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regulamentadoras que lhes conferem uma relativa especificidade. Temos, então, os
vários ramos do direito.
A divisão suprema tradicional do universo jurídico é aquela que distingue entre Direito
Público e Direito Privado. Trata-se de uma distinção para a qual não foi achado até hoje
um critério absolutamente satisfatório e de uma distinção que continua a ser polémica.
Para abreviar, diremos que, de todos os critérios de distinção propostos, o mais
divulgado e aquele que se revela o mais praticável e susceptível de menos reparos é o
chamado “critério da posição dos sujeitos”
Nos termos deste critério, o direito público caracteriza-se pelo facto de, nas relações por
ele reguladas, se verificar o exercício de um poder de autoridade pública. Assim, seriam
de direito público aquelas normas que regulam a organização e a actividade do Estado e
de outros entes públicos menores (autarquias regionais e locais), as relações desses
entes públicos entre si no exercício dos poderes que lhe competem, bem como as
relações dos entes públicos enquanto revestidos de poder de autoridade (revestidos de
publica potestas) com os particulares.
Direito Privado: Normas que regulam as relações em que as partes aparecem numa
particulares, ou entre os particulares e os entes públicos quando estes não intervenham
posição de igualdade ou paridade. Regulam, portanto, as relações entre os particulares,
nelas revestidos de um poder de autoridade, mas em pé de igualdade cm os particulares.
ou entre os
Assim nenhuma das partes aparece na posição de supremacia de autoridade pública =
relação de paridade ou de coordenação.
Daqui decorre que os entes públicos podem estabelecer com os particulares relações
reguladas pelo direito privado. Ex: quando o Estado arrenda um prédio para nele instalar
uma escola ou um serviço de saúde.
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Ramos do direito público
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(costume internacional) ou é de fonte convencional (tratados e convenções entre
os Estados) e os princípios gerais de direito comuns às nações civilizadas.
Art.º 8.º CRP, n.º 1 (fazem parte integrante do direito português); n.º 2
(vigoram na ordem interna apões a sua publicação oficial e enquanto vincularem
internacionalmente o Estado português.
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c) Direito Internacional Privado: é o direito que resolve os conflitos de leis de
direito privado no espaço ou regula as situações da vida privada internacional.
Quanto ao Direito Canónico, trata-se de um direito não estadual que rege a comunidade
da Igreja Católica.
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Refira-se, por último, o Direito Comunitário. Este, relativamente aos Estados membros
não é, pois, um direito estrangeiro, mas um sistema normativo procedente de uma
autoridade supranacional, no qual o ordenamento do Estado parcialmente se integrou.
Actos comunitários:
- Regulamento: Pelo que respeita ao problema da hierarquia das fontes, dir-se-á
que a norma comunitária não está subordinada às fontes de direito interno, pois situa-se
no vértice daquela hierarquia, em posição paralela à das normas constitucionais. Deve,
porém, dizer-se que tal norma não pode afectar os direitos fundamentais dos cidadãos.
- Directivas e decisões: diferentemente dos regulamentos, que contêm normas
válidas no âmbito do ordenamento jurídico interno, as directivas vincula
exclusivamente os Estados membros a prosseguirem determinado escopo através de
procedimentos e meios a escolher por estes. Não têm como destinatários, pois, os
cidadãos dos referidos Estados. As decisões individuais, por seu turno, só vinculam os
respectivos destinatários.