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Descentralização das Políticas

Públicas no Brasil

PROFUNCIOANÁRIO

MÓDULO 6.

Turma 01
Tutora – Alzenira

Resumo:02/2010.
POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO A
PARTIR DA DÉCADA DE 90
 No cenário brasileiro, a partir de 1990
verificamos que entre as propostas
para superação social está da
educação. Esta década marca um
período importante para análise da
história, já que foi caracterizada
como a década da educação.
REDEFINIÇÃO DAS DIRETRIZES
EDUCACIONAIS PARA SÉC. XX
 Ocorre o patrocínio de eventos por agencias
internacionais como:

• Organização das Nações Unidas para a Educação, a


Ciência e a Cultura; o Banco Mundial, Fundo da
Nações Unidas para Infância (UNICEF), Programa das
Nações Unidas para o Desenvovimento (PNUD).

• Estes eventos internacionais propõem diretrizes


educacionais para os países da América Latina com o
propósito de reduzir a violência, a pobreza e o
analfabetismo. A exemplo disso citamos a Conferência
Mundial de Educação para Todos -1990.
 Após a eleição de Fernando H. Cardoso, dá-se
início à reforma da administração pública. Luiz
Carlos Bresser Pereira assume então o
Ministério da Administração Federal e Reforma
do Estado (MARE).

 Naquele momento é elaborado um documento


orientador para a reforma do Estado, cujo
funcionamento baseia-se na premissa de que
o Estado, na forma como estava constituído,
representava um entrava ao processo de
fortalecimento da economia de mercado.
Ministério da Administração Federal
e Reforma do Estado – MARE -1995
 A tônica desse documento reside na
premissa de que é necessário
reconstruir o Estado, de forma que
não apenas garanta a propriedade e
os contratos, mas também exerça seu
papel complementar do mercado,
tanto na coordenação da economia,
quanto na busca da redução das
desigualdades sociais.
Ministério da Administração Federal
e Reforma do Estado – MARE -1995
 O documento ainda ressalta a necessidade
de atenção ao entendimento que se tem a
respeito da capacidade de governo do
Estado e destaca que o problema do
governo reside num dado tipo de
administração rígida e ineficiente,
empenhada no controle interno, quando,
deveria voltar-se para uma administração
gerencial, flexível e eficiente.
RELATÓRIO DA UNESCO (elaborado pela
Comissão Internacional sobre a Educação
para o século XXI (1999)
 Nesse Relatório, a premissa básica de educação é
para toda vida ou educação permanente, requer
assim o desenvolvimento da educação para além dos
espaços tradicionalmente conhecidos como espaços
formais da educação.

 Tal espaço tem servido, na atualidade, para


implementar uma política educativa, cujas ações se
firmam em propostas voltadas a educação para a paz,
o qual tem sido fortalecido pelo discurso humanizador
da UNESCO.
Qual o objetivo na ênfase ao
caráter humanitário?

 Pode ser traduzida pela forma como essas


agências propõem uma política revestida de
bons sentimentos, onde a sociedade civil
recebe apelo para o financiamento, à
proposição e ao desenvolvimento de ações
educativas de cunho formal e não formal, e, ao
mesmo tempo, promovendo-se parcerias com
os diferentes setores da sociedade a fim de que
estes assumam parte da responsabilidade do
Estado, no que diz respeito à proposição de
políticas públicas para a educação.
Democracia e condicionantes da
descentralização
 Fatores externos:
 Unificação e globalização dos mercados;
 Reestruturação produtiva;
 Valorização da democracia representativa;
 Fatores Internos:
 movimentos sociais;
 Expansão do terceiro setor;
 incapacidade de respostas do Estado no modelo
centralizado;
 Redução do gasto público.
Mudanças no cenário político e
institucional com a redemocratização

Autoritarismo Democracia

Centralismo Descentralização

Aparteamento da Participação
Sociedad Civil Popular
Democracia
Desafios do Estado democrático:
 Capacidade de gerenciar a dinâmica política de uma
sociedade complexa e plural à qualidade das políticas
públicas em termos de seu teor de responsabilidade em
face do conjunto da sociedade;

 Produzir os resultados socialmente desejados, em outras


palavras, aumentar a sua governança.

 É imprescindível preencher a lacuna quanto aos


mecanismos de accountabilility (prestação de contas).
Descentralização
 Artigo 29 – Autonomia Política e
administrativa  Os Municípios passam a
ser regidos por Lei Orgânica própia

 Artículo 30 – Capacidade de: legislar sobre


assuntos de interesse local; instituir e
arrecadar tributos; criar, organizar ou
suprimir distritos; prestar serviços
diretamente ou por regime de concessão,
etc.
Participação popular
 Dentre as diversas inovações e conquistas políticas
trazidas pela Constituição de 1988 a institucionalização
da participação popular foi, talvez a que produziu maior
impacto sobre os rumos das políticas sociais nos anos
seguintes.

 No campo da gestão pública, a criação dos Conselhos


Municipais Gestores de Políticas são as formas
recorrentes de institucionalização da intenção de
favorecer a prática da participação popular no processo
de tomada de decisão a respeito de políticas públicas.
Descentralização:
balanço e tendências
 Retração dos gastos do governo central
em função dos compromissos
macroeconômicos  novos desafios
para os governos locais;
 Tratamento jurídico–institucional
simétrico X diferenças tipológicas do
Municípios;
 Sistemas de cooperação setoriais X
necessidade de integrar políticas de
desenvolvimento no nível local;
Descentralização:
balanço tendências

 Municípios menores e mais frágeis


institucionalmente, em geral situados em
porções territoriais estagnadas
economicamente, padecem de incapacidade
crônica para absorver mudanças e implementar
inovações. Permanecem dependentes de
transferências intergovernamentais e
efetivamente exercitam pouco ou nada a
autonomia que de direito dispõem.
E A QUESTÃO DA EDUCAÇÃO E
TRABALHO?
 Trabalho na Idade Média: o artesanato correspondia a uma
forma de educar os trabalhadores, que aprendiam nas
corporações todas as etapas do processo de trabalho;

 Modo de produção capitalista: a partir da generalização do


modo de produção industrial (taylorista/fordista), os
trabalhadores aprendiam uma parte do trabalho dividido,
sem necessidade da educação escolar para além dos limites
de saber ler, escrever e contar, enquanto os engenheiros
cabia outro tipo de educação, nas escolas de ensino
superior;

 Com a incorporação de Ciência e Tecnologia (a partir da


acumulação flexível) as demandas de competitividade, a
crise no trabalho assalariado cada vez mais torna-se
simplificado, objetivado, abstrato na máquina há um novo
princípio educativo.
Qual a tendência que rege o
pensamento em torno da formação
do homem?
 A rigidez é substituida pela flexibilidade, a obdiência pela
contestação, de modo a desenvolver identidades
autonomas capazes de usar o conhecimento de modo
transdisciplinar para criar soluções novas com rapidez
para as novas situações que a realidade do e das
relações colocam para o homem cotidianamente.

 Há nesse sentido um incentivo para o desenvolvimento


de competências subjetivas, entendidas como
facilitadoras de um convívio mais harmônico num
contexto que prevalece o individualismo, a
competividade, o consumo e o mercado;
O que dizer sobre isso?

 Inferimos que as RECOMENDAÇÕES ficam


assentadas em questões pontuais
(conseqüência dos problemas) e passa a
ser naturalizada uma visão de mundo e a
existir um consenso em torno de questões
sociais e, mais propriamente, da
desigualdade, da exclusão e da violência,
as quais, de acordo com nossos estudos
não serão superados apenas com a
EDUCAÇÃO.

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