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Massa Molecular do ETANOL

Tales Pinheiro Vasconcelos


Humberto
Jobson
Adriano
QUI028 – Departamento de Fisico-Química
Universidade Federal da Bahia
e-mail: tpvasconcelos@ufba.br

Resumo. Experimento para determinação da massa molecular do Etanol usando o método


idealizado por Victor Meyer. Os materiais utilizados em laboratório foram bureta graduada, tubo
de vaporização, mangueiras de soro, aquecedor elétrico, termômetro, dois béqueres, e uma
ampola de vidro lacrada contendo uma massa previamente determinada. Para determinar a
massa molecular utilizamos três equações teóricas para melhor determinar o comportamento do
gás, usando a lei dos gases ideais, dos gases reais e a equação de Wan der Waals. Após
tratamento de dados verificamos qual modelo teórica que caracteriza o experimento confrontando
o valor da massa molecular do Etanol medida experimentalmente com a massa molecular
conhecida na literatura.
Palavras-chave: Massa Molecular, Pressão de Vapor, Etanol, Victor Meyer.

Introdução teórica

A determinação da massa molecular de um a=12,02(L2atmbar/mol2)


composto é essencial para inferir sobre sua b = 0,08407 (L/mol)
fórmula molecular.
Procedimento Experimental
Método de Victor Meyer
O método Victor Meyer é utilizado para a Primeiramente montamos o aparelho com o balão de
determinação das massas moleculares de vaporização dentro de um béquer com água sobre um
substâncias voláteis, tais como Etanol com aquecedor elétrico, depois enchemos a bureta com água até a
massa molecular 46,06 g.mol-1 marca de 49,9 ml no primeira montagem e depois com 49,4ml
na segunda montagem. Esperamos a água do béquer entrar
Para determinar a massa molecular utilizamos em ebulição. E conectamos a mangueira do bulbo na bureta
três equações teóricas para definir a que com água e colocada com a abertura para baixo noutro béquer
melhor caracteriza o experimento: contendo água. Após feito isso colocamos a massa de etanol
Equação dos Gases Ideais rapidamente no bulbo e esperamos a coluna de água baixar na
PV = nRT bureta para realizar a leitura do volume deslocado no final
medimos a temperatura do sistema com um termômetro.
Equação dos Gases Reais
PV = ZnRT Resultados e Discussão
Equação de Wan der Waals Volume de água inicial na burera: V0 (ml)
Volume de água após o Etanol : Vf (ml)
[P + a (n2/V2)] (V-nb) = nRT
Temperatura do sistema: T (K)
a é um fator de correção para as forças Massa da Ampola ultilizada: m (g)
intermoleculares;
b é um fator de correção para o volume Dados da primeira execução:
molecular. V0 : 49,9 ml = 0,0499 L
Vf :12,0 ml = 0,0120 L
Para a pressão de vapor da água em Pa,
ΔV : 37,9 ml = 0,0379 L
temos a equação de Tetens:
T : 28 0C + 273,19 = 301,19 K
es = A.e17,3.t / 237,3 + t, onde A equivale a 610,8 Pa m : 0,0923 g
e 1 Pa = 9,87.10-6 atm.
Então a pressão do Etanol será dada por: Primeiro calculamos a Pressão de Vapor da água a 28 0C:
Par = Pamt - Pvapor es = 610,8.e17,3.28 / 237,3 + 28 = 3791,917448 Pa
= 0,037426225 atm.
Temos a constante para R = 0,08206 A pressão do etanol é:
L.atm.K1mol-1
Par = 1atm – 0,037426225 atm = 0,962573774 atm
Ultilizado a eq. Dos gases ideais para T =
301,19 K: Agora lemos em gráfico o valor do fator de compressibilidade Z
0,962573774.0,0379 = 0,0923.0,08206.301,19/M para as duas temperaturas.
M1 = 62,49229503 g.mol-1 Z = 0,9355
Agora calculamos a Massa molecular com a equação dos
Dados da segunda execução: gases reais para T = 28 0C = 301,19 K
V0 : 49,4 ml = 0,0499 L
0,962573774.0,0379 = 0,9355.0,0923.0,08206.301,19/M
Vf : 4,7 ml = 0,0047 L
ΔV : 44,7 ml = 0,0447 L M = 56,30906863 g.mol-1
T : 28 0C + 273,19 = 302,19 K Então calculamos a Massa molecular com a equação dos
m : 0,0950 g gases reais para T = 29 0C = 302,19 K
0,960051909.0,0447 = 0,9355.0,0950.0,08206.302,19/M
Agora calculamos a Pressão de Vapor da
água a 29 0C: M = 51,3542936 g.mol-1
es = 610,8.e17,3.29 / 237,3 + 29 = 4047,525546 Pa Desvio relativo para a primeira e segunda execução:
= 0,03994809 atm. ΔM1 = | 56,30906863 – 46,06 | / | 46,06 | x100 =
22,2515602% = 22,25%
A pressão do etanol é: ΔM2= | 51,35429362 – 46,06 | / | 46,06 | x100 =
Par = 1atm – 0,03994809 atm = 0,960051909 11,49434131% = 11,49%
atm
Utilizando o modelo teórico de Wan Der Waals:
Ultilizado a eq. Dos gases ideais para T = [P + a (n2/V2)] (V-nb) = nRT
302,19 K:
Para 301,19 K
0,960051909.0,0447 = 0,0950.0,08206.302,19/M
[0,962573774 + 12,18 (0,0923)2/(37,9x10-3)2(M)2](37,9x10-3 –
M2 = 54,86050768 g.mol-1 0,0923x0,008407 / M) = 0,0923x0,08206x301,19/M

