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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

MAXIMILIANO PAINES SCHERVENSKI

REGIÃO NORTE

Palhoça

2010
MAXIMILIANO PAINES SCHERVENSKI

REGIÃO NORTE

Trabalho apresentado à disciplina de História


da Alimentação, do curso de Nutrição da
Universidade do Sul de Santa Catarina.

Orientadora: Profª. Fernanda Gavioli

Palhoça

2010
SUMÁRIO

1. REGIÃO NORTE .................................................................................................................... 9

1.1. ASPÉCTOS GERAIS ........................................................................................................ 9

1.2. PRINCIPAIS CIDADES DA REGIÃO NORTE ............................................................. 10

1.3. ALIMENTAÇÃO E PRATOS TÍPICOS: ........................................................................ 10

1.4. FOLCLORE ..................................................................................................................... 11

2. ACRE ..................................................................................................................................... 12

2.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................................................................. 12

2.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS ....................................................................... 12

2.3. GEOGRAFIA ................................................................................................................... 13

2.4. RELEVO .......................................................................................................................... 13

2.5. ECONÔMIA .................................................................................................................... 14

2.6. ESGOTO .......................................................................................................................... 14

2.7. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................. 14

2.8. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................... 15

2.9. ALIMENTAÇÃO ............................................................................................................ 15

2.10. PRATOS TÍPICOS ........................................................................................................ 15

2.10.1. Bobó de Camarão .................................................................................................... 15

2.10.3. Bombom de Cupuaçu .............................................................................................. 16

2.11. HISTÓRICO .................................................................................................................. 16

2.12. FOLCLORE ................................................................................................................... 18

3. AMAPÁ ................................................................................................................................. 19
3.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................................................................. 19

3.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS ....................................................................... 19

3.3. ECONOMIA .................................................................................................................... 20

3.4. GERAL ............................................................................................................................ 20

3.5. ESGOTO .......................................................................................................................... 21

3.6. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................... 21

3.7. PRATOS TÍPICOS .......................................................................................................... 22

3.7.1. Tacacá ........................................................................................................................ 22

3.7.2. Pato no Tucupi........................................................................................................... 22

3.7.3. Tucupi ........................................................................................................................ 23

3.7.4. Jambu ........................................................................................................................ 23

3.7.5. Farinha D'água........................................................................................................... 23

3.8. HISTÓRICO .................................................................................................................... 24

3.9. FOLCLORE ..................................................................................................................... 25

4. AMAZONAS .......................................................................................................................... 26

4.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................................................................. 26

4.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS ....................................................................... 26

4.3. GEOGRAFIA ................................................................................................................... 27

4.4. CLIMA ............................................................................................................................. 27

4.5. REGIÃO ........................................................................................................................... 28

4.6. RIOS ................................................................................................................................. 28

4.7. VOLUME DE ÁGUA ...................................................................................................... 28


4.7.1. Rio Negro ................................................................................................................... 29

4.8. ESGOTO .......................................................................................................................... 29

4.9. ÁGUA .............................................................................................................................. 29

4.10. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ......................................................... 29

4.11. PRATOS TIPICOS ........................................................................................................ 30

4.11.1. Pirarucu à casaca ..................................................................................................... 30

4.11.2. Sanduíche de tucumã .............................................................................................. 31

4.12. HISTÓRICO .................................................................................................................. 31

4.13. FOLCLORE ................................................................................................................... 33

4.13.1. Garantido e Caprichoso ........................................................................................... 33

4.13.2. Bumbódromo .......................................................................................................... 33

5. PARÁ ...................................................................................................................................... 35

5.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................................................................. 35

5.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS ....................................................................... 35

5.3. GEOGRAFIA ................................................................................................................... 36

5.4. CLIMA ............................................................................................................................. 36

5.5. VEGETAÇÃO ................................................................................................................. 36

5.6. HIDROGRAFIA .............................................................................................................. 37

5.6.1. Afluentes do Rio Amazonas....................................................................................... 37

5.7. ESGOTO .......................................................................................................................... 37

5.8. ÁGUA .............................................................................................................................. 38

5.9. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................... 38


5.10. PRATOS TÍPICOS ........................................................................................................ 38

5.10.1. Maniçoba................................................................................................................. 38

5.10.2. Chibé........................................................................................................................ 39

5.11. HISTÓRICO .................................................................................................................. 39

5.12. FOLCLORE ................................................................................................................... 40

5.12.1. Dança do Carimbó ................................................................................................... 40

5.12.2. Dança do Siriá .......................................................................................................... 40

5.12.3. Lundu ....................................................................................................................... 41

6. RONDÔNIA ........................................................................................................................... 42

6.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................................................................. 42

6.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS ....................................................................... 42

6.3. GEOGRAFIA ................................................................................................................... 43

6.4. CLIMA ............................................................................................................................. 43

6.5. VEGETAÇÃO ................................................................................................................. 44

6.5.1. Floresta Ombrófila Aberta......................................................................................... 44

6.5.2. Floresta Ombrófila Densa.......................................................................................... 44

6.5.3. Floresta Estacional Semidecidual .............................................................................. 44

6.5.4. Cerrado ...................................................................................................................... 45

6.5.5. Vegetação Aluvial ...................................................................................................... 45

6.6. HIDROGRAFIA .............................................................................................................. 45

6.6.1. Bacia do Rio Madeira ................................................................................................ 45

6.8. ÁGUA .............................................................................................................................. 46


6.9. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................... 47

6.10. PRATOS TÍPICOS ........................................................................................................ 47

6.11. HISTÓRICO .................................................................................................................. 48

6.12. FOLCLORE ................................................................................................................... 49

7. RORAIMA .............................................................................................................................. 50

7.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................................................................. 50

7.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS ....................................................................... 50

7.3. GEOGRAFIA ................................................................................................................... 51

7.4. CLIMA ............................................................................................................................. 51

7.5. HIDROGRAFIA .............................................................................................................. 51

7.6. RELEVO .......................................................................................................................... 52

7.7. ECONOMIA .................................................................................................................... 53

7.8. EDUCAÇÃO E SAÚDE .................................................................................................. 53

7.9. TURISMO ........................................................................................................................ 54

7.10. ESGOTO ........................................................................................................................ 54

7.11. ENERGIA ELÉTRICA .................................................................................................. 55

7.12. PRATOS TÍPICOS ........................................................................................................ 55

7.12.1. Caldeirada de peixe ................................................................................................. 55

7.12.2. Galinha caipira ......................................................................................................... 55

7.12.3. Mugica de peixe ...................................................................................................... 55

7.13. HISTÓRICO .................................................................................................................. 55

7.14. FOLCLORE ................................................................................................................... 56


8. TOCANTINS .......................................................................................................................... 57

8.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................................................................. 57

8.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS ....................................................................... 57

8.3. GEOGRAFIA ................................................................................................................... 58

8.4. CLIMA ............................................................................................................................. 58

8.5. HIDROGRAFIA .............................................................................................................. 58

8.6. ECONOMIA .................................................................................................................... 59

8.7. RELEVO .......................................................................................................................... 59

8.8. VEGETAÇÃO ................................................................................................................. 59

8.9. TURISMO ........................................................................................................................ 60

8.10. ENERGIA ELÉTRICA .................................................................................................. 60

8.11. PRATOS TÍPICOS ........................................................................................................ 60

8.11.1. Arroz Maria Isabel ................................................................................................... 60

8.11.2. Paella do Tocantins ................................................................................................. 61

8.12. HISTÓRICO .................................................................................................................. 61

8.13. FOLCLORE ................................................................................................................... 62

8.13.1. Sasi........................................................................................................................... 62

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 63

ANEXOS..................................................................................................................................... 64
9

1. REGIÃO NORTE

A região norte baseia-se nos seguintes estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins.

1.1. ASPÉCTOS GERAIS

A área total da região norte, reunindo todos os seus estados, é de 3.869.637 km²,
com uma população de 12.833.383 habitantes e densidade demográfica 3,31hab/km².
 Vegetação: Floresta Amazônica (quase todo território da região norte),
vegetação de mangue (litoral do Amapá e Pará) e Cerrado (extremo sul do Amazonas,
Pará, Tocantins e Rondônia).
 Clima: prevalece na região o clima equatorial, com temperaturas elevadas e
índice pluviométrico (de chuvas) elevado.
 Agricultura (principais produtos agrícolas): soja (crescimento expressivo nos
últimos anos), guaraná, arroz, mandioca, cacau, maracujá e cupuaçú.
 Economia: Baseada no extrativismo vegetal e na agricultura. Pecuária bufalina
em Roraima e na Ilha de Marajó. No setor industrial destaca-se o Pólo Industrial de
Manaus, na cidade de Manaus-AM. Nesta região há grande produção de eletrônicos,
relógios, eletrodomésticos e suprimentos de informática.
 Turismo: A beleza natural da Floresta Amazônica (fauna, flora, cachoeiras,
corredeiras, rios) tem atraído cada vez mais turistas do Brasil e de vários países do
mundo. Além do ecoturismo, existem festas e pontos turísticos importantes: Mercado
Ver-o-Peso (Belém), Museu Paraense Emilio Goeldi, Teatro da Paz (Belém), Teatro
Amazonas (Manaus).
 Cultura: Danças típicas (marujada, carimbó, cirandas), Festival Folclórico de
Parintins, festa religiosa do Cirio de Nazaré (Belém). Na culinária é forte a influência
indígena. Os pratos típicos que se destacam são: pirarucu de casaca, tacaca, açai, pato
no tucupi e maniçoba.
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1.2. PRINCIPAIS CIDADES DA REGIÃO NORTE

 Estado do Amazonas: Manaus (capital), Coari, Manacapuru, Tefé, Parintins,


Tabatinga e Itacoatiara.
 Estado do Pará: Belém (capital), Santarém, Altamira, Marabá e Bragantina.
 Estado de Tocantins: Palmas (capital), Araguaína, Porto Nacional, Gurupi e
Paraíso do Tocantins.
 Estado de Rondônia: Porto Velho (capital), Ji-Paraná, Ariquemes, Vilhena e
Cacoal.
 Estado de Roraima: Boa Vista (capital), Amajari, Alto Alegre, Rorainópolis,
Mucajaí e Caracaraí.
 Estado do Acre: Rio Branco (capital), Cruzeiro do Sul, Feijó, Sena Madureira,
Tarauacá.
 Estado do Amapá: Macapá (capital) e Santana.

