Newel propõe um modelo de transformação no clima, na cultura
da prisão, nas relações interpessoais, nas relações de poder, nos
sistemas de controle, visa promover transformações nos próprios mitos, crenças e percepções estereotipadas dos profissionais. Tem como objetivo a reestruturação da população carcerária, através da conscientização dos presos com relação as suas ofensas e a busca de reparação, ou seja, a JR vê os agressores como responsáveis por suas vítimas, tendo estes que compensar de alguma forma o dano a eles causado. Além disso, para o autor a prisão desde que bem administrada pode contribuir para o crescimento do preso, de reinserção social, idéia essa hoje dificilmente admissível. Analisando as colocações acima se propõe através da JR, restaurar as relações historicamente deterioradas entre o preso e a sociedade. O objetivo seria buscar transformar a concepção que as pessoas têm sobre “crime” e sobre os chamados criminosos. Por fim tem por objetivo encarar a verdade do preso, ou seja, analisando que ele não é o único culpado, pois a sociedade não tem moral para cobrar dele uma conduta ética e moralmente perfeita, já que se deixa conduzir por pessoas que tem condutas moralmente condenáveis.