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Você está iniciando seu curso de Português no Ensino Médio, seja bem-
vindo !
Queremos caminhar ao seu lado para auxiliá-lo e juntos fazer
descobertas e vencer novos desafios.
Sabemos que a Língua Portuguesa está presente em nosso dia-a-dia, em
nossa comunicação, portanto é importante que saibamos usá-la e interpretá-la
corretamente para compreendermos melhor o mundo em que vivemos.
Pensando nisso é que elaboramos 13 módulos contendo:
▪ Literatura Brasileira
▪ Leitura e Produção de Texto
▪ Estudo da Norma Padrão (gramática)
Lembre-se: o seu esforço e a sua dedicação são os fatores mais
importantes para o seu desenvolvimento e crescimento pessoal.
Desejamos que você consiga vencer ainda mais facilmente o desafio
desse mundo em constante evolução.
Estamos aqui para colaborar com esse desafio.
Então vamos começar !
Boa sorte !
Equipe de Português :
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INSTRUÇÕES
3. Depois que você terminar as atividades, consulte o gabarito de respostas que está
no final da apostila. Você que irá corrigir os exercícios;
5. As redações devem ser feitas com capricho ! Não se esqueça de fazer um rascunho
antes da redação final.
6. Para se submeter às avaliações, você deverá apresentar tudo o que foi solicitado, em
seu caderno.
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MÓDULOS 05 E 06
ÍNDICE
Literatura Brasileira
Romantismo – Poesia.....................................................mód. 05
Romantismo – Prosa.......................................................mód. 06
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ROMANTISMO
Dá-se o nome de Romantismo ao período literário que durou desde 1836 a 1881 (séc.
XIX).
Não!!!
Então, antes de mais nada, é necessário fazer uma distinção entre essas palavras.
AS CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO
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1. Subjetivismo
2. Sentimentalismo
3. Nacionalismo
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4. Idealização
Do herói - o índio brasileiro é dotado de valores e ações tais quais os heróis europeus
medievais. A exaltação de valores, às vezes, está além das limitações humanas.
“Valente na guerra
Quem há como eu sou?
(...)
Quem golpes daria
Fatais como eu dou?”
(Gonçalves Dias)
5. Liberdade de expressão
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“Não sabes criança? Estou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
Mas, onde? No templo, no espaço, nas névoas
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.”
(Castro Alves)
ROMANTISMO – POESIA
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Observe como Gonçalves Dias abordou a temática nacionalista, exaltando a pátria
através de elogios à natureza e idealizando a figura indígena:
AUTOR E OBRA
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SEGUNDA GERAÇÃO: ULTRA-ROMÂNTICA OU BYRONIANA
Leia agora, um fragmento do poema “Adeus, meus sonhos!” de Álvares de Azevedo, onde
o poeta, numa atitude pessimista, deseja a morte como solução para seus amores e sonhos
não concretizados.
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AUTOR E OBRA
ESTUDO DO TEXTO
Se eu morresse amanhã
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Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã !
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
(Álvares de Azevedo)
Vocabulário:
Afã : trabalho, lida, cansaço, fadiga
Louçã: fresca, vigorosa, graciosa
Alva : a primeira luz da manhã
Porvir: futuro
ATIVIDADE I
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2. Observe: “Eu perdera chorando essas coroas”. O eu-lírico lamenta a perda de “coroas” caso
morra. “Essas coroas”, na 2ª estofe, para ele são:
______________________________________________________
Essa geração ficou conhecida como condoreira por ter como símbolo o condor
(ave de alto vôo). Assim como o condor, os escritores dessa geração, através da arte literária,
alçaram vôos em busca da liberdade, denunciando injustiças e fazendo suas reivindicações
sociais.
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Logo, a temática desse período está ligada às questões sociais e políticas, tais como a
abolição da escravatura e o pensamento republicano.
O autor e a obra
Vamos, agora, ler partes de um dos poemas mais conhecidos de Castro Alves, “O Navio
Negreiro”.
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O poema relata o sofrimento dos negros e as péssimas condições a que eram
submetidos quando transportados da África para o Brasil.
O Navio Negreiro
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São os filhos do deserto
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados,
Que com tigres mosqueados
Combatem na solidão...
Ontem simples, fortes, bravos...
Hoje míseros escravos
Sem ar, sem luz, sem razão...
“O Navio Negreiro – tragédia no mar é o exemplo mais vibrante da poesia condoreira. Escrito
em abril de 1868, esse poemeto épico refere-se a uma situação anterior a 1850, ano em que o
tráfico negreiro foi proibido. O poema tornou-se o mais forte grito de indignação utilizado pela
campanha abolicionista.”
Emília Amaral
Vocabulário:
Dantesco: que lembra coisas terríveis descritas pelo escritor Dante Alighieri no “Inferno” de
sua obra Divina Comédia.
Tombadilho: parte do navio destinada a alojamentos.
Luzerna: grande luz, clarão.
Açoite: chicote, vergasta.
Espectro: fantasma; figura imaterial, real ou
imaginária, que povoa o pensamento.
Tufão: vendaval, furacão.
Mosqueado: que tem malhas ou manchas escuras.
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REVISANDO A LITERATURA
Agora, responda em seu caderno algumas questões sobre o que você aprendeu nesta
unidade 05.
3) O período romântico dedicado à poesia é dividido em três momentos. Quais são estes
momentos?