1.3. ALIMENTAÇÃO E PRATOS TÍPICOS:

As comidas típicas da região norte do Brasil são dominados por pratos a base de
peixes e algumas plantas como o Jambu que é um tipo agrião do Pará. Os peixes são
pela grande quantidade de rios que cortam a floresta amazônica, sendo a maior bacia
hidrográfica do mundo. Ainda assim, o Pará e o Amazonas – maiores estados da Região
Norte – exportam guaraná, castanha e cacau – todos orgânicos. Em Manaus e em
Belém, as comissões da Produção Orgânica promovem feiras para ajudar pequenos
produtores a vender o que cultivam. “Somente quando o produtor faz a venda direta ao
consumidor é que o comércio pode ocorrer sem a certificação. É o caso das feiras de
orgânicos de Manaus e de Belém, feitas com relativa periodicidade”, diz Martha.
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1.4. FOLCLORE

As danças que fazem parte do folclore da região norte são a marujada, carimbó,
boi-bumbá, ciranda. As festas são o Círio de Nazaré (Belém), indígenas. O artesanato é
caracterizado pela cerâmica marajoara, as máscaras indígenas e artigos feitos em palha.
As mais conhecidas lendas locais são da Sumaré, Iara, Curupira, da Vitória-régia,
Mandioca, Uirapuru.
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2. ACRE

Localizado na região norte do Brasil, com uma área de 152.581,388 km², sua
capital é Rio Branco, sua sigla AC, e os naturais desse estado são denominados
acreanos. Foi fundado em 28/12/1882, sua população em 2009 era de 686.652, uma
densidade demográfica de 4,5 habitantes por km². Possui um total de 22 municípios em
toda sua extensão. Seus principais rios são: Juruá, Xapuri, Purus, Tarauacá, Muru,
Embirá, Acre. Capital: Rio Branco.

2.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 2.716.123.000,00 (2009)


Renda Per Capita*:R$ 4.338 (2003)
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,697 (PNUD - 2009)
Principais Atividades Econômicas: extração vegetal (castanha, borracha), pesca e
agricultura
Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 33,2 por mil (em 2009)
Analfabetismo:16,9%
Expectativa de vida (anos): 70,5

2.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

- Rios, Floresta Amazônica e outras belezas naturais.


- Palácio Rio Branco (sede do governo).
- Museu da Borracha
- Horto Florestal
- Lago do Amapá
- Parque Ambiental Chico Mendes
- Casa do Seringueiro
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- Obelisco aos heróis da Revolução Acreana.


- Feiras de artesanato.

2.3. GEOGRAFIA

Suas principais cidades são Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Feijó, Sena Madureira,
Tarauacá. O clima é equatorial sendo que o Estado do Acre é quente e úmido com duas
estações: seca e chuvosa. A estação seca estende-se de maio a outubro e é comum
ocorrer “friagens”, fenômeno efêmero, porém muito comum na região. A estação
chuvosa, “inverno”, é caracterizado por chuvas constantes, que prolongam-se de 12
novembro a abril. A umidade relativa apresenta-se com médias mensais em torno de 80-
90% com níveis elevados durante todo o ano. Os totais pluviométricos anuais variam
entre 1600 mm e 2750 mm, e tendem a aumentar no sentido Sudeste-Noroeste. As
precipitações, na maior parte do Estado, são abundantes e sem uma estação seca nítida.
Os meses de junho, julho e agosto são os menos chuvosos. A temperatura média anual
do Estado está em torno de 24,50 C, mas a máxima pode ficar em torno de 32 C. A
temperatura mínima varia de local para local em função da maior ou menor exposição
aos sistemas extratropicais. Seus principais produtos são a borracha, castanha e pecuária
(bovinos) e suas principais indústrias são as de processamento de alimentos, madeira e
construção civil.

2.4. RELEVO

Praticamente todo o relevo do estado do Acre se integra no baixo platô arenítico, ou


terra firme, unidade morfológica que domina a maior parte da Amazônia brasileira.
Esses terrenos se inclinam, no Acre, de sudoeste para nordeste, com topografia, em
geral, tabular. No extremo oeste se encontra a serra da Contamana ou do Divisor, ao
longo da fronteira ocidental, com as maiores altitudes do estado (609m). Cerca de 63%
da superfície estadual fica entre 200 e 300m de altitude; 16% entre 300 e 609; e 21%
entre 200 e 135
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2.5. ECONÔMIA

A economia acriana repousa na exploração de recursos naturais. O mais


importante é a borracha, produto no qual se baseou o povoamento da região. A extração
da borracha se faz ao longo dos rios, pois a seringueira é árvore de mata de igapó. Os
tipos produzidos são caucho, cernambi caucho, cernambi rama e cernambi seringa. A
maior parte da produção estadual cabe à bacia do rio Purus. Nessa região destaca-se o
vale do rio Acre, que, além de possuir o maior número de seringueiras, é também região
rica em castanheiras. A floresta acriana é também objeto de exploração madeireira, e a
caça nela praticada parece contribuir de forma substancial para a alimentação local.

2.6. ESGOTO

O Esgoto não atende adequadamente as necessidades dos moradores. Boa parte


foi desenvolvido pela comunidade. As soluções adotadas se dividem em: fossa,
córregos, caixas coletoras, “pântanos”, e há, ainda, os tubos que levam o esgoto até o
Rio Acre.

2.7. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Esta regional é dotada das mais variadas soluções de abastecimento de água. Esta
variação vai desde a rede pública, passando por poços artesianos, chegando na retirada
direta da água do Rio Acre - sem qualquer tratamento.
A maioria das casas não é beneficiada pela rede pública de abastecimento de água.
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2.8. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

A Companhia de Energia Elétrica do Acre – ELETROACRE. Boa parte é provida


de iluminação pública regularizada. Uma grande parcela das ruas é beneficiada de
postes de concreto para iluminação, mas mesmo assim ainda encontra-se grande número
de ligações clandestinas. Geração: 331 GWh; consumo: 405 GWh

2.9. ALIMENTAÇÃO

As comidas típicas do acre são a mistura de sabores da cozinha Nordestina,


Paraense, Síria e Libaneza. Na rua, praças aonde tem as barraquinhas tem uma
infinidade de lanches típicos. Além do delicioso café da manhã recheado de sobremesas
à base de frutos regionais, os licores amazônicos são irresistíveis.

2.10. PRATOS TÍPICOS

2.10.1. Bobó de Camarão

Cozinhar a mandioca em água e sal e bater no liquidificador acrescentando o leite


de coco e o copo de leite até formar um creme meio pastoso. Refogar as polpas dos
tomates, a cebola de cabeça e o alho no azeite. Adicionar a massa de tomate e juntar o
creme de mandioca. Misturar e deixar descansar por 10 min. Colocar os camarões, a
salsa e a cebolinha de folha e deixar ferver por cerca de 10 min.
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2.10.2. Carne de Sol com Purê de Macaxeira

Fritar a cebola até ficar dourada e reservar. Na mesma panela, fritar a carne,
cortada em pedaços, até ficar dourada e macia e reservar. Se necessário, pingar um
pouco de água, para formar um caldo. Em outra panela, colocar a manteiga para derreter
e acrescentar o aipim.Temperar e misturar bem para formar um purê liso e macio.
Colocar numa travessa e acrescentar a carne-de-sol em volta. Servir quente.

2.10.3. Bombom de Cupuaçu

Colocar o leite condensado no fogo médio até começar a soltar do fundo da panela
e dar ponto de enrolar. Após esfriar, retirar 1/2 colher de sopa da massa de leite
condensado, achatar com os dedos e passar o açúcar. Rechear com 1 colher de chá de
doce de cupuaçu. Fazer uma bolinha e fechar.Passar no açúcar novamente e deixar secar
de um dia para o outro. No dia seguinte, derreter o chocolate em banho-maria e
mergulhar os bombons. Deixar secar.

2.11. HISTÓRICO

A história do Acre começa a se definir em 1895 quando uma comissão


demarcatória foi encarregada de definir limites entre Brasil e Bolívia, com base no
Tratado de Ayacucho, de 1867.
No processo demarcatório foi constatado, no ponto inicial da linha divisória entre
os dois países (nascente do Javari) que a Bolívia ficaria com uma região rica em látex,
na época ocupada por brasileiros. Reconhecida legalmente a fronteira Brasil-Bolívia, em
12 de setembro de 1898 a Bolívia quis tomar posse da região então ocupada por
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seringueiros brasileiros, na vila de Xapuri. Os brasileiros não aceitaram e obrigaram os


bolivianos a se retirar da região.
No início de 1899 desembarcou em Puerto Alonso o ministro boliviano, Dom José
Paravicini, com apoio do governo brasileiro, impôs decretos, inclusive o de abertura dos
rios amazônicos ao comércio internacional, cobrou altos impostos sobre a borracha,
demarcou seringais e oprimiu os nativos da região. O período dessa atuação ficou na
história como os "Cem dias de Paravicini".
A insurreição Acreana ganha seu primeiro ensaio em 1º de maio de 1899, quando
seringalistas se reúnem no seringal Bom Destino, de Joaquim Vitor, liderados pelo
jornalista José Carvalho e decidem lutar contra o domínio boliviano, O momento
coincidia com a viagem de Paravivini para Belém. O Delegado que o substituía, Moisés
Santivanez foi expulso. Começava a Revolução Acreana. Sem armas ou tiros, os
revolucionários brasileiros restabeleceram o domínio e criaram a Junta Central
Revolucionária.
Em 03 de junho de 1899 entra no cenário da Revolução do Acre o jornalista
espanhol Luis Galvez, que denuncia nos jornais paraenses uma aliança entre Bolívia e
Estados Unidos. Os EUA apoiariam militarmente os bolivianos em caso de guerra
contra o Brasil.
Enquanto o governo brasileiro continuava reconhecendo os direitos da Bolívia sobre a
região, revolucionários decidem pela fundação do Estado Independente do Acre.
Os revolucionários, em 14 de julho de 1899 - escolhida por ser a data de aniversário da
Queda da Bastilha durante a Revolução Francesa - concretizam a criação do Estado
Independente do Acre, com capital na Cidade do Acre, antes chamado Puerto Alonso.
Luis Galvez, não poderia ser diferente, foi aclamado presidente do novo país.
Galvez buscou o reconhecimento internacional, elaborou legislação, mas também
desagradou seringalistas, aviadores e exportadores e acabou sendo deposto em 28 de
dezembro de 1899 pelo seringalista Antônio de Souza Braga, que não se garantiu no
comando e devolveu o posto a Galvez, em 30 de janeiro de 1900. Em 15 de março de
1900 o governo federal enviou força da marinha brasileira para o Acre. Galvez foi
destituído e o Acre voltou ao domínio Boliviano.
O governo do Amazonas também tinha pretensões de anexar o Acre ao estado e
decidiu financiar a expedição Floriano Peixoto ou Expedição dos Poetas, que levou para
a área boêmios e profissionais liberais de Manaus. Em 29 de dezembro de 1900, em
Puerto Alonso, os poetas foram derrotados.
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Em 11 de julho de 1901 a Bolívia assina contrato de arrendamento do Acre com


