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AULAS
DE
CÁLCULO 2
SUMÁRIO
Capítulo 1
Integral Definida
Seja a função f ( x ) = x na qual faremos vários retângulos entre a curva da função e o eixo x.
fi
a ∆xi b X
A área aproximada da figura é a soma de todas as áreas dos retângulos. Cada retângulo possui
área igual a (base x altura):
Ai = ∆xi ⋅ f i
n (1)
Área = ∑ ∆xi ⋅ f i
i =1
Ai = ∆xi ⋅ f i
n
(1.1)
Área = ∑ ∆xi ⋅ f i
i =1
Exemplos:
f (x ) = x
0 1
Considerando na equação (1.1), que P é o valor máximo dos ∆xi , pode-se conceituar a integral
definida de uma função f(x) como:
Se o limite acima existe, a função é integrável no intervalo [a,b]. O resultado da integral definida é
um valor real e não uma família de antiderivadas.
Exemplos:
Encontre a área das figuras formadas pelas funções abaixo, utilizando integrais definidas:
3
a- ∫ 6dx
0
b-
3x-4y=-11
1.2- Propriedades
Considere "c" uma constante pertencente aos reais (c ∈R)
b b
1- ∫ cdx = cx = c(b − a )
a a
b b
2- ∫ cf (x )dx = c ∫ f (x )dx
a a
b b b
3- ∫ [ f ( x) ± g ( x)]dx = ∫ f ( x)dx ± ∫ g ( x)dx
a a a
4- Se a<c<b e se f(x) for integrável neste intervalo, ou seja, integrável nos intervalos [a,c] e [c,b],
então:
b c b
∫ f (x )dx ≥ 0
a
b b
∫ f ( x )dx ≥ ∫ g ( x )dx
a a
d c
∫ f (x )dx = − ∫ f (x )dx
c d
A propriedade 7 diz que a permuta dos limites de integração acarreta a troca do sinal da integral.
∫ f (x )dx = 0
a
Exemplos:
∫ f (x )dx = f (z ) ⋅ (b − a )
a
O Teorema do Valor Médio nos diz que, se f ( x ) ≥ 0 no intervalo [a,b], existe pelo menos um
ponto (z,f(z)), tal que o retângulo cuja base é (b-a) e cuja altura é f(z), possui área igual a área da
figura formada pela função f(x) e o eixo x.
Exemplos:
que expressa a voltagem V(em volts) em função do tempo (em segundos). A função realiza 60
ciclos a cada segundo (sua freqüência é 60 hertz, ou 60 Hertz). A constante positiva Vmáx é o pico
de voltagem. Pede-se:
a- o valor médio de V ao longo de meio ciclo;
b- o valor médio de V ao longo de um ciclo.
0 a x
x
G ( x ) = ∫ f (t )dt
a
x
x2
G ( x ) = ∫ tdt =
a
2
Deriva-se G ( x ) e obtém-se:
G ′( x ) = x = f ( x )
Parte 1
x
F ( x ) = ∫ f (t )dt
a
x
dF d
dx dx ∫a
= f (t )dt = f ( x)
Exemplos:
x
d
dx −∫π
a- cos tdt
x
d 1
b- ∫
dx 0 1 + t 2 dt
x2
d
dx ∫1
c- cos tdt
5
d
dx ∫x
d- 3t sen tdt
4
d 1
e- ∫
dx 1+3 x 2 2 + e t
dt
Parte 2
Se f é contínua no intervalo [a,b] e G(x) é antiderivada de f:
x
G ( x ) = ∫ f (t )dt
a
F (x ) = G(x) + c
Assim, calculando F(b)-F(a), temos:
F (b ) − F (a ) = [G (b ) + c] − [G (a ) + c]
F (b ) − F (a ) = [G (b) − G (a )]
b a
F (b ) − F (a ) = ∫ f (t )dt − ∫ f (t ) ft
a a
b
F (b ) − F (a ) = ∫ f (t )dt − 0
a
b
F (b ) − F (a ) = ∫ f (t )dt
a
A equação acima afirma que qualquer função contínua f pode ser calculada facilmente, desde que
a primitiva de f possa ser encontrada.
