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O ARCO-ÍRIS

A luz branca é uma mistura de muitas cores. Quando a luz branca, atravessando o ar, passa
obliquamente por uma substância de densidade diferente, como um prisma de vidro ou uma
massa de água, as várias cores se separam produzindo o espectro.
Forma-se um espectro de grandes proporções quando a natureza expõe um arco-íris no céu.
Nesse caso os "prismas" da natureza são as milhares de gotículas de água que permanecem
no ar depois da chuva. Cada gotícula decompõe a luz branca do Sol num pequenino
espectro.

O arco-íris ocorre devido à refração da luz nas gotículas de água no ar. Inicialmente, a luz
branca proveniente do Sol sofre refração ao atingir cada gota de água, prosseguindo no
interior dela. Quando atinge a outra superfície de separação da gota, ela sofre reflexão total
e continua em seu interior. Ao atingir outro ponto da superfície de separação, as luzes
coloridas sofrem nova refração e saem da gota, retornando à atmosfera separadamente,
produzindo o efeito característico do arco-íris.
Um observador situado na superfície da Terra não recebe todas as cores provenientes de
uma só gota, pois estas cores, ao atingirem o solo, estão muito separadas umas das outras.
Como se pode ver na figura acima, a luz vermelha que chega ao observador é proveniente
de gotas mais altas e a luz violeta, de gotas mais baixas.
Os arco-íris só podem ser vistos quando se está de costas para o Sol e de frente para as
gotas de chuva iluminadas.

Do alto de uma montanha ou a bordo de um avião é possível ver-se o arco-íris completo,


em toda sua circunferência. Da superfície da Terra, só enchergamos parte dele, ou seja, um
"arco", porque a própria Terra intercepta grande parte dos raios solares.

O CÉU AZUL
O estudo da difusão da luz esclarece os porquês de uma série de fatos comuns na vida
diária, aos quais ninguém presta muita atenção, e que no entanto ocorrem em condições
bem particulares: o azul do céu ao meio-dia, por exemplo, ou o vermelho-sangue
característico do pôr-do-sol. De fato, o céu somente assume coloração para observadores
situados na superfície da Terra. A imagem que um astronauta em órbita ao redor do planeta
tem do "céu" é completamente diferente: um imenso fundo negro imutável, no qual as
estrelas jamais se escondem. Na realidade essa é a aparência a uns 16 km acima da
superfície terrestre, onde a atmosfera se rarefaz, quase desaparecendo. O céu lunar, por
exemplo, é totalmente escuro e incolor, porque a lua não possui atmosfera.

Se projetarmos luz num recipiente de vidro, donde se tenha extraído o ar e toda a poeira,
visto de lado o recipiente parecerá preto. Soprando no recipiente de vidro a fumaça de um
cigarro, veremos delinearem-se nitidamente no fundo escuro as esferas de luz, brancas e
esplandecentes. Ao encontrar as partículas de fumaça, a luz desvia-se, dispersa-se; e essa
luz espalhada atinge os nossos olhos; nós a vemos. Eis a razão por que, de dia, há luz na
Terra. A luz desviada, reflexa difusamente de toda a parte e que, em suma, deriva do Sol,
espalha-se no espaço todo.
A atmosfera é composta de muitas partículas: gotas de água, fumaça e gases, todas elas
afastam os raios solares que entram na atmosfera do seu caminho direto; desviam-na para
os nossos olhos, fazem-na visível.
A luz que a Terra recebe do Sol é composta de radiações de todos os comprimentos de
onda; essas radiações são difundidas em diferentes graus pelos gases da atmosfera
(particularmente as moléculas de oxigênio e nitrogênio). Aquelas correspondentes ao
vermelho, por exemplo, praticamente não sofrem difusão; para o amarelo a difusão é pouco
maior; é mais acentuada para o verde; e para o azul e o violeta, as ondas percorrem um
verdadeiro ziguezague. Estas últimas são as radiações mais difundidas de todas. Assim a
cor do céu, com o Sol a pino, é determinada principalmente pela mistura das cores azul e
violeta.

Por outro lado, quando o caminho através da atmosfera é bastante extenso, quando à tarde o
Sol declina, vêm-se apenas raios vermelhos e amarelos; o azul perde-se no caminho. Isso
acontece porque as radiações que chegam a um observador são predominantemente as que
sofrem menor difusão na atmosfera, os seja, o vermelho e o amarelo.

