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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE BIOFÍSICA E FISIOLOGIA

DISCIPLINA: FISIOLOGIA PARA EDUCAÇÃO FÍSICA 2010.2

CURSO: EDUCAÇÃO FÍSICA

PROF. MARCELO PRADO SANTIAGO

RELATÓRIO: ESTUDO DO PULSO ARTERIAL E DA PRESSÃO ARTERIAL


NO HOMEM

TERESINA

2010
Anderso Nunes Costa

Antonio Hythallo de Sousa

Bruna Rocha Medeiros

Darcton Ariosto

João Henrique da Rocha Dantas

Juliana Muniz dos Santos

Nayara Cristiany Sousa de Melo

Rafaela Ozana da Silva Rocha

Samuel Exerton Bento Rodrigues

RELATÓRIO: ESTUDO DO PULSO ARTERIAL E DA PRESSÃO ARTERIAL


NO HOMEM

TERESINA

2010

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................... 4

OBJETIVOS....................................................................................................... 5

MATERIAL E METODOS ................................................................................ 6

RESULTADOS ................................................................................................. 7

DISCUSSAO .................................................................................................... 8

CONCLUSÃO................................................................................................... 11

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................ 12

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Introdução

Já sabemos que o ciclo cardíaco processa-se basicamente em duas


fases a sístole e a diástole. No momento em que o coração ejeta seu conteúdo
na aorta, a energia é máxima, gerando força máxima e conseqüentemente
pressão máxima. Esta fase no ciclo cardíaco chama-se sístole, sendo que a
pressão neste instante é chamada de pressão arterial sistólica. Imediatamente
antes do próximo batimento cardíaco, a energia é mínima, com a menor for
exercida sobre as artérias em todo o ciclo, gerando, portanto a menor pressão
arterial do ciclo cardíaco. Esta fase é chamada de diástole, sendo que a
pressão neste instante é chamada de pressão arterial diastólica(Mauricio
Rocha e Silva Jr.).

Cada sístole se inicia pela ejeção de uma determinada quantidade de


sangue para o interior da aorta. Neste momento o fluxo na raiz da aorta esta
reduzido a zero, ou seja, o sangue neste segmento encontra-se estacionário.
Como não pode haver aceleração instantânea da massa sanguínea e em
virtude da elasticidade das paredes ocorre uma dilatação do primeiro segmento
aórtico. Esta dilatação se transmite elasticamente as partes destas adjacências
da aorta e assim sucessivamente, da aorta para as grandes artérias e daí para
todo o sistema arterial. Esta onda de distensão das paredes arteriais chama-se
pulso e pode ser percebida pela aplicação dos dedos a qualquer artéria que
seja superficialmente superficial (Mauricio Rocha e Silva Jr.).

Durante o exercício a pressão sistólica aumenta em proporção ao


consumo de O₂ (em torno de 1200mmHg para 160-190mmHg no exercício
máximo), enquanto a pressão diastólica se mantém relativamente inalterada ou
aumenta ligeiramente(inferior a 10mmHg). Embora alguns indivíduos sob
exercício exaustivo apresentam Hipertensão Anormal considerado um índice
significativo de doença cardiovascular a pressão sistólica pode chegar acima
de 200mmHg e diastólica de 100-150mmHg(Christian Bauer).
Portanto, com base nas informações citadas anteriormente, a
aceleração deste relatório tem como base observar as alterações da pressão
sistólica e diastólica em indivíduos que se encontram em repouso e os que
praticaram alguma atividade física. Dessa forma ampliaremos nossos
conhecimentos acerca do assunto estudado, tendo assim um êxito ao aplicá-
los na pratica profissional.

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Objetivos

 Medir a freqüência cardíaca através da freqüência do pulso.


 Familiarizar o aluno com os métodos esfigmomanométricos de medida
da pressão arterial (medida indireta).