capitalistas norte-americanos e ingleses, que chegaram para instalar o Bolivian
Syndicate, para a opinião pública uma ameaça à soberania nacional. O governo federal
finalmente percebe os riscos e possíveis perdas e interfere, salvando a Amazônia do
domínio imperialista.
Com novo apoio do governo do Amazonas seringueiros e seringalistas
revolucionários partiram mais uma vez para a luta em 6 de agosto de 1902, em Xapuri.
A luta armada se estendeu até 24 de janeiro de 1903, data de retomada do poder aos
brasileiros e reinstalação do Estado Independente do Acre.
Com a substituição, na República brasileira, de Campos Sales (1898/1902) por
Rodrigues Alves (1902/1906) muda a postura do governo federal sobre o assunto. A
partir das negociações do Ministro das Relações Exteriores, Rio Branco, foi
estabelecido o Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, que anexava o Acre
ao Brasil.
Em 8 de setembro de 1909, mediante o Tratado do Rio de Janeiro, foi resolvida
também a questão de fronteiras como Peru.
Colaboração de texto e fotos: Secretaria de Turismo do Estado do Acre.

2.12. FOLCLORE

No Acre, cuja principal atividade extrativa é a borracha, encontrarmos o


seringueiro. Ele mora na floresta, próximo dos rios, e ergue sua casa sobre estacas (
palafitas) , para se proteger da inundação na época das enchentes. Entra na densa
floresta em busca das seringueiras.
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3. AMAPÁ

Localizado no extremo norte do país, possui uma área de 142.815,81 km² e uma
população de 477.032. Foi fundado na data de 04/02/1758. Seu relevo é uma planície
com mangues e lagos no litoral; depressões na maior parte, interrompidas por planaltos
residuais. Seu ponto mais elevado é a serra Tumucumaque (701 m). Os principais rios
são o Amazonas, Jari, Oiapoque, Araguari, Maracá. A vegetação é caracterizada por
mangues litorâneos, campos gerais, floresta Amazônica. O clima é equatorial. Sua
capital é Macapá.

3.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 3.083.013.000 (2004)


Renda Per Capita*:R$ 6.796 (2004)
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,753 (PNUD - 2000)
Principais Atividades Econômicas: extrativismo vegetal (castanha-do-para e madeira)
mineral (manganês)..Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 24,9 por mil (em
2000*)
Analfabetismo: 9,2% (2000)
Expectativa de vida (anos): 69,8 (2000)

3.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

 Belezas naturais (rios, Floresta Amazônica, cachoeiras)


 Feiras de artesanato
 Fortaleza de São José
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 Linha do Equador
 Vila de Curiaú
 Zôo Botânico
 Porto de Santana
 Museu Ângelo Costa Lima

3.3. ECONOMIA

Dentre outras atividades econômicas praticadas no Amapá as principais estão


envolvidas no extrativismo, na agricultura e na indústria.
Uma importante fonte de recursos financeiros é a extração de castanha-do-pará e
madeira, outro item de destaque na economia amapaense é a extração de manganês.
Economicamente falando o Amapá não se destaca como um grande produtor de
riquezas, automaticamente contribui de maneira reduzida na composição do PIB
nacional, além disso, consome muitos produtos oriundos de outros estados,
especialmente do Pará.
Na pecuária é desenvolvida a criação de gado bovino e búfalo, na agricultura são
cultivados, entre outros, mandioca e arroz.

3.4. GERAL

Amapazeiro: árvore típica, ameaçada de extinção. O estado leva o nome de


Amapá por causa da árvore, abundante na região. Aqui, aliás, pouco espaço não é
coberto por árvores. Quase três quartos do território amapaense é de Floresta
Amazônica. A proximidade com a imensa área verde faz o turismo se voltar para
passeios de barco pelos rios Negro e Solimões, rio Amazonas e o maior do interior do
estado, rio Araguaria onde acontece o fenômeno da Pororoca. A onda mais longa do
21

mundo dura duas horas e acontece na fronteira com a Guiana Francesa por causa do
encontro das águas do rio com o Oceano Atlântico. Além deste fenômeno, Amapá se
orgulha de ter a Linha do Equador cruzando seu território e, assim, o estado faz parte de
ambos os hemisférios. Não é à toa que a capital Macapá é chamada de “cidade do meio
do mundo”. Também inusitada é a iguaria típica da região amazônica: o tacacá é uma
espécie de vatapá do norte, servido numa cuia pegando fogo, onde se mistura o caldo de
tucupi com camarão e jambu, temperado com sal e pimenta. Em termos de festa, Amapá
tem a cidade de Mazagão como palco dos principais acontecimentos festivos, como a
Festa de São Tiago e o Divino Espírito Santo.

3.5. ESGOTO

O Amapá é o Estado brasileiro com menor índice de esgoto tratado, de acordo


com um estudo divulgado pelo Centro de Políticas Sociais da FGV (Fundação Getúlio
Vargas). A taxa de acesso à rede geral de esgoto é de apenas 1,42%.

3.6. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

A Gazeta apurou que a Usina Coaracy Nunes, em condições normais, produz


apenas 78 MW (megawatts) de energia. As duas máquinas mais antigas produzem 24
MW cada, enquanto ou outros 30 são gerados pela terceira turbina. Segundo a
Eletronorte, existem projetos para dobrar a geração e até para a construção de mais uma
hidrelétrica no rio Araguari, que tem potencial energético para tal.
Em razão do forte verão, com diminuição da vazão do rio Araguari, a Usina
Coaracy Nunes está produzindo entre 20 e 50 MW. As usinas térmicas, que
mensalmente consomem 20 milhões de óleo diesel, comprados da Petrobras pela
22

Eletronorte, produzem 114 MW. A direção da Eletronorte no Amapá informa que o


consumo geral varia em média de 100 MW, (às 6 horas da tarde) a 170 MW (no pico
máximo às 10 horas da noite). A empresa afirma que o consumo da Expofeira da
Fazendinha não teve relação com o racionamento. O consumo do alimentador da
Fazendinha foi de 3 MW somados ao consumo de mais dois bairros próximos da
realização do evento.
De acordo com a Eletronorte, com a potência máxima instalada será possível
atender 92% do Estado. Somente os municípios de Vitória do Jari, Laranjal do Jari e
Oiapoque não são atendidos com a energia gerada pela estatal. O Amapá é o único
Estado do país isolado do Sistema Interligado Nacional (SIN). A ligação ao sistema só
será possível com a construção do Linhão de Tucurui – obra privatizada -, previsto para
ficar pronto em 2012. Uma empresa da Espanha lidera o consórcio vencedor do trecho
do Linhão para o Amapá, do qual a Eletronorte não participa.

3.7. PRATOS TÍPICOS

3.7.1. Tacacá

É uma espécie de vatapá do norte, servido numa cuia pegando fogo, onde se
mistura o caldo de tucupi com camarão e jambu, temperado com sal e pimenta. É uma
iguaria da região amazônica e do Amapá. De origem indígina, é a base de caldo de
Tucupi ou carne com goma de tapioca, jambu que é uma espécie de agrião do Pará,
camarão, sal, alho e pimenta. Sevido sempre muito quente e em cumbucas ou cuias.

3.7.2. Pato no Tucupi

Depois de assado o pato é cortado em pedaços e fervido no tucupi, onde fica de


molho durante algum tempo para tomar gosto. Como tempero leva alho, chicória e
alfavaca. O jambu, já aferventado em água e pouco sal, depois de escorrido é colocado
23

sobre o pato, coberto pelo tucupi. Acompanhamentos: arroz branco, farinha-d'água e


pimenta-de-cheiro a gosto

3.7.3. Tucupi

É um líquido amarelo, extraído da raiz da mandioca. Seu preparo guarda a forma


artesanal cultivada pelos índios da região. Deve ser cozido demoradamente antes de ser
consumido, pois cru é venenoso. Oferece sabor inconfundível aos pratos com ele
preparados, como o tacacá, pato, leitão, peixe, camarão e alguns tipos de caça.

3.7.4. Jambu

Planta rasteira, companheira inseparável do tucupi na preparação dos pratos


paraenses, sobretudo do tacacá e do pato. Suas folhas, quando mastigadas, produzem
leve tremor nos lábios e, talvez por isso, muitos o apontem como afrodisíaco. Antes de
ser acrescentado nos diversos pratos em que é usado, deve ser ligeiramente aferventado
em água com pouco sal.

3.7.5. Farinha D'água

É uma das muitas variedades de farinhas feitas com a mandioca e também a mais
apreciada. Acompanha todos os pratos paraenses e, até mesmo, os que não são típicos
do Pará. A melhor vem das colônias e deve estar bem torradinha. É encontrada nas
feiras livres. Outros tipos de farinha feitos a partir da mandioca: tapioca, suruí, seca, etc.
24

3.8. HISTÓRICO

Tendo sido um dos últimos territórios brasileiros elevados à categoria de Estado


ou Unidade Federal (através da Constituição de 1988), o Amapá tem como origem
histórica a capitania da Costa do Cabo do Norte, cuja doação foi destinada em 1637 a
Bento Manuel Parente. Avizinhando-se a regiões de domínio francês, o território é
reivindicado pela França como domínio próprio, mas através do Tratado de Utretch
(1713) são então demarcados os pontos fronteiriços entre este território e a Guiana
Francesa. Não bastando o simples estabelecimento do Tratado, os franceses ainda
empreenderam várias tentativas de conquista, levando os colonizadores portugueses à
construção da Fortaleza de São José do Macapá. A disputa com os franceses é acirrada
com a descoberta de reservas auríferas no território e ainda com a alta cotação
internacional dos preços da borracha então extraída. Só no final do século XIX o
território é reconhecido como posse definitiva do Brasil através da Comissão de
Arbitragem instituída em Genebra.
Não delimitado de maneira autônoma, inicialmente, o território do Amapá é
vinculado à zona estadual do Pará com o nome de Araguari, sendo só em 1943 nomeado
como Amapá e oficializado como território federal autônomo.
Um novo objeto de extração foi descoberto em 1945, modernamente bastante
requisitado pela indústria: o manganês, cujas jazidas, as maiores do Brasil, estavam
situadas na Serra do Navio, altera drasticamente o quadro da economia amapaense,
sendo iniciadas as atividades de extração do minério a partir do ano de 1957,
estimulando assim o crescimento populacional na região. Nestes dois anos referidos, o
território passa por reformulações em seus limites: no primeiro, com a região ao norte
do rio Cassiporé abrigando o município de Oiapoque e, no último, com a cessão de
terras ao norte dos rios Amapá Grande e Mutum.
O território do Amapá foi elevado à categoria de Estado da Federação apenas
com a Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988. Atualmente, o Estado é
representado no Congresso Nacional em Brasília por três senadores e oito deputados
federais. A Assembléia Legislativa do Amapá conta com dezessete deputados estaduais.
A capital do Estado, Macapá, tem origem com a fundação do Forte de São José
de Macapá, em 1688, formando-se em torno deste um povoado que apenas em 1758
25

seria elevado à categoria de Vila de São José de Macapá. A cidade abriga um porto
situado na região de um dos braços do delta do rio Amazonas.
O Amapá é mais um dos Estados que sofrem com sua posição geográfica
periférica em relação às demais regiões do território brasileiro. Há conseqüências
ressonantes no Amapá, assim como em todos os Estados portadores desta característica:
infra-estrutura alarmantemente não desenvolvida e condições precárias na área da saúde
pública. O quadro social apresentado pelo Estado revela uma grande parcela da
população em situação de miséria.