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TEXTO DESCRITIVO
Os textos que você vai ler e analisar, procuram retratar através de imagens criadas pela
sensibilidade do descritor, lugares, pessoas, objetos, os seres em geral. É a atividade lingüística
da descrição.
Descrever é detalhar, individualizar, levando o leitor a sentir, a imaginar, a visualizar o
objeto descrito. Por isso, o ato de descrever baseia-se na percepção, nos cinco sentidos.
O texto que propomos, a seguir apresenta de forma belíssima esse processo de criação e
construção de imagens pela linguagem. Leia-o com atenção.
Hino de Votorantim
Letra e Música: Lecy de Campos
Refrão
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O seu clima é tropical
É um pedaço do Brasil,
E por isso com fervor
Hei de amar até o fim
Essa terra de esplendor
Este meu Votorantim.
Vocabulário:
Laurel: coroa de louros; láurea, lauréola.
Manancial: nascente de água; olho-d'água; fonte.
Reboar: fazer eco; repercutir, retumbar.
Arcano: segredo, mistério.
Pujança: grandeza, poderio, magnificência.
Exuberante: animado, vivo.
Portentoso: maravilhoso, prodigioso.
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LECY DE CAMPOS
O texto que você leu é um hino feito para homenagear a cidade. Neste hino, o autor
percorre os caminhos de sua memória emotiva e expressa toda a sua emoção e sensibilidade
ao descrever um momento da cidade de Votorantim, em versos que nos levam a imaginar e a
recriar uma época dessa cidade que tanto ele amou.
Atividade II
a- ( ) narrativos
b- ( ) descritivos
c- ( ) argumentativos
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3. Releia o refrão e identifique o sentimento predominante que os versos expressam:
a- ( ) Amor
b- ( ) Saudade
c- ( ) Tristeza
d- ( ) Admiração
a- ( ) ao passado
b- ( ) à atualidade
5. Certamente você gostou do hino. Copie a estrofe que você considera a mais bonita, a de
maior criatividade e inspiração.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________
Descreva a rua onde você mora ou trabalha ou onde passou sua infância. Fale das casas,
das pessoas, de partes que lhe trazem lembranças. Relate algo acontecido ali, alguma cena
que ficou marcada em você. Lembre-se de como era há alguns anos e de como é agora.
Enfim, transforme em emoções, o retrato de sua rua. Escreva de 15 a 20 linhas.
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Nesta unidade, estudaremos também os termos integrantes da oração: o objeto direto, o
objeto indireto, o complemento nominal. Sem eles, a informação não fica completa, com
sentido.
Para podermos entender mais sobre esse assunto, vamos ler o trecho a seguir:
• O ar do avião é seco. Pingue soro fisiológico nas narinas a cada duas horas para
evitar que as mucosas se ressequem, facilitando a entrada de micróbios. O
mesmo vale para os olhos (use colírio).
• Tomar água e outros líquidos deixa o organismo sempre hidratado. O
recomendado é um copo a cada duas horas. Evite bebida alcoólica, que, entre
outras coisas, contribuem para a desidratação.
• Se o vizinho de poltrona tosse e espirra o tempo todo, não tenha vergonha de
usar a máscara cirúrgica. É a melhor forma de se proteger de microorganismos
transmitidos por via aérea.
• Em vôos longos, é sempre aconselhável fazer caminhadas pelo corredor para
evitar a formação de coágulos nas pernas, que poderão, no futuro, provocar
problemas mais sérios.
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b. tomar _________________________________________________
c. evite __________________________________________________
d. contribuem _____________________________________________
c. proteger (-se) ___________________________________________
Os complementos verbais que foram localizados recebem o nome de objeto, que pode
ser direto ou indireto.
Vejamos, então, a sua classificação.
OBJETO DIRETO
É o termo da oração que completa um verbo transitivo direto sem o auxílio de uma
preposição. Observe:
OBJETO INDIRETO
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Proteger-se de microorganismos.
V. T. I (prep.) Obj. Indireto.
Como você pode observar os verbos que foram completados acima, têm como
complementos verbais, objetos diretos ou indiretos.
NÃO SE ESQUEÇA!
Principais preposições que acompanham um objeto indireto: com, por, ao, de, da, para,
em, à, sobre, etc.
Os pronomes oblíquos o, a, os, as são utilizados para substituir o objeto direto, enquanto
os pronomes oblíquos lhe, lhes são utilizados para substituir o objeto indireto.
Os outros pronomes oblíquos me, te, se também podem exercer a função de objeto.
Emprestei o livro.
V. T. D Obj. Direto
Emprestei- o.
Obj. Direto
O assunto interessa-lhe.
Obj. Indireto
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COMPLEMENTO NOMINAL
SILVA, Aracy Lopes da. A questão indígena na sala de aula. São Paulo, Brasiliense,1987, p.153-4.
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Veja:
prep.
1. Substantivo
2. Adjetivo Preposição Complemento nominal
3. Advérbio
1.Tenho respeito para com os mais velhos.
2.Estou contente com os resultados.
3.Votou contrariamente ao nosso candidato.
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→ LEMBRE-SE:
O complemento nominal, como o próprio nome indica, está completando um nome
(substantivo, adjetivo ou advérbio).