As mudanças na atmosfera
As inumeráveis mudanças, grandes ou pequenas, das condições atmosféricas criam uma
ampla variedade de diferenças nas cores do Sol e do céu sobre a Terra. No verão, depois de
um longo período de falta de chuvas, partículas de areia e de poeira carregadas pelo vento
difundem cada vez mais o vermelho na luz solar. A mistura resultante da luz vermelha e
azul torna o céu esbranquiçado. As fortes chuvas, que acabam com a longa seca, levam
embora a poeira, e o céu fica mais claro e de um azul mais carregado. Nos cumes das altas
montanhas e nas altitudes dos aviões de carreira, onde a atmosfera está livre das camadas
concentradas de poeira e de umidade - as quais, raramente se elevam a mais de mil metros
sobre a Terra -, o céu é de um azul muito mais carregado do que ao nível do mar.

Por que as nuvens são brancas?


As nuvens contém uma grande quantidade de gotículas de água e pequenos cristais de gelo,
que agem como pequenos prismas, decompondo a luz solar nas sete cores básicas:
vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Para quem olha a nuvem, o resultado
final é a soma de todas essas cores: o branco

ILUSÕES ÓPTICAS

O sistema visual e o cérebro não são prolongamentos do mundo ou servos seus; eles têm
propriedades únicas que podem causar modificações nas informações recebidas pelo olho.
Além disso, as informações fornecidas pelo olho nem sempre são exatas ou simples. Quase
todos os sinais de visão espacial e distância e, consequentemente, quase todas as situações
visuais contém um potencial de ambigüidade. Quando a ambigüidade surge ela é chamada
de ilusão.
As ilusões ópticas são desnorteantes e complexas. Podem ser descritas, classificadas e, em
alguns casos, parcial ou totalmente explicadas. Quase todas as ilusões geométricas ou
espaciais subtendem um ou mais de vários fenômenos básicos. Por exemplo, círculos
sempre tendem a ser subestimados em tamanho. Linhas retas tendem a ser superestimadas
em comprimento. Ângulos agudos são superestimados, e os obtusos, subestimados. Um
mero quadrado parece ter maior altura que largura. O tamanho aparente do quadrado
depende de sua posição, se ele está colocado em ângulo ou de lado. De grande importância
são certos desenhos a traço: A figura acima mostra dois perfis ou uma taça? Quem decide é
o seus cérebro. Mas como decidir, se as linhas fazem sentido tanto na figura quanto no
fundo claro?

(As linhas são paralelas ou convergentes?)

As ilusões têm sido geralmente consideradas como criadoras de um problema específico na


psicologia da visão. No passado, esses fenômenos eram atribuídos a "erros de julgamento"
ou "más interpretações". Hoje, porém, a maioria dos pesquisadores consideram tal
classificação imprópria.
Além disso, rejeitar as ilusões como erros de julgamento ou más interpretações parecia
perpetuar a noção de que todas as outras percepções eram corretas. Essa distinção pode
parecer lógica se considerarmos a visão como um processo de cópia e depois perguntar se a
cópia está certa ou errada. Mas a visão não é assim tão simples. Se por "correto"
entendermos que o sistema visual dá uma reprodução exata dos eventos físicos no
ambiente, então devemos estar preparados para situar todos os fenômenos visuais na
categoria de ilusão.
Quando o olho não consegue detectar as oscilações luminosas do cinema e da televisão, ele
está dando uma interpretação imprecisa do evento físico. Um exame da maior parte dos
dados de visão não revelaria nenhum exemplo daquilo que poderia ser chamado
precisamente de percepção correta.
(Os pontos no cruzamento das linhas são brancos ou pretos?)

