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Lógica Discursiva

Midiática
• mídia como mediadora de discursos;
• inserida na lógica do “MERCADO DISCURSIVO”;
DISCURSIVO”
• logo, a mídia é definida também pela lógica das
mercadorias, em que importa mais a quantidade
(em termos de valores) que a qualidade;
A sociedade do
espetáculo
- Guy Debord -
• segundo Guy Debord (filósofo, cineasta e ativista
francês), o consumo é alienado e torna-se um dever
suplementar à produção alienada;
• isso faz com que o homem aceite – e entre - na
lógica – dos valores pré-estabelecidos do
capitalismo;
capitalismo
• e nesse consumo exacerbado e alienado ...
A sociedade do
espetáculo
- Guy Debord -

“toda a vida nas quais reinam as condições


modernas de produção se anuncia como
uma imensa acumulação de espetáculos.
Tudo o que era diretamente vivido se afastou
numa representação” – Guy Debord (1967).
A sociedade do
espetáculo
- Guy Debord -
A SOCIEDADE PREFERE:
• IMAGEM/REPRESENTAÇÃO ao realismo concreto
• APARÊNCIA ao ser
• ILUSÃO à realidade
• IMOBILIDADE à atividade de pensar e reagir com
dinamismo
• Assim, o homem é levado à PASSIVIDADE
A REALIDADE
PASSA A SER
VIVIDA NO

REINO DAS
IMAGENS

E NÃO NO PLANO
DA PRÓPRIA
REALIDADE.
A sociedade do
espetáculo
• os indivíduos abdicam da dura realidade dos
acontecimentos da vida e passam a viver em um
mundo movido pelas aparências e pelo consumo
permanente de fatos, notícias, produtos e
mercadorias;
• isso se dá pela mediação das imagens e
mensagens dos meios de comunicação de massa,
que são a manifestação superficial mais esmagadora
da sociedade do espetáculo.
E o que é o espetáculo?

• uma forma de manipulação em que os indivíduos


são obrigados a contemplar e a consumir
passivamente as imagens de tudo o que lhes falta
em sua existência, num processo de
“empobrecimento, submissão e negação da vida
real”;
• esse consumo transmite uma sensação de
permanente aventura, felicidade, grandiosidade e
ousadia.
Espetáculo e Sociedade do
Consumo

• “fetichismo da
mercadoria”:
mercadoria” a
felicidade identifica-
se ao consumo;

• tudo é consumido nessa sociedade que se


relaciona pelo espetáculo.
espetáculo A droga, por exemplo,
não é tratada em família, mas na novela.
E o que é o espetáculo?
• o espetáculo não é um conjunto de imagens, mas
um forma de relação social entre as pessoas,
mediada pela imagem.

A vida de Truman, por exemplo, é vista como espetáculo não por ser um
conjunto de quadros/imagens, mas porque sua relação com os outros era
mediada por imagens.
Implicações do Espetáculo
• o espetáculo se constitui na realidade e a realidade
no espetáculo. Já não existe limite definido para as
coisas.
• o homem passa a viver uma vida sonhada e
idealizada, na qual a ficção mistura-se à realidade e
vice-versa.
vice-versa
• exemplo disso é o efeito-sanduíche realidade-
ficção-realidade,
ficção-realidade pelo qual os jornais (reino da
realidade) se organizam como melodramas (reino da
ficção) e as novelas (reino da ficção) vão se alimentar
no reino da realidade.
A novela “O Rei do Marcelo Canellas mostra,
Gado” tratou da de forma melodramática,
questão da reforma a vida de uma gente
agrária simples no interior do
Brasil.
Implicações do Espetáculo

• a notícia bebe da ficção e vice-versa, produzindo um


entendimento parcial, fragmentado e nunca pleno do
mundo dos acontecimentos;

• frente a esse emaranhado da programação, o reino


das emoções (raiva, felicidade, justiça, paz,
solidariedade) é apresentado como espetáculo.
Implicações do Espetáculo
• nesse sentido, os meios de comunicação de massa
apresentam uma realidade própria para que a
sociedade crie novos critérios de julgamento e
justiça,
justiça conforme seus conceitos manipuladores.
Espetáculo Concentrado

• hegemonia dos atletas soviéticos nas


Olimpíadas das décadas de 1960 e 1970:
1970 o triunfo
esportivo maquiando os eventuais desgastes do
regime em relação ao campo de direitos humanos,
alimentação e trabalho;
• e assim, acredita-se, funcionam os espetáculos do
futebol no Brasil (o espetáculo maquiando crises
políticas, econômicas e a miséria social).
Espetáculo Concentrado

• no Brasil pós-1964, com


slogans e lemas político-
propagandísticos como
“Brasil, ame-o ou deixe-o”,
reproduzidos nas rádios e
TVs, os militares tentavam
silenciar as atrocidades
cometidas.
Espetáculo Difuso
• em regimes mais democráticos, a superprodução
de mercadorias em marcas variáveis induz e
garante um aparente “poder de escolha”,
escolha” fazendo
com que os indivíduos vivam num reino falso da
liberdade de escolha.
Implicações do espetáculo

• o critério de verdade e validade da realidade é tudo


aquilo que foi noticiado;
• se a mídia não noticiou, não teve registro imagético,
logo, as pessoas tornam-se céticas quanto à
veracidade da informação;
• ou seja, se não apareceu em jornais, rádios e
TV, não aconteceu;
• isso gera uma total desinformação da sociedade.
sociedade
Desinformação da sociedade
• desinformação enquanto novo tipo de informação
que contém uma certa parte da verdade, que será
usada de forma manipulatória;
• ou seja, desinformação como “mau uso da
verdade”.
verdade”
• o desaparecimento de critérios de verdade e
validade,
validade que antes eram referenciados em atitudes e
funções específicas desempenhadas no mundo do
trabalho.
Desinformação da sociedade
• um médico, por exemplo, pode ser ao mesmo tempo
ator e cantor, e aparecer na TV fazendo propaganda de
determinada marca de medicamento como a ideal para
uma doença.
Desinformação da sociedade

• nessa sociedade do espetáculo, todos podem ter 15


minutos de fama.
Desinformação da sociedade

SOCIEDADE DO ESPETÁCULO, DO CONSUMO E


DA FRAGMENTAÇÃO

• nesse real fabricado, a sociedade busca um certo tipo


de felicidade no consumo.
Importa mais
parecer
(a imagem)

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