ATIVIDADE III
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3. Nos exercícios abaixo, assinale a resposta correta para a função sintática do termo
sublinhado.
a- ( ) objeto indireto
b- ( ) objeto direto
c- ( ) complemento nominal
a- ( ) objeto direto
b- ( ) objeto indireto
c- ( ) complemento nominal
a- ( ) objeto direto
b- ( ) objeto indireto
c- ( ) complemento nominal
PARABÉNS!
VOCÊ TERMINOU ESTA UNIDADE!
☺☺☺
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ROMANTISMO - PROSA
Na unidade anterior, você teve seus primeiros conhecimentos sobre o estilo literário
Romantismo. Aprendeu sobre suas principais características e alguns autores da poesia.
Vale lembrar que foi durante o Romantismo que a prosa literária ganhou expressividade.
Gradualmente se desenvolviam os centros urbanos, principalmente o Rio de Janeiro, e o
novo público se formando: jovens estudantes, mulheres da corte, aristocratas rurais,
profissionais liberais, militares, funcionários públicos.
Primeiramente surge o folhetim (histórias publicadas em capítulos nos jornais diários)
que, depois, foi se modificando de acordo com as transformações culturais e as novas
exigências do público.
Em 1844, foi publicado o 1º romance brasileiro chamado “ A Moreninha”, de Joaquim
Manuel de Macedo.
Joaquim Manuel de Macedo inaugurou entre nós o chamado romance urbano, aquele que
tem como cenário a cidade grande. No caso, o Rio de Janeiro, sede do Império. Essa categoria
será cultivada por outros escritores do período.
Nasceu em Itaboraí (RJ). Diplomou-se em Medicina, mas nunca exerceu a profissão. Foi
professor do Colégio Pedro II, a instituição de ensino mais conhecida daquele estado na época.
Exerceu duas vezes o cargo de deputado, foi também poeta, jornalista, historiógrafo, além de
professor e escritor de livros didáticos. Morreu no Rio de Janeiro, em 1882.
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Vamos, agora, ler o resumo da obra:
A MORENINHA
José de Alencar, nosso mais importante prosador romântico, considerava Macedo “um
mestre”. A convivência que se iniciou nessa época entre os escritores contribui para a formação
de uma literatura nacional.
Falando em José de Alencar , saberemos a seguir, um pouco mais sobre este autor.
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O AUTOR
JOSÉ DE ALENCAR
José Martiniano de Alencar nasceu em Mecejana, Ceará. Era filho de uma união ilícita. O
pai era padre, abandonou o celibato e ingressou na carreira política, mudando-se para o Rio de
Janeiro onde José de Alencar iniciou seus estudos elementares. Mais tarde, foi para São Paulo
cursar Direito, porém a maior parte de sua vida viveu no Rio de Janeiro.
Assim como o pai, José de Alencar ingressou na carreira política chegando a ocupar o
cargo de Ministro da Justiça (1868 – 1870).
Foi também professor, crítico, advogado, teatrólogo, mas principalmente, um grande
romancista.
Morreu em 1877, vítima de tuberculose.
José de Alencar em suas obras, procurou retratar a vida na corte, ambientes urbanos e
regionais, o índio, a natureza tropical.
Conhecido também como “lenda do Ceará”, através desta história, José de Alencar quis
nos fazer conhecer, poeticamente, as origens de sua terra natal.
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Conheça um pouco da história lendo um trecho da obra quando Iracema conhece Martim.
TEXTO I
Iracema
José de Alencar
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da
graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como
seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu,
onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando
alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava–lhe o corpo a
sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre
esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o
canto.
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol
não deslumbra; sua vista perturba–se.
Diante dela e todo a contemplá–la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não
algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos
olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem–lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de
sangue borbulham na face do desconhecido.
Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da
mágoa que causara. A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que
gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando
consigo a ponta farpada.
O guerreiro falou:
— Quebras comigo a flecha da paz?
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— Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de meus irmãos? Donde vieste a
estas matas, que nunca viram outro guerreiro como tu ?
— Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já
possuíram, e hoje têm os meus.
— Bem–vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras, senhores das aldeias, e à
cabana de Araquém, pai de Iracema.
©2000 Enciclopédia
Koogan-HouaisDigital
Vocabulário
Iracema (*): em guarani significa “lábios de mel” – de ira, “mel, e tembe,” lábios “. Tembe na
composição altera-se em ceme; é também anagrama da palavra América”.
Jati (*): pequena abelha que fabrica delicioso mel.
Ipu (*): assim chamam ainda hoje no Ceará a certa qualidade de terra muito fértil, que forma
grandes coroas ou ilhas no meio dos tabuleiros e sertões, e é de preferência procurada para a
cultura,
Tabajara (*): senhor das aldeias; de taba, “aldeia”, e jará, “senhor”.
Oiticica (*): árvore frondosa, apreciada pela deliciosa frescura que derrama sua sombra,
Esparziam (*): espalhavam, derramavam, difundiam.
Sesta (*): hora que se descansa ou dorme após o almoço.
Ignotos (*): desconhecidos, ignorados.
Lesta (*): rápida, ligeira, ágil.
Uiraçaba (*): pequeno estojo para guardar as flechas.
Quebrou a flecha (*): era entre os indígenas a maneira simbólica de estabelecerem a paz entre
as diversas tribos, ou mesmo entre dois guerreiros inimigos.
(*) Os verbetes assinalados são do próprio José de Alencar, nas notas ao romance
Iracema.
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ATIVIDADE I
a- ( ) caçando
b- ( ) tomando banho
c- ( ) repousando
4. Ao deparar-se com Iracema, o guerreiro branco é atingido por uma flecha atirada por ela.
Por que ele não revidou?