Exemplo:
∫ (x )
3
Calcule
3
+ 1 dx
−1
y H
f(x)
a b
g(x)
∆x k
Para determinar analiticamente a área entre o gráfico de y=f(x) e o gráfico y=g(x), no intervalo [a,b]:
1- Esboce o gráfico das curvas e desenhe um retângulo representativo, cuja base deve ser
paralela ao eixo em relação ao qual será efetuada a integração;
2- Defina a altura do retângulo H=f(x)-g(x), simplificando se possível;
b
3- Calcule a integral ∫ [ f ( x) − g ( x)]dx
a
Lista de exercícios:
f (x ) = 7 − x
Sendo a=1 e b=4
f (x ) = 4 + x
c- Funções y = x 2 , y = 3 − 2x e x = 0
d- Funções y = − x 2 − 2 x no intervalo − 3 ≤ x ≤ 2 ;
e- Funções y = x 3 − 4 x no intervalo − 2 ≤ x ≤ 2 ;
f- Funções y = x , o eixo horizontal (x) e pela reta y=x-2;
∫ (1 + cos x)dx
0
1
∫
0
t 2 + 1dt
π
x
∫ x sen 2 dx
0
1
4 −x
∫x
0
e dx
3π
2
−2 x
∫e
π
sen(2 x)dx
São denominados sólidos de revolução aqueles que são formados quando um região gira em torno
de um eixo (chamado eixo de revolução). O sólido resultante, quando fatiado na direção
perpendicular ao eixo de revolução, fornece seções transversais circulares.
Como exemplo considere a região mostrada no gráfico abaixo.
Y
y=x
X
1m
Se a região triangular acima girar em torno do eixo x, será formado um cone como representa a
figura abaixo:
Y
f ( x) = x
∆xi
No cone acima os raios de todas as seções circulares mostradas na figura têm comprimentos
definidos pela ordenada f(x) do ponto superior, que pertence à reta y = x . Pode-se aproximar o
volume total do cone como a somatória dos volumes de vários anéis, assim:
n
vol aproximado = ∑ πr 2 ∆xi
i =1
n
vol aproximado = ∑ π [ f ( x)] ∆xi
2
i =1
vol = ∫ π [ f ( x)] dx
0
1
vol = π ∫ x 2 dx
0
π
vol = m3
3
Conclui-se que o volume de um sólido de revolução é dado pelo cálculo da integral
b 2
vol = ∫ π [ f ( x )] dx
a
Vale lembrar que se o eixo de simetria não for o eixo das abscissas deve-se determinar a lei de
formação dos raios do sólido de revolução e fazer as modificações devidas quando se efetuar a
integração em y.
Exercícios.
Determine os volumes dos sólidos de revolução gerados pela rotação das regiões formadas pelas
funções:
Capítulo 2
Limite e Continuidade de Funções Várias Variáveis
2r
Os domínios de funções de duas variáveis reais são os conjuntos de pontos (pares ordenados) de
números reais que ao serem substituídos na equação que define a função resultam em valor real
da função (imagem).
Exemplos:
Determine o domínio e a imagem das funções abaixo:
a- z= y−x
y−x>0 +
Domínio= ImagemReais positivos, incluindo o zero (R )
y>x
b- w = y − x2
b- z= 1
xy
c- w = sen( x )
d- f ( x, y ) = 4 x + 9 y
2 2
1
e- f ( x, y ) =
16 − x 2 − y 2
Diz-se que o limite de uma função f(x,y), quando x e y se aproximam respectivamente de x0 e y0, e
é igual a L se para todos os valores de x e y suficientemente próximos de (x0 e y0) a função,
também, se aproxima do valor real L. Tal limite é apresentado como se segue:
lim f ( x, y ) = L
( x , y ) → x0 , y 0 )
Pode-se mostrar, como para função de uma variável, as propriedaes de limites de várias variáveis
abaixo:
1- lim x =x 0
( x , y ) →( x0 , y 0 ) _
2- lim y = y0
( x , y ) →( x0 , y 0 ) _
3- lim K = K ( K ∈ R)
( x , y ) →( x0 , y 0 ) _
6- lim K . f ( x, y) = K .L
( x , y ) → ( x0 , y0 )
f ( x, y) L
7- lim = SeM ≠ 0
g ( x, y) M
( x , y ) →( x0 , y 0 )
m
m n m
Exemplos:
b- lim x2 + y2
( x , y ) →( 3, −4 )
x 2 − xy
c- lim
( x , y ) →( 0 , 0 )
x− y
3x 2 − y 2 + 5
d- lim
( x , y ) →( 0 , 0 ) x 2 + y 2 + 2
cos( y ) + 1
e- lim
( x , y ) → ( , 0 ) y − sen ( x )
π
2
x 2 − 2 xy + y 2
f- lim
( x , y ) →(1,1) x− y
xy − y − 2 x + 2
g- lim
( x , y ) →(1,1) x −1
y+4
h- lim
( x , y ) → ( 2 , −4 ) x y − xy + 4 x 2 − 4 x
2
b- lim f ( x, y ) = f ( x 0 , y 0 )
( x , y )→( x0 , y0 )
Diz-se que uma função é contínua quando for contínua em todo seu domínio.
