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Os contratos de adesão

Neste âmbito da limitação do conteúdo contratual assume uma particular relevância


tudo o que diz respeito a um tipo de “contratos” muito especial em que uma parte das
condições ou cláusulas corresponde a um modelo que um dos contraentes (geralmente
dotado de substancial poder económico, quando não de uma posição de monopólio) tem
preparado para oferecer ao público em geral. Exs, nas relações com as empresas de
seguros, nas relações com a banca, com as entidades fornecedora de gás, electricidade
ou água.

Estes contratos são conhecidos comummente pela designação de contratos de adesão. E


distinguem-se por várias características (monopólio, oferta geral e permanente,
prestação de serviço privado de utilidade pública, interesse do autor da oferta) de outros
contratos em que a outra parte não pode de igual sorte discutir as cláusulas contratuais.

Vantagens dos contratos de adesão:

- Por meio da existência de condições de fornecimento e de pagamento


normalizadas facilita-se o tráfego negocial;

- rapidez e celeridade negocial;

- os formulários contratuais, a utilização deles, pode também servir à defesa das


partes mais fracas economicamente, que nem sabem nada de direito e não têm dinheiro
para se fazerem assistir por um técnico.

Desvantagens dos contratos de adesão:

- a grande crítica é de facto a de que, por via dela, se consegue a oneração da


parte economicamente mais débil com os riscos contratuais.

- certo que as mais das vezes esta tem a liberdade de contratar ou não, de
consumir ou não a energia ou a água, por exemplo, só que esta liberdade é apenas uma
liberdade aparente, já que muitos dos bens ou serviços que se obtêm por via deste tipo
de contratação não só são fornecidos em regime de monopólio como indispensáveis à
vida.

- os termos contratuais são, muitas vezes, redigidos em linguagem técnica


inacessível á maioria das pessoas.

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