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6. Iracema, no fragmento lido,
a-( ) indianismo
b-( ) religiosidade
c-( ) idealização do herói
d-( ) saudosismo
e-( ) exaltação à natureza
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Você estudou um fragmento do romance indianista de Alencar. Agora, lerá um
resumo da obra “Senhora”, romance urbano, e verá como o escritor retrata os costumes, os
valores e os conflitos sociais da sociedade carioca da época.
SENHORA
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REVISANDO A LITERATURA
Agora, responda em seu caderno as questões sobre o que você aprendeu nesta unidade
06.
3) José de Alencar, foi o nosso mais importante prosador romântico. O que ele retratava
em suas obras?
4)Qual a principal obra de José de Alencar? E como ficou conhecida esta obra?
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Na unidade anterior, você leu e analisou um texto descritivo sobre a cidade. Nesta,
leremos uma crônica jornalística.
O ciclista audaz
Nélida Piñon
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Como foi escrito no início, o que você leu foi uma crônica
jornalística.
Na crônica, o autor comenta fatos do cotidiano, procurando
transmitir esses fatos de modo bastante pessoal, refletindo sobre
os mesmos através de sua visão de mundo, de seus valores.
A autora da crônica, a escritora Nélida Piñon pertence à
Academia Brasileira de Letras e escreve, regularmente, para
jornais e revistas de grande circulação.
Nesse texto, como você observou, um fato chama a atenção
da cronista que, através de aspectos predominantemente
descritivos, procura refletir sobre a realidade, sobre o dia-a-dia
de nossa gente.
ATIVIDADE II
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Agora, responda em seu caderno:
f) Explique o título.
♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
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2. Agora, faça a associação dessa história com a descrição do ciclista audaz:
b) Que perigos do trânsito, enfrentados pelo ciclista são relacionados aos perigos do
mar e aos obstáculos que Jasão enfrentou?
4. Coerente com a resposta anterior, assinale o que você considera ser o tema do texto.
a) ( ) A agitação do trânsito.
b) ( ) A busca da felicidade.
c) ( ) O heroísmo anônimo e cotidiano do cidadão comum.
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Na unidade anterior estudamos, os termos integrantes da oração, tais como: objeto
direto e indireto e outros.
Agora, estudaremos os termos acessórios da oração: adjunto adverbial, aposto e o
termo independente da oração: vocativo.
ADJUNTO ADVERBIAL
Saiba que, o adjunto adverbial é o termo da oração que se refere ao verbo, ligando-se
a ele com ou sem preposição, e tem a função de indicar uma determinada circunstância.
Veja.
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TIPOS DE ADVÉRBIOS
1. de tempo (Quando?)
Hoje, ontem, amanhã, agora, já, antes depois, tarde, cedo, logo, outrora sempre,
nunca, jamais, etc. e as expressões que indiquem tempo.
2. de lugar (Onde?)
Aqui, lá, cá, debaixo, dentro, fora, longe, perto, além, adiante, etc. e as expressões
que indiquem lugar.
4. de intensidade (Quanto?)
Muito, pouco, mais, menos, bastante, demasiado, demais, meio, assaz, etc. e as
expressões que denotem quantidade ou intensidade.
5. de afirmação
6. de negação ATENÇÃO:
Os advérbios exercem na
frase, a função de
Não adjuntos adverbiais.
7. de dúvida
Talvez, acaso, porventura, provavelmente,etc.
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LOCUÇÕES ADVERBIAIS
Observe:
1.Os jequitibás cresciam no solo do sertão.
(Os jequitibás cresciam onde? “no solo do sertão” é um adjunto adverbial de lugar).
APOSTO
Observe os exemplos:
As expressões “bom velho e capital do Rio Grande do Sul” são apostos. A palavra ou
expressão que explica (esclarece) um termo, geralmente anterior, chama-se aposto. O
aposto costuma vir depois de vírgulas ou travessões.
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TERMO INDEPENDENTE DA ORAÇÃO
Vocativo
Agora observe as frases:
Olá! Amigo! Espere, homem! Ora, Antônio ,espere!
ATIVIDADE III
2. Nas frases abaixo, escreva a circunstância expressa pelo adjunto adverbial sublinhado.
a. “Seis semanas depois, uniram eles seus destinos”.
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3. Nos exercícios abaixo. Assinale a reposta correta para a função sintática do termo
sublinhado.
a) ( ) aposto
b) ( ) vocativo,
c) ( ) adjunto adverbial
a) ( ) vocativo
b) ( ) aposto
c) ( ) adjunto adverbial
a) ( ) adjunto adverbial
b) ( ) aposto
c) ( ) vocativo
PARABÉNS!
VOCÊ TERMINOU ESTE MÓDULO.
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GABARITO – MÓDULO 05
ATIVIDADE I
3- b
5- Ultra-romântica ou byroniana.
REVISANDO A LITERATURA
1- 1836 a 1881.
1-b
2-b
3-a
4-a
5-pessoal
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ESTUDANDO A NORMA PADRÃO
ATIVIDADE III
1. a) I
b) D
c) D
d) I
e) D
2. 1. a
2. b
3. b
4. a
5. b
3. a) b
b) c
c) b
GABARITO – MÓDULO 06
ATIVIDADE I
1) 1. b
2. e
3. f
4. c
5. a
6. d
2) c
3) Um rumor suspeito.
