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Noções de
Matemática Elementar
1 Notação cientíca
Para escrever números muito grandes ou muito pequenos é mais cómodo usar a
notação cientíca, que consiste em escrever um número na forma
x = a × 10n . (1)
100 = 1
101 = 10
102 = 100
103 = 1000 . . . (2)
1
10−1 = = 0.1
101
1
10−2 = 2 = 0.01
10
−3 1
10 = 3 = 0.001 . . . (3)
10
Vemos portanto que 10−n é 0. seguido de n casas decimais, sendo a última um
1 e todas as outras 0.
1
1.1 Regras
1.
10n × 10m = 10n+m (4)
2.
10n
m
= 10n−m (5)
10
1.2 Prexos
3 −3
1. Kilo=K=10 ; mili=m=10 ;
6
2. Mega=M=10 ; micro=µ = 10−6 ;
9 −9
3. Giga=k=10 ; nano=n=10 ;
12 −12
4. Tera=T=10 ; pico=p=10 ;
2 Álgebra Básica
• Oito vezes o meu número de laranjas é 32 quer dizer
8x = 32.
8x 32
= ⇒ x = 4.
8 8
x + 3 = 7.
x + 3 − 3 = 7 − 3 ⇒ x = 4.
x
= 2.
2
Quanto é x? Podemos multiplicar por 2 os dois termos, e ca
x
× 2 = 2 × 2 ⇒ x = 4.
2
2
Em geral,
a
x+c = d⇒
b
a
x = d−c⇒ (6)
b
b
x = (d − c).
a
3 Manipulação de parêntesis
1. Propriedade distributiva:
2. Expansão de um quadrado:
4 Fracções
1. Multiplicação de fracções
a c ac
× = . (10)
b d bd
2. Divisão de fracções
a
b a d ad
c = × = . (11)
b c bc
d
3. Para somar (ou subtrair) fracções há que reescrevê-las de forma a terem o
mesmo denominador:
a c ad cb ad ± bc
± = ± = . (12)
b d bd bd bd
3
5 Potências
A notação cientíca é um caso particular da aplicação de potências. Como há
pouco,
x0 = 1
x1 = x
x2 = x × x
x3 = x × x × x (13)
x−1 = 1/x1
x−2 = 1/x2
x−n = 1/xn
As regras são
1. Multiplicação
xn xm = xn+m (14)
2. Divisão
xn
= xn−m (15)
xm
3. Exponenciação
(xn )m = xnm (16)
4. Radicais
√
x1/n = n x. (17)
n
√
O que é x? É um númeroy tal que y n = x:
n
√
x = y ⇒ y n = x. (18)
2
√
x = y ⇒ y 2 = x. (19)
6 Funções
O que é uma função?
4
um elemento de B (mas o mesmo elemento de B pode ser a imagem de vários
elementos de A).
Outro exemplo: o preço a pagar por uma dada quantidade de laranjas. Temos
A=quantidade de laranjas (m, em kg) e B=preço a pagar (p, em euros). Então,
se o preço por kg for 2 euros, temos
Agora imaginemos que temos de pagar 50 cêntimos pelo saco que contém as laran-
jas, independentemente da quantidade de laranjas a comprar. Então a função
preço passa a ser
p = f (m) = 2m + 0.5. (22)
As funções podem ser descritas por expressões analíticas simples, como as dos
exemplos anteriores, mas também podem ter expressões muito mais complicadas.
Podem ainda ser expressas por tabelas, sem que haja alguma fórmula que se lhe
adapte.
5
7 Representação gráca
Quando queremos representar uma função
y = f (x)
recorremos a um gráco. No eixo horizontal colocamos os valores de x e no eixo
vertical colocamos os valores de y. Vejamos os grácos das funções dos exemplos
anteriores nas guras 2 e 3:
d = 60t, (23)
6
e o gráco é também uma linha recta (gura 4).