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Material e métodos

Para a realização dos experimentos que envolviam a observação de


duas medidas do P e da PA, os grupos foram subdivididos para a realização da
prática. Dois alunos realizaram os experimentos que foram denominados A e B.
Foram realizadas duas medidas do P e da PA: uma em repouso (em posição
ortostática e em repouso) e uma após exercício leve (em posição ortostática).

O exercício constou de caminhada rápida em torno do SG-8. O


estudante “cobaia” levou o tensiômetro já adaptado ao braço.

 Pulso arterial
Visando medir a freqüência cardíaca através da freqüência do pulso,
primeiramente aplicou-se ao longo da artéria radia (terço distal do rádio) as as
polpas do 2º e 3º quirodáctilos, exercendo discreta compressão, em seguida
foram observados e anotados as respostas aos dois sujeitos com relação a
freqüência, o ritmo e a amplitude de ambos de acordo com a freqüência
cardíaca observada tanto na artéria radial como na carótida simultaneamente.

 Pressão arterial
A pressão arterial foi observada através de dois procedimentos, que foi o
método palpatório e o método auscultatório.

Para a realização do método palpatório para verificar a pressão arterial,


inicialmente desinflou-se o manguito e aplico-o contornando o braço de um
membro do grupo, de forma que a borda inferior do manguito esteja 2cm do
cotovelo, em seguida foi palpar o pulso da artéria radial ao nível da
extremidade distal do rádio, na seqüência inflou-se o manguito 30 mmHg acima
do nível em que se verificar o desaparecimento do pulso radial e depois
desinflou lentamente o manguito e verificou-se no monômetro o nível de
reaparecimento do pulso radial e a pressão observada correspondeu a pressão
sistólica (única perceptível por este método).

Já na realização do método auscultatório para se verificar a pressão


arterial se utilizou de inicio desinflou-se manguito e aplicou-o contornando o
braço de um membro do grupo, de modo que a borda inferior do manguito
esteja 2cm do cotovelo, em seguida palpou-se o pulso da artéria braquial
medial medialmente ao tendão de inserção do bíceps. Colocou-se nesta região
a membrana do estetoscópio já devidamente adaptado aos ouvidos. Na
segunda inflou-se o manguito até 200mmhg – desinflou lentamente, olhando
para o manômetro e com atenção voltada para os sons que serão ouvidos. A
pressão sistólica foi aquela observada no manômetro no momento exato que o
som da pulsação braquial começou a ser ouvida. A pressão diastólica foi
indicada no momento em que o som deixou de ser ouvido ou que mudou de
intensidade (ou tonalidade).
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Resultados

Quadro de coleta de dados

Pulso (bpm)
Freqüência
Amplitude Ritmo
(bpm)
Aluno M F M F M F
Posição A 69 Forte Rítmica
Ortostátic Arrítmic
B 90 Forte
a a
Média 79,5 73,0
A 73 Forte Rítmica
Decúbito
Arrítmic
Dorsal B 73 Forte
a
Média
Pressão arterial (mmHg)
Método
Método auscultatório
palpatório
Aluno M F M F
Posição A 100 110 / 80
Ortostática B 120 130 / 110
Média 110 130
Decúbito A 120 120 / 80
Dorsal B 140 140 / 80
Média
Após 5 minutos de exercício

Pulso (bpm)
Freqüência
Amplitude Ritmo
(bpm)
Aluno M F M F M F
Posição A 88 Forte Rítmica
Ortostátic Arrítmic
B 93 Forte
a a
Média 90,5
Pressão arterial (mmHg)
Método
Método auscultatório
palpatório
Aluno M F M F
Posição A 110 / 80
Ortostática B 120 / 90
Média

Obs: Aluno A sexo masculino e aluno B sexo feminino.