A visão está sujeita a dois tipos principais de ilusão: as ópticas e as de adaptação. As


primeiras podem revelar aspectos desconhecidos do modo de ver e julgar o mundo exterior.
São elas que levam o observador a avaliar erroneamente distâncias, aberturas angulares,
dimensões, etc.
As ilusões de adaptação são também muito freqüentes, e decorrem da acomodação da visão
a uma nova situação, diferente da anterior. Suponha-se, por exemplo, um observador
transportado repentinamente de uma paisagem plana ou com ligeiras ondulações, para um
lugar com relevo íngreme. A princípio, ele sentirá como muito fortes todas as inclinações
que vê; gradativamente, porém, os detalhes vão sendo reelaborados e as inclinações serão
apresentadas menos fortes do que o são na realidade.
Outra ilusão de adaptação é a das cores. Permanecendo muito tempo num ambiente
iluminado com luz vermelha, um observador habitua-se a distinguir os semitons das cores
dos objetos. Se, depois, esse observador sai para o ar livre, ou o ambiente em está é
subitamente iluminado com luz branca, tudo parecerá verde, a cor complementar do
vermelho.
Muitíssimas ilusões de adaptação relacionam-se com a visão das cores, e outras tantas com
o movimento.

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DALTONISMO

O daltonismo é uma deficiência na visão que dificulta a percepção de uma ou de todas as cores.
Durante séculos, os problemas relacionados com a visão das cores não encontraram mais que soluções e
interpretações puramente empíricas. Foi somente por volta de 1801 que o físico inglês Thomas Young formulou,
em termos de hipótese, a primeira explicação científica para a sensibilidade do olho humano às cores. Cerca de
cinqüenta anos mais tarde, Hermann von Helmholtz, físico e fisiologista alemão, se encarregaria de desenvolver
essa hipótese e convertê-la em teoria, que se tornou universalmente aceita.

Segundo a teoria de Young-Helmholtz, a retina possui três espécies de células sensíveis - os cones. Cada uma delas
seria responsável pela percepção de uma dada região do espectro luminoso. Essas regiões seriam o vermelho. o
verde e o azul. Estas seriam as cores primárias, que, por combinações, originariam todos os outros tons cromáticos.
Embora a teoria de Young-Helmholtz tenha sido contestada, ela se ajusta, ainda hoje, aos fenômenos observados.
Os estímulos imediatos da percepção visual são os feixes luminosos que, depois de passarem pela pupila, incidem
na retina. É ali que a energia luminosa se converte em sinais elétricos, responsáveis pela atividade neural. Os
impulsos neurais, provenientes da retina, são então encaminhados ao cérebro, que os interpreta e classifica.
A cor que você vê depende de quanto é excitada cada espécie de cone. Quando você olha para a luz vermelha,
somente os cones de suas retinas sensíveis ao vermelho enviam mensagens para o cérebro. Se você olhar para uma
luz verde, os cones sensíveis ao verde responderão. Os cones sensíveis ao azul responderão à luz azul mais
intensamente.

(Sensibilidade dos cones)

Nem todas as pessoas vêem as cores da mesma maneira. Aproximadamente 10% dos homens e 1% das mulheres
apresentam algum grau de deficiência na avaliação das cores. Essa deficiência chama-se daltonismo. Nas pessoas
daltonicas os cones não existem em número suficiente ou apresentam alguma alteração.
O tipo mais comum de daltonismo é aquele em que a pessoa não distingue o vermelho do verde. Aquilo que, para
uma pessoa é normal, é verde ou vermelho, para esse daltônico é cinzento em várias tonalidades. O motorista com
esse tipo de daltonismo pode contornar o problema de distinguir as luzes do semáforo observando suas posições,
pois pelas cores não é possível.
Em número menor, existem daltônicos que confundem o azul e o amarelo. Um tipo raro de daltonismo é aquele em
que as pessoas são completamente "cegas" para as cores: seu mundo é em preto, branco e cinzento.
Existem testes especiais que permitem detectar se uma pessoa é ou não daltônica. As figuras seguintes, por
exemplo, serão observadas diferentemente por pessoas de visão normal e por aqueles que sofrem de daltonismo.
ABERRAÇÃO CROMÁTICA