3.9. FOLCLORE

Na alimentação destacam-se: a maniçoba, o vatapá, o caruru, o pato no tucupi, a


caldeirada de tucunaré, o camarão no bafo, a farofa de pirarucu, o pirarucu, etc.
A Castanha-do-Brasil está presente nos doces, bolos, biscoitos, tortas, sorvetes, cremes,
etc.
Dentre as bebidas citam-se: açaí, bacaba, tacacá, refresco de cupuaçu, de graviola,
de maracujá, de taperebá, etc.
A dança típica do povo amapaense é o Marabaixo, que é dançado durante a Festa
do Divino.Um mastro é levantado e as pessoas dançam em torno, ao som de caixas e
tambores. Durante a festa são servidas certas iguarias típicas como: beijo-de-moça,
quindim, rosquinha, beijus, mingau de banana e de farinha de tapioca, etc.
No Amapá existem lendas interessantes como do Manganês, do João de Gatinha,
da Pedra do Guindaste e uma enorme quantidade de fantasias, como a do Boto,
importante peixe do Amazonas.
26

4. AMAZONAS

Localizado no centro da região Norte, possui uma população de 2.812.557


habitantes, seu relevo consiste em uma depressão na maior parte de sua extensão; faixa
de planície perto do rio Amazonas e planaltos a Leste, seu ponto mais elevado é o pico
da Neblina na serra Imeri (3.014.1m). A vegetação é caracterizada, principalmente pela
floresta Amazônica. O Clima é equatorial. Sua capital é Manaus.

4.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 35.889.111.000 (2005)


Renda Per Capita*:R$ 11.103 (2005)
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,713 (PNUD - 2000)
Principais Atividades Econômicas: agricultura, extrativismo vegetal (borracha) e
mineral (gás, petróleo), pecuária e indústria de eletrônicos.
Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 21,2 por mil (em 2000*)
Analfabetismo: 6,6% (2000)
Expectativa de vida (anos): 71 (2000)

4.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

 Belezas naturais (florestas, rios, cachoeiras).


 Teatro Amazonas
 Praia da Ponta Negra
 Parque do Mindú
 Zoológico do Exército
 Porto Flutuante (Roadway)
27

 Bosque da Ciência do INPA


 Museu de Ciências Naturais (Colônia Agrícola Japonesa)
 Palácio Rio Negro
 Catedral de N. S. da Conceição - Igreja da Matriz
 Central de Artesanato Branco e Silva
 Monumento à Abertura dos Portos
 Museu do Seringal "Vila Paraíso"
 Memorial dos povos da Amazônia
 Museu do Índio

4.3. GEOGRAFIA

Rios importantes: Amazonas, Juruá, Purus, Madeira, Negro, Içá, Solimões,


Uaupés e Japurá. Principais cidades: Manaus, Coari, Manacapuru, Tefé, Parintins,
Tabatinga e Itacoatiara.
É o Estado portador da maior área territorial em relação aos demais Estados
brasileiros, correspondendo a uma parcela de 18% da área total do país. Situa-se na
Região Norte do país. Dadas as grandes proporções territoriais do Estado, as zonas de
fronteira são inúmeras: na porção oeste, há as fronteiras internacionais ao norte com a
Venezuela, ao noroeste com a Colômbia, ao sudoeste com o Peru. Com relação às
fronteiras interestaduais, estas localizam-se ao norte com Roraima, ao leste com o Pará,
ao sudeste com Mato Grosso e ao sudoeste com o Acre.

4.4. CLIMA

O clima é equatorial úmido, com temperatura média/dia/anual de 26,7 ºC, com


variações médias entre 23,3 ºC e 31,4 ºC. A umidade relativa do ar fica em torno de
80% e o Estado possui apenas duas estações bem definidadas: chuvosa (inverno) e seca
ou menos chuvosa (verão).
28

4.5. REGIÃO

Diferentemente do que se tem divulgado, a Região Amazônica não é uma vasta


planície, mas sim uma peneplanície, notada pelas elevações que se podem observar
próximas às calhas, como as serras de Maraguases e Maracaçu, em Parintins, as da Lua
e outras antes do altiplano guianense.
É no Estado do Amazonas que se encontram os pontos mais elevados do Brasil: o
Pico da Neblina, com 3.014 metros de altitude, e o 31 de Março, com 2.992 m de
altitude, ambos na fronteira. Sofrendo influência de vários fatores com precipitação,
vegetação e altitude, a água forma na região a maior rede hidrográfica do planeta.

4.6. RIOS

Os rios amazonenses são, praticamente, navegáveis durante todo o ano. Outros


como o Negro, Alto Madeira, Urubu, Aripuanã, Branco e Uaupés são obstruídos pelas
formações em degraus, o que não impede sempre a navegação ordinária, salvo as
corredeiras do Alto Madeira e a famosa cachoeira das Andorinhas, no rio Aripuanã.

4.7. VOLUME DE ÁGUA

O rio mais encachoeirado é o Negro. O rio Amazonas é internacionalmente


conhecido como o maior do mundo em volume de água e sua descoberta aconteceu em
1500, na embocadura, pelo espanhol Vicente Yanez Pinzon, que o chamou "Mar
Dulce", e por Francisco Orelhana, que o percorreu de oeste para leste, em 1541, dando-
lhe o nome em homenagem às presumíveis mulheres guerreiras encontrada na foz do rio
Nhamundá.
O rio Amazonas tem o curso calculado em 6.300 quilômetros, incluindo-se o
Ucaiale. Seu arco atlântico tem a extensão de 400 quilômetros. Nasce presumivelmente
na lagoa Santana (Andes Ocidentais), onde sua bacia de recepção é um rio de geleira.
29

4.7.1. Rio Negro

O segundo rio mais importante do Estado é o Negro. Ele também foi descoberto
por Francisco Orelhana, em 3 de junho de 1541. Sua nascente fica na Colômbia, aos 2°
de latitude norte, na região de Popaiã. Tem 1.551 quilômetros de curso, dos quais cerca
de 50 obstruídos por corredeiras e saltos medíocres.

4.8. ESGOTO

Somente 4,2% dos domicílios do Amazonas são atendidos por rede geral de
esgoto, o que coloca o Estado na 24ª posição do ranking nacional.

4.9. ÁGUA

São 24 municípios que não recebem nenhum tipo de tratamento de água. Ainda
assim, o Amazonas detém a segunda maior proporção da Região Norte (38,7%) de
cidades a receber água sem qualidade. Dos 62 municípios, 32 oferecem água totalmente
tratada e 12 parcialmente.

4.10. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA


30

O consumo de energia elétrica no Estado cresceu 12,47% no primeiro trimestre


deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. As contas de luz dos
consumidores amazonenses também sofrem reajuste principalmente com a chegada do
verão amazônico. Uma das maiores demanda de energia vem do ar-condicionado, usado
para amenizar as temperaturas que podem chegar aos 40 ºC até o fim do mês.
De acordo com a Amazonas Energia, a alta no consumo de energia elétrica no
Amazonas também está relacionado ao comércio e a indústria. Os setores
impulsionaram o aumento de 14,39% este ano em relação aos primeiros três meses de
2009. O aumento de 12,47% registrou o uso de 979.737 MW/h (megawatt por hora) no
ano passado para 1.101.865 MW/h de janeiro a março de 2010.
Manaus é a cidade que mais consome energia no Estado com o uso de 186.373 MW/h,
sendo 86,70% do total de 214.972 megawatt por hora. Segundo a Amazonas Energia, a
capacidade de fornecimento da empresa é de 1,6 GW (gigawatt) mas apenas 1,1 GW é
utilizado. O consumo de energia no Amazonas pode crescer 31,25%.

4.11. PRATOS TIPICOS

 Caldeirada de peixe - Tambaqui; Tucunaré; Bodó etc.


 Tartarugada (50 pratos diferentes)
 Pirarucu à casaca
 Pirarucu assado de brasa ao leite de castanha
 bolo de macacheira
 sanduíche de tucumã com banana frita
 sanduiche de tucumã com queijo coalho

4.11.1. Pirarucu à casaca


31

Um dos pratos mais tradicionais de Manaus é o pirarucu de casaca. A receita pede


como ingrediente o pirarucu seco e salgado. Assim como o bacalhau, deve ser
inicialmente deixado de molho em água, trocando-a várias vezes. O pirarucu deve então
ser refogado com bastante azeite, alho, cebola, pimentões e cheiro verde.