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DISCUSSÂO

01 – PULSO ARTERIAL

Em todas as artérias superficiais se pode praticar a palpitação de


pulso. Em geral, utiliza-se a artéria radial ou as artérias radiais
simultaneamente. A freqüência normal dos batimentos cardíacos é de 60 até
100 ciclos, ou batidas, por minuto. Em crianças, esses números costumam ser
um pouco mais elevados. Nas alterações de ritmo cardíaco, os batimentos
apresentam alterações do tempo que decorre entre um batimento e o outro.
Pequenas alterações nesses intervalos podem ser consideradas normais. As
alterações do ritmo cardíaco ou das conduções dos estímulos podem ser letais
(morte súbita), podem ser sintomáticas (síncopes, tonturas, palpitações) ou
podem ser assintomática.

Durante a realização dos experimentos, foi possível constatar que o


individuo A e B em posição ortostática apresentou batimentos cardíacos de
acordo com a freqüência do pulso normal. O indivíduo A apresentou freqüência
(bpm) 69/min, amplitude forte, ou seja, normal e rítmico. Com relação ao
indivíduo B, este apresentou freqüência (bpm) 90/min, amplitude forte e
arrítmica. Já em posição decúbito dorsal ambos os indivíduos apresentaram a
mesma freqüência (bpm) e amplitude que foi de 73/min sendo esta forte, já em
relação ao ritmo o indivíduo A estava com batimentos contínuos e o indivíduo B
arrítmico.

Cada sístole se inicia pela ejeção de uma determinada quantidade de


sangue para o interior da aorta. Neste momento, o fluxo na raiz da aorta está
reduzido à zero, ou seja, o sangue neste segmento encontra-se estacionário.
Como não pode haver aceleração instantânea da massa sanguínea e em
virtude da elasticidade das paredes, ocorre uma dilatação do primeiro
segmento aórtico. Esta dilatação se transmite elasticamente as paredes distais
adjacente da aorta e assim, sucessivamente, da aorta para as grandes artérias
daí para todo o sistema arterial. Esta onda de distensão das paredes arteriais
chama-se pulso e pode ser percebida pela aplicação dos dedos a qualquer
artéria que seja suficientemente superficial. A determinação do pulso arterial é
mais fácil quando a artéria corre sobre uma superfície óssea. A compresão da
artéria contra essa superfície permite a fácil identificação da onda do pulso.
(SAILVA JUNIOR, Mauricio Rocha p. 124 e 125)

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02 – PRESSÃO ARTERIAL

Em relação ao experimento para medir a pressão arterial (mmHg) em


repouso foi utilizado dois métodos ( palpatório e auscultatório) . No método
palpatório em posição ortostática o indivíduo A obteve pressão arterial sistólica
igual a 100 e o indivíduo B igual a 120 em relação ao método auscultatório
onde se pode observar tanto a pressão arterial sistólica (PS) como a pressão
arterial distólica (PD), o indivíduo A obteve pressão igual a 110/80 e o individuo
B 130/110. Em decúbito dorsal com o método palpatório o individuo A teve
pressão sistólica igual a 120 e o individuo B igual a 140. No método
auscultatório houve uma pequena diferença do analisado em posição
ortostática onde o indivíduo A com pressão igual a 120/80 e o indivíduo B
140/80.

A pressão arterial mantém o sangue circulando no organismo. Tem


início com o batimento do coração. A cada vez que bate, o coração joga o
sangue pelos vasos sangüíneos chamados artérias. As paredes dessas
artérias são como bandas elásticas que se esticam e relaxam a fim de manter o
sangue circulando por todas as partes do organismo. O resultado do batimento
do coração é a propulsão de certa quantidade de sangue (volume) através da
artéria aorta. Quando este volume de sangue passa através das artérias, elas
se contraem como que se estivessem espremendo o sangue para que ele vá
para frente. Esta pressão é necessária para que o sangue consiga chegar aos
locais mais distantes, como a ponta dos pés, por exemplo.

Em qualquer atividade física, ocorrem respostas fisiológicas durante


e após a realização de um exercício, como alteração da freqüência cardíaca
(FC) e pressão arterial (PA) em relação aos valores de repouso (Araújo, 2001),
que podem perdurar por até 24-48h.