O funcionamento de uma lente baseia-se na mudança de direção que a luz sofre quando incide sobre a superfície de
delimitação entre dois meios com diferentes índices de refração. Esse desvio depende do comprimento de onda da
luz incidente. Se esta é branca, isto é, composta de todos os comprimentos de onda do espectro visível, as diversas
radiações se encaminharão para pontos focais diferentes. A luz violeta é mais refratada, e focalizada por uma lente
convergente em um ponto mais próximo da lente que as outras cores. Sendo o vermelho a cor menos refratada; o
foco dos raios desta cor é mais distante da lente. A não focalização de luz de cores diferentes recebe o nome de
aberração cromática. Essa aberração apresenta uma intensidade que varia de acordo com o grau de curvatura da
lente e o índice de refração do vidro com que ela é feita.
Lente acromática
John Dollond (1706 - 1761), oculista inglês, descobriu ser possível eliminar a fímbria colorida por meio de uma
combinação de lentes. Uma lente biconvexa de vidro ótico, usada juntamente com lente adequada composta de com
maior quantidade de óxido de chumbo, corrige a aberração cromática sem impedir a refração e a formação da
imagem. Esta combinação é chamada lente acromática (sem cor). Essas lentes são hoje usadas nas objetivas das
câmaras fotográficas e cinematográficas, microscópios, telescópios e numerosos outros instrumentos ópticos de alta
qualidade.

Para trabalhos fotográficos de elevado índice de qualidade, a correção acromática é realizada com lentes compostas
que utilizam três ou mais tipos de vidro, constituindo as objetivas chamadas apocromáticas, popularmente
conhecidas como "processadas". Elas são fundamentalmente indispensáveis para os trabalhos fotográficos ou
cinematográficos a cores.
Telescópio de Newton
Antes da invenção das lentes acromáticas por John Dollond, era muito difícil a construção de um telescópio
refrativo poderoso. Podia-se diminuir a aberração cromática com a utilização de uma lente com pequeno grau de
curvatura, ou seja, com uma distância focal bastante grande. Na prática, isto resultava em um telescópio
extremamente longo e, consequentemente, de pouca maneabilidade.
No século XVII, acreditando que nenhuma lente poderia superar o problema da aberração cromática, Isaac Newton
inventou o telescópio de reflexão, munido de espelhos em lugar de lentes. Como o espelho reflete todas as cores
igualmente, Newton resolveu o problema da aberração cromática dos vidros, e seu telescópio continua em uso em
todo o mundo.

FOTOSSÍNTESE

A fotossíntese é um processo onde ocorre absorção de luz. É através dela que os vegetais
produzem alimentos, o combustível indispensável para a vida da planta, do homem e de
outros animais.
As folhas possuem células denominadas fotossintetizadoras, que contém clorofila e são
muito sensíveis à luz. Quando a luz incide em uma molécula de clorofila, esta absorve parte
da energia luminosa que permite a reação do gás carbônico com água, produzindo
carboidratos e liberando oxigênio.
A reação química que ocorre na fotossíntese pode ser esquematizada da seguinte forma:

gás carbônico + água + luz = glicose + oxigênio

A água é retirada do solo pela raiz e sobe como seiva pelos vasos. O gás carbônico é
retirado da atmosfera e absorvido pelas folhas. A energia luminosa vem da luz solar. A
clorofila tem ação catalizadora na reação. Isto é, não se desgasta nem é consumida, apenas
ativa a reação.
A absorção da energia luminosa e sua transformação em energia química permite o
crescimento das plantas, seu florescimento e a produção de frutos.
A clorofila é o pigmento mais importante no processo fotossintético das plantas, na
captação da radiação luminosa e na transformação dessa forma de energia em energia
química.
Nas plantas, as moléculas de clorofila se agrupam de maneira ordenada, formando
estruturas que compõe unidades fotossintéticas denominadas cloroplastos.
A fotossíntese é importantíssima para o homem. É na fotossíntese realizada pelas plantas
que ocorre o primeiro e principal processo de transformação de energia no ambiente
terrestre. Ao ingerirmos o alimento proveniente das plantas, parte das substâncias entram
na constituição celular e outra parte fornece a energia necessária às nossas atividades como
o crescimento, a reprodução, etc.
O petróleo e o carvão, utilizados pelo homem como fonte de energia, nunca teriam existido
sem a fotossíntese de plantas que viveram em outras eras.

É interessante notar que a única luz sob a qual os vegetais não podem viver é a luz verde.
Se colocarmos plantas num quarto iluminado somente com essa cor, elas definham e
morrem. Isso acontece exatamente por elas serem verdes. A energia que a planta absorve, e
com a qual realiza o processo de fotossíntese, é exatamente a que corresponde a todas as
outras cores menos a verde. A luz verde é refletida pela clorofila do vegetal e, portanto, não
participa da fotossíntese.

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