4.11.2. Sanduíche de tucumã

O tucumã é a fruta do tucumanzeiro, uma palmeira que atinge até 15 metros de


altura e possui vários espinhos ao longo de seu tronco. Os cachos do tucumanzeiro
apresentam uma fruta com casca verde que, ao amadurecer, se torna amarelo-alaranjado.
Sua polpa, alaranjada, oleaginosa, e fibrosa, possui três vezes mais vitamina A que a
cenoura.
Em Manaus, o tucumã é saboreado de forma inusitada: como recheio de
sanduíches. Uma das iguarias favoritas dos manauaras é o X-Caboclinho que,
traduzindo, é um pão francês recheado com lascas de tucumã e queijo coalho derretido.
Por ser oleosa, a fruta casa muito bem com o pão francês

4.12. HISTÓRICO

Inicialmente, a posse da região amazônica fora determinada através do próprio


Tratado de Tordesilhas. Sendo assim, o território primeiramente fez parte dos domínios
colonizadores espanhóis. Datando do século XVII as explorações portuguesas na região,
ao alcançarem o Rio Negro, os colonizadores lusos determinaram a posse definitiva do
território. Para garantir a posse da terra, iniciou-se o processo de catequização dos
indígenas. Paralelamente, não tardaram a ser estabelecidas guarnições militares
portuguesas em pontos estratégicos. No ano de 1755, houve então a criação da
Capitania de São José do Rio Negro. A posse definitiva da região já tivera como base
32

oficial, em 1750, o Tratado de Madri. Em 1850, é criada por D. Pedro II a província do


Amazonas.
A borracha, inicialmente, foi o grande produto oferecido pelo atual Estado do
Amazonas. Todavia, esta atividade enfrentou mais tarde a concorrência holandesa e
inglesa: estes possuíam métodos avançados de cultivo de seringais, em que a plantação
era realizada de maneira racionalizada, mediante estudos agronômicos. O apogeu da
produção é atingido em 1912, com a exigência da borracha pela então incipiente
indústria automotiva estrangeira para a fabricação de pneumáticos. O uso de derivados
do petróleo e a concorrência internacional, porém, acarretam em declínio posterior
dessa atividade, mais tarde retomada de maneira mais vigorosa a partir da ocupação dos
seringais orientais por parte dos japoneses, na II Guerra Mundial. Neste período, em
busca de trabalho, cerca de trinta mil nordestinos migraram para a região. A
industrialização local ganhou vigor com a implantação federal de incentivos,
culminando na criação da Zona Franca de Manaus, no ano de 1967. A indústria eletro-
eletrônica teve grande fôlego em sua implantação, vigorando hoje em dia entre os
maiores setores industriais no Estado do Amazonas.
A cidade de Manaus está situada no encontro dos rios Negro e Amazonas,
apresentando uma população de 1.157.357 de habitantes, de acordo com o último censo
realizado. Deste total, 595.431 são mulheres e 561.926 são homens.
O desenvolvimento da cidade amazonense foi lento durante toda sua história e
atividades como a exploração de borracha, castanha e madeira figuram dentre as mais
importantes no âmbito econômico do local. O meio mais utilizado para a locomoção
destes produtos é transporte o fluvial, uma vez que a cidade conta com dois dos maiores
rios do país. Várias estradas ligam Manaus ao Sul e Sudeste do Brasil, regiões nas quais
o comércio das riquezas vindas do Amazonas é intenso. A atividade comercial em
Manaus é bastante diversificada, uma vez que a cidade funciona como a única zona
franca de comércio do Brasil. A Zona Franca de Manaus é a maior fonte de empregos
do local. Indústrias estabelecidas nesta Zona Franca têm desconto nos impostos e vários
benefícios que as atraíram para a cidade.
A fundação oficial de Manaus (nome originado dos índios manaus)ocorreu em
1669, quando os portugueses construíram um forte, no então chamado Lugar da Barra,
para proteger a pequena vila do ataque de invasores. Por volta de 1890, por causa da
abundância de seringueiras na região, a indústria da borracha intensificou-se e sustentou
a cidade por quase três décadas. Por causa do lucro obtido através da venda da borracha,
33

a rica cidade ganhou várias melhorias e foi construído o Teatro Amazonas, o mais
imponente da região, cuja inauguração contou com a presença do tenor italiano Enrico
Caruso. Com o declínio da borracha, a cidade parou de se desenvolver, só voltando a
crescer na ocasião da instalação da Zona Franca. Até então, a migração interna para
cidades do Sudeste e do Nordeste era fator preocupante em todo o país. Nos dias de
hoje, o turismo funciona como um importante meio de divulgação da cidade, atraindo
milhares de visitantes que vão fazer compras e conhecer a floresta. Por causa de sua
localização próxima à Floresta Amazônica, turistas de todo o mundo chegam a Manaus
a fim de visitar as belezas naturais da região, ver animais inexistentes em outros países e
conhecer a maior fonte de oxigênio do planeta.
Atualmente, o Estado do Amazonas conta com representantes no Congresso
Nacional em Brasília entre oito deputados federais e três senadores. Em sua Assembléia
Legislativa, o povo do Amazonas é representado por vinte e quatro deputados estaduais.

4.13. FOLCLORE

4.13.1. Garantido e Caprichoso

Os bois-bumbás de Parintins, Caprichoso e Garantido, existem desde 1913, mas o


festival foi oficializado em 1966, transformando-se no maior espetáculo folclórico do
Brasil e a segunda maior festa popular do mundo.

4.13.2. Bumbódromo

O Bumbódromo de Parintins, ou Centro de Convenções Amazonino Mendes, foi


inaugurado em 24 de junho e aberto para o 22º Festival Folclórico, em 1988. O
Bumbódromo tem 35 mil lugares, entre camarotes, arquibancadas especiais e
arquibancadas gratuitas. Essas representam 95% dos lugares e são divididas em duas
partes rigorosamente iguais para as torcidas do Caprichoso, representada pela cor azul, e
34

a do Garantido, cor vermelha. Cada um dos lados da arquibancada é pintado com a cor
de um Boi.
35

5. PARÁ

Localizado na região norte, sua capital é Belém e possui uma população de, em
média 7.110.465 habitantes. Sua extensão é de 1.247.689,5 km². A densidade
demográfica é de 5,7 habitantes por km². Quantidade de municípios: 143.

5.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 28.062.242.000 (2003)


Renda Per Capita*: R$ 4.443,00 (2003)
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,723 (PNUD - 2000)
Principais Atividades Econômicas: agricultura, pecuária, extrativismo e mineração.
Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 27,3 por mil (em 2000*)
Analfabetismo: 10,6% (2003)
Expectativa de vida (anos): 71 (2000)

5.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

 Teatro da Paz (Belém)


 Ilha de Marajó
 Belezas naturais: Floresta Amazônica, rios, lagos e cachoeiras
 Feiras de Artesanato
 Forte do Castelo
 Igreja da Sé
 Museu Emílio Goeldi
 Bosque Rodrigues Alves
36

5.3. GEOGRAFIA

Os rios mais importantes são o Amazonas, Tapajós, Jari, Pará e Tocantins. Suas
principais cidades são Belém, Santarén, Altamira, Marabá e Bragantina.

5.4. CLIMA

No contexto climático o Pará apresenta um prevalecimento do clima equatorial


que possui como principal característica a ocorrência de temperaturas bastante elevadas,
acompanhadas de muita umidade. A temperatura média anual no Estado varia entre 24º
e 26ºC e a incidência de chuvas abundantes registram índices pluviométricos que
atingem até 2.900 mm ao ano. A seca se apresenta no inverno e primavera, porém não
ocorre em Belém que permanece úmida durante todo o ano.

5.5. VEGETAÇÃO

O território paraense apresenta basicamente mangues, campos, cerrados e Floresta


Amazônica, a última predomina no Estado.
A variedade vegetativa é muito grande, nesse caso as composições principais de
cobertura vegetal dão origem a cinco tipos específicos de vegetação, como Mata de
Terra Firme (não sofre inundações), Mata de Várzea (margens de rios que sofrem
inundações), Mangue (porção litorânea do Estado), Campos e Cerrados.
37

5.6. HIDROGRAFIA

O rio Amazonas deságua no Oceano Atlântico em pleno território paraense. A


rede hidrográfica do Estado é farta, nesse território há presença de duas bacias
importantes, do Amazonas e do Tocantins.
Quando as águas do rio Amazonas atingem o Oceano, o encontro das águas forma
ondas com mais de quatro metros de altura, esse fenômeno natural é denominado de
pororoca.

5.6.1. Afluentes do Rio Amazonas

Margem direita: Xingu e Tapajós.


Margem esquerda: Jarí, Paru, Trombetas e Nhamundá.
Na hidrografia do Pará existe ainda: Lagos: geralmente se encontram em várzea. Ilhas:
a principal é a ilha de Marajó. Litoral: são 618 km de extensão em território paraense.

5.7. ESGOTO

Apenas 1,7% de municípios paraenses possuem rede de esgoto sanitário, deixando


o Estado na segunda pior posição do País, à frente apenas de Rondônia. Já entre os
municípios que fazem tratamento do esgoto, o Pará tem o quarto pior resultado, com
4,2% de cidades que dispõem do serviço.
38

5.8. ÁGUA

Cerca de 40% dos municípios do Pará não recebem nenhum tratamento de água.
No Pará, 40,5% dos 1,492 milhões domicílios ainda não possuem serviço rede de
abastecimento de água, sendo que esse percentual alcança 33,4% da Região
Metropolitana de Belém.

5.9. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

Aproximadamente 21% dos habitantes do Pará não são contemplados com o


fornecimento de energia elétrica (ANEEL, 2004), sendo que a grande maioria desse
percentual representa a população residente na área rural, principalmente nas áreas
isoladas, as quais, fazendo-se uma alusão à crise energética de 2001, vivem hoje em um
“eterno apagão”.

5.10. PRATOS TÍPICOS

5.10.1. Maniçoba

É um prato tipicamente indígena. Na versão original é preparada com folhas de


maniva (mandioca-brava) e extremamente demorada (três dias pelo menos).
A maniva contém acido cianídrico, uma substância tóxica que somente o longo
cozimento com panela destampada consegue evaporar. Enquanto vai sendo cozida, a
maniva libera um suco que acentua o sabor das carnes: quanto maior o tempo de
cozimento, mais saborosa fica a maniçoba.
39

5.10.2. Chibé

É uma mistura, com farinha de mandioca e água (de rio opcional), para saciar a
fome, e pode ser acompanhada de sal e pimenta à gosto.

