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A BUSCA PELA VERDADE

Larissa Matioski Brasil


Amanda Bissoni (2F)

Resumo

Este trabalho tem como objetivo analisar como o homem buscou o conhecimento
com o fim de chegar à verdade. A analise desse assunto é de extrema importância
porque o homem busca incessantemente a verdade e através dela ele acaba
gerando outros efeitos em sua vida.

Palavras-chave: conhecimento, verdade, efeitos.

Introdução

As discussões filosóficas sempre foram o que impulsionou o homem a buscar


a verdade, sempre visando as suas necessidades pessoais. Com isso, duas novas
categorias de se pensar sobre a origem do conhecimento surgiram: o Inatismo e o
Empirismo.
Ambas as teorias tentavam chegar à verdade através do conhecimento,
porém, cada uma tinha uma maneira de pensar sobre isso. Os inatistas acreditavam
que o conhecimento era inato, ou seja, já nascia com a pessoa, fazia parte do seu
ser desde o principio. Um grande inatista foi Platão, que acreditava que a busca pela
verdade era feita através da reminiscência, ou seja, apenas recordar a verdade
existente para despertar a razão. Já os Empiristas, representados por John Locke,
acreditavam que o conhecimento era adquirido pela experiência humana.
Através da analise dessas teorias percebe-se que elas tentaram obter o
conhecimento para chegar à verdade. A questão colocada em dúvida é se existe
mesmo uma única e determinada verdade que seja universal valendo para todas as
pessoas em todos os tempos. Segundo Nietzsche, a verdade era relativa, ou seja,
ela dependia do ponto de vista de cada um. Um mesmo objeto de análise, segundo
a filosofia nietzschiana, é capaz de receber várias interpretações de modos
totalmente diferentes, pois essas interpretações dependem exclusivamente do olhar
daquele que as observa. Resumindo, Nietzsche não acreditava que houvesse uma
única verdade que fosse válida para todas as pessoas em todos os tempos.
Porém, mesmo não havendo uma única verdade que seja válida como
universal, não quer dizer que uma pessoa não acredite/ prefira a sua própria
verdade construída a partir da maneira em que ele mesmo se relaciona com o
mundo.
“Não existe algum conhecimento, um fenômeno, uma palavra, nem
pensamento cujo sentido não seja múltiplo. Uma coisa é ora isto, ora aquilo, ora algo
mais complicado segundo as forças que sela se apoderam”1. Um exemplo que se
mostra bem claro sob esse aspecto é a quantidade de possíveis “verdades” que se
menospreza a cada dia por algum motivo diferente, ou seja, às vezes uma nova
teoria que venha a substituir outra mais antiga, a qual, até então se acreditava ser
verdade absoluta.
O homem ao tentar construir suas próprias verdades acaba refletindo nelas
suas perspectivas, suas heranças, seu repertório. Muitas vezes sem percebemos
esse nosso repertório está contaminado por aquilo que Francis Bacon denominava
de falsas ídolas. Elas, de maneira ou de outra acabam interferindo na nossa visão
(ponto de vista) sobre as coisas. Como dizia Bacon, é necessário buscar meios
pelos quais nos libertamos dessas falsas idéias para conseguirmos desenvolver um
pensamento que esteja desvencilhado das idéias do coletivo. Para Kant, apenas
atingiríamos essa concepção de uma idéia desvencilhada dos erros a partir do
momento que iríamos de um estado de minoridade para um estado de maioridade.
Ou seja, quando passássemos a pensar por nós mesmo ao invés de apenas
reproduzir aquilo que nos é repassado por conhecimento alheio, nos livrando dos
denominados “tutores”.

Mas embora todo o nosso conhecimento comece com a experiência, nem


por isso todo ele se origina justamente da experiência. Pois poderia bem
acontecer que mesmo o nosso conhecimento de experiência seja um
composto daquilo que recebemos por impressões e daquilo que a nossa
própria faculdade de conhecimento (apenas provocada por impressões
sensíveis) fornece de si mesma, cujo aditamento não distinguimos daquela
matéria--prima antes que um longo exercício nos tenha tornado atentos a
ele e nos tenha tornado aptos à sua abstração.2

1
DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia. Rio de Janeiro: Rio, 1976. p. 4
2
KANT, Immanuel. Crítica da Razão pura. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 1
Através desta incessante busca de conhecimento para se alcançar a verdade
o homem acaba agregando valores e experiências à sua perspectiva de ver o
mundo e as coisas que nele estão. Assim, os diversos efeitos gerados por essa
constante mudança de comportamento e de pensamento é o que acaba
impulsionando o homem a cada dia buscar inovar mais e mais, é o que acaba
movendo o mundo, suas novas tecnologias, suas novas perspectivas, seus novos
avanços.
Referências

DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia. Rio de Janeiro: Rio, 1976.

KANT, Immanuel. Crítica da Razão pura. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

FOUCAULT, Michel. Nietzsche, Freud, Marx. 2. ed. São Paulo: Princípio. 1997.

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