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4) Porque o gesto de Iracema foi rápido.
6) c
8) a – c – e
REVISANDO A LITERATURA
1) No período do Romantismo.
2) Em 1844, “A moreninha”.
Atividade II
2) a) a Jasão.
b) herói, ele demonstrava vocação de apreender os mitos que surgem sob forma de
carros, velocidade, fantasia, o caos de uma cidade.
c) herói anônimo.
3) c
4) c
5) resposta pessoal.
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ESTUDANDO A NORMA PADRÃO
Atividade III
1) a) 4
b) 1
c) 5
d) 2
e) 3
2) a) tempo
b) lugar
c) negação
d) dúvida - modo
3) a) b - vocativo
b) b - aposto
c) a - adjunto adverbial
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Para você pensar ...
" O Sucesso
ou seja, sempre ir
56
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APRESENTAÇÃO
Caro (a) aluno (a),
Equipe de Português :
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INSTRUÇÕES
60
REALISMO (1881 – 1902)
Veja os quadros:
Romantismo Realismo/Naturalismo
Imagina os fatos
Idealiza o homem Analisa os fatos
Observa e estuda o homem.
Sonho de uma época
Retrato de uma época.
Fantasia
Preocupação com a verdade.
O estilo
5
Sempre que falarmos de Realismo, estaremos falando de Machado de
Assis, pois foi o melhor representante do estilo Realista.
O AUTOR E OBRA
6
e imposta natureza e as pressões que impelem os personagens a mudar de
status ou classe social.
Entre 1878 e 1880, antes do salto qualitativo que representa o romance
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), criou contos e poemas que se
tornaram obrigatórios em todas as antologias da língua portuguesa. Este
período é marcado pelo humor muito pessoal, o distanciamento crítico, a
sutileza de análise de atitudes e comportamentos humanos, tudo mesclado a
uma fina ironia em relação aos valores sociais. Exemplos disso são os
contos Filosofia de um par de botas, O alienista e os poemas A mosca azul e
Círculo vicioso.
Seguiram-se, entre outros, Histórias sem data (1884) e os romances
Quincas Borba (1892), Dom Casmurro (1900), Esaú e Jacó (1904), em que a
crescente riqueza de temas e possibilidades narrativas vai desenhando, em
fina ironia, a sociedade e as forças do inconsciente que movem os interesses
de posição, prestígio, dinheiro e poder pelos quais esfalfam-se os homens,
gerando um mundo em que o pobre, o louco e o diferente são sempre
expulsos ou abandonados.
7
Primeira fase – ciclo romântico
Até 1880
Embora o seu estilo não seja tão sentimentalista, suas obras, nesta
fase, são consideradas românticas.
A partir de 1881
RESUMO DA OBRA
Dom Casmurro
8
Livre do sacerdócio, o moço se forma em Direito e acaba se casando
mesmo com Capitu. O casal viveu muito bem, Bentinho progredindo, mantém
amizade com Escobar e Sancha. A vida segue o seu curso. Nasce-lhe um
filho, Ezequiel.
Escobar morre e, durante o seu enterro, Bentinho começa a achar
Capitu estranha: surpreende-se contemplando o cadáver de uma forma que
ele interpreta como apaixonada.
A partir do episódio, Bentinho se consome em ciúmes e tem início uma
crise no casamento. Ezequiel se torna cada vez mais parecido com Escobar
– o que precipita em Bentinho a certeza de que ele não é seu filho. Em
conseqüência disso, o casal se separa. Capitu e Ezequiel vão para a
Europa. Algum tempo depois ela morre.
Já moço, Ezequiel volta ao Brasil para visitar o pai, que constata a
semelhança entre filho e o antigo colega de seminário. Ezequiel morre no
estrangeiro. Bentinho cada vez mais fechado em sua duvida, ganha o
apelido de “Casmurro” e se põe a escrever o livro de sua vida”.
Estudo do texto
OLHOS DE RESSACA
Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis
despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos.
Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu,
amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria
arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns
instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira
lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...
9
As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as
depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de
carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha
também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais
os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como
a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da
manhã.
Enciclopédia Koogan-Houaiss
Digital
ATIVIDADE I
__________________________________________________________
10
4. Assinale a única alternativa que não está correta.
Percebemos que o narrador
a-( ) enxugou as lágrimas e ficou observando atentamente as reações mais
íntimas de Capitu.
b-( ) foi ao velório com único propósito de acompanhar o sepultamento do
amigo.
c-( ) observa a dor da viúva ao despedir-se do marido.
d-( ) vê que há em Capitu um sofrimento tão grande ou maior que o da
viúva.
ATIVIDADE II
__________________________________________________________
11
Você estudou a vida e um pouco das obras de Machado de
Assis. Sabemos que este escritor é valioso demais para que seu
conhecimento fique apenas nesta unidade de estudo.
Procure outras obras didáticas para ampliar seus conhecimentos,
certo?
NATURALISMO
Você vai conhecer agora uma estética literária que assumiu o Realismo
integralmente, só que foi além.
Para os Naturalistas, a denúncia era muito mais importante que o
estilo. E assim focalizaram em suas obras os aspectos mais chocantes do
indivíduo: as taras, os desvios de comportamento, os problemas mais tristes e
degradantes que vive o ser humano.