5.11. HISTÓRICO

O primeiro nome dado à região do atual Pará fora Feliz Luzitânia, em


referência à terra portuguesa. Posteriormente, o território foi denominado Grão-Pará e,
mais adiante, Pará. O nome do Estado, de origem tupi-guarani, significa “rio-mar”, uma
referência à grandeza do próprio rio Amazonas, que atravessa o Estado e desemboca no
Oceano Atlântico na região litorânea ao centro-norte do território.
Desde cedo, no período colonial, percebeu-se a importância da região referente
ao atual Pará como uma localidade de entrada à região Amazônica, além de sua
privilegiada posição estratégica. Desta forma, o território passa a sofrer invasões a partir
do século XVI. A cobiça dos invasores europeus, entre ingleses e holandeses, não
chegou a alterar o quadro do povoamento da região, que se efetivou apenas a partir da
retomada de interesse da terra brasileira por Portugal.
No século XVII, a cidade de Nossa Senhora de Belém é fundada, mais
precisamente em 12 de janeiro de 1616, dando origem à atual capital do Estado. A
região do atual Pará foi mais tarde incorporada ao Maranhão, já com o nome de Grão-
Pará. Posteriormente, no século XVIII, desvinculou-se o Pará das demais regiões e, com
o avanço e o estabelecimento definitivos dos portugueses na região, são fundadas
cidades como Vila Nova Del Rei (atual Curuçá), Chaves e Monte Alegre.
O atual Estado do Pará foi palco de dois momentos históricos importantes. No
período da Revolução Constitucionalista do Porto, o Pará apoiou o novo quadro político
de Portugal, levantando insurgências contra o rei. Tal levante, no entanto, tratava-se, de
certa forma, de uma oposição à Independência do Brasil, sendo sufocado pelas forças
40

militares fiéis ao imperador. A Cabanagem também teve origem no Pará,


acompanhando a tendência, em nível nacional, da formação de movimentos de
independência inter-regional como a Revolta dos Alfaiates, a Balaiada etc.
No início do século XX, a borracha torna-se um importante produto no mercado
mundial. Esta tendência fez com que o Pará deixasse para trás um longo período de
estagnação econômica. Atualmente, o Pará tem destaque no país por ser o principal
produtor de ferro.
O Pará é representado em Brasília por dezessete deputados federais e três
senadores. Sua Assembléia Legislativa é formada por quarenta e um deputados
estaduais.

5.12. FOLCLORE

5.12.1. Dança do Carimbó

A mais extraordinária manifestação de criatividade artística do povo paraense foi


criada pelos índios Tupinambá que, segundo os historiadores, eram dotados de um
senso artístico invulgar, chegando a ser considerados, nas tribos, como verdadeiros
semi-deuses.

5.12.2. Dança do Siriá

A mais famosa dança folclórica do município de Cametá é uma das manifestações


coreográficas mais belas do Pará. Do ponto de vista musical é uma variante do batuque
africano, com alterações sofridas através dos tempos, que a enriqueceram de maneira
extraordinária.
Contam os estudiosos que os negros escravos iam para o trabalho na lavoura
quase sem alimento algum. Só tinham descanso no final da tarde, quando podiam caçar
41

e pescar. Como a escuridão dificultava a caça na floresta, os negros iam para as praias
tentar capturar alguns peixes. A quantidade de peixe, entretanto, não era suficiente para
satisfazer a fome de todos.

5.12.3. Lundu

O "Lundu" é uma dança de origem africana trazida para o Brasil pelos escravos. A
sensualidade dos movimentos já levou a Côrte e o Vaticano a proibirem a dança no
século passado. No Brasil o "Lundu", assim como o "Maxixe" (a dança excomungada
pelo Papa), foi proibido em todo Brasil por causa das deturpações sofridas em nosso
país. Mas, mesmo às escondidas, o "Lundu" foi ressurgindo, mais comportado,
principalmente em três Estados brasileiros: São Paulo, Minas Gerais e na Ilha do
Marajó, no Pará.
42

6. RONDÔNIA

Localizado na região norte, sua extensão é de 237.576,167 km², com uma


população, em média, de 1.562.417 habitantes. Sua capital é Porto Velho. A densidade
demográfica é de 6,6 hab./km².

6.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 13.491.977.000,00 (2003)


Renda Per Capita*: R$ 8.533,69 (2004)
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,735 (PNUD - 2000)
Principais Atividades Econômicas: agricultura, pecuária e extrativismo (vegetal e
mineral).
Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 24,6 por mil (em 2000*)
Analfabetismo:8,6% (2001)
Expectativa de vida (anos): 70,6 (2000)

6.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

 Floresta Amazônica
 Museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré
 Prédio do Relógio
 Reserva Ecológica Lago de Cuniã
 Vila do Maici
43

 Catedral de Porto Velho


 Fortaleza do Abunã
 Museu Estadual de Rondônia

6.3. GEOGRAFIA

Seus rios mais importantes: Madeira, Ji-Paraná, Guaporé e Mamoré. Suas


principais cidades são Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, Vilhena e Cacoal.

6.4. CLIMA

No território do estado é possível identificar três tipos de climas:


- Equatorial: possui temperaturas elevadas aliadas a uma grande umidade, há somente
três meses sem ocorrência de precipitação (chuva). Essa característica climática gera
influência no norte do Estado, nas áreas limítrofes com o Estado do Amazonas e
entorno de Porto Velho.
- Quente e úmido: consiste em uma grande quantidade calor e muita chuva, o período de
seca dura até dois meses.
- Quente e semi-úmido: esse exerce influência restrita a parte oeste do Estado onde
estão situados os municípios de Colorado e Cabixi.
Em âmbito mais abrangente, em Rondônia as temperaturas médias anuais variam
entre 24° a 26ºC, no decorrer dos meses de junho, julho e agosto a temperatura cai,
chegando a atingir até 8ºC, isso acontece devido a passagem de uma frente polar. O mês
mais seco é julho e o mais chuvoso é setembro. No Estado, os índices pluviométricos
anuais variam entre 1.800 a 2.400 mm.
44

6.5. VEGETAÇÃO

A cobertura vegetal do Estado é diversificada, apresentando vários tipos de


vegetação dos quais se destacam:

6.5.1. Floresta Ombrófila Aberta

Esse tipo de vegetação é a que mais predomina no Estado, principalmente no


leste, sul, norte e na área central do território.
As Florestas Ombrófilas são constituídas por quatro fisionomias vegetais (floresta
de cipó, palmeiras, bambu e sorocaba).

6.5.2. Floresta Ombrófila Densa

Ocorre em uma área restrita localizada na parte central, é formada basicamente


por palmeiras, trepadeiras lenhosas, epífitas e árvores de médio e grande porte.

6.5.3. Floresta Estacional Semidecidual

Esse tipo de cobertura vegetal ocorre no sul do Estado, apresenta árvores em


número restrito denominadas de caducifólia (árvores que perdem as folhas na seca ou
no inverno).
45

6.5.4. Cerrado

Existem “manchas” do cerrado no centro do Estado, esse tipo de vegetação é


constituído por árvores de pequeno porte, troncos retorcidos, folhas e cascas grossas e
raízes profundas.

6.5.5. Vegetação Aluvial

Apresenta-se nos arredores do rio Guaporé, possui características de uma


cobertura vegetal formada a partir de arbustos (acácias, mimosa) e herbáceas (junco,
rabo-de-burro).

6.6. HIDROGRAFIA

A rede hidrográfica de Rondônia é composta por três principais bacias e uma


secundária.

6.6.1. Bacia do Rio Madeira

O rio principal é o Madeira e seus afluentes principais são:


Margem direita: rio Ribeirão, Igarapé das Araras, rio Castanho, rio Mutum-Paraná,
garapé Cirilo, rio Jaci-Paraná, rio Caracol, rio Jamari, Igarapé Mururé e rio Ji-Paraná.
46

Já os afluentes da margem esquerda são os rios: Albuná, rio Ferreiros, Igarapé São
Simão, rio São Lourenço, rio Caripunas, Igarapé Maparaná, Igarapé Cuniã e rio Aponiã.

6.7. ESGOTO

Tratamento de água e de esgoto ainda é artigo de luxo em Rondônia - só agora é


realidade na capital, que tem 400 mil habitantes. Esgotos a céu aberto, além de
abastecimento de água e coleta de lixo precário, são comuns na maioria dos bairros em
Porto Velho, que convive com outros problemas de infraestrutura.
A Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (Caerd), estatal responsável pelo
abastecimento de água e tratamento de esgoto, atende a uma pequena parcela da
população. A grande maioria conta com poços artesianos para ter água diariamente.

6.8. ÁGUA

Os maiores índices de contaminação e de problemas de abastecimento de água e


tratamento de esgoto na região amazônica estão em grandes cidades como Manaus
(Amazonas), Belém (Pará), Porto Velho (Rondônia), Boa Vista (Roraima) e Rio Branco
(Acre).
47

6.9. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

A energia elétrica consumida em Rondônia é gerada pela Usina Hidrelétrica


Samuel e por um parque termelétrico operado pela Eletrobras Eletronorte e por
produtores independentes de energia. Samuel tem potência instalada de 216 MW e é
considerada um marco na história local. Sua construção possibilitou que uma antiga
colônia de pescadores desse lugar ao município de Candeias do Jamari. A hidrelétrica
foi concebida inicialmente para suprir as cidades rondonienses de Guajará-Mirim,
Ariquemes, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Vilhena, Abunã e a capital, Porto Velho.
Atualmente, 90% dos 52 municípios do Estado são beneficiados com energia firme e
segura desse sistema isolado da Eletronorte. Em 20 de novembro de 2002, a capital do
Acre, Rio Branco, passou a ser abastecida também com a energia de Samuel. Em maio
de 2006, esse sistema foi ampliado, permitindo que a geração térmica do Acre fosse
substituída pela hidráulica, proporcionando a substituição da geração a derivados de
petróleo. Além de Samuel, a Eletrobras Eletronorte opera a Usina Termelétrica Rio
Madeira, que produz 90 MW. Somada à geração dos produtores independentes de
energia, a potência instalada da Eletrobras Eletronorte em Rondônia é de 403 MW.

6.10. PRATOS TÍPICOS

Sua maior arte, baseada em peixes e frutos da região. Com seus sabores picantes e
frutos exóticos não se difere em quase nada do restante da deliciosa Amazônia. Por isso,
pode-se dizer que a Gastronomia de Porto Velho e de todo o restante de Rondônia é
composta, em geral, de pratos comuns à cozinha amazonense. Dentre os pratos
preferidos por qualquer “bom garfo” de Porto Velho pode-se destacar os seguintes:
Maniçoba, Caldeirada de Tucunaré - peixe de escamas prateadas. Doce de Cupuaçu -
Um dos frutos mais exóticos da região. Caruru - camarão seco e quiabo, azeite de dendê
e farinha de mandioca.
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Seguindo a tendência amazonense, a culinária de Rondônia também é conhecida


pelos seus temperos frescos e saborosos como o cheiro verde, a cebolinha, a chicória, a
alfavaca e a pimenta-de-cheiro.

