que se procuravam – ORAÇÃO SUBORDINADA
ADJETIVA
O pronome que é relativo e tem como antecedente o
pronome demonstrativo o. Por isso, o verbo que o segue
deverá ficar no singular.
Para melhor compreensão, iremos fazer a substituição do
pronome relativo QUE pelo termo que substitui, o pronome
demonstrativo “o”. Para simplificar ainda mais, em vez de
“o”, colocaremos “aquilo”, seu equivalente.
“que se procurava” - “aquilo se procurava” = AQUILO era
procurado.
Viu? O verbo só poderá ficar no singular.
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No próximo ano, estará a Declaração Universal de Direitos
Humanos completando seu cinqüentenário, no limiar do
novo século. Ao longo das cinco últimas décadas,
testemunhamos o processo histórico de gradual formação,
consolidação, expansão e aperfeiçoamento da proteção
internacional dos direitos humanos, conformando(A) um
direito de proteção dotado de especificidade própria. Esse
processo partiu das premissas de que(B) os direitos
humanos são inerentes ao ser humano e, como tais(C)
antecedem a(D) todas as formas de organização política, e
de que sua proteção não se esgota na ação do Estado. Ao
longo deste meio século, como respostas às necessidades
de proteção, tem-se(E) multiplicado os tratados e
instrumentos de direitos humanos, a partir da Declaração
Universal de 1948, tida como ponto de partida do processo
de generalização da proteção internacional dos direitos
humanos.
(Baseado em Antônio Augusto Cançado Trindade)
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E
Gabarito: E
Comentário.
Mais uma vez, estamos diante de um verbo acompanhado
de um pronome se, o que poderá ser um caso de
construção de voz passiva.
Vamos, então, responder às perguntas de confirmação:
1 – É um verbo transitivo direto (TD) ou direto e indireto
(TDI)?
Como não se trata de um verbo, mas de uma locução
verbal, temos de analisar a transitividade do verbo principal
da locução – multiplicar. Na construção, este é um verbo
transitivo direto – ‘Alguém/alguma coisa multiplicou os
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tratados e os instrumentos de direitos humanos.’. Sim, é
TD.
2 – Há idéia passiva? Sim, ‘os tratados e os instrumentos
de direitos humanos foram multiplicados.’
Conclusão: CONSTRUÇÃO DE VOZ PASSIVA.
Relembre que a flexão verbal numa locução: quem se
modifica é o verbo auxiliar (ter) mas da maneira que o
principal (multiplicar) o faria. Assim, a construção verbal
correta, em concordância com o sujeito representado por
“os tratados e os instrumentos de direitos humanos”, é
têm-se multiplicado.
Item CORRETO
Comentário.
Novamente, verbo acompanhado do pronome se. Vamos às
perguntas:
1- É verbo TD ou TDI?
Sim. Na locução “poder discernir”, a transitividade de
discernir (verbo principal) é DIRETA, pois significa
diferenciar, distinguir, discriminar.
2 – Há idéia passiva?
Sim, duas espécies de leis federativas poderão ser
discernidas, ou seja, diferenciadas.
Então, trata-se de voz passiva e o verbo auxiliar deverá
flexionar-se de acordo com o núcleo do sujeito paciente –
espécies – e ir para o plural – podem-se discernir.
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Haveria uma outra possibilidade de construção: “pode-se
discernir duas espécies bem visíveis: leis federais
intransitivas e transitivas.”
Neste caso, o sujeito da forma verbal “pode-se” é a oração
reduzida de infinitivo “discernir duas espécies...”. Esse tipo
de construção é possível com os verbos PODER, DEVER e
outros. Um outro exemplo:
1 - Devem-se manter os animais nas jaulas. – Os animais
devem ser mantidos nas jaulas. – construção de voz
passiva = verbo auxiliar concorda com o núcleo do sujeito:
animais.
2 – Deve-se manter os animais nas jaulas – Deve-se
[manter os animais nas jaulas] - sujeito oracional =
verbo na 3ª pessoa do singular.
São formas igualmente válidas, cada uma com uma análise
sintática diferente. Esse ponto pode ser objeto de questão
do tipo “com barrinha no meio”, cujo enunciado costuma
ser “assinale a opção em que os dois períodos estão
corretos”.
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Constituição, para editar normas gerais de licitação e
contratação.
d) E, ao fazê-lo, inseriu dispositivo não pertinente a esse
campo, mas sim ao direito financeiro.
e) Mas também aí a competência para legislar, embora
concorrentemente com os Estados e Distrito Federal, foi
atribuída à União pelo artigo 24, inciso I, da Constituição.
(Baseado em Austen da Silva Oliveira)
Gabarito: B
Comentário.
Observe como a concordância verbal, em construção de voz
passiva pronominal, é constantemente objeto de questões
da ESAF. Por isso, temos de treinar bastante essa análise.
Quando o enunciado aborda erro de construção sintática,
esse erro pode estar em sintaxe de concordância, de
regência, de colocação, ou seja, deve-se analisar cada
oração com bastante critério para perceber o equívoco.
Como mencionei lá no começo, é para “andar pisando em
ovos”.
No item B, o erro foi com relação à flexão do verbo
estabelecer. Este verbo está acompanhado do pronome
se e, por isso, vamos à análise:
1 – É verbo TD ou TDI? Sim. Alguém estabeleceu
obrigações de pagamento.
2 – Há idéia passiva? Sim. As obrigações foram
estabelecidas.
