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Acrópole de Atenas

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Coordenadas: 37º58'N 23º43'O

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Patrimônio Mundial — Unesco

Vista da Acrópole de Atenas

Informações

Inscrição: 1987

Localização: 37º58'N 23º43'E

Critérios: (i) (ii) (iii) (iv) (vi)

Descrição UNESCO: fr en

A Acrópole de Atenas é a mais conhecida e famosa das acrópoles da Grécia. Seu


significado é tal na arte e cultura do ocidente que muitas vezes é referida simplesmente
como a acrópole. É uma colina rochosa de topo plano com 150 metros de altura do
nível do mar, em Atenas, capital da Grécia, e abriga algumas das mais famosas
edificações do mundo antigo, como o Partenon e o Erecteion.

Apesar de não ser a única acrópole, a Acrópole de Atenas é certamente a mais famosa
de todas. As acrópoles da Antiga Grécia eram, como o próprio nome diz, "cidades altas"
(do grego ἄκρος, "alto", e πόλις, "pólis"); construídas no ponto mais elevado das
cidades, serviam originalmente como proteção contra invasores de cidades inimigas, e
quase sempre eram cercadas por muralhas. Com o tempo, passaram a servir como sedes
administrativas civis ou religiosas. A Acrópole de Atenas foi construída por volta de
450 a.C., sob a administração do célebre estadista Péricles; foi dedicada a Atena, deusa
padroeira da cidade. A maior parte das estruturas da Acrópole de Atenas estão em
ruínas; entre as que ainda estão de pé, estão o Propileu, o portal para a parte sagrada da
Acrópole; o Partenon, templo principal de Atenas; o Erecteion, templo dos deuses do
campo, e o Templo de Athena Niké, simbólico da harmonia do estado de Atenas.

Índice
[esconder]

• 1 Geologia
• 2 História
o 2.1 Presença humana
o 2.2 Período negro
o 2.3 Época arcaica
o 2.4 As construções de Péricles
• 3 Ver também

• 4 Ligações externas

[editar] Geologia
A acrópole se destaca na paisagem da Ática com seus paredões em degrau em três
lados. É acessível a pé somente pelo oeste, onde é ligada à colina do areópago por uma
estreita passagem. É formada por camadas de pedra calcária azul-cinzenta, muito dura
mas permeável, que se apóiam sobre camadas de xisto arenoso, macio como a pedra
calcaria mas impermeável. Este arranjo leva à formação de fontes de água e lapas no pé
da colina, que são fatores de atração para habitação humana sobre e ao redor da colina
desde a pré-história.

[editar] História
[editar] Presença humana
O propileu.

Os artefatos mais antigos datam de meados do período Neolítico, embora existam


habitações documentadas na Ática do começo deste período, cerca de 6000 a.C. Na
Idade do Bronze, existem poucas dúvidas que existiu uma megaron micénica no topo da
colina, servindo de habitação para o potentado local seus agregados, oficinas, locais de
culto e habitações comuns. O local era cercado por uma muralha chamada ciclópica
(entre 4,5 e 6 metros de largura), consistindo de dois parapeitos construídos com largos
blocos de pedra e agregados com uma argamassa de terra chamada emplekton. A parede
segue a típica forma micénica, onde o portão era oblíquo, com um parapeito e uma torre
protegendo o lado direito dos invasores, facilitando a defesa. Existiam dois acessos
menores à colina pelo lado norte, consistindo de estreitas escadarias de degraus
recortados na pedra. Homero deve se referir a essa época quando menciona "a sólida
casa de Eritreu" (Odisséia 7.81). Foi durante essa época que um terremoto causou a
fissura no perímetro nordeste, por onde toda a água pluvial corria e podia ser coletada
em um poço, servido por escadas, e utilizada em períodos de seca.