6.11. HISTÓRICO

Os primeiros colonizadores portugueses começam a percorrer o atual estado de


Rondônia no século XVII. Somente no século seguinte, com a descoberta e a exploração
de ouro em Goiás e Mato Grosso, aumenta o interesse pela região. Em 1776, a
construção do Forte Príncipe da Beira, às margens do rio Guaporé, estimula a
implantação dos primeiros núcleos coloniais, que só se desenvolvem no final do século
XIX com o surto da exploração da borracha. No início do século XX, a criação do
estado do Acre, a construção da ferrovia Madeira–Mamoré e a ligação telegráfica
estabelecida por Cândido Rondon representam novo impulso à colonização. Em 1943 é
constituído o Território Federal de Guaporé, com capital em Porto Velho, mediante o
desmembramento de áreas pertencentes aos estados de Mato Grosso e Amazonas. A
intenção é apoiar mais diretamente a ocupação e o desenvolvimento da região, que em
1956 passa a se chamar Território de Rondônia. Até a década de 60, a economia se
resume à extração de borracha e de castanha-do-pará. O crescimento acelerado só
ocorre, de fato, a partir das décadas de 60 e 70. A política de incentivos fiscais e os
intensos investimentos do governo federal, como os projetos de colonização dirigida,
estimulam a migração, em grande parte originária do Centro-Sul. Além disso, o acesso
fácil à terra boa e barata atrai grandes empresários interessados em investir na
agropecuária e na indústria madeireira. Nessa época, a descoberta de ouro e cassiterita
também contribui para o aumento populacional. Entre 1960 e 1980, a população cresce
quase oito vezes, passando de 70 mil para 500 mil habitantes. Em 1981, Rondônia
ganha a condição de estado.
49

6.12. FOLCLORE

Em Rondônia os maiores eventos relacionados ao folclore são a Flor do Maracujá


em Porto Velho e e o Festival Pérola do Mamoré em Guajará-Mirim.
O Festival Folclórico de Guajará-Mirim acontece desde o ano de 1994. Na época,
o evento era chamado de "Festival Folclórico Pérola do Mamoré".
50

7. RORAIMA

Localizado na região norte do Brasil, sua extensão é de 224.298 km², com uma
população de 391.317 habitantes, tendo uma densidade demográfica de 1.45 hab./km².
Sua capital é Boa Vista, e tem um total de 15 municípios.

7.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 1.677.318.000,00 (2003)


Renda Per Capita*: R$ 4.881,00 (2004)
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,746 (PNUD - 2000)
Principais Atividades Econômicas: agricultura, pecuária e extrativismo (vegetal e
mineral).
Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 17,8 por mil (em 2000*)
Analfabetismo:9,7% (2001)
Expectativa de vida (anos): 69,3 (2000)

7.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

 Sitio Arqueológico da Pedra Pintada


 Monte Roraima
 Parque Nacional de Monte Roraima
 Parque Nacional do Viruá
 Estação Ecológica de Maracá
 Estação Ecológica de Niquiá
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7.3. GEOGRAFIA

Seus rios mais importantes: Rio Branco, Água Boa do Univi, Ajarani e Catrimari.
Suas principais cidades: Boa Vista, Amajari, Alto Alegre, Rorainópolis, Mucajaí e
Caracaraí.

7.4. CLIMA

O clima em Roraima é quente e úmido. Só existem duas estações no ano: inverno


(período de chuva) e verão (período seco). Nos planaltos mais elevados a temperatura
no inverno, varia de 15º e 20ºC. Nas partes mais baixas a temperatura chega a 36ºC. Os
meses de junho e julho são os que mais chovem, enquanto dezembro e janeiro são os
mais secos. As chuvas influenciam na quantidade de água no rio Branco. Durante o
verão ele fica quase que intrafegável para barcos grandes. Isso dificulta muito o
transporte fluvial entre Manaus e Caracaraí (cidade porto de Roraima).

7.5. HIDROGRAFIA

 A hidrografia do Estado de Roraima é constituída principalmente pela bacia do


rio Branco. O rio Branco é um afluente do rio Negro que, por sua vez, é afluente do rio
Amazonas. O rio Branco é formado pelos rios Tacutu e Uraricoera há uns 30 Km
aproximados acima de Boa Vista e tem 548 Km de percurso. O seu percuso pode ser
dividido em 3 segmentos:
 Alto rio Branco: com 172 Km, da confluência dos rios Uraricoera e Tacutu até a
cachoeira do Bem-Querer;
52

 Médio rio Branco: com 24 KM, da cachoeira do Bem-Querer até Vista Alegre;
 Baixo rio Branco: com 388 Km, de Vista Alegre até a sua desembocuadura no
rio Negro.

7.6. RELEVO

O relevo de Roraima é bem diferenciado, e pode ser dividido em 5 partes.


 Primeiro degrau: este seria as áreas de acumulação inundáveis. Não apresentam
propriamente uma forma de relevo, mas são áreas cobertas por uma fina camada de
água.
 Segundo degrau: este seria o pediplano Rio Branco. Este é uma unidade de
relevo de enorme expressão em Roraima, pois ocupa grande parte de suas terras. Nesse
pediplano as altidudes variam de 70 a 160m e têm fraca declividade rumo à calha dos
rios.
 Terceiro degrau: é formado por elevações que podem chegar a 400m de altidude.
São serras como a serra da Lua, serra Grande, serra da Batata e outras.
 Quarto degrau: é formado por elevações que podem variam a 600 a 2.000m de
altidude. É formado pela cordilheira do Pacaraima, serra do Parima e serra do
Urucuzeiro. Estas estão unidas em forma de cadeias e nela nascem os rios que formam o
rio Uraricoera que se encontra com o Tacutu formando o Rio Branco.
 Quinto degrau: é o mais alto, formado por elevações que chegam a quase
3.000m de altidude. Um exemplo desse degrau é o Monte Roraima, com 2.875m de
altidude.
53

7.7. ECONOMIA

A economia do Estado está baseada na Agropecuária e na mineração. O Boi já foi


um dos maiores produtos de exportação de Roraima. Mas, atualmente, Boa Vista
importa carne bovina, suína e de aves de outros estados para abastecimento. O arroz
(principal produto de exportação), mandioca, o feijão, frutas tropicais (melão, abacaxi,
mamão etc), hortaliças (alface, cebolinha, cheiro-verde etc) são os principais produtos
da agropecuária. No extrativismo vegetal, castanha-do-pará, sorva e madeira. E no
animal, peixe ornamental. A mineralização já teve maiores destaques, porém hoje
permanece paralisada, apenas com pequena produção de diamante e ouro em garimpos
tradicionais. Possui pequeno parque industrial com produção de refrigenrantes,
derivados do leite e beneficia cereais. Comércio importador principalmente de São
Paulo, Manaus e Venezuela. Sendo os principais produtos: cimento, ferro, combustíveis,
produtos para alimentação.

7.8. EDUCAÇÃO E SAÚDE

No Setor da Educação Pública: Roraima dispõe de uma rede física satisfatória. A


última estatística revela que, em 1995, o Estado dispunha de 450 prédios escolares,
onde estudaram 79.514 alunos em 1407 salas de aula. Esse estudantes estavam assim
distribuídos: 9.990 no Pré-escolar, 58.424 no Primeiro Grau, 9.420 no Segundo Grau e
1.630 no Supletivo Especial. Com 3720 professores. No 3º grau, a UFRR (Universidade
Federal de Roraima) abrigou, em 1996, 2.800 alunos nos mais diversos cursos. Roraima
conta também com diversos cursos profissionalizantes, na ETFRR (Escola técnica
Federal de Roraima), no SENAR, no SENAC e no SENAI. No Setor da Saúde Pública:
Roraima dispõe de uma rede de postos médicos tanto nas cidades como no interior.
Hospitais em cidades localizadas estrategicamente de modo de atender uma região. As
doenças que mais ocorrem em Rorâima são: malária, leishmaniose, oncocerose,
54

hepatite, tuberculose e hanseníase. Outras que ocorrem com menor freqüência são:
varicela, AIDS, dengue, cólera, caxumba, sarampo, meningite, febre amarela e tétano.

7.9. TURISMO

As belezas naturais de Roraima são, sem dúvida, o seu patrimônio maior. São
incomparáveis, talvez únicas numa Amazônia povoada de mistérios indecifráveis. São,
também, o melhor e mais importante produto de exportação, capaz de ser vendido em
qualquer parte do mundo e, para Roraima, trazer visitantes dos mais diversos recantos
do planeta. Essa é, hoje, a mais importante questão que deve tomar conta do
planejamento das diretrizes que vão pautar o desenvolvimento sócio-econômico do
Estado de Roraima. O turismo é uma indústria que não requer investimento na
produção. O produto está pronto e, para ser vendido, só carece de infra-estrutura para
sua exportação. Roraima, com seus rios, florestas e elevados. Com essas riquezas
depositadas num solo abençoado pela natureza. Fazer desse patrimônio um produto
turístico é, sem dúvida, abrir caminho para o Estado e sua gente antever um futuro que
se pretende deixar como herança para as próximas gerações.

7.10. ESGOTO

A Companhia possui um moderno sistema de captação superficial do Rio Branco,


113 poços em funcionamento no interior e 80 em Boa Vistam, duas grandes estações de
tratamento de água na capital e outra em construção. A sede tem mais de 9 mil metros
quadrados e sistema de gestão totalmente informatizado.
55

7.11. ENERGIA ELÉTRICA


Têm como base o fornecimento de energia elétrica as indústrias, visando o
atendimento regular e continuo. Faz parte do projeto o estudo de soluções alternativas
de fornecimento de energia.

7.12. PRATOS TÍPICOS

7.12.1. Caldeirada de peixe:

Azeite de Oliva, cheiro verde, cebola,tomate e sal, água e peixe cortado em


postas.

7.12.2. Galinha caipira:

Cheiro verde, pimentão cortado, em pedaços pequenos, guisada ao molho pardo;

7.12.3. Mugica de peixe

Peixe assado no forno com todos os temperos para peixe, desfiado, mugicado
(cozido) com farinha branca e azeite.