Conclusão: VOZ PASSIVA.
Sujeito: obrigações de pagamento
Núcleo do sujeito: obrigações
Construção correta: “se estabeleçam obrigações de
pagamento”
O outro erro refere-se à concordância nominal, logo na
seqüência: o que será “mantida”?
Resposta: “as condições efetivas da proposta”.
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Como o núcleo do sintagma nominal é condições, o
adjetivo a ele correspondente deverá se flexionar no gênero
feminino e número plural – mantidas, ficando assim: “...
assegurando que nos certames é preciso haver ‘igualdade
de condições’ entre os concorrentes e que nos contratos ‘se
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as
condições efetivas da proposta’.” .
GABARITO: D
Comentário.
Primeiramente, uma locução verbal acompanhada de
pronome ‘se’ requer análise:
1- o verbo principal (perceber) é TD ou TDI? Sim.
2- Há idéia passiva? Sim – Algo foi sendo percebido.
Conclusão: construção de voz passiva.
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Acontece que o sujeito não está expresso na forma de um
nome (substantivo), mas de uma oração (subordinada)
substantiva. Pergunta-se: o que foi sendo percebido?
Resposta: “que os problemas daquela região são...” – o
sujeito da forma verbal está representada por uma oração.
No caso de sujeito oracional, o verbo DEVE FICAR na 3ª
pessoa do singular (“foi-se percebendo que os
problemas daquela região são...”).
Gabarito: D
Comentário.
Não existe registro do vocábulo PREEMENTE, mas de
PREMENTE, que significa “urgente”, aplicável ao contexto.
Talvez a banca tenha tentado associar esse vocábulo
inexistente ao substantivo PREEMINÊNCIA
(superioridade/grandeza) ou ao adjetivo PREEMINENTE.
O que nos interessa nessa questão é comentar o item (2),
em que temos um bom exemplo de sujeito oracional
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anteposto a um predicado nominal. Por ser “neutro”, o
sujeito representado sob a forma de uma oração mantém o
verbo no singular e, conseqüentemente, da mesma forma,
o predicativo do sujeito (é preciso). Nesse caso, o sujeito
composto está representado pelas três orações reduzidas
de infinitivo: (1ª) aproveitar essas condições, (2ª)
multiplicar o seu efeito benéfico, (3ª) pô-las a serviço de
interesses muito claros – ... – do Brasil em suas relações
com o mundo exterior.
11 - (TCE ES/2001)
O pensamento moral da Ilustração baseava-se em três
idéias centrais: a idéia de que a moral podia ter um
fundamento secular; a idéia de que o indivíduo,
considerado como célula elementar da sociedade, tinha
direito à auto-realização e à felicidade e podia descentrar-
se com relação à vida comunitária, criticando-a de fora; e a
idéia de que existe uma natureza humana universal, de que
existem princípios universais de validação ética, e de que
existe um pequeno núcleo de normas materiais universais.
(Sérgio Paulo Rouanet)
Assinale a opção que está incorreta em relação ao texto.
d) A expressão "baseava-se" (l.1) pode, sem prejuízo para
a correção gramatical do período, ser substituída por eram
baseados.
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substantivo pensamento, a forma correta seria era
baseado.
Deve-se tomar muito cuidado para manter a flexão de
número (singular), de tempo (pretérito imperfeito) e de
modo (indicativo) na transposição de vozes verbais.
12 - (AFC 2002)
Os argumentos em favor da política industrial mudam, mas
em geral eles continuam sofrendo da mesma falta de
embasamento econômico. Um deles, que vem sendo
repetido de uns tempos para cá, é o da economia de
divisas. Identifica-se um item de peso na pauta de
importações como, por exemplo, componentes eletrônicos.
Ora, se o dispêndio com este produto é alto, por que então
não fazer com que ele seja produzido no país por meio de
uma política industrial ativa, poupando-se, desta forma,
moeda forte?
(Adaptado de Cláudio Haddad)
Assinale, entre as substituições sugeridas, a que está em
desacordo com a norma culta.
d) “Identifica-se”(l.5) por É identificado
Item CORRETO.
Comentário.
Repete-se a exigência de troca da voz passiva pronominal
(sintética) para voz passiva analítica, desta vez com
correção.
Foram preservados o tempo e o modo verbal (presente do
indicativo), bem como respeitada a concordância com o
sujeito paciente, que tem como núcleo o substantivo
masculino singular item (“Identifica-se um item de peso”)
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CD e não recebe, simplesmente "deleta" o endereço da loja
virtual pisou na bola.
d) A reação contrária do consumidor é desmezurada. Na
rede esperam-se serviço nota 1000 - ou nada aquém disso.
Itens INCORRETOS
Comentário.
Erro da opção a: quem mostra que a tolerância ao erro no
comércio eletrônico é zero são as pesquisas. Por isso, o
verbo mostrar deveria estar no plural – “Pesquisas nos
Estados Unidos mostram...”.
Erro da opção d: além do erro na grafia de
desmensuradas, houve um erro de sintaxe de
concordância.
O verbo esperar (na construção, transitivo direto) está
acompanhado do pronome se e apresenta uma idéia
passiva (serviço nota 1000 é esperado pelo consumidor), o
que nos leva a concluir que se trata de uma construção de
voz passiva pronominal, cujo verbo deve estar de acordo
com o sujeito paciente (serviço). A construção correta,
portanto, seria “Na rede, espera-se serviço nota 1000”).