8 Logaritmos
O logaritmo de um número na base a dene-se assim:
7
Por agora os logaritmos que nos interessam são os de base 10. Por isso, em
vez de escrever log10 escrevemos simplesmente log. Temos
Propriedades do logaritmos
1. Valores notáveis
log 1 = 0 (26)
2. log do produto
log(ab) = log a + log b (28)
3. log da divisão
a
log = log a − log b (29)
b
4. log do expoente
log(an ) = n log a (30)
1, 8 kg → 3 euros
0, 6 kg → x euros (31)
8
Figura 6: O gráco da função log x (nota: log 1 = 0 e log 0 não está denido.
A escala é muito grande e parece que o primeiro ponto é 0. Não é. O primeiro
ponto é x = 1.)
10 Ângulos
o
Uma volta completa são 360 graus
o
A partir dos 360 os ângulos voltam a repetir-se. Por exemplo:
• 3601◦ = 10 × 360◦ + 1◦ ≡ 1◦
2πr
θ(360◦ ) = = 2π. (34)
r
9
Figura 7: Denição de radiano
Para determinar qualquer outro ângulo podemos usar uma regra de 3 simples.
o
Por exemplo, quanto é 45 em radianos?
360◦ → 2π rad
45◦ → θ rad
e
45 × 2π π
θ= = . (35)
360 4
Outra forma de fazer as conversões é simplemente usar os factores de conversão:
11 Senos e co-senos
A denição de seno e co-seno faz-se através da gura 8. É importante notar que
o
o triângulo é recto, isto é, um dos seus ângulos internos é 90 .
2. Teorema de Pitágoras: a2 = b 2 + c 2 .
10
Figura 8: Denições de seno e co-seno
o
3. A soma dos seus três ângulos internos é 180 (válido para qualquer
triângulo).
Temos que
cateto oposto b
sin θ = = (36)
hipotenusa a
e
cateto adjacente c
cos θ = = (37)
hipotenusa a
Através do teorema de Pitágoras podemos demostrar uma igualdade muito
importante:
sin2 θ + cos2 θ = 1. (38)
b2 c2 b2 + c2 a2
sin2 θ + cos2 θ = + = = = 1.
a2 a2 a2 a2
O círculo trigonométrico (gura 9) também nos ajuda a compreender estas
funções. O círculo trigonométrico tem raio=1 e por isso a hipotenusa dos triân-
gulos que vamos desenhar nesse círculo é 1. Assim temos que sin θ = b/1 = b e
cos θ = c/1 = c
O valor de cos θ xx. Em θ = 0 o segmento que dene θ
lê-se no eixo dos
coincide com o raio. Portanto cos θ = 1 em θ = 0. À medida que o ângulo
◦
vai aumentando o segmento que dene θ diminui de comprimento. Em θ = 90
◦
é mesmo zero. Portanto cos 90 = 0. Quando passamos ao segondo quadrante
◦ ◦ ◦
(90 < θ < 180 ) passamos a ter valores de cos θ negativos. Em θ = 180 o
comprimento do segmento é igual ao raio=1, mas tem valor negativo. ortanto
11
Figura 9: O círculo trigonométrico
cos 180◦ = −1. Se zermos então o gráco da função cos θ (em que a cada valor
de θ , na horizontal, se faz corresponder o seu valor de cos θ , na vertical), obtemos
a gura 10.
12
Figura 11: A função seno
1. sin2 θ + cos2 θ = 1
4. sin2 θ
2
= 12 (1 − cos θ)
θ
5. cos2 2
= 12 (1 + cos θ)
6. 1 − cos θ = 2 sin2 θ
2
13
7. sin(a ± b) = sin a cos b ± cos a sin b
8. cos(a ± b) = cos a cos b ∓ sin a sin b
9. sin a ± sin b = 2 sin[ 12 (a ± b)] cos[ 12 (a ∓ b)]
10. cos a + cos b = 2 cos[ 12 (a + b)] cos[ 12 (a − b)]
11. cos a − cos b = 2 sin[ 21 (a + b)] sin[ 12 (b − a)]
14
Figura 14: A função seno numa mola
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