[editar] Período negro

Parece que a Acrópole foi poupada da violenta destruição que aconteceu em outros
palácios micénicos, já que não existe sinal de fogo ou outro tipo de destruição na qual
poucos artefatos da época sobrevivem. Isto está de acordo com as lendas dóricas, de que
resistiram sucessivamente aos ataques. Não se conhece muito do preciso estado das
edificações na era arcaica, exceto que foi tomada na revolta de Quilon e duas vezes por
Pisístrato, mais como golpes de estado do que cercos. Não obstante, parece que nessa
época foi edificada uma parede com nove portões chamada ‘’Eneapylon’’, cercando a
maior das fontes, chamada Clepsidra, a nordeste. Psistrato foi quem estabeleceu um
local no lado sudoeste, para o culto de Ártemis "Bauronia", culto de sua terra natal,
Bauron.

[editar] Época arcaica

Fragmento, em alto-relevo do frontão do Partenon


Sabe-se com alguma certeza que um templo considerável para Athena Polias (padroeira
da cidade) foi erguido pelo meio do século VI a.C.. Este templo dórico de pedra
calcária, do qual sobrevivem muitas relíquias, é referido como templo do "Barbazul",
por causa de uma escultura de homens-serpente do pendimento, onde a barba era
pintada de azul escuro. Se este templo substituiu outro, ou foi erguido sobre o local de
um antigo altar não é conhecido ao certo. No fim do mesmo século, outro templo tinha
sido construído, o Archaiios Naos ("Templo antigo"), o qual acredita-se ter sido
dedicado a Athenas Partenos ("virgem") , culto que superou o do "Barbazul". Um novo
templo em mármore, o "Antigo Partenon", foi iniciado ao fim da Batalha de Maratona,
em 490 a.C.. Para acomodá-lo, a porção sul do planalto foi liberada de obstáculos
antigos e nivelada com a adição de cerca de 8.000 blocos de pedra do Pireu, em alguns
locais com 11 metros de profundidade, formando um muro de arrimo cheio com terra
batida. O portão micénico foi substituído pelo "Propileu Antigo", colunata monumental
com propósito mais cerimonial que defensivo. Essas construções ficaram inacabadas
por causa das invasões persas em 480 a.C. quando foram arrasadas. Quando acabaram
as guerras persas, os atenienses realizaram cerimônias de purificação, onde queimaram
e enterraram cerimonialmente os objetos de culto e arte que foram considerados
impuros. Esta "impureza persa" forneceu o mais rico tesouro arqueológico da Acrópole,
uma vez que a cerimônia os protegeu de destruições futuras.

[editar] As construções de Péricles

Vista das cariátides

A maior parte das construções foram erguidas pela liderança de Péricles, durante a "era
de ouro" de Atenas (460 – 430 a.C.). Fídias, o grande escultor grego, e Ictinus e
Calicrates, dois famosos arquitetos, foram os responsáveis pela reconstrução.

Durante o século V a.C., a acrópole ganhou sua forma final. Cimon e Temístocles
ordenaram a reconstrução dos lados sul e norte das muralhas, e Péricles encomendou o
Partenon. Em 437 a.C., Mnesciles começou o Propileu, portão monumental com
colunas de mármore pentélico, parcialmente construído sobre o propileu de Psistrato,
obra terminada em 432 a.C. com duas alas. Ao mesmo tempo começaram as obras do
pequeno templo jônico de Athena Niké. Depois de uma interrupção causada pela guerra
do Peloponeso, foram terminados ao tempo de paz de Nicias, de 421 a 415 a.C..
Vista do Partenon na Acrópole de Atenas.

No mesmo período, começaram o Erecteion, com seu "balcão das cariátides" (Kore),
com esculturas no lugar de colunas, para praticas sacras que incluíam Athena Polias,
Poseidon, Ericteu, e outros. Entre o Partenon e o templo de Athena Nike ficava o
temenos de Ártemis Bauronia, a deusa representada por um urso. Perto do Propileu, a
estátua em bronze de Athena Promachos (que combate na linha de frente), feita por
Fídias entre 450 e 448 a.C., com nove metros de altura sobre uma base de um metro e
meio.

No lado exterior da Acrópole, encontra-se o Teatro de Dionísio, onde estrearam as


maiores peças teatrais da antiguidade. Alguns metros além esta o Teatro de Herodes
Ático, parcialmente reconstruído e que mostra como teria sido o Teatro de Dionísio, É
usado ainda em reproduções modernas de obras de Sófocles, Ésquilo e Eurípedes, com
sua acústica perfeita e lugar para vários milhares de pessoas.

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