7.13. HISTÓRICO

O antigo território do Rio Branco foi disputado por espanhóis, portugueses,


holandeses e ingleses desde o início do século XVI. Seus povoados, no entanto,
somente começaram a se instalar no século XVIII, após o extermínio de grande número
56

de indígenas. Em 1858, o Governo Federal criou a freguesia de Nossa Senhora do


Carmo, transformada no município de Boa Vista do Rio Branco, em 1890. Em 1904
houve grave disputa territorial com a Inglaterra, que tirou do Brasil a maior parte das
terras da região do Pirara, pequeno afluente do rio Maú, incorporadas à Guiana Inglesa.
A partir de 1943, foi criado o Território Federal do Rio Branco, cuja área foi
desmembrada do Estado do Amazonas. Passou a chamar-se Território Federal de
Roraima a partir de 13 de setembro de 1962. Em 5 de outubro de 1988, com a
promulgação da nova Constituição do País, o Território foi transformado em Estado da
Federação.

7.14. FOLCLORE

O vaqueiro é descendente de índios miscigenados com os brancos, usa chapéu de


palha de palmeira, camisa e calça comuns, perneira curta de pele de veado, alpargatas
de couro de veado e para o trabalho usa um laço de couro cru. Ele é forte e resistente e
alimenta-se de carne cozida, mandioca e leite.
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8. TOCANTINS

Localizado no norte do Brasil, sua área é de 277.620,914 km², e uma população de


1.305.728 habitantes, tendo uma densidade demográfiva de 4,17 hab./km². Sua capital é
Palmas e possui 139 municípios.

8.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 4.189.864.000,00 (2003)


Renda Per Capita*: R$ 3.776 (2003)
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,710 (PNUD - 2000)
Principais Atividades Econômicas: agricultura, pecuária e extrativismo.
Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 28,4 por mil (em 2000*)
Analfabetismo:17% (2000)
Expectativa de vida (anos): 70,7 (2000)

8.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

 Cachoeira do Roncador
 Morro do Governador
 Bosque dos Pioneiros
 Praia da Graciosa
 Parque Cesamar
 Reserva Ecológica do Lajeado
 Trilha do Brejo da Lagoa
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8.3. GEOGRAFIA

Rios importantes: Araguaia, Tocantins, do Sono, das Balsas e Paranã.


Principais cidades: Palmas, Araguaína, Porto Nacional, Gurupi e Paraíso do Tocantins.

8.4. CLIMA

O Estado do Tocantins está sob domínio climático tropical semi-úmido,


caracterizado por apresentar uma estação com estiagem aproximada de 4 meses. Com
essas temperaturas e índices de pluviosidade, o clima recebe a classificação de AW –
Tropical de verão úmido e período de estiagem no inverno , de acordo com a
classificação de Koppen. A estiagem varia de 3 a 5 meses, sendo as precipitações
pluviais crescentes do Sul para o norte (1500 a 1750 mm/ano) e do Leste para o Oeste
(1000 a 1800 mm/ano). Janeiro se caracteriza por ser o mais chuvoso e agosto o mais
seco.

8.5. HIDROGRAFIA

A bacia hidrográfica do Estado do Tocantins está delimitada principalmente pelo


rio Araguaia a oeste, e pelo Rio Tocantins a leste. Esses rios correm no sentido Sul-
Norte e se encontram no extremo norte do Estado, na região do Bico do Papagaio. Após
esta confluência, o Rio Tocantins deságua no delta do Rio Amazonas.
O Estado, abrange aproximadamente dois terços da bacia Hidrográfica do Rio
Tocantins e um terço da Bacia Hidrográfica do Rio Araguaia, além de várias sub-bácias
importantes, fazendo do Estado do Tocantins, um dos Estados mais ricos do Brasil em
59

recursos hídricos para irrigação, construção de hidrovias, geração de energia elétrica, e


empreendimentos de turismo ecológico, aquicultura e consumo humano.

8.6. ECONOMIA

Principalmente pela parte da agroindústria.

8.7. RELEVO

O relevo de Tocantins é formado por depressões na maior parte do território,


planaltos ao sul e a nordeste , e planicie na região central, com a Ilha do Bananal. O
ponto mais elevado é a Serra Traíras com 1.340 metros. A Depressão do Araguaia-
Tocantins acompanha os rios Araguaia e Tocantins e estende-se desde o centro-oeste.
Suas formas de relevo são quase planas e de baixas altitudes.

8.8. VEGETAÇÃO

O estado Tocantins tem a vegetação de cerrado (são formados de arbustos


esparsos e baixos, entremeados por gramineas) e um pouco de floresta tropical no
noroeste do estado. Ao norte encontra-se a floresta Amazônica.
60

8.9. TURISMO

As praias dos rios Araguaia e Tocantins atraem todos os anos cerca de 100 mil
turistas de todo o país. Com a formação de um lago em Palmas e Porto Nacional, a orla
da capital se prepara para montar um complexo turístico com hotéis, restaurantes e áreas
de lazer. Marinas, clubes náuticos e praças de esportes serão instalados na avenida Beira
Rio, em Porto Nacional. Na área do ecoturismo, já está funcionando o Centro Canguçu,
no entorno da ilha do Bananal. Com a renda do hotel ecológico são financiados estudos
ambientais.

8.10. ENERGIA ELÉTRICA

– Geração: 4.633 GWh; consumo: 883 GWh

8.11. PRATOS TÍPICOS

Tocantins é um dos Estados mais novos do Brasil que foi criado pela Constituição
de 1988. A gastronomia com uma grande quantidade de pratos variados que agradam
todos que passam pela região. O centro gastronômico leva uma forte mistura das
influências das culturas indígena, paulista, portuguesa e mineira.

8.11.1. Arroz Maria Isabel:

1 kg de arroz 1kg de carne seca picada 3 dentes de alho 1 cebola 5 colheres de


sopa de óleo pimenta - do - reino a gosto pimenta de cheiro a gosto modo de fazer lava -
se a carne seca picada e coloca - se para dourar em óleo quente em seguida, acrescenta-
61

se a cebola e o alho. refoga - se. bem coloca-se o arroz misturando bastante com os
temperos e a carne acrescentando- se em seguida a água quente e a pimenta de cheiro
cortada ao meio . abafa- se a panela e aguarda - se um pouco até que o arroz fique solto.
para decorar o prato coloca coentro e cebolinha.

8.11.2. Paella do Tocantins

É feita a base de calabresa, galinha caipira e pequi entre outros e é servida na


Churrascaria Portal do Sul de Palmas. A invenção do prato com produtos locais em
substituição aos frutos do mar.

8.12. HISTÓRICO

O extremo norte de Goiás foi desbravado por missionários católicos chefiados por
Frei Cristovão de Lisboa, que em 1625 percorreram a área do rio Tocantins, fundando
ali uma Missão religiosa. Nos dois séculos que se seguiram, a corrente de migração
vinda do norte e nordeste continuou a ocupar parte da região. Pelo sul, vieram os
bandeirantes, chefiados por Bartolomeu Bueno, que percorreram toda a região que hoje
corresponde aos Estados de Goiás e Tocantins, ao longo do século XVIII. Na região
existiam duas culturas diferentes: de um lado, a dos sulistas, originários de São Paulo, e,
do outro, os nortistas, de origem nordestina.
As dificuldades de acesso à região sul do Estado, por parte dos habitantes do
norte, os levaram a estabelecer vínculos comerciais mais fortes com os Estados do
Maranhão e Pará, sedimentando cada vez mais as diferenças e criando o anseio
separatista. Em setembro de l821, houve um movimento que proclamou em Cavalcante,
e posteriormente em Natividade, um governo autônomo da região norte do Estado.
Cinqüenta e dois anos depois, foi proposta a criação da Província de Boa Vista do
Tocantins, projeto não aceito pela maioria dos parlamentares do Império. No ano de
l956, o juiz de Direito da Comarca de Porto Nacional elaborou e divulgou um
62

"MANIFESTO À NAÇÃO", assinado por numerosos nortenses, deflagrando um


movimento nessa Comarca, que revigorava a idéia da criação de um novo Estado.
Em l972, foi apresentada pelo Presidente da Comissão da Amazônia, da Câmara
dos Deputados, o Projeto de Redivisão da Amazônia Legal, do qual constava a criação
do Estado de Tocantins, aprovada em 27 de julho de l988, pela Comissão de
Sistematização e pelo Plenário da Assembléia Nacional Constituinte. Seu primeiro
Governador, José Wilson Siqueira Campos, tomou posse em 1 de janeiro de 1989, na
cidade de Miracema do Tocantins, escolhida como capital provisória do novo Estado,
até que a cidade de Palmas, a atual capital, fosse construída.

8.13. FOLCLORE

8.13.1. Sasi

Assim é a sua história: Um negrinho de uma perna só, capuz vermelho na cabeça,
e que segundo alguns, usa um cachimbo. Não é maldoso. Só gosta de fazer travessuras,
como por exemplo, dar nó no abo dos cavalos. É muito popular em todas as regiões do
Brasil, onda o caipira muitas vezes o invoca para encontrar objetos ou animais perdidos
63

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SITES:

http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/brasil
http://www.portalbrasil.net/regiao_norte.htm
http://www.arteblog.net/comidas-tipicas-do-norte-do-brasil/
http://asnovidades.com.br/2007/comidas-tipicas-do-acre-brasil/
http://asnovidades.com.br/2009/comidas-tipicas-de-rondonia-brasil/
http://asnovidades.com.br/2009/comidas-tipicas-de-tocantins-brasil/
http://asnovidades.com.br/2008/comidas-tipicas-do-amazonas-brasil/
http://asnovidades.com.br/2008/comidas-tipicas-do-amapa-brasil/
http://asnovidades.com.br/2008/comidas-tipicas-do-roraima-brasil/
http://asnovidades.com.br/2009/comidas-tipicas-do-para-brasil/
http://orbita.starmedia.com/geoplanetbr/amazonas.htm
http://orbita.starmedia.com/geoplanetbr/para.htm
http://orbita.starmedia.com/geoplanetbr/amapa.htm
http://www.achetudoeregiao.com.br/ro/Historia_de_Rondonia.htm
http://www.vestibular1.com.br/revisoes/geografia/estados/tocantins.htm
http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diafolclore4.html
http://diamantenegroaluisio.blogspot.com/2009/08/dia-22-dia-do-folclore-o-
folclore-em.html
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ANEXOS

2. ACRE

(imagem retirada do site


http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/estado_acre.htm)

3. AMAPÁ

(imagem retirada do site


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4. AMAZONAS

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http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/estado_amazonas.htm)

5. PARÁ

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http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/estado_para.htm)

6. RONDÔNIA

(imagem retirada do site


http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/estado_rondonia.htm)
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7. RORAIMA

(imagem retirada do site


http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/estado_roraima.htm)

8. TOCANTINS

(imagem retirada do site


http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/estado_tocantins.htm)

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