Exemplos:
a- f ( x, y ) = sen( x + y )
b- f ( x, y ) = ln x 2 + y 2 ( )
1
c- f ( x, y ) = sen
xy
x+ y
d- f ( x, y ) =
2 + cos( x)
x+ y
e- f ( x, y ) =
x− y
f ( x, y ) =
y
f-
x +1
2
x2 + y2
g- f ( x, y ) = 2
x − 3x + 2
h- f ( x, y ) = ln( x + y − 1)
f ( x, y ) = 2
xy
i-
x − y2
j- f ( x, y ) = x e 1− y 2
k- f ( x, y ) = 25 − x 2 − y 2
f ( x, y , z ) = 2
1
l-
x + y2 − z2
m- f ( x, y, z ) = x − 2 ln ( yz )
Capítulo 3
Derivadas de Funções Várias Variáveis
Sabe-se que a derivada de uma função de uma variável é definida como abaixo:
f ( x + ∆x ) − f ( x )
f ′( x ) = lim
∆x → 0 ∆x
Seja uma função f(x,y) definem-se as suas derivadas em relação a x e y como se segue:
f ( x + ∆x, y ) − f ( x, y )
f x ( x, y ) = lim
∆x → 0 ∆x
e
f ( x, y + ∆y ) − f ( x, y )
f y ( x, y ) = lim
∆y → 0 ∆y
Notações utilizadas:
As regras para funções de mais de uma variável é similar às regras das funções de uma variável e
são mostradas abaixo:
Regra do Produto
Regra do Quociente
Regra da Potência
Exemplos:
a _ z = x 3 + y 3 − 3axy
x+ y
b_ z =
x− y
x
c_z =
y
d _ f ( x, y ) = 2 x 4 y 3 − xy 2 + 3 y + 1
t s
e _ f (t , s ) = −
s t
f _ f ( x, y ) = xe y + y sen( x)
g _ z = e x ln( xy )
x2 − t 2
h _ f ( x, y , t ) =
1 + sen(3 y )
Considerando f(x,y) uma função de duas variáveis, pode-se então considerar que as suas
derivadas de primeira ordem, também são funções das mesmas variáveis, sendo assim, pode-se
definir as derivadas se ordem superior de f(x,y), como abaixo:
Notação utilizada:
Exercícios:
a _ f ( x, y ) = xy 4 − 2 x 2 y 3 + 4 x 2 − 3 y
x2
b _ f ( x, y ) =
x+ y
∂2 f ∂2 f
+ = 0.
∂x 2 ∂y 2
a _ z = ln x 2 + y 2 ;
b _ z = e − x cos( y ) + e − y cos( x)
PV = knRT
onde n é o número de moléculas do gás, V é o volume, T é a temperatura, P é a pressão e k é uma
constante. Mostre que:
∂V ∂T ∂P
⋅ ⋅ = −1
∂T ∂P ∂V
Seja a função f(u) uma função de apenas uma variável e u=g(x), que, também, é uma
função que depende apenas de uma variável. Para se determinar a primeira derivada de f em
relação a x tem-se:
df df du
= ⋅
dx du dx
∂f ∂f ∂u ∂f ∂v
= ⋅ + ⋅
∂x ∂u ∂x ∂v ∂x
∂f ∂f ∂u ∂f ∂v
= ⋅ + ⋅
∂y ∂u ∂y ∂v ∂y
Exemplos:
∂w ∂w
1- Determine e das funções abaixo:
∂x ∂y
a- w = u. sen(v); u = x 2 + y 2 ; v = x. y
b- w = uv + v 2 ; u = x sen( y ); v = y sen( x)
c- w = u 2 + 2uv; u = x ln y; v = 2 x + y
Considere a figura abaixo. Seja S a superfície curva no espaço da função f(x,y). Sejam
M(x,y,0) e N(x,y+h,0) dois pontos no plano xy.