Após 5 minutos de caminhada observou-se a freqüência (bmp) em


posição ortostática em que o aluno A obteve freqüência igual a 88/min,
amplitude forte e rítmica, já o aluno B a freqüência foi igual a 93/min com
amplitude forte e arrítmica. Simultaneamente media-se a pressão arterial
(mmHg) usando-se o método auscultatório em posição ostotática onde o
indivíduo A obteve pressão arterial 110/80 e o individuo B 120/90.

A utilização da freqüência cardíaca no treino pode ser muito útil, na


medida em que é um processo muito simples de controlo de treino, não só ao
nível da intensidade de exercitação como também da recuperação que o atleta
deve realizar, proporcionando um treino individualizado. Contudo, tal como o
desempenho do atleta é afetado por diferentes fatores, tais como temperatura,
umidade, hora e localização geográfica da marcha ou corrida, também a
freqüência cardíaca pode estar sujeita a estes fatores: 
- Os seus valores são mais baixos quando se está deitado ou imerso do que de
pé. Assim, sempre que medir a freqüência cardíaca e a quiser usar como termo

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comparativo, com outras situações, deve optar por escolher sempre a mesma
posição de avaliação, senão os valores podem ser muito dispares. 
A temperatura também pode influenciar muito os valores. Enquanto um
atleta realiza marcha ou corrida produz calor, o que leva ao aumento da
temperatura, que por sua vez aumenta à medida que há um incremento da
intensidade, duração do esforço, umidade do ar e temperatura do meio
ambiente. Atendendo a este fator, o exercício físico é desaconselhado em
quadros febris, já que tal fará aumentar ainda mais a temperatura corporal. 
Associado à temperatura surge o fenômeno da transpiração e,
consequentemente, o da desidratação. A perda de água diminui a circulação
sanguínea, obrigando o coração a um esforço suplementar. 
O treino em altitude leva a uma adaptação do sistema
cardiorrespiratório do atleta, assim, até ao atleta conseguir adaptar-se à altitude
a freqüência cardíaca encontra-se instável. 
A hora do dia também é um fator importante, pois os valores
apresentam-se mais baixos de noite e madrugada do que durante o dia. 
As mulheres têm a freqüência cardíaca geralmente 5 à 7 bpm mais
elevados que os homens com a mesma condição física. 
O nível de stress do indivíduo, os hábitos alimentares, ingestão de
bebidas com cafeína, hábitos de tabagismos e a ingestão de medicamentos
também tem um papel importante na freqüência cardíaca.
Pulsação radial.
Esta é a pulsação medida na parte de dentro do pulso. Use a ponta de três
dedos, abaixo do pulso. Pressione até que sinta a pulsação, ou mova os dedos
à procura de senti-la. 
Pulsação na carótida.
Para medir a pulsação na carótida utilize dois dedos, de preferência o indicador
e o médio, na lateral do pescoço, no espaço entre a traqueia e o músculo do
pescoço. Pressione levemente até sentir a pulsação.

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Conclusão

Aparti dos resultados obtidos através do procedimento utilizado para a


verificação do pulso arterial tanto o aluno A quanto o aluno B encontram-se
dentro dos padrões considerados normais no qual variam de 60 á 100 ciclos,
ou batimentos, por minuto. Já no procedimento de verificação da pressão
arterial verificou-se que o aluno A encontra-se dentro dos padrões
considerados normais já o aluno B encontra-se com sua pressão arterial um
pouco elevada. Mas os resultados obtidos no estudo que foi realizado não
podem ser levados em conta em ralações a descoberta de alguma patologia,
pois os valores de pressão arterial e pulso arterial variam de acordo com
individuo, podendo ser levado em consideração vários fatores para variação de
resultados.

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Referências Bibliográficas

Araújo CG. Fisiologia do exercício físico e hipertensão arterial: uma breve


discussão, hipertensão, 2001.

SILVA JUNIOR, Maurício Rocha, Fisiologia da circulação. EDART, São Paulo


2ª Ed. 1997.

http://www.if.ufrj.br/teaching/fis2/hidrotastica/pressao-art.html

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?32

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