12
“A primeira que se pôs a lavar foi a Leandra, por alcunha a
“Machona”, portuguesa feroz, berradora, pulsos cabeludos e grossos,
anca de animal do campo. Tinha duas filhas, uma casada e separada do
marido. Ana das Dores, a quem só chamavam a “das Dores”, e outra
donzela ainda, a Nenen, e mais um filho, o Agostinho, menino levado dos
diabos, que gritava tanto ou melhor que a mãe. A das Dores morava em
sua casinha à parte, mas toda a família habitava o cortiço.”
O AUTOR E A OBRA
13
Aluísio de Azevedo nasceu em São Luís, Maranhão. Estudou no Liceu
Maranhense onde recebeu excelente formação. Tinha como vocação, a arte e
a pintura.
Com 19 anos, foi para o Rio de Janeiro e dedicou – se ao desenho e à
pintura na Imperial Academia de Belas Artes.
Contribuiu para jornais como: Semana Ilustrada, Zig Zag, O Mequetrefe,
O Fígaro.
Voltou para o Maranhão em 1878 após a morte de seu pai.
Em sua cidade natal, passou a colaborar na imprensa local e ajudou a
fundar o jornal anticlerical “O pensador”.
Fique sabendo:
Resumo da obra
O Cortiço
14
contra o qual não podem lutar, o romance funcionado como um documento da
realidade social que leva o leitor a refletir, dentre outras.
João Romão é um ganancioso comerciante de origem portuguesa, dono de
pedreira e de um terreno de bom tamanho, no Rio de Janeiro onde constrói
casinhas de baixo custo para alugar.
Uma ex-escrava negra, chamada Bertoleza, não só vive com o português,
como também o ajuda no armazém que ele mantém no lugar.
Aos pouco, forma-se o cortiço que incomoda o vizinho Miranda, dono de uma
loja próxima.
Chefe de uma família composta pela esposa Estela e pela filha Zulmira,
Miranda sempre reclama da situação sórdida do lugar. João Romão , por usa
vez, também não aprecia o vizinho e com ele manterá rivalidade. O cortiço
vai ganhando cada vez mais habitantes.
Quando Jerônimo, um operário português trabalhador na pedreira, muda-se
com a esposa Piedade para lá, a situação começa a sofrer alterações.
Jerônimo se apaixona pela mulata Rita Baiana, comprometida com o
capoeirista Firmo, morador de outro cortiço. Com a evolução dessa paixão,
Firmo e Jerônimo acabam se enfrentando e o português leva uma navalhada
do capoeirista. Entrementes, João Romão começa a se interessar por Zulmira,
filha do comerciante Miranda – sonha casar-se com ela e mudar de condição
social. Jerônimo, que acaba se juntando a Rita Baiana, arma uma cilada para
Firmo e o assassina a pauladas.
Atividade III
15
a-( ) procura explicar cientificamente a conduta e o modo de ser dos
personagens, influenciados por fatores externos, que condicionam a vida do
homem.
b-( ) que as forças naturais, com a interferência apenas de Deus, moviam o
homem.
__________________________________________________________
a-( ) Romantismo
b-( ) Realismo
c-( ) Naturalismo
d-( ) Parnasianismo
__________________________________________________________
REVISANDO A LITERATURA
16
4) Os Naturalistas tinham a denúncia mais importante do que o estilo.
Quais os aspectos mais chocantes do indivíduo em suas obras?
17
18
TEXTO PUBLICITÁRIO
PUBLICIDADE
19
As mensagens do texto publicitário são direcionadas a um
determinado público consumidor. Geralmente, usam como recursos:
20
TEXTO COMENTADO
3
Criativa
Criativa
4 Jeito de vestir e de viver
21
Observe também, o uso de frases curtas.
3- Logotipo (marca)
4- “Slogan”
5- Ilustração (fotografia)
Você deve ter percebido que todo o modo de construir o texto foi
direcionado a um público alvo: à mulher.
Observe: quem gosta de cuidar da forma?
Observe também as qualidades e o nome (marca) do
produto e associe-os à figura da jovem.
O uso do pronome de tratamento você procura
estabelecer uma intimidade com o leitor/consumidor, como se o produto
tivesse sido feito, especialmente, para a pessoa que lê.
Enfim, você observou que todos os elementos do texto
são direcionados a um determinado público alvo e através do trabalho criativo
com a linguagem verbal e não-verbal (palavras e imagens) procura-se, então,
vender o produto que anuncia.
22
Proposta 1
23
24
Caro (a) aluno (a), nossa sociedade está sujeita a regras a que devemos
obedecer. O mesmo acontece com a linguagem: ela tem normas, princípios
que precisam ser obedecidos.
Antes de qualquer coisa, é conveniente lembrar que nem todas as
pessoas falam da mesma forma. O uso que cada falante faz da língua varia
de acordo com sua idade, sua instrução, a região em que vive e a situação em
que a fala ocorre. As diferenças podem estar no vocabulário, na maneira de
pronunciar as palavras ou no tom de voz.
Em casa ou com os amigos, nós empregamos uma linguagem mais
informal do que nas provas da escola, Poe exemplo. Ao conversar com
nossos avós, não convém utilizar algumas gírias, pois eles poderiam ter
dificuldades em nos compreender.
É fácil verificar que não falamos do mesmo jeito com todas as pessoas.