Observe que o plano paralelo a yz e que passa pelos dois pontos M e N, intercepta a
superfície S na curva denominada C1. Os pontos P e Q são tais que suas projeções no plano
xy resultam nos pontos M e N. Assim, a secante lPQ tem inclinação igual a:
Seja o gráfico abaixo sendo S a superfície definida pela função Z(x,y). Considere o ponto
P(a,b) pertencente à superfície S e os traços de S, C1 e C2 nos planos paralelos ao eixo Z e
que passam pelas retas x=a e y=b, respectivamente. O coeficiente angular das retas que
passam por P e são tangentes aos traços são:
Exemplos:
Exercícios:
a _ w = x3 − x2 y + 3y 2
b _ w = 5 x 2 + 4 y − 3 xy 3
c _ w = ye−2 x − 3 x 4
b _ f ( x, y ) = x 2 − 2 xy + 3 y, (1,2). para.(1,03;1,99)
4- A resistência total R de três resistores R1, R2 e R3, ligados em paralelo, é dada por
1 1 1 1
= + +
R R1 R2 R3
Se as medidas de R1, R2 e R3 são 100, 200 e 400 ohms, respectivamente, com erro máximo
de (+ ou -) 1% em cada medida, aproxime o erro máximo no valor calculado de R.
Capítulo 4
Integrais Múltiplas
Y
dx
x A(x)
Figura 1- Volume de um Cubo
Considere a figura (1) acima. Ela representa um cubo cujas arestas posteriores coincidem
com os eixos coordenados.
- Cálculo da área A(x) - esta área é paralela ao plano YZ e pode ser calculada utilizando
integral definida, como mostrado abaixo.
Z = z1
Y
dy y
A( x ) = ∫ z1 dy
0
dVol = A( x ).dx
x
Vol = ∫ A( x)dx
0
Substituindo a equação que fornece a área A(x) tem-se a integral dupla, abaixo:
x y
Vol = ∫ ∫ z1 dydx
0 0
∫∫ cf ( x, y)dxdy = c ∫∫ f ( x, y)dxdy
R R
2- Soma e Diferença
3- Dominação
4- Aditividade
R1 R2
Exemplos:
Calcule as Integrais duplas:
∫ ∫ (1 − 6 x y )dxdy
1 2
2
a-
−1 0
∫ ∫ (1 − 6 x y )dydx
2 1
2
b-
0 −1
b d d b
∫ ∫ f ( x, y)dydx = ∫ ∫ f ( x, y)dxdy
a c c a
1- Definir a região, no plano XY, que define a região R onde se realizará a integração;
2- Se for efetuar a integração primeiramente em relação a y e depois em relação a x
execute os passos abaixo:
2.1- Identifique as curvas que delimitam a região R;
2.2- Trace um segmento de reta paralela ao eixo y (no sentido positivo de y) cortando a
região R nos pontos onde o segmento entra na região R e onde o segmento sai da região
R. Estes pontos são os limites de integração de y e em geral são dados em função de x.
2.3- Os limites de integração de x são dados pelos valores mínimo e máximo de x, que
limitam a região R;
3- Realize as integrais da função z=f(x,y) utilizando os limites de integração.
Exemplos:
Considere o volume da figura delimitada na parte superior pela função f(x,y) e na parte
inferior pelos limites de a ≤ x ≤ b.e.g ( x ) ≤ y ≤ h( x ) . O volume pode ser calculada pela
integral dupla:
b h( x)
vol = ∫ ∫ f (x, y )dydx
a g ( x)
Se a função f(x,y)=1, o cálculo acima fornece a área da região delimitada pelos limites
de"x" e "y".
