Os grupos a que se deu no nome de CONSTELAÇÕES não são senão
conjuntos aparentes causados pela distância; suas figuras são efeitos de perspectiva, como se formam para a visão daquele que está colocado em um ponto fixo de luzes dispersas em uma vasta planície, ou as árvores de uma floresta; mas esses conjuntos não existem, em realidade; se se pudesse transportar para a região de uma dessas constelações, a medida que se aproximasse, a forma desapareceria e novos grupos se desenhariam a visão. Desde que esses grupos não existem senão em aparência, o significado que uma crença vulgar supersticiosa lhe atribui e ilusório, e a sua influência não poderia existir senão na imaginação. Para se distinguirem as constelações deram-se-lhes nomes, tais como os de: leão, touro, gêmeos, virgem, balança, capricórnio, câncer, orion, Hercules, ursa grande ou carro de David, ursa pequena, lira etc...e foram representadas por figuras que lembram esses nomes, a maioria de fantasia, mas que, em todos os casos, não tem nenhuma relação com a forma aparente do grupo de estrelas. Seria, pois, em vão, que se procuraria essas figuras no céu. A crença na influencia das constelações, das que, sobretudo, constituem os doze signos do Zodíaco, vem da idéia que ligam ao nome que levam: se a que e chamada LEAO, tivesse sido chamada de ASNO ou OVELHA, certamente, lhe teria sido atribuída uma outra influencia."
(Allan Kardec - A GENESE - cap.V - sistemas do mundo antigo e moderno -