Se estivermos em uma reunião de trabalho, em uma situação ou em um
contexto formal, nossa linguagem já não será a mesma. Nestes casos,
procuramos usar uma linguagem mais cuidada, escolhendo as palavras. Tudo
é questão de combinar a situação e a linguagem.
Numa dissertação solicitada num vestibular ou num concurso público já
precisamos empregar um vocabulário mais formal.
Esses fatos nos levam a concluir que existem níveis de linguagem: o
coloquial (informal) e o culto (formal).
25
Veremos a seguir, alguns casos mais comuns da língua popular:
26
5) Luvas se vestem ou se calçam? (ambas corretas)
Luvas, meias, sapatos, botas, chinelas e sandálias se vestem ou
se calçam, indiferentemente, porque calçar significa revestir pés,
pernas ou mãos com o vestiário que lhe é próprio.
Não engula essa, caro leitor! Embora caros convém comprar dois
pães ou até mais.
Eis os plurais em – ães: alemães, cães, capelães, capitães,
escrivães pães, tabeliães, etc.
27
Depois que vimos alguns casos em que usamos, releia-os com
atenção, pois depois na avaliação nós veremos novamente.
VERBO
Indica estado;
Ex.: A menina está feliz.
28
ATIVIDADE IV
Compare:
29
TEMPOS VERBAIS
ATIVIDADE V
30
31
32
PARNASIANISMO
Língua Portuguesa
Olavo Bilac CURIOSIDADES...
Última flor do Lácio, inculta e bela, Flor do Lácio. Por
És, a um tempo, esplendor e sepultura: quê?
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela... A língua
portuguesa
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
originou-se do
Tuba de alto clangor, lira singela,
latim, falada pelos
Que tens o trom e o silvo da procela!
romanos da antiga
E o arrolo da saudade e da ternura!
região do Lácio, na
Itália.
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo! Mais tarde, os
Amo-te, ó rude e doloroso idioma, romanos
conquistaram a
Em que da voz materna ouvi: “Meu filho!”
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Saiba mais....
Ganga – resíduo de jazida, em geral é
inaproveitável
Tuba – trombeta de metal
Clangor- som estridente
Trom – som de canhão
Silvo- som agudo
Procela- tempestade marítima
33
Na primeira estrofe, Bilac afirma que a língua portuguesa é preciosa
(ouro), mas, contém resíduo (ganga impura), ou seja, elementos lingüísticos
de que deve libertar-se para surgir brilhante.
Em “A bruta mina entre os cascalhos vela” vemos que a língua é um
metal precioso que se esconde em uma jazida inexplorada.
Nas três últimas estrofes, Bilac faz uma declaração de amor à língua
portuguesa.
A ÉPOCA
“Estes fiéis seguidores da arte pela arte (de Théophule Gautier) dariam
a feição mais característica poesia anti-romântica”.
Vaso chinês
Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o
Casualmente,uma vez, de um
perfumado
Contador sobre o mármore luzidio,
Entre um leque e o começo bordado.
Raimundo Correia
Veja como Olavo Bilac escreveu sobre essa difícil tarefa de ser
poeta.
Profissão de fé
(Fragmentos)
35
Imito-o. E, pois, nem de Carrara
A pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara
O ônix prefiro.
36
Autor e obra
Estudo do texto
A um poeta
37
ATIVIDADE I
Plena Nudez
38
Não essas produções que estufa escura
Das modas cria, tortas e enfezadas.
SIMBOLISMO
1
Nesta época, a literatura procura a valorização do mundo interior, sede
de valores espirituais e afetivos. A atitude do poeta, agora subjetiva,
assemelha-se à dos românticos, mas pretende ser mais radical: enquanto
os românticos estacionavam no nível da emoção, os simbolistas levam a
efeito um mergulho mais profundo, principalmente no que diz respeito ao
misticismo (disposição para crer no sobrenatural). Propõem uma arte
baseada na expressão de estados subjetivos, misteriosos, ilógicos, ou seja,
aquilo que só admite expressão simbólica, pois não pode ser codificado
pela razão.
Ao ler um poema simbolista, devemos nos deixar levar pelas
sugestões que provoca.
A fusão de poesia e prosa é característica do Modernismo antecipada
pelos simbolistas. O pequeno grupo de simbolistas agregou-se em torno de
Cruz de Souza, nosso mais importante autor desse estilo. A morte do
poeta, em 1898, provocou a dissolução do grupo.
Se na literatura européia o Simbolismo teve grande aceitação, o
mesmo não ocorreu no Brasil, pois esse estilo mal se fez notar pelo
público, acostumado a ler poesia parnasiana.
Hoje a pessoa simbolista é considerada fundamental para o
surgimento do Modernismo no Brasil.
AUTOR E OBRA
2
Antero de Quental. Entre seus livros destacam-se Missal (prosa, 1893) e
Broquéis (poesia, 1893). Evocações (1898), Faróis (1900) e Últimos
sonetos (1905) foram publicados postumamente, graças ao esforço do
amigo Nestor Victor. Cruz e Sousa morreu tuberculoso em Sítio, Minas
Gerais.
Cruz e Souza
Vocabulário:
Plangente: que chora, triste, lastimoso.
Dormente: entorpecido.
Ignoto: desconhecido.
Velado: coberto com véu; disfarçado.
Volúpia: grande prazer.
Vórtice: redemoinho.
Vulcanizado: ardente, inflamado.
3
Outro conhecido autor do Simbolismo é Alphonsus de
Guimaraens. Conheça este autor:
Alphonsus de Guimaraens (1870-1921), poeta brasileiro, nascido em
Ouro Preto, Minas Gerais, com o nome de Afonso Henriques da Costa
Guimaraens. Representante do simbolismo na literatura brasileira estreou
em 1899 com dois volumes de versos, Setenário das dores de Nossa
Senhora e Câmara ardente. No ano seguinte, passou a colaborar em A
Gazeta, de São Paulo. A publicação de Kyriale, em 1902, consagrou-o nos
meios literários, mas não evitou que, no ano seguinte, tivesse graves
dificuldades financeiras porque seu cargo de juiz-substituto em Conceição
do Serro foi suprimido. Tornou-se, então, diretor do jornal político
Conceição do Serro, onde colaborariam Cruz e Sousa, José Severiano de
Resende e Archangelus de Guimaraens, seu irmão. Em 1906, obteve o
cargo de juiz municipal de Mariana, Minas Gerais, onde permaneceu até a
morte. Foi, essencialmente, um poeta místico. Publicou também um
volume em prosa, Mendigos (1920). Após sua morte, foram editadas mais
duas obras: Pauvre lyre (1921) e Pastoral aos crentes do amor e da morte
(1923).
Ismália
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
E, no desvario seu,
4
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
Alphonsus de Guimaraens
Vocabulário:
Desvario: loucura.
Ruflar: bater de asas.
ATIVIDADE II
________________________________________________________
5
REVISANDO A LITERATURA
6
7
No módulo anterior, você já conheceu um pouco do texto publicitário.
Enfim, você observou que todos os elementos do texto são direcionados a
um determinado público-alvo e através do trabalho criativo com a
linguagem verbal e não-verbal (palavras e imagens) procura-se, então,
vender o produto que anuncia.
Observe a propaganda abaixo e responda as perguntas que vem a
seguir.
8
Responda as perguntas em seu caderno, relacionadas com a
propaganda anterior.
7) Copie do texto:
a) os adjetivos que o autor usou para “mostrar” como ficará sua
pele, usando BANANA BOAT:
9
10
No módulo anterior, você viu alguns casos sobre a linguagem culta e
coloquial.
Neste módulo continuaremos a ver mais casos de dúvidas comuns à
gramática.
11
Ingressos GRÁTIS ou GRATUITO?
Ao invés de significa "ao contrário de" diferente de "em vez de", que
não exprime necessariamente alternativa inversa.
A FIM ou AFIM ?
A locução "a fim" expressa objetivo, finalidade ("a fim de [algo]; a fim
de que [ação]").
12
Uso de MAIS, MAS e MÁS
13
CRASE
Então veja:
14
O pequeno barco voltou a + ( ) Manaus.
Preposição O substantivo
exigida por
voltar. ( voltar a
Manaus não
algum lugar) apresenta artigo.
15
• Se antes da palavra masculina aparece apenas o – não use
crase.
Exemplos:
A festa de final de ano será realizada à noite. ( locução que indica
tempo)
Exemplos:
A humanidade está à procura de um mundo melhor.
Os alunos estão à espera do final das aulas.
A loja fica à direita da ponte.
16
CASOS EM QUE NÃO OCORRE CRASE
2) Antes de verbos.
Ex.: Ela começou a observar melhor a natureza.
ATIVIDADE III
17
3) Assinale a alternativa correta:
♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
18
GABARITO
MÓDULO 07
Atividade I
1) a
2) a
3) a
4) b
Atividade II
1) A e B
2) A e D
Atividade III
1) a
2) a
3) c
19
REVISANDO A LITERATURA
Atividade IV
1) a. Escreva a carta.
b. Ajude os mais inexperientes.
c.Volte logo.
d. Escrevam o resumo.
2) a. ordem
b. pedido
c. pedido
d. ordem
20
Atividade V
1) a. ação
b. fenômeno
c. mudança de estado
d. mudança de estado
2) a. João gostou...
João gostará...
c. Maria compra...
Maria comprará...
GABARITO
MÓDULO - 08
Atividade I
1) quatro estrofes.
4) Resposta . pessoal.
5) B, C e E.
Atividade II
1) A loucura.
2) A alma sobrevive no espaço idealizado pela religião ( o céu ) e matéria
permanece no plano terreno.
21
REVISANDO A LITERATURA
7) Não, pois esse estilo mal se fez notar pelo público, acostumado a ler poesia
parnasiana.
3) Nas melhores praias do Brasil e do mundo, onde tem gente bonita , tem
Banana Boat.
7) A) suave e macia.
9) Pessoal.
10) Pessoal.
22
ESTUDANDO A NORMA PADRÃO
ATIVIDADE III
1) a) mau
b) mal
c) mau
d) mal
2) a) porque
b) porquê
c) por quê
d) por que
3) b
4) a
5) d
6) c
7) a) a
b) à
c) à
d) a - à
e) à
f) a
g) a - à
h) a
23
BIBLIOGRAFIA
24
Paulo, Ática, 2002.
25
esta apostila foi elaborada pela
equipe de português do CEESVO
centro estadual de educação supletiva
de votorantim
professoras:
professoras - 2007
cristiane albiero
ilza ribeiro da silva
ivânia valente miranda
sandra mara romano
MAURA BERTACO TEOBALDO
DIREÇÃO:
DIREÇÃO:
ELISABETE MARINONI GOMES
MARIA ISABEL R. DE C. KUPPER
Observação
26