Exemplos de Aplicação:
Calcule as áreas das figuras formadas pelas funções abaixo, utilizando integrais duplas:
a _ y = 4 x − x 2 ,.e., y = − x
b _ x + y = 4, x = 0.e. y = 0
c _ y = x, y = 3 x.e.x + y = 4
d _ x2 + y2 = 9
Há alguns casos onde a obtenção da área ou volume de figuras fica mais fácil se se escrever
as funções destas curvas utilizando coordenadas polares, por isto é de bastante interesse o
estudo de integrais utilizando tais coordenadas.
r
θ
Exemplos de Aplicação:
Represente os pontos em coordenadas polares:
P(2,0)
π
Q 2,
2
R(2, π )
3π
S 2,
2
T (2,2π )
Eixo Polar
- da equação θ = a
Exemplos de aplicação:
R
θ
x
x = r cosθ
y = r sen θ
r 2 = x2 + y2
y
tgθ = .se.x ≠ 0
x
Aqui veremos como se calcula a integral dupla sobre uma região R delimitada por gráficos
de funções polares. Considere uma região polar elementar e obtenha a área desta região:
Demonstração:
Teorema
β g 2 (θ )
∫α ∫(θ )f (r ,θ )drdθ
g1
Exemplos de Aplicação:
Ache a área da menor região delimitada pelo eixo polar, pelos gráficos de :
a)r = 1; r = 2
b ) rθ = 1
e
1
θ=
2
θ =1
Seja f(x,y,z) uma função definida em uma região D fechada e limitada no espaço (por
exemplo a região ocupada por uma bola sólida ou uma bola de argila), então a integral de F
sobre D poderá ser indicada como uma somatória de pequenos paralelepípedos que estão
dentro da região D e cujas dimensões laterais são dadas por ∆x k , ∆y k e ∆z k e volume igual
ao produto destas dimensões laterais ∆Vk = ∆x k .∆y k .∆z k multiplicados pelo valor da
função num ponto do paralelepípedo ( x k , y k , z k ) , assim:
n
S n = ∑ F ( xk , yk , z k )∆xk ∆yk ∆z k
k =1
As integrais triplas podem ser utilizadas para cálculos de volume de uma região D, desde
que a função F(x,y,z)=1.
Passo 1- Esboçar a região chamada de D (no espaço) e a sua projeção R, no plano xy.
Identifique as equações das superfícies limitantes superior e inferior de D e as curvas
limitantes no plano xy.
Passo 2- Passe uma reta que corta a região D, é paralela ao eixo z e tem sentido apontando
para o crescimento de z. O ponto onde esta reta entra na região D fornece o limite inferior
de z e o ponto onde a reta sai da região D, fornece o limite superior de z. Estes são os
limites de integração de z.
Exemplos:
∫ ∫ ∫ (x )
1 1 1
2
+ y 2 + z 2 dzdydx
0 0 0
1 3− 3 x 3− 3 x − 3 y
∫ ∫ ∫ dzdydx
0 0 0
2- Encontre o volume da figura formada pelo plano y+z=1 ( região D) e pela projeção no
plano xy x=2,y=1, x=0 e y=0 (região R).
3- Encontre o volume da figura formada pelo plano y+z=1 ( região D), pelo cilindro y=x2
e pela reta y=1 e o arco de circunferência y=x2 no plano xy (região R).
z P (r,θ,z)
r y
x
θ
x = r cos(θ )
y = r sen (θ )
z=z
r2 + y2
tag (θ ) =
y
x
z=2
r=4
π
θ=
3
O elemento de volume em coordenadas cilíndricas é dada pelo produto da área da base pela
altura do elemento. No plano xy a área da região R já foi demonstrada anteriormente e vale
dA = r.dr.dθ pela altura do elemento que édada por dz, assim:
dV = dz.r.dr.dθ
Exemplo de aplicação:
1- Encontre o centróide de um sólido formado pela intesecção de um cilindro x 2 + y 2 = 4
e limitado acima pelo parabolóide z = x 2 + y 2 e abaixo pelo plano xy.
2- Encontre os momentos de inércia de um cilindro x 2 + y 2 = 4 , em relação aos eixos x, y
e z.
Capítulo 5
Equações Diferenciais
Diz-se que uma equação é diferencial de x e y, segundo Leibniz, se ela envolver termos que
contenham x, y e seus diferenciais dx e dy. Por exemplo : f ′( x ) = 1 + x + y 2 .
