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Modalidade culposa
§ 2º - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Seu objeto jurídico é a incolumidade
pública, especialmente a saúde pública.
Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
Sujeito passivo é a coletividade, não
havendo crime se atinge número limitado
de pessoas. É crime de perigo abstrato.
Admite-se tentativa. Se resulta morte,
aplica-se o art. 285. Se a substância que o
agente jogou na água tornou-se tão
repugnante que ninguém iria bebê-la,
desclassifica-se para corrupção de água
(art. 271).
Corrupção ou poluição de água potável
Art. 271 - Corromper ou poluir água
potável, de uso comum ou particular,
tornando-a imprópria para consumo ou
nociva à saúde:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
Seu objeto jurídico é a incolumidade pública,
especialmente a saúde pública. Sujeito ativo
pode ser qualquer pessoa. Sujeito passivo é a
coletividade. É necessário provar que a água,
antes do fato, era potável. É crime de perigo
presumido. Consuma-se com a corrupção ou
poluição da água, sendo desnecessário dano
efetivo às pessoas. Admite-se tentativa. Não é
necessário que a água seja irrepreensivelmente
pura, bastando que se trate de água que se possa
razoavelmente utilizar para beber e cozinhar,
habitualmente usada por indeterminado número
de pessoas.
Falsificação, corrupção, adulteração ou
alteração de substância ou produtos
alimentícios
Modalidade culposa
§ 2º - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e
multa.
Seu objeto jurídico é a incolumidade pública,
especialmente a saúde pública. Sujeito ativo
pode ser qualquer pessoa. Sujeito passivo é a
coletividade, isto é, número indeterminado de
pessoas.
Tipo objetivo: corromper, que tem a
significação de estragar, infectar, desnaturar
(alterando a própria essência); adulterar, isto é
alterar (mudar, modificar) para pior; falsificar,
que de entende por contrafazer, dar aparência
de genuíno ao que não é.
Damásio afirma que a nova redação do artigo
fere o princípio da proporcionalidade, pois
sanciona com a mesma intensidade as condutas
que tornam o alimentos nocivo á saúde e
reduzem-lhe o valor nutritivo, esta bem menos
grave. É crime de perigo, não se exigindo dano
efetivo. Mas o perigo deve ser concreto,
exigindo-se a capacidade de produzir dano à
saúde. Exige-se que o alimento seja destinado a
número indeterminado de pessoas; se para um
número determinado, tem-se o crime do art.
132. Admite-se a tentativa.
Falsificação, corrupção, adulteração ou
alteração de produto destinado a fins
terapêuticos ou medicinais
V - de procedência ignorada;
§ 2º - Se o crime é culposo:
Modalidade culposa
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de dois meses a um
ano.
Seu objeto jurídico é a incolumidade
pública, especialmente a saúde pública.
Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa que
esteja à frente da farmácia (Damásio).
Hungria considera que só pode ser o
farmacêutico, prático autorizado ou
herbatário. Sujeito passivo é a coletividade.
O fornecimento pode ser a título gratuito ou
oneroso. O desacordo pode se referir à
espécie, qualidade ou quantidade do
medicamento. Para Magalhães Noronha, se
o desacordo for para melhor, não se
caracteriza o delito.
Não interessa o fato de o medicamento
fornecido possuir o mesmo efeito do
substituído. A receita deve ser de médico; se
de dentista, psicólogo, etc. o fato é atípico. Se
o sujeito fornece o medicamento em
desacordo com a receita médica que lhe foi
apresentada, visando à morte do doente,
responde por homicídio, e não por este crime.
Consuma-se com a entrega do medicamento,
independentemente da utilização do
adquirente.
É crime de perigo presumido ou abstrato.
Comércio clandestino ou
facilitação de uso de
entorpecentes
(art. 281)
(Revogado pela Lei nº 6.368,
1976)
Exercício ilegal da medicina, arte
dentária ou farmacêutica
Art. 282 - Exercer, ainda que a título
gratuito, a profissão de médico, dentista
ou farmacêutico, sem autorização legal
ou excedendo-lhe os limites:
Pena - detenção, de seis meses a dois
anos.
Parágrafo único - Se o crime é praticado
com o fim de lucro, aplica-se também
multa.
Seu objeto jurídico é a saúde pública. Sujeito
ativo na forma típica do exercício “sem
autorização legal”, pode ser qualquer pessoa; na
modalidade do exercício “excedendo-lhe os
limites”, trata-se de crime próprio, que só pode ser
cometido por médico, dentista e farmacêutico.
Sujeito passivo é a coletividade e a pessoa
atendida. O crime é habitual: exige-se a reiteração
de atos, de forma a constituir um estilo de vida.
Atos ocasionais não são típicos (há quem entenda
que basta um único ato). Se o agente exerce outra
profissão comete a contravenção do art. 47 da
LCP. A eficiência do tratamento não aproveita ao
agente, pois o legislador presumiu o perigo.
Quanto ao estado de necessidade, existem
duas posições: a) não pode ser alegado, em
face da habitualidade; b) pode, em
determinadas situações (ex.: localidade sem
recursos). Não se admite tentativa (crime
habitual). É crime de perigo abstrato.
Configura o crime: a) manter laboratório de
análises clínicas; b) protético que exerce a
profissão de dentista. Não configura o crime:
a) exercício legal de protético; b) ser
proprietário de farmácia; c) exercício ilegal da
profissão de massagista e enfermeiro.
Charlatanismo