Desvio relativo para a primeira e segunda M 1= g.mol-1


execução:
Para 301,19 K
ΔM1 = | 62,49229503 – 46,06 | / | 46,06 | x100
[0,960051909 + 12,18 (0,0950)2/(44,7x10-3)2(M)2](44,7x10-3 –
=
0,0950x0,08407 / M) = 0,0950x0,08206x302,19 / M
35,67584679% ~ 35,68%
ΔM2 = | 54,86050768 – 46,06 | / | 46,06 | M2= g.mol-1
x100 =
19,0661676% ~ 19,07% Desvio relativo para a primeira e segunda execução:
ΔM1 = | – 46,06 | / | 46,06 | x100 =
Utilizando o modelo teórico dos Gases Reais: %~ %
Primeiro Calcularemos a Pressão e ΔM2 = | – 46,06 | / | 46,06 | x100 =
Temperatura reduzidas para o Etanol, utilizado %~ %
a Pressão e Temperatura Críticas conhecidas
na Literatura:
Conclusão
Pc = 63 atm
1. A equação que melhor representa o comportamento do vapor
Tc = 513,9 K é dada pela equação de Van der Waals, pois podemos considerar que
as moléculas do gás interagem entre si e com o vapor d'água, e foi o
Á 28 0C = 301,19 K modelo teórico que melhor representou o comportamento do gás pois
após calcular com os dados coletados nas duas situações tivemos o
Pr =P/Pc=0,962573774/63=0,015278948 ~ menor erro relativo para a Massa Molecular do Etanol.
0,015
Tr = T/Tc = 301,19/513,9 = 0,586086787 ~ 0,6 2. O erro relativo foi de , e as possíveis causas de erro são
tempo de abertura da ampola e colocação no tubo de vaporização
(Balão), tubo de vaporização úmido, passagem de ar na coluna da
À 29 0C = 302,19 K bureta e variações do ambiente.
Pr =P/Pc=0,960051909/63=0,015238919 ~
0,015 3. O fluxo de água inverte pois o gás vaporizado que está sendo
Tr = T/Tc = 302,19/513,9 = 0,588032691 ~ 0,6 inserido na bureta preenche um volume proporcional a temperatura
com que sai do tudo de vaporização e expande-se para ocupar esse
volume, empurrando a coluna de água para baixo,
enchendo o béquer com mais água invertendo o
fluxo inicial.

Referências
[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_crítico
[2]
www.ufpel.edu.br/faem/agrometeorologia/Cap
UR.pdf
[3]http://www.gluon.com.br/fq/textos/van-der-
waals.htm

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