5.1 Definições
( )
g x, y, y ′, y ′′, y ′′′,..... y (n ) = 0
Ou ainda:
Mdx + Ndy = 0
dy
= 3 x − 27 ou y ′ = 3x − 2 y (1ª ordem)
dx
y y 2 − 1dx − 1 − x 2 dy = 0 (1ª ordem)
r=
(1 + y ′ ) 2
3
2
(2ª ordem)
y ′′
d3y d2y
− 5 + 4 y = 3x 2 − 8 (3ª ordem)
dx 3 dx 2
d3y dy
3 − 5 + 4 xy = 0 (1º Grau)
dx dx
2 4
d3y dy
3 − 5 + 4 xy = 0 (2º Grau)
dx dx
4 2
d3y dy
3 − 5 + 4 xy = 0 (4º grau)
dx dx
Uma equação diferencial é Linear se a função incógnita (y) e as suas derivadas são todas
do 1º grau e não aparecem produtos dela na equação, por exemplo:
y ′ + 5 xy = 3e x (linear de 1ª ordem)
y ′′ − y = 4 sen 3 x (linear de 2ª ordem)
2 x 2 y ′′′ − 5 xy ′ + 12 y = x 2 e 2 x (linear de 2ª ordem)
Resolver uma equação diferencial significa obter a equação y=f(x) que a satisfaça, ou seja,
a solução de uma equação diferencial é uma função que ao ser substituída nela fornece uma
identidade. Existem técnicas para solução de equações diferenciais que são obtidas através
da integração da mesma.
Para exemplificar serão apresentadas as deduções das equações horárias (posição e
velocidade), do movimento de um objeto sujeito a uma aceleração constante e igual a "a".
Lembrando da definição de aceleração, que é a taxa de variação da velocidade na unidade
de tempo, ou seja, matematicamente:
dv
a=
dt
Exercícios:
a − ( y = 2 x + 8); y = xy ′ + y ′ 2
( ) ( )
b − y = 2 x − 3 x 2 ; y ′ 2 x − 3 x 2 − y (2 − 6 x ) = 0
c − ( y = 1 + 2 x ); x y ′′′ + 2 x y ′′ − 6 xy ′ = 0
−2 3 2
π d 2 x
d − x = 10 senϖt + ; 2 + ϖ 2 x = 0
6 dt
Diz-se que uma equação diferencial é separável se for possível a separação dos termos que
dependem de "x" daqueles que dependem de "y" e a equação pode ser escrita na forma:
M ( x )dx + N ( y )dy = 0
∫ M (x )dx + ∫ N ( y )dy = C
Exemplo de Aplicação:
2 ydy
Encontre a solução geral da equação diferencial + dx = 0
sen ( x )
Resolução:
2 ydy
+ dx = 0
sen ( x )
2 ydy + sen ( x )dx = 0. sen ( x )
2 ydy + sen ( x )dx = 0.
2∫ ydy = − ∫ sen ( x )dx
2y2
= −(− cos( x )) + C
2
y 2 = cos( x ) + C
π
0 = cos + C
2
C=0
soluçao − particular
y 2 = cos( x )
Exercícios.
1- Ache a solução geral e particular das equações diferenciais abaixo, sabendo que para x=0
o valor de y=2.
a- y ′ = 3x 2
b- y ′ = x − 1
−x
c- y ′ =
4 − x2
d- y ′ = 3
a- Achar a equação da curva que passa pelo ponto (3,4) e que as retas tangentes a ela
dy x
possuem inclinação dada por =− .
dx y
b- Encontre a equação da reta que é ortogonal à função xy=2 no ponto (2,1).
c- Achar a equação da curva que passa pelo ponto (1,-1), sabendo que o declive de sua
tangente em um ponto qualquer é o triplo do quadrado da ordenada do mesmo ponto.
1
resp: y =
2 − 3x
+ P ( x ) y = Q( x )
dy
dx
y ′ + P( x ) y = 0
− P ( x )dx
y = Ce ∫
Exercícios:
Seja uma função de duas variáveis u(x,y), e sua diferencial total du que é dada a seguir:
∂u ∂u
du = dx + dy
∂x ∂y
∂u ∂u
dx + dy = 0
∂x ∂y
Mdx + Ndy = 0
∂u
M =
∂x
e
∂u
N=
∂y
ou.
du = Mdx + Ndy = 0
somente, se
u = cons tan te
du = Mdx + Ndy = 0
u ( x, y ) = F ( x, y ) + g ( y ),
sen do
F ( x, y ) = ∫ F ( x, y )dx
e
g ( y )depende.somente.de. y
Obtenção de g(y)
Exercícios:
Seja as equações abaixo, verifique se são exatas e se forem determine suas soluções:
1 1 x 1
a − 1 + − dx + 2 + − 1dy = 0
x y y y
(
b − xy dx − 2 − x y dy = 0
2 2
)
(
c− x − y2 2
)dx − (2 xy − 3)dy = 0
d − 2 xe y dx + x 2 e y dy = 0
e − (1 + y sen x )dx + (1 − cos x )dy = 0
Mdx + Ndy = 0
RMdx + RNdy = 0
∂ (RM ) ∂ (RN )
=
∂y ∂x
∂M ∂R ∂N ∂R
R +M =R +N
∂y ∂y ∂x ∂x
∂M ∂N ∂R ∂R
R − + M −N =0
∂y ∂x ∂y ∂x
∂R
=0
∂y
e
∂R dR
=
∂x dx
∂M ∂N dR
R − − N =0
∂y ∂x dx
dR 1 ∂M ∂N
= − dx
R N ∂y ∂x
1 ∂M ∂N
ln R = ∫ − dx
N ∂y ∂x
A equação acima é utilizada para se determinar o fator integrante, o qual se multiplicado
pela equação diferencial inicial a torna uma equação diferencial exata a qual possui solução
do tipo:
Mdx + Ndy = 0,
N = NR
e
M = MR
∂F
∫ Mdx + ∫ N − ∂y dy = c
F = ∫ Mdx
Exemplo:
Verifique se equação abaixo é exata, se não, verifique se ela aceita um fator integrante que
a torne exata e solucione-a.
(3x 2
)
− y 2 dx + 2 xydy = 0
Na prática, alguns tipos de equações diferenciais podem ser facilmente integráveis se forem
adequadamente rearranjadas de forma a aparecer fatores integrantes notáveis, como mostra
o exemplo abaixo:
ydx − xdy = 0
ydx − xdy
=0
y2
Mas,
x ydx − xdy
d =
y y2
Assim :
x
d = 0
y
Solução
x
=c
y
x
y=
c
1 − d ( xy ) = xdy + ydx
x ydx − xdy
2 − d =
y y2
y xdy − ydx
3 − d =
x x2
( )
4 − d x 2 ± y 2 = 2 xdx ± 2 ydy
y xdy − ydx
5 − d arctg = 2
x x + y2
y xdy − ydx
6 − d arcsen =
x x x2 − y2
[ (
7 − d ln x 2 + y 2 = )] 2 xdx + 2 ydy
x2 + y2
x − y 2 ydx − 2 xdy
8 − d ln =
x + y x2 + y2
x + y 2 xdy − 2 ydx
9 − d =
x− y ( x − y )2
x − y 2 ydx − 2 xdy
10 − d =
x+ y ( x + y )2
( )
11 − d x m y n = mx m −1 y n dx + nx m y n −1 dy
Exercícios:
Encontre a solução das equações abaixo:
Bibliografia
Ayres, F.Jr. (1981), Equações Diferenciais, Ed. McGraw-Hill do Brasil Ltda, 5 ed., São
Paulo.
Gonçalves, M. B.; Flemming, D. M., (1999), Cálculo B: funções de várias variáveis
integrais duplas e triplas. Makron Books, São Paulo
Leithold, L. (1994), O Cálculo com Geometria Analítica, v. 1 e 2, 4 ed., Ed. Harbra Ltda,
São Paulo.
Munen, M.A. E Foulis, D.J. (1986), Cálculo, v. 1 e 2, LTC Ed., Rio de Janeiro.
Piskonov, N. (1997), Cálculo Diferencial e Integra, v. 2, 11 ed., Ed. Livraria Lopes da
Silva, São Paulo.
Rocha, L.M. (1995), Cálculo 2, 2 ed., Ed. Atlas, São Paulo.
Swokowsk, E.W. (1994), Cálculo com Geometria Analítica, v. 1 e 2, 2 ed., Ed. Makron
